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MANEJO DE VIAS AÉREAS AULA PRÁTICA DIVIDIDA EM: 1) Ventilação com ambu 2) Colocação do colar cervical 3)Colocação do "guedel" 4) Crico 5)Entubação endotraqueal Vias aéreas pérvias. Elevação da mandíbula e do mento (após colar se suspeita de lesão cervical). Colocar tubo orofaringeo ("tubo de Guedel"). Estabelecer uma via aérea. Intubação ou Cricotireoidostomia. COLAR DE PROTEÇÃO CERVICAL Expor pescoço e tórax, imobilizar cabeça e pescoço, inspecionar respiração, palpar pescoço e tórax, percutir tórax, auscultar tórax bilateralmente. - CONHECER/RESERVAR OS EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS - DESPER TOTALMENTE O DOENTE - EVITAR A HIPOTERMIA PRINCIPAIS DEFINITIVAS: INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL, NASOTRAQUEAL, CRICOTIREOIDOSTOMIA E TRAQUEOSTOMIA. MANEJO INICIAL Posicionar-se à direita do paciente e deslizar o colar por baixo do doente sem movimentar a cabeça e o pescoço. Prender firmemente. Observar se o colar tem abertura que possibilite uma cricotireoidostomia. TUBU OROFARÍNGEO - "TUBO DE GUEDEL" Inserir na boca por trás da língua. Inserir lateralmente e girar 90° até posicionar corretamente, posterior à língua. Não utilizar em doentes conscientes pois pode provocar vômitos e aspiração. O Reanimador Manual é formado por um balão, uma válvula unidirecional (que impede que o ar exalado pelo paciente retorne ao balão), uma pré-válvula para reservatório, uma máscara facial que envolve o nariz e a boca do paciente e um reservatório de oxigênio. VENTILAÇÃO COM DISPOSITIVO DE AMBU Posicionar no queixo e início do nariz, de forma a cobrir toda a boca e cavidade nasal. Fixar bem. Pressionar o reservatório em sequência de "inspiração e expiração" em ritmo médio, acompanhando a própria respiração. Procedimento de auxílio à respiração e pré intubação. PACIENTE SEDADO. PALPAR A MEMBRANA CRICOTIREOIDEA. PREPARAR A ÁREA A SER OPERADA INCISÃO TRANSVERSAL NA PELE E MEMBRANA CRICOTIREOIDEA DILATAR A ABERTURA COM UMA PINÇA HEMOSTÁSICA. INSERIR O TUBO DE TRAQUEOSTOMIA PEQUENO (5MM) - ENTRAR EM POSIÇÃO LATERAL E GIRAR EM SENTIDO CAUDAL. RETIRAR FIO GUIA E INSUFLAR COM UMA SERINGA O "CUFF" COM 10ML DE AR. CONECTAR AMBU E VENTILAR. OBSERVAR AS INSUFLAÇÕES PULMONARES E AUSCULTAR O TÓRAX PARA VERIFICAR SE A VENTILAÇÃO ESTÁ ADEQUADA. FIXAR O TUBO AO DOENTE PARA EVITAR DESLOCAMENTOS. CRICOTIREOIDOSTOMIA CIRÚRGICA Garantir que a cavidade oral esteja desobstruida; Separar materiais necessários como o laringoscópio, tubo orotraqueal de tamanho adequado (comum nº 7,0) e o equipamento de ventilação; Conectar a lâmina do laringoscópio ao cabo e verificar a intensidade da luz; Cabeça e pescoço podem estar imobilizados; em paciente de trauma não se deve elevar a cabeça. Laringoscópio na mão ESQUERDA. Inserir laringoscópio na boca do paciente e posicioná-lo posteriormente à língua, de modo e ergue-la. Tal movimento permite a visualização da valécula epiglótica. Continuar o movimento de deslocamento até visualizar as cordas vocais e enfim a laringe. Inseri tubo na laringe (em média 24 cm) Insuflar "cuff" e conectar ventilção. Verificar posicionamento correto (ausculta e saturação). Fixar o tubo Cuidado com os dentes do paciente. Auscultar primeiramente o estômago para certificar-se do posicionamento correto do tubo. A ausculta deve ser simétrica bilateralmente, caso seja diferenciada em um dos lados, o tubo foi inserido muito profundamente. Nesse caso, deve-se desinsuflar o "cuff" e reposicionar o fio num cumprimento adequado que atenda ambos os pulmões. Em caso de intubação difícil e demorada, avaliar a queda na saturação de O2 e sempre retornar à máscara com ambu para estabilizar até que seja possível uma nova tentativa de intubação. OBS: INDICAÇÕES/QUANDO FAZER CADA PROCEDIMENTO (ATLS) • Preparação Na fase pré hospitalar: Primeiramente notificar o hospital de referência sobre a transferência do paciente. O foco principal é manter a via aérea, contem hemorragias, imobilizar o doente e o transporte rápido. Para tanto, é necessário obter documentos, hora do trauma, eventos relacionados ao trauma, história do doente. TEORIA - ATLS 9ª edição A avaliação inicial do paciente politraumatizado inclui: • Triagem • Avaliação primária (ABCDE) • Reanimação • Medidas auxiliares à avaliação primária e à reanimação • Considerar a necessidade de transferência do doente • Avaliação secundária (da cabeça aos pés) e história • Medidas auxiliares à avaliação secundária • Reavaliação e monitoração contínuas após a reanimação • Tratamento definitivo Essa avaliação inicial deve ser repetida com frequência. PREPARAÇÃO Na fase hospitalar: deve ocorrer um planejamento antes da chegada do paciente, disponibilizando uma sala de reanimação para recebê-lo. Separar todos equipamentos para o manejo das vias aéreas, solução cristalóide à disposição, ferramentas para monitoração. Todos os profissionais devem estar devidamente paramentados. TRIAGEM Para classificar o doente conforme suas necessidades de tratamento. Nesse contexto, existem duas situações principais: múltiplas vítimas ou vítimas em massa. No primeiro caso, apesar de serem mais de uma vítima, o número e a gravidade não excedem a capacidade de atendimento, sendo os doentes com risco de vida e traumatismos multissistêmicos atendidos primeiro. Já no caso de vítimas em massa, o número de doentes e o grau das lesões ultrapassam a capacidade de atendimento da instituição ou da equipe. Nesses casos, os pacientes com maior chance de sobrevida e que necessitem de menos tempo/tratamento/recursos serão atendidos primeiro. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA A - Via aérea + proteção da coluna cervical B- Ventilação e respiração C- Circulação com controle de hemorragias D- Disfunção + estado neurológico E - Exposição (despir) + controle do ambiente (hipotermia) 1) Se apresente ao doente, pergunte seu nome e o que aconteceu. Avaliar a resposta (consciência/respiração). 2) Avaliar obstrução da via aérea (inspeção e aspiração) 3) Proteção cervical + elevação do mento e tração da mandíbula. 4) Se glasgow < 8 : IOT 5) Ausculta pulmonar e cardíaca. 6) Identificar e controlar hemorragias internas/externas + nível de consciência + cianosa + pulso + compressão/torniquete . 7) Despir + cobertores aquecidos. REANIMAÇÃO A reanimação e o tratamento das lesões com risco para a vida são essenciais para a sobrevivência do doente. A reanimação também segue a sequência ABC e ocorre simultaneamente com a avaliação. VIA AÉREA: elevação do mento, tração da mandíbula, máscara com reservatório. Em caso de inconsciência utilizar o tudo orofarígeo (guedel). Se houver qualquer dúvida sobre a capacidade do doente manter a permeabilidade de sua via aérea, deve-se estabelecer uma via aérea definitiva (isto é, intubação). Se a intubação for contraindicada e não for possível, deve- se realizar uma via aérea cirúrgica. Oxigenioterapia complementar para todos. Monitorar com oximetria de pulso. CIRCUCULAÇÃO E CONTROLE HEMORRÁGICO: no mínimo dois acessos endovenosos calibrosos , administração de fluidos com solução cristaloides em bolus de 1 a 2 litros de solução isotônica aquecida , tipagem sanguínea, teste de gravidez. AVALIAÇÃO DE NECESSIDADE DE TRANSFERÊNCIA Assim que a decisão de transferir o doente for tomada, a comunicação entre o médico atendente e o médico que irá receber o doente é essencial. O monitoramento cuidadoso do doente durante o transporte crítico é essencial para prevenir e/ou tratar complicações e qualquer piora na situação do doente. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA A avaliação secundária só deve ser iniciada depois da avaliação primária (ABCDE) e quando as medidas indicadas para a reanimação tiverem sido adotadas e o doente demonstrar tendência para normalização de suas funções vitais (estável). É um exame da cabeça aos pés, incluindo histórica clínica, exame físico e reavaliação dos sinais vitais. Realizar exame neurológico completo, radiografias, exames laboratoriais. História : como ocorreu o trauma, história clínica do doente (AMPLA) colhida geralmentecom a família ou testemunhas. Alergias Medicamentos em uso Passado médico/ Prenhez Líquidos e alimentos ingeridos recentemente Ambiente e eventos relacionados ao trauma. MEDIDAS AUXILIARES À AVALIAÇÃO 1ª E REANIMAÇÃO Monitoração eletrocardiográfica: identificar arritmias, trauma cardíaco, hipoxia, parada. Cateterização urinária e gástrica: uso de sondas para avaliar débito urinário (reflete a perfusão renal) e aliviar distensão gástrica (diminui riscos de aspiração) ou identificar hemorragias digestivas. Frequência respiratória e gasometria arterial: monitorar o processo respiratório. Oximetria de pulso: avaliar a saturação da hemoglobina . Pressão arterial: aferir frequentemente para avaliar estado de perfusão tecidual. Exames radiológicos (tórax e pelve): de maneira racional e em momento que nao prejudique a estabilização do doente. Útil para identificar traumas, fraturas. Classificar o trauma. Trauma fechado: a maioria ocorre por acidente de trânsito, quedas. Trauma penetrante: por arma de fogo, arma branca. Lesões térmicas: queimaduras. Exposição à monóxio de carbono, elementos químicos tóxicos, radiação. MEDIDAS AUXILIARES À AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Manter suspeitas, monitoração, proteção da coluna. Avaliar os achados dos exames diagnósticos. Alívio da dor com opiáceos intravenosos ou ansiolíticos. Administrar cautelosamente e em pequenas doses para alcançar o nível desejado de conforto para o doente e alívio da ansiedade, evitando, ao mesmo tempo, a depressão respiratória e o mascaramento de lesões sutis ou de mudanças no estado do doente. REAVALIAÇÃO O doente traumatizado deve ser reavaliado constantemente para assegurar que novos achados não sejam negligenciados e para descobrir deterioração nos achados registrados previamente. A monitoração contínua dos sinais vitais e do débito urinário é essencial. Para um doente adulto é desejável a manutenção de um débito urinário de 0,5 mL/kg/h. Pode ser feita também a medida do gás carbônico expirado final em doentes traumatizados intubados. TRATAMENTO DEFINITIVO Os critérios de triagem inter-hospitalar ajudam a determinar o grau, o ritmo e a intensidade do tratamento inicial que devem ser ministrados ao doente traumatizado. Esses critérios levam em consideração o estado fisiológico do doente, a presença de lesões evidentes, os mecanismos de trauma, as doenças associadas e fatores outros que podem alterar o prognóstico do doente. OBSTRUÇÃO: pode ser súbita, total, insidiosa, parcial, progressiva e/ou recorrente. Ausência de resposta verbal ou de forma inapropriada sugerem obstrução, além da alteração do nível de consciência. VIA AÉREA DEFINITIVA: é definida como um tubo colocado na traqueia com o balonete (balão) insuflado abaixo das cordas vocais, conectado a uma fonte de oxigênio, sob ventilação assistida e com o tubo fixado. ASPIRAÇÃO: é u m risco e o equipamento para aspiração deve estar em facl l acesso e pronto para o uso do, além de colocar o doente em decúbito lateral. SINAIS: rouquidão, fratura de laringe palpável, agitação ou torpor, cianose, tiragem costal, respiração ruidosa, roncos, gorgolejos e estridores, lateralização da traqueia, VENTILAÇÃO: pode estar comprometida por obstrução de via aérea, por alteração na mecânica ventilatória e/ou por depressão do SNC. Se após a desobstrução a ventilação não melhorar, deve-se avaliar: trauma de tórax, comorbidades pulmonares prévias, lesão cerebral, lesão medular. SINAIS: movimentos respiratórios, diminuição ou ausência de murmúrios vesiculares , frequência respiratória- taquipneia, % baixa saturação, % dióxido de carbono arterial ou no ar expirado. VIAS AÉREAS E VENTILAÇÃO E obrigatório assegurar que a via aérea esteja permeável, recebendo oxigênio e com adequado suporte ventilatório. Todos os doentes traumatizados devem receber oxigênio suplementar. Para controlar o comprometimento da via aérea: identificar trauma maxilofacial, cervical e laríngeo e identificar os sinais objetivos de obstrução. TRATAMENTO: inclui as técnicas básicas de manutenção da via aérea, medidas para instalação de via aérea definitiva (inclusive a via aérea cirúrgica) e métodos para fornecer suporte ventilatório. É importante manter a cabeça e pescoço protegidos e imobilizados. Caso seja necessário retirar capacetes, muito cuidado. VIA AÉREA DIFÍCIL Fatores que influenciam: lesões da coluna cervical, artrite avançada da coluna cervical, trauma mandibular ou maxilofacial , limitação na abertura da boca, obesidade e variações anatômicas (micrognatismo, prognatismo e pescoço curto e musculoso). O método mneumônico LEMON auxilia nessa avaliação. L - Look Externally: localize externamente características que possam dificultar o trabalho. E - Evaluate: examine as distâncias (3-3-2) entre os dentes incisivos, entre o hioide e o mento, entre a proeminência tireoidea e o assoalho da boca. M - Mallampati: grau de visualização da hipofaringe. O - Obstrução: avaliar permeabilidade da via. N - Neck Mobility : Mobilidade Cervical. PROTOCOLO DE DECISÃO EM VIA AÉREA A prioridade é garantir o fornecimento de oxigênio enquanto se mantém a coluna cervical alinhada. Isso é alcançado por meio de manobras básicas (por exemplo, elevação do mento e tração da mandíbula) e de dispositivos básicos de via aérea (por exemplo, tubo orofaríngeo e tubo nasofaríngeo). Oxigenação e ventilação devem ser mantidas antes, durante e logo após a inserção da via aérea definitiva
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