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Métodos e técnicas 
em gestão de projetos
Mírian Queiroz de Souza Daniel
1a Edição / Setembro / 2014
Impressão em São Paulo - SP
Editora
Catalogação elaborada por Glaucy dos Santos Silva - CRB8/6353
Coordenação Geral
Nelson Boni
Coordenação de Projetos
Leandro Lousada
Professora Responsável
Míriam Queiroz 
de Souza Daniel
Projeto Gráfico, Capa 
e Diagramação
Vitor Bioni Bertollini
Revisão Ortográfica
Célia Ferreia Pinto
1a Edição: Julho 
de 2014
Impressão em São Paulo/SP
Copyright © EaD 
KnowHow 2011
Nenhuma parte dessa publica-
ção pode ser reproduzida por 
qualquer meio sem a prévia 
autorização desta instituição.
Métodos e técnicas em 
gestão de projetos
Apresentação
Prezado (a) aluno (a)
A disciplina “Métodos e Técnicas em Gestão de 
Projetos” reúne uma reflexão sobre noções básicas so-
bre a metodologia e gestão de projetos educacionais no 
espaço da Gestão Escolar da Educação Básica. Para a 
organização didática do assunto tratado nesta discipli-
na, elaborou-se por motivos didáticos, uma organização 
dos temas em unidades.
Na unidade 1, apresentaremos as dimensões de 
planejamento e de gestão de um projeto. E estas di-
mensões serão analisadas a partir do estudo de dois 
modelos de planejamento e gestão de projetos con-
hecidos mundialmente: PMI – Project Management 
Institute (Instituto de Administração de Projetos) e 
o Modelo de Planejamento Orientado pelo Escopo – 
Skopos, ao qual nos ateremos com mais atenção a este 
modelo. Este modelo apresenta o Plano de Projeto 
através da elaboração do Escopo do projeto, e num 
segundo momento o Plano de Ação e o Plano de Controle 
e Avaliação. Nesta unidade, analisaremos os elementos 
principais do Escopo.
Na unidade 2, analisaremos, num primeiro mo-
mento, os processos ao planejamento e à gestão de um 
projeto relacionados a partir do Modelo Skopos. Ana-
lisar os principais elementos do Plano de Ação e do 
Plano de Controle e Avaliação de um projeto. E, num 
segundo momento, apresentar os elementos presentes 
Apresentação
no Plano de Execução de um projeto. A reflexão destes 
processos dará aos gestores escolares instrumentos 
teóricos para procedimentos na tarefa de planejar e 
gerir projetos no âmbito escolar.
Na unidade 3, refletiremos sobre os processos da 
gestão escolar da Educação Básica, a partir dos proces-
sos de abertura democrática, instituídos a partir da dé-
cada de 90, construindo um paradigma de gestão esco-
lar descentralizada em sua estrutura e com um modelo 
democrático. A apresentação da legislação relacionada à 
implementação deste novo paradigma dá fundamentos 
a esta análise. O perfil de liderança de gestores e análise 
dos processos de implementação do Projeto Político-
Pedagógico, também, serão apresentados.
Na unidade 4, apresentaremos uma reflexão sobre 
os processos de implementação de projetos sociais e 
de projetos de cooperação técnica. Para isto, apresen-
tamos o conceito de gestão social e a relação entre os 
processos de democratização da gestão na promoção 
de parcerias efetivadas a partir da construção de Pro-
jetos Sociais e de Projetos de Cooperação Técnica. A 
apresentação de um modelo de Projeto Social e de um 
Modelo de Projeto de Cooperação Técnica como viabi-
lização de novos projetos no campo da gestão escolar.
Sumário
UNIDADE 1 - Introdução à 
metodologia de planejamento e gestão 
de projetos
UNIDADE 2 - Detalhando o Plano 
de Ação, o Plano de Monitoramento e 
Avaliação e o Plano de Execução de um 
projeto
UNIDADE 3 - A Gestão Escolar 
da Educação Básica: legislação, 
planejamento e novos paradigmas
UNIDADE 4 - Elaboração de Projetos 
Sociais e de Projetos de Cooperação
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
7
43
81
123
157
7
UNIDADE 1
Introdução à 
Metodologia de 
Planejamento e Gestão 
de Projetos
9
Caro(a) aluno(a)
Seja bem-vindo(a)!
Nesta primeira unidade, faremos uma introdução à 
metodologia de gestão de projetos através de uma breve 
contextualização histórica e apresentaremos de maneira 
geral dois modelos de gestão de projetos mais conhe-
cidos: PMI - Project Management Institute (Instituto 
de Gestão de Projetos) e o Modelo de Planejamento de 
Projetos Orientado pelo Escopo – MODELO SKO-
POS. Daremos orientações sobre os principais elemen-
tos presentes nestes modelos de projeto. 
Bons estudos!!!
11
1.1. Introdução
Afinal, o que significa o termo Gestão de Projetos? 
O que significa esta metodologia? Quais são os benefí-
cios desta metodologia no campo educacional?
Desde os tempos mais antigos se fazem projetos. 
Projetar algo significa segundo o dicionário Aurélio pla-
near, planejar. E projeto vem do latim projectu (lançado 
para diante) e retrata um empreendimento a ser realizado 
dentro de um determinado esquema: projeto adminis-
trativo, projetos educacionais. Ou seja, um projeto é um 
empreendimento que precisa ser realizado com plane-
jamento e visa à construção de objetivos específicos.
Segundo MOURA; BARBOSA (2006) um projeto 
significa um caminho seguro para introduzir mudanças. 
E para obter sucessos num determinado planejamento 
utiliza-se modelos de gestão, cujos princípios e me-
todologias têm evoluído desde a década de 40, visando 
construir procedimentos importantes para alcançar as 
mudanças pretendidas.
Alguns modelos de planejamento e gestão de pro-
jetos mais conhecidos são: PMI – Project Management 
Institute (Instituto de Gerenciamento de Projetos); 
ZOPP – Zielorientierte Projekt Planung (Planejamento 
de Projetos Orientado para Objetivos); Modelo Skopos.
Estes modelos foram construídos a partir de 
metodologias das quais podemos nos apropriar para 
elaborar projetos na escola visando resolver questões-
problema que se apresentam como desafio no contexto 
educacional público e privado.
12
A compreensão dos principais conceitos referentes 
à metodologia e planejamento de gestão de projetos 
educacionais instrumentalizará os processos da gestão 
escolar e dará aos gestores escolares maiores habilidade 
para pensar ações efetivas no ínterim escolar, através do 
desenvolvimento de projetos.
1.2. Breve histórico
A gestão de projetos tem evoluído desde a Se-
gunda Guerra Mundial, através do desenvolvimento 
do Projeto Manhattan, um projeto que teve por 
objetivo a criação das primeiras armas nucleares. 
Neste projeto, foi evidenciada uma nova metodolo-
gia através da criação de métodos de PLANEJAR, 
EXECUTAR E CONTROLAR, construindo assim 
uma possibilidade de obter melhores resultados. 
(SOTILLE, s/d, pág.1)
A Nasa e o Departamento de Defesa Americano 
(DoD) contribuíram para o desenvolvimento da ciência 
de gerenciamento de projeto. E, em 1969, foi fundado o 
PMI (Project Management Institute) visando promover 
o uso de técnicas de gerenciamento de projetos. Em 
1984, o PMI publicou o primeiro conjunto de padrões 
em gerenciamento de projetos, PMBOK (Project Man-
agement Body of Knowleadge).
Na área educacional, os primeiros grandes proje-
tos de ensino destinaram-se a produzir novos recursos 
didáticos, novos métodos e concepções de ensino e 
13
inovação quanto aos conteúdos curriculares, nas déca-
das de 50 e 60. (MOURA; BARBOSA, 2006)
A necessidade de sistematizar conceitos, méto-
dos e técnicas passando pela fase de concepção, pelo 
planejamento, execução, acompanhando sua avaliação 
final, tem sido um instrumento importante para a área 
educacional.
1.3. Tipologia de projeto
Há, no campo educacional, certa confusão sobre 
os vários tipos de projetos existentes. Todo projeto 
constitui em uma atividade eminentemente instrutiva, 
considerado como alternativa importante para os siste-
mas educacionais seja como solução para vários problemas; 
seja como forma de introdução de inovações. (MOURA; BAR-
BOSA, 2006, pág.19)
MOURA; BARBOSA (2006, págs. 27-28) constru-
iu uma tipologia de Projetos. Segue, abaixo, um resumo 
das principais características destes projetos de acordo 
com os autores acima:
*Projeto de Intervenção: são projetos desen-
volvidos no âmbito de um sistema educacionalou 
de uma organização. Como o próprio nome diz este 
projeto tem a intenção de promover uma intervenção, 
propriamente dita, no contexto em foco, através da 
introdução de modificações na estrutura (organização) 
e/ou dinâmica (operação) do sistema ou organização, 
14
afetando positivamente seu desempenho em função de 
problemas que resolve.
*Projeto de Pesquisa: são projetos que têm 
por objetivo obter conhecimentos sobre determinado 
problema ou questão, com garantia de verificação ex-
perimental (existem ainda os projetos de pesquisa que 
podem ser estudados à parte através de uma rica litera-
tura e abrangente).
*Projeto de Desenvolvimento (ou de Produto): 
estes projetos ocorrem no âmbito de um sistema ou 
organização com a finalidade de produção ou implan-
tação de novas atividades, serviços ou “produtos”.
*Projetos de Ensino: são projetos elaborados 
dentro de uma ou mais disciplinas dirigidos à melhoria 
do processo de ensino-aprendizagem. São executados 
pelos professores.
*Projetos de Trabalho: são projetos desenvolvi-
dos por alunos em uma ou mais disciplinas, no contexto 
escolar, sob a orientação do professor, e tem por obje-
tivo a aprendizagem de conceitos e desenvolvimento de 
competências e habilidades específicas. São executados 
pelos alunos.
Os projetos são classificados de acordo os tipos 
de objetivos a que se propõem. Cada projeto agrega al-
gumas características principais sendo assim, podemos 
15
pensar nos principais elementos que compõem a es-
trutura de cada um destes projetos. (Veja a Figura 1)
Projeto de 
intervenção
• APRESENTAÇÃO (diagnóstico);
• JUSTIFICATIVA (motivo);
• OBJETIVOS (para quê)
• PÚBLICO- ALVO (a serviço de quem);
• METAS;
• METODOLOGIA (como);
• RECURSOS (humanos, materiais, 
financeiros);
• AVALIAÇÃO;
• ORÇAMENTO;
• CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO.
(Fonte: http://www.unitins.br/servicosocial/arquivos/
estagio/anexoVII.pdf)
Projeto de 
pesquisa
• INTRODUÇÃO;
• PROBLEMA;
• HIPÓTESE;
• JUSTIFICATIVA;
• OBJETIVOS;
• METODOLOGIA;
• CRONOGRAMA DE PESQUISA;
• BIBLIOGRAFIA.
Projetos de 
desenvolvi-
mento (ou de 
produto)
• INICIALIZAÇÃO;
• PLANEJAMENTO (Objetivos, Resul-
tados, Recursos, Estimativa e Prazos);
• EXECUÇÃO;
• CONTROLE;
• ENCERRAMENTO;
Figura 1- Principais elementos estruturais dos projetos.
16
Projetos de 
ensino
• ESCOLHA DO TEMA;
• PROBLEMA CENTRAL E 
PARCELARES;
• PLANEJAMENTO DO TRABALHO 
(levantamento de recursos e informações; 
organização do tempo, de tarefas e 
preparo do trabalho de campo);
• TRABALHO DE CAMPO;
• AVALIAÇÃO DO PROCESSO;
• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO 
RECOLHIDA (RELATÓRIOS);
• APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS;
• BALANÇO.
Fonte: CASTRO & RICARDO (2003)
Projeto de 
trabalho
• INTRODUÇÃO;
• OBJETIVOS;
• FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA;
• PROCEDIMENTO 
METODOLÓGICO;
• CRONOGRAMA DE ATIVIDADES;
• BIBLIOGRAFIA.
Fonte: (OLIVEIRA, 2008, pág.142)
1.4. Metodologias relacionadas à 
gestão de projetos
O trabalho com projetos se estrutura em fases de de-
senvolvimento e cada fase pressupõe um conjunto de 
atividades e processos que se integram e se relacionam 
constituindo o Ciclo de Vida do Projeto.
Um projeto educacional possui duas dimensões: 
dimensão de planejamento e dimensão de gestão. 
17
A dimensão de planejamento consiste em definir o 
problema central que se está investigando, justifica-
tiva, objetivos, recursos, e mecanismos de controle e 
avaliação definidos num fazer processual. Enquanto a 
dimensão de gestão consiste na coordenação dos pro-
cessos de implementação do que foi planejado.
Veremos, abaixo, a figura que representa as fases das 
dimensões de planejamento e de gestão de um projeto.
Fonte: MOURA & BARBOSA, 2006, p.41
Figura 2 - As duas dimensões básicas de um Projeto: 
Planejamento e Gestão.
18
A dimensão planejamento (DIMENSÃO 
DOCUMENTAL) aparece relacionada à produção 
do documento que precisará conter as concepção e 
diretrizes pedagógicas que alinham este projeto; as 
questões-problema que o norteiam; os objetivos que se 
pretende alcançar; o Plano de Ação e o Plano de Con-
trole de um projeto.
A dimensão da gestão (DIMENSÃO GEREN-
CIAL) condiz com a maneira de gerenciar este projeto 
através da execução e controle deste. Para a fase de ex-
ecução precisam-se definir equipes, recursos humanos e 
materiais, ações de execução e ações de controle.
A partir da apresentação geral dos elementos des-
tas dimensões, iremos aprofundar um pouco mais nos 
modelos de planejamento e de gestão de projetos, que 
trataremos neste livro.
1.5. Modelos de planejamento e 
gestão de projetos
Um modelo de planejamento e gestão de proje-
tos pretende ser uma representação dos componentes, 
estrutura e processos que ocorrem nas fases de um 
projeto. A busca pela qualidade na realização de pro-
jetos levou ao desenvolvimento de metodologias que 
resumem importantes elementos, que poderão auxiliar 
a eficiência e eficácia do projeto.
Apresentaremos dois modelos de planejamento 
e gestão de projetos conhecidos mundialmente: PMI 
19
– Project Management Institute (Instituto de Admin-
istração de Projetos) e o Modelo Skopos (MOURA 
& BARBOSA, 2006, págs. 41-47). Buscaremos com-
preender seus elementos principais e a instituição dos 
processos de planejamento que agregam.
As metodologias desenvolvidas em Planejamento e 
Gestão de Projetos contribuem para que avancemos no 
sentido de construir mapeamentos, análises e reflexões 
durante as fases do projeto, evitando o fazer pelo viés 
cotidiano e intuitivo.
Segundo CAMPOS (1996, pág. 32) são condições 
vitais para o sucesso do projeto: a liderança da adminis-
tração e a focalização da emoção, do entusiasmo e do conhecimento 
de todos os funcionários da instituição.
A liderança da equipe gestora no ambiente escolar 
é elemento imprescindível para o sucesso do projeto 
assim como, a motivação e o acesso às informações e 
conhecimentos, que o projeto traz.
No Planejamento e Gestão de Projetos, o con-
hecimento destas metodologias são também impre-
scindíveis, pois corroboram para a identificação dos 
processos que precisam compor o desafio presente na 
situação em que o projeto foi gerado.
O estudo destes modelos não significa que são 
receitas prontas para aplicarmos aos projetos que pre-
tendemos desenvolver em nossas escolas, mas, sim, 
pretendem indicar caminhos e nos implicar com mais 
conhecimento às questões inúmeras que se apresentam 
no contexto educativo.
20
1.5.1. Modelo PMI
Este modelo – Project Management Institute (PMI) 
é uma referência mundial e apesar de não ser um modelo 
ainda adotado no ambiente escolar, vale a pena analisá-lo 
“tendo em vista que se trata de uma referência de plane-
jamento e gestão de projetos em âmbito mundial e por 
trazer conceitos básicos e relevantes na área de projetos”. 
(MOURA & BARBOSA, 2006, pág. 42)
A concepção de gerenciamento de projetos para o 
PMI significa, portanto, a aplicação de conhecimentos, 
habilidades e técnicas visando à execução eficaz de um 
projeto. Eficaz no sentido de nos possibilitar um moni-
toramento das atividades que serão realizadas e conse-
quentemente a efetivação dos objetivos propostos.
Os processos do gerenciamento de projetos no 
modelo PMI, envolvem 5 grupos, a saber: Inicialização, 
Planejamento, Execução, Monitoramento e Controle, e 
Encerramento. A figura abaixo: 
Inicialização Planejamento Execução Controle Encerramento
Fonte: MOURA & BARBOSA, 2006, p.44
Figura 3 - Interações entre Planejamento, Execução e 
Controle
1- Os processos de Inicialização permitem con-
ceber as primícias de um projeto: reconhecimento do 
21
1.5.2. Modelo de planejamento orientado 
pelo escopo (modelo SKOPOS)
valor deste projeto; identificação da questão problema 
ou situação geradora e abrangência do projeto.
2- Os processos de Planejamento consistem na 
definição do plano em que este projeto se apoiará: 
definição dos objetivos, resultados esperados, recursos, 
estimativa de custos, prazos. O Documento do Plano 
de Projeto é crucial para se definir estas atividades.
3- Os Processosde Execução definem a organi-
zação, coordenação e direção de equipes conforme o 
planejamento. Daí, a importância da correlação entre os 
processos indicada pelas setas: se planeja, executa o que 
está no planejamento, e ao mesmo tempo se verifica os 
mecanismos de controle sobre os Processos de Plane-
jamento e sobre os Processos de Execução.
4- Os Processos de Encerramento também se rela-
cionam com os Processos de Controle, visando monit-
orar todas as fases do projeto com o objetivo de manter 
os prazos previstos, adequação dos recursos em tempo 
hábil, desenvolvimento das atividades programadas.
Este modelo de planejamento, um modelo que os 
educadores utilizam para fazer projetos, reúne no Plano 
de Projeto três componentes básicos:
PLANO DE PROJETO = ESCOPO + PLANO DE 
AÇÃO + PLANO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO.
Fonte: MOURA & BARBOSA, 2006, pág. 47.
22
Vale lembrar que o Plano de Projeto é o documen-
to que norteia a escrita deste, pois define os elementos 
centrais para realizar o projeto: Qual é o Problema que 
buscamos resolver? Qual será a concepção pedagógica 
que nos apoiaremos para resolvê-lo (Objetivos)? Quem 
serão os beneficiados? Como realizaremos os objetivos 
a que estamos nos propondo? Quais estratégias de 
acompanhamento e avaliação nós adotaremos?
Estas perguntas permeiam o Plano de Projeto que 
deverá apresentar “de forma completa e organizada 
toda a concepção, fundamentação, planejamento e meios de acom-
panhamento e avaliação do projeto, sendo referência básica para 
sua execução”. (MOURA & BARBOSA, 2006, pág. 46)
No modelo SKOPOS, o ESCOPO DO PLANO 
DE PROJETOS é tomado como referência para a 
elaboração de todo o plano. Na figura, abaixo, veremos 
os elementos do escopo:
Os elementos do ESCOPO respondem às 
questões:
• O QUÊ? (SITUAÇÃO-PROBLEMA);
• POR QUÊ? (JUSTIFICATIVA);
• PARA QUÊ? (OBJETIVOS);
• PARA QUEM? (PÚBLICO-ALVO; ÁREA DE ATUAÇÃO);
• PRODUTO FINAL? (RESULTADO).
Depois de respondidas estas questões presentes 
no ESCOPO do Plano de Projeto, passamos aos el-
ementos do PLANO DE AÇÃO.
23
• COMO E QUAIS SERÃO AS AÇÕES?
• EM QUAIS PRAZOS?
• QUAIS CUSTOS E RECURSOS?
• QUEM SERÃO OS RESPONSÁVEIS?
• DE QUE MANEIRA AVALIAREMOS?
• QUE INDICADORES UTILIZAREMOS?
• COMO OBTEREMOS OS DADOS EM CADA FASE DO 
PROJETO?
O PLANO DE AÇÃO representa os esforços que 
teremos para realizar os objetivos do projeto e respon-
dem às questões:
Quanto ao PLANO DE MONITORAMENTO E 
AVALIAÇÃO (PMA) deverá expressar todos os procedi-
mentos necessários para realizar o monitoramento das 
ações (atividades e tarefas) estipuladas na fase de execução.
Este monitoramento tem a finalidade de estabelecer 
um acompanhamento sistemático destas ações para que 
haja o cumprimento dos prazos estipulados, para que se 
tenha certeza de que os recursos chegaram às mãos de 
cada equipe responsável, e para que haja comunicação 
entre as equipes responsáveis por cada processo.
Neste sentido, as estratégias adotadas para este 
monitoramento buscam responder às seguintes questões:
Estas perguntas suscitam a construção de estraté-
gias importantes para monitorar e avaliar se os resulta-
dos obtidos na fase de execução estão alinhados com o 
que se planejou.
24
Os modelos apresentados para o planejamento 
e gestão de projetos servirão como base teórica que 
nos possibilitarão pensar, através da metodologia que 
agregam aspectos importantes para a constituição de 
projetos no ínterim da escola.
Para o estudo do próximo tópico nos apoiaremos 
no Modelo SKOPOS como guia para a construção de 
uma referência para projetos, que poderemos desen-
volver na escola.
O modelo de Plano de Projeto orientado pelo es-
copo – MODELO SKOPOS- nos auxiliará como fer-
ramenta para a gestão de projetos escolares.
1.6. Elaboração do plano de projeto a 
partir do modelo SKOPOS
1.6.1. Plano de projeto
Visando construir o Plano de Projeto, utilizaremos o 
modelo SKOPOS que constrói o Plano de Projeto através 
da elaboração do escopo do projeto, e, num segundo mo-
mento, o plano de ação e o plano de controle e avaliação:
PLANO DE PROJETO = ESCOPO + PLANO DE 
AÇÃO + PLANO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO
Veja, abaixo, a Figura 4 que lhe dará uma visão 
ampla da estrutura deste modelo e de seus principais 
componentes.
25
Estrutura do Plano de Projeto
Modelo de Plano de Projeto 
orientado pelo Escopo - SKOPOS
ESCOPO
Situação Geradora
Resultados Esperados
Justificativa
Objetivos
Abrangência
Plano de Ação
Ações, 
atividades, 
tarefas
Estimativa de 
prazos
Custos e 
recursos
Rede de 
tarefas
Planilhas de 
controle
Indicadores
Instrumentos
Cronograma
Matriz de 
produtos e 
resultados
Plano de 
Controle e 
Avaliação
Fonte: MOURA & BARBOSA, 2006, p.51
Figura 4 - Componentes do Modelo do Plano de Projetos 
orientado pelo Escopo
26
1.6.2. Escopo
No escopo do Plano de Projeto no modelo Sko-
pos é preciso identificar os seguintes elementos:
• SITUAÇÃO GERADORA;
• JUSTIFICATIVA;
• OBJETIVOS;
• RESULTADOS ESPERADOS;
• ABRANGÊNCIA DO PROJETO.
1.6.2.1. Situação geradora
A situação geradora consiste nos problemas ou 
necessidades de um indivíduo, coletividade ou da insti-
tuição. Segundo MOURA & BARBOSA (2006), o que 
chamamos de situação geradora ou situação problema 
dependerá da visão analítica do grupo de pessoas que 
estão propondo a realizar determinado projeto:
“Há inúmeros problemas importantes que justificariam 
propostas de projetos igualmente importantes. Entretan-
to, nem todos são reconhecidos como tais e com grau de 
relevância suficiente para justificar propostas de projetos, 
pois isso depende muito da visão analítica das pessoas. 
Portanto, o chamado problema gerador, ou o que de-
nominados de situação geradora do projeto, não é defi-
nido apenas a partir do fato de um problema ou situação 
serem relevantes em si mesmos, mas depende da visão 
do grupo sobre aquilo que é tomado e valorizado como 
sendo um problema ou situação geradora que justificam 
27
a proposição de um projeto.” (MOURA & BARBOSA, 
2006, pág. 64)
Esta situação geradora pode advir de uma situação-
tipo no método de formação (temas livres), método 
de resolução de problemas concretos (questões físicas 
ou sociais); ou no método de investigação/resolução 
de problemas ou temas dentro de um programa de 
ensino/aprendizagem ou de formação. (CASTRO & 
RICARDO, 2003, págs. 30-31)
E para a elaboração do problema em forma de 
questão é preciso considerar alguns requisitos impor-
tantes: deverá ser considerado um problema real e 
importante; ser significativo, ou seja, trazer novos con-
hecimentos; relacionar teoria e prática. (CASTRO & 
RICARDO, 2003, pág. 30)
A clareza na definição do problema é essencial para 
o bom andamento do projeto, pois saber ao certo o que 
se quer resolver possibilitará a construção de objetivos 
e metodologias com vistas a resolvê-lo.
E para construir um problema de forma clara é 
importante considerar alguns aspectos:
• O que você já sabe sobre o problema: o que você 
já sabe sobre este problema significa reunir dados con-
hecidos, observações reais e um diagnóstico da reali-
dade em que este problema está inserido;
• É importante identificar quais são as causas e os 
efeitos conhecidos do problema, pois esta visualização 
permite identificar a raiz do problema e buscar soluções 
mais eficazes.
28
Veja um exemplo: identificando causas e efeitos de 
um problema:
PROBLEMA: alto índice de reprovação no 9.º ano do 
Ensino Fundamental;
CAUSAS: ausência de um acompanhamento escolar nos 
anos iniciais; precariedade no sistema de avaliação; apoio 
precário familiar; métodos pedagógicos inadequados;
EFEITOS: degradação da autoestima dos alunos; 
evasão escolar.
Avaliação 
deficitária
Vivência 
escolar
Aprovação 
imediata
Evasão 
Escolar
REPROVAÇÃO
Pouco 
acompanhamento
Descrédito da 
instituição escola
Métodos 
inadequados
CAUSAS
EFEITOS
Degradação 
auto-estima
Figura 5 - Causas e efeitos
29
O problema-central identificado pelo coletivo 
escolar foi o da reprovaçãoescolar no 9.º ano do En-
sino Fundamental. E a causa principal identificada foi 
a aprovação imediata e o efeito principal o da evasão 
escolar.
O próximo passo é identificar as causas secundári-
as e os efeitos secundários relacionados ao problema 
central (reprovação no 9.º ano).
Apontadas as causas secundárias relacionadas ao 
problema central possibilita pensar ações (objetivos es-
pecíficos) para combater tais causas:
• O sistema de avaliação precisa ser revisto: o que 
avaliar (habilidades e competências); como avaliar (me-
todologia de avaliação: avaliação com questões subjeti-
vas e objetivas; de interpretação, inferência e raciocínio 
lógico); critérios claros para avaliação; 
• Acompanhamento deficitário: este acompanha-
mento pode ser o acompanhamento familiar e o acom-
panhamento escolar que estão deficitários. Quanto ao 
acompanhamento familiar é preciso continuamente que 
a escola resgate o diálogo com os pais visando reafirmar 
a importância da parceria família-escola. A construção 
desta parceria precisa estar entre os objetivos centrais do 
(a) gestor (a) escolar. E quanto ao acompanhamento es-
colar é importante que haja um monitoramento efetivo 
dos alunos quanto ao desenvolvimento afetivo, social, 
psicológico e de aprendizagem. Este monitoramento 
quando construído na interação gestor-coordenador-
educador possibilita estabelecer diretrizes pedagógicas 
de intervenção para sanar as dificuldades apontadas.
30
• Quanto aos métodos inadequados pode-se pensar 
como se tem efetivado a prática do dia a dia na sala de 
aula e apontar novos processos para construção do con-
hecimento escolar. Pensar os métodos significa pensar 
novas dinâmicas de produção do conhecimento, rever os 
meios e os fins das práticas escolares e pensar o sujeito 
do conhecimento como coparticipante deste processo.
Quanto aos efeitos identificados a “evasão esco-
lar” apareceu novamente como um pesadelo. E junto 
a ela novos efeitos surtem no ambiente escolar como a 
degradação da autoestima dos alunos e dos educadores, 
questões relacionadas à violência escolar e a percepção 
da instituição escola como uma instituição desacredi-
tada, sem relevância na vida destes alunos.
Neste processo de definição coletiva da questão-
problema é de fundamental importância o suporte do 
(a) gestor (a) assumindo o papel de líder e de interlocu-
tor acerca das questões que permeiam o problema e que 
foram evidenciadas pelo grupo. (DANIEL, 2013)
A constituição de momentos coletivos organizados 
pelo (a) gestor (a) com estratégias e argumentos impor-
tantes para a definição do problema e de suas principais 
causas e efeitos motivam o grupo a assumir responsa-
bilidades e a tornar-se parte como sujeito que produz 
diferença no ambiente em que está inserido. Possibilitar 
à comunidade escolar encontros, através dos quais terão 
a oportunidade de compartilhar questões-problema, 
com as quais vivenciam será uma oportunidade para es-
tabelecerem ações e comprometimentos que agregarão 
ganhos às finalidades do projeto.
31
1.6.2.2. Justificativa
A justificativa do projeto é a razão de ser do proje-
to. E precisa conter de forma fundamentada elementos 
que sustentam a situação geradora: 
• DIAGNÓSTICO SITUACIONAL;
• REFERENCIAL TEÓRICO;
• DADOS ESTATÍSTICOS;
• INFORMAÇÕES DESCRITORAS DA RE-
ALIDADE ANTERIOR AO PROJETO.
(MOURA & BARBOSA, 2006, pág. 70)
O diagnóstico poderá ser obtido através de ques-
tionários ou dos resultados obtidos em avaliações. Uma 
vez que o problema foi identificado é importante obter 
informações sobre o mesmo através de um diagnóstico 
a partir da realidade em que o mesmo se encontra. A 
análise dos questionários sobre a realidade investigada 
poderá dar ao grupo elementos para realizar a justifica-
tiva do projeto.
O referencial teórico consiste no aprofundamento 
do tema em que o problema está circunscrito. Este 
aporte teórico possibilitará construir uma reflexão sobre 
o problema em análise, a partir do estudo de trabalhos 
com problemas semelhantes ao que iremos investigar. E 
feito estes apontamentos é importante compartilhar in-
formações da realidade estudada, traçando um paralelo 
entre o aporte teórico e a realidade investigada no projeto.
Através do apontamento destes elementos citados 
acima se compreenderá melhor a realidade vivenciada, 
32
e a partir desta compreensão será mais fácil alcançar os 
objetivos propostos.
1.6.2.3. Objetivos
Os objetivos estão relacionados aos resultados que 
se espera alcançar no projeto estabelecido. Expressam 
as finalidades ou propósito a ser alcançado. São defini-
dos em Objetivos Gerais e Objetivos Específicos.
O OBJETIVO GERAL de um Projeto Geral ex-
pressa o PARA QUÊ de o projeto que será implemen-
tado. E expressa em caráter geral uma solução direta 
ao problema que está sendo investigado. Seguindo o 
exemplo: PROBLEMA: alto índice de reprovação no 
9.º ano do Ensino Fundamental. OBJETIVO GERAL: 
contribuir para a melhoria do rendimento dos alunos 
do 9.º ano do Ensino Fundamental.
O objetivo geral é uma resposta geral ao problema 
que está sendo investigado. É importante salientar que 
os verbos recomendados para expressar Objetivos Ge-
rais são verbos amplos: contribuir, ampliar, favorecer, 
estimular, incentivar, promover, adequar, propiciar.
Os OBJETIVOS ESPECÍFICOS de um projeto ex-
pressam ações orientadas com um fim específico, ou seja, é 
uma ação declarada que expressa uma finalidade específica 
a um resultado esperado. Estes objetivos estão relaciona-
dos diretamente aos resultados esperados do projeto.
Os verbos utilizados para expressar os Objetivos 
Específicos são aqueles que indicam com precisão 
33
uma ordem específica: desenvolver, verificar, analisar, 
aplicar, descrever, fazer, executar, identificar, usar, pro-
duzir, redigir etc. É importante também declarar ape-
nas uma intenção em cada objetivo específico. Consid-
erando o problema abaixo: PROBLEMA: alto índice 
de reprovação no 9.º ano do Ensino Fundamental. 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS (devem expressar ações 
específicas para os resultados que pretendo alcançar 
com este projeto): *Implementar política de formação 
curricular para o corpo docente; *Produção de mate-
riais pedagógicos para melhoria do aprendizado no 9.º 
ano do Ensino Fundamental; *Aumentar o índice de 
aproveitamento nas disciplinas do 9.º ano do Ensino 
Fundamental.
Os objetivos específicos se relacionam diretamente 
aos resultados que pretendo alcançar com este projeto.
1.6.2.4. Resultados esperados
Os resultados esperados estão associados ao ob-
jetivo geral e aos objetivos específicos estabelecidos no 
Projeto. Todas as ações indicadas no plano do projeto 
indicarão o caminho a ser seguido durante a implemen-
tação das atividades.
Antes de nos atermos aos resultados esperados, 
vale à pena compreender a diferença entre resultado, 
produto e impacto num projeto educacional. Este es-
clarecimento é importante na medida em que nos leva 
ao entendimento de que para obter os resultados es-
34
perados há um processo (conjunto de ações previstas), 
que promoverá os resultados que esperamos.
Um projeto para ser desenvolvido apresenta em 
seu Plano de Projeto um conjunto de atividades e tare-
fas que expressam os objetivos do projeto para alcançar 
determinado resultado. O PRODUTO é o resultado 
das atividades e tarefas desenvolvidas durante o pro-
cesso de execução do projeto.
Os RESULTADOS podem ser visualizados 
através dos benefícios diretos obtidos no desenvolvi-
mento do projeto. Em resumo os RESULTADOS são 
consequência dos produtos, pois indicam o progresso 
na realização dos objetivos propostos.
O IMPACTO obtido na implementação de um 
projeto constitui-se nos BENEFÍCIOS ESTENDI-
DOS do projeto, ou seja, os benefícios indiretos, esten-
didos dos resultados.
Vejamos a figura 6 contendo o exemplo que vem 
sendo utilizado:
Atividades de 
formação e de 
implementação de 
um currículo por 
competências
Processo
(atividades e tarefas)
Resultado
(benefícios)
Produto
(consequênciados processos)
Impacto
(benefícios específicos)
Novas práticas 
pedagógicas no 
9º ano do Ensino 
Fundamental
Aumento da 
motivação dos 
alunos do 9º ano
Maior interesse dos 
alunos do 9º ano
Adaptação do modelo de MOURA & BARBOSA, 2006 
Figura 6 - Resultados esperados
35
*Situação geradora: alto índice de reprovação no 
9.º ano do Ensino Fundamental.
*Objetivo Geral: contribuir para a melhoria do 
rendimento dos alunos do 9.º ano do Ensino Fundamental.
*Objetivos Específicos: implementar política de 
formação curricular para o corpo docente, implementar 
novas diretrizes no currículo do 9.º ano, produzir ma-
teriais pedagógicos para melhoria do aprendizado no 
9.º ano, efetivar melhorias nos processos de avaliação 
por disciplina, aumentar o índice de aproveitamento 
nas disciplinas.
*Processo (ações previstas): atividade de for-
mação para o corpo docente; implementação de um 
currículo por competências; produção de materiais 
pedagógicos para o 9.º ano.
*Produto: novas práticas pedagógicas no 9.º ano.
*Resultados Esperados: aumento da motivação 
destes alunos.
*Impacto: maior interesse destes alunos pelas dis-
ciplinas escolares.
1.6.2.5. Abrangência do projeto
A abrangência do projeto diz respeito à amplitude 
do projeto. Podemos dizer que o principal elemento que 
a abrangência de um projeto precisa conter diz respeito a:
• EXTENSÃO (PÚBLICO-ALVO; ÁREA DE 
ATUAÇÃO);
36
• CONDIÇÕES DE CUSTO;
• CONDIÇÕES DE TEMPO DISPONÍVEL;
• CONDIÇÕES DE RECURSOS NECESSÁRIOS.
Definir a abrangência de um projeto significa 
traçar o domínio do projeto: a que público alcançará 
recursos necessários e tempo para desenvolvimento. 
Identificar quem serão os beneficiados com o projeto 
é muito importante, pois identificado o público-alvo se 
poderá traçar as características do mesmo. A definição 
da área de atuação do projeto consiste em estabelecer 
os limites do mesmo, ou seja, será um projeto que atu-
ará, de acordo com o exemplo feito, no 9.º ano do En-
sino Fundamental. Circunscrever o projeto numa área 
de atuação é importante para construir referências para 
as ações que serão implementadas.
As condições de custo dizem respeito ao aspecto 
financeiro do projeto. Neste momento, é muito im-
portante identificar todos os gastos que se terão na 
implementação do projeto. Gastos relacionados à for-
mação da equipe (gastos relacionados aos recursos hu-
manos do projeto) ou à aquisição de equipamentos ou 
maquinários (gastos relacionados aos recursos físicos 
do projeto). É muito importante identificar todos os 
gastos e relacioná-los no projeto.
As condições de tempo referem-se ao início, meio 
e fim de um projeto. Estimar o tempo para realização 
das atividades e tarefas previstas no projeto permite aos 
gestores e aos envolvidos no projeto ter em mente o 
tempo destinado na execução das ações propostas.
37
Quanto aos recursos necessários para o desen-
volvimento de um projeto referem-se aos recursos 
humanos, recursos materiais e recursos financeiros. 
Os recursos financeiros consistem nas verbas previstas 
para implementação do projeto. A partir da análise dos 
recursos financeiros é preciso identificar as prioridades 
de gastos que serão alocadas para os recursos humanos 
e os recursos materiais. Identificar quem serão os re-
sponsáveis pelo desenvolvimento das atividades pre-
vistas, quais equipamentos precisarão ser adquiridos e 
quanto de recurso financeiro será empenhado com os 
recursos que serão necessários, são ações importantes 
para acompanhar os gastos com o projeto.
1.7. Conclusão
Quando objetivamos empreender alguma mudan-
ça na escola, só podemos realizá-la quando lançamos 
mão do planejamento. O planejamento educacional é 
um ato de intervenção técnica e política (CALAZANS, 
1990). Para que os objetivos pensados venham ser 
concretizados precisamos que eles se transformem em 
ações concretas visíveis para toda a equipe escolar.
Um planejamento precisa ser “abraçado” por to-
dos da escola, numa construção técnica e política, ou 
seja, técnica porque precisa construir metodologias que 
beneficiarão a concretização deste. E política no sen-
tido do fazer político, comprometido e responsável de 
todo o grupo.
38
A liderança do gestor é muito importante na me-
dida em que promoverá a interação entre o grupo. Se-
gundo DANIEL (2013, pág. 162), “o gestor enquanto 
um líder que constrói relacionamentos no interior da 
gestão escolar precisa estar aberto ao convívio com 
diferentes personalidades, tendo clareza das relações 
humanas que perpassam no interior da escola”.
O conceito de gestão implica segundo CURY 
(2007) em um ou mais interlocutores para o diálogo em 
busca de respostas às questões postas no ambiente edu-
cacional. Neste sentido, a liderança do gestor precisa 
construir estes relacionamentos para efetivar o diálogo 
entre a equipe escolar.
E este diálogo promove um modelo de gestão 
participativa capaz de possibilitar participação da co-
munidade escolar na definição do escopo do projeto. 
Um escopo bem definido e o comprometimento da 
equipe, através da participação constituirão um pro-
jeto mais eficiente.
39
Questões
1. A partir de suas experiências na área de educação 
reflita e responda:
a) Quais projetos você teve oportunidade de desen-
volver ou de participar? 
b) Você conseguiria identificar neste processo vivido 
as dimensões de planejamento e de gestão? Comente 
como foi sua percepção destas dimensões.
2. O ciclo de vida de um projeto consta de 5 fases. 
Relacione os elementos principais de cada fase de um 
projeto:
1 - Inicialização
( ) Processos de organização, 
coordenação e direção de 
equipes de um projeto.
2 - Planejamento
( ) Identificação da situação 
geradora do projeto.
3 - Execução
( ) Definição dos mecanis-
mos de controle.
4 - Controle
( ) Definição do Plano de 
Projeto.
5 - Encerramento
( ) Etapa final que permite à 
equipe avaliar a realização dos 
processos implementados.
40
3. Um projeto educacional possui 2 dimensões: a di-
mensão de planejamento e a dimensão de gestão. No 
quadro abaixo, relacione as dimensões de um projeto às 
suas respectivas ações:
Elementos 
 do Projeto
Planejamento Gestão
Definição 
do Problema
Plano de Ação
Gestão do Tempo
Gestão de Custos
Definição 
dos Objetivos
Estimativa 
de Custos
Resultados
 Esperados
Indicadores 
de Monitoramento
Indicadores 
de Avaliação
Execução
4. A partir dos enunciados apresentados abaixo, identi-
fique os principais elementos de um escopo de projeto a 
partir do Modelo de Planejamento orientado pelo Esco-
po–Modelo Skopos (Problema, Justificativa, Objetivos, 
Resultados Esperados, Abrangência do Projeto):
41
a) Professores e alunos do Ensino Fundamental.
b) Situação de violência entre professores e alunos do 
Ensino Fundamental.
c) Saída constante dos professores do Ensino Funda-
mental.
d) Contribuir para melhorar a relação de ensino e 
aprendizagem entre professores e alunos do Ensino 
Fundamental.
e) Implementar oficinas de valores no Ensino Funda-
mental.
f) Aumento da motivação em ambiente escolar entre 
professores e alunos.
5. Um projeto nasce a partir da relevância da situação 
geradora. Ou seja, a definição clara de um problema 
central na definição do projeto faz toda diferença. En-
quanto gestor na educação básica, como conceituaria o 
conceito de “problema”?

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