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Métodos e técnicas em gestão de projetos Mírian Queiroz de Souza Daniel 1a Edição / Setembro / 2014 Impressão em São Paulo - SP Editora Catalogação elaborada por Glaucy dos Santos Silva - CRB8/6353 Coordenação Geral Nelson Boni Coordenação de Projetos Leandro Lousada Professora Responsável Míriam Queiroz de Souza Daniel Projeto Gráfico, Capa e Diagramação Vitor Bioni Bertollini Revisão Ortográfica Célia Ferreia Pinto 1a Edição: Julho de 2014 Impressão em São Paulo/SP Copyright © EaD KnowHow 2011 Nenhuma parte dessa publica- ção pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição. Métodos e técnicas em gestão de projetos Apresentação Prezado (a) aluno (a) A disciplina “Métodos e Técnicas em Gestão de Projetos” reúne uma reflexão sobre noções básicas so- bre a metodologia e gestão de projetos educacionais no espaço da Gestão Escolar da Educação Básica. Para a organização didática do assunto tratado nesta discipli- na, elaborou-se por motivos didáticos, uma organização dos temas em unidades. Na unidade 1, apresentaremos as dimensões de planejamento e de gestão de um projeto. E estas di- mensões serão analisadas a partir do estudo de dois modelos de planejamento e gestão de projetos con- hecidos mundialmente: PMI – Project Management Institute (Instituto de Administração de Projetos) e o Modelo de Planejamento Orientado pelo Escopo – Skopos, ao qual nos ateremos com mais atenção a este modelo. Este modelo apresenta o Plano de Projeto através da elaboração do Escopo do projeto, e num segundo momento o Plano de Ação e o Plano de Controle e Avaliação. Nesta unidade, analisaremos os elementos principais do Escopo. Na unidade 2, analisaremos, num primeiro mo- mento, os processos ao planejamento e à gestão de um projeto relacionados a partir do Modelo Skopos. Ana- lisar os principais elementos do Plano de Ação e do Plano de Controle e Avaliação de um projeto. E, num segundo momento, apresentar os elementos presentes Apresentação no Plano de Execução de um projeto. A reflexão destes processos dará aos gestores escolares instrumentos teóricos para procedimentos na tarefa de planejar e gerir projetos no âmbito escolar. Na unidade 3, refletiremos sobre os processos da gestão escolar da Educação Básica, a partir dos proces- sos de abertura democrática, instituídos a partir da dé- cada de 90, construindo um paradigma de gestão esco- lar descentralizada em sua estrutura e com um modelo democrático. A apresentação da legislação relacionada à implementação deste novo paradigma dá fundamentos a esta análise. O perfil de liderança de gestores e análise dos processos de implementação do Projeto Político- Pedagógico, também, serão apresentados. Na unidade 4, apresentaremos uma reflexão sobre os processos de implementação de projetos sociais e de projetos de cooperação técnica. Para isto, apresen- tamos o conceito de gestão social e a relação entre os processos de democratização da gestão na promoção de parcerias efetivadas a partir da construção de Pro- jetos Sociais e de Projetos de Cooperação Técnica. A apresentação de um modelo de Projeto Social e de um Modelo de Projeto de Cooperação Técnica como viabi- lização de novos projetos no campo da gestão escolar. Sumário UNIDADE 1 - Introdução à metodologia de planejamento e gestão de projetos UNIDADE 2 - Detalhando o Plano de Ação, o Plano de Monitoramento e Avaliação e o Plano de Execução de um projeto UNIDADE 3 - A Gestão Escolar da Educação Básica: legislação, planejamento e novos paradigmas UNIDADE 4 - Elaboração de Projetos Sociais e de Projetos de Cooperação REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 7 43 81 123 157 7 UNIDADE 1 Introdução à Metodologia de Planejamento e Gestão de Projetos 9 Caro(a) aluno(a) Seja bem-vindo(a)! Nesta primeira unidade, faremos uma introdução à metodologia de gestão de projetos através de uma breve contextualização histórica e apresentaremos de maneira geral dois modelos de gestão de projetos mais conhe- cidos: PMI - Project Management Institute (Instituto de Gestão de Projetos) e o Modelo de Planejamento de Projetos Orientado pelo Escopo – MODELO SKO- POS. Daremos orientações sobre os principais elemen- tos presentes nestes modelos de projeto. Bons estudos!!! 11 1.1. Introdução Afinal, o que significa o termo Gestão de Projetos? O que significa esta metodologia? Quais são os benefí- cios desta metodologia no campo educacional? Desde os tempos mais antigos se fazem projetos. Projetar algo significa segundo o dicionário Aurélio pla- near, planejar. E projeto vem do latim projectu (lançado para diante) e retrata um empreendimento a ser realizado dentro de um determinado esquema: projeto adminis- trativo, projetos educacionais. Ou seja, um projeto é um empreendimento que precisa ser realizado com plane- jamento e visa à construção de objetivos específicos. Segundo MOURA; BARBOSA (2006) um projeto significa um caminho seguro para introduzir mudanças. E para obter sucessos num determinado planejamento utiliza-se modelos de gestão, cujos princípios e me- todologias têm evoluído desde a década de 40, visando construir procedimentos importantes para alcançar as mudanças pretendidas. Alguns modelos de planejamento e gestão de pro- jetos mais conhecidos são: PMI – Project Management Institute (Instituto de Gerenciamento de Projetos); ZOPP – Zielorientierte Projekt Planung (Planejamento de Projetos Orientado para Objetivos); Modelo Skopos. Estes modelos foram construídos a partir de metodologias das quais podemos nos apropriar para elaborar projetos na escola visando resolver questões- problema que se apresentam como desafio no contexto educacional público e privado. 12 A compreensão dos principais conceitos referentes à metodologia e planejamento de gestão de projetos educacionais instrumentalizará os processos da gestão escolar e dará aos gestores escolares maiores habilidade para pensar ações efetivas no ínterim escolar, através do desenvolvimento de projetos. 1.2. Breve histórico A gestão de projetos tem evoluído desde a Se- gunda Guerra Mundial, através do desenvolvimento do Projeto Manhattan, um projeto que teve por objetivo a criação das primeiras armas nucleares. Neste projeto, foi evidenciada uma nova metodolo- gia através da criação de métodos de PLANEJAR, EXECUTAR E CONTROLAR, construindo assim uma possibilidade de obter melhores resultados. (SOTILLE, s/d, pág.1) A Nasa e o Departamento de Defesa Americano (DoD) contribuíram para o desenvolvimento da ciência de gerenciamento de projeto. E, em 1969, foi fundado o PMI (Project Management Institute) visando promover o uso de técnicas de gerenciamento de projetos. Em 1984, o PMI publicou o primeiro conjunto de padrões em gerenciamento de projetos, PMBOK (Project Man- agement Body of Knowleadge). Na área educacional, os primeiros grandes proje- tos de ensino destinaram-se a produzir novos recursos didáticos, novos métodos e concepções de ensino e 13 inovação quanto aos conteúdos curriculares, nas déca- das de 50 e 60. (MOURA; BARBOSA, 2006) A necessidade de sistematizar conceitos, méto- dos e técnicas passando pela fase de concepção, pelo planejamento, execução, acompanhando sua avaliação final, tem sido um instrumento importante para a área educacional. 1.3. Tipologia de projeto Há, no campo educacional, certa confusão sobre os vários tipos de projetos existentes. Todo projeto constitui em uma atividade eminentemente instrutiva, considerado como alternativa importante para os siste- mas educacionais seja como solução para vários problemas; seja como forma de introdução de inovações. (MOURA; BAR- BOSA, 2006, pág.19) MOURA; BARBOSA (2006, págs. 27-28) constru- iu uma tipologia de Projetos. Segue, abaixo, um resumo das principais características destes projetos de acordo com os autores acima: *Projeto de Intervenção: são projetos desen- volvidos no âmbito de um sistema educacionalou de uma organização. Como o próprio nome diz este projeto tem a intenção de promover uma intervenção, propriamente dita, no contexto em foco, através da introdução de modificações na estrutura (organização) e/ou dinâmica (operação) do sistema ou organização, 14 afetando positivamente seu desempenho em função de problemas que resolve. *Projeto de Pesquisa: são projetos que têm por objetivo obter conhecimentos sobre determinado problema ou questão, com garantia de verificação ex- perimental (existem ainda os projetos de pesquisa que podem ser estudados à parte através de uma rica litera- tura e abrangente). *Projeto de Desenvolvimento (ou de Produto): estes projetos ocorrem no âmbito de um sistema ou organização com a finalidade de produção ou implan- tação de novas atividades, serviços ou “produtos”. *Projetos de Ensino: são projetos elaborados dentro de uma ou mais disciplinas dirigidos à melhoria do processo de ensino-aprendizagem. São executados pelos professores. *Projetos de Trabalho: são projetos desenvolvi- dos por alunos em uma ou mais disciplinas, no contexto escolar, sob a orientação do professor, e tem por obje- tivo a aprendizagem de conceitos e desenvolvimento de competências e habilidades específicas. São executados pelos alunos. Os projetos são classificados de acordo os tipos de objetivos a que se propõem. Cada projeto agrega al- gumas características principais sendo assim, podemos 15 pensar nos principais elementos que compõem a es- trutura de cada um destes projetos. (Veja a Figura 1) Projeto de intervenção • APRESENTAÇÃO (diagnóstico); • JUSTIFICATIVA (motivo); • OBJETIVOS (para quê) • PÚBLICO- ALVO (a serviço de quem); • METAS; • METODOLOGIA (como); • RECURSOS (humanos, materiais, financeiros); • AVALIAÇÃO; • ORÇAMENTO; • CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO. (Fonte: http://www.unitins.br/servicosocial/arquivos/ estagio/anexoVII.pdf) Projeto de pesquisa • INTRODUÇÃO; • PROBLEMA; • HIPÓTESE; • JUSTIFICATIVA; • OBJETIVOS; • METODOLOGIA; • CRONOGRAMA DE PESQUISA; • BIBLIOGRAFIA. Projetos de desenvolvi- mento (ou de produto) • INICIALIZAÇÃO; • PLANEJAMENTO (Objetivos, Resul- tados, Recursos, Estimativa e Prazos); • EXECUÇÃO; • CONTROLE; • ENCERRAMENTO; Figura 1- Principais elementos estruturais dos projetos. 16 Projetos de ensino • ESCOLHA DO TEMA; • PROBLEMA CENTRAL E PARCELARES; • PLANEJAMENTO DO TRABALHO (levantamento de recursos e informações; organização do tempo, de tarefas e preparo do trabalho de campo); • TRABALHO DE CAMPO; • AVALIAÇÃO DO PROCESSO; • TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO RECOLHIDA (RELATÓRIOS); • APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS; • BALANÇO. Fonte: CASTRO & RICARDO (2003) Projeto de trabalho • INTRODUÇÃO; • OBJETIVOS; • FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA; • PROCEDIMENTO METODOLÓGICO; • CRONOGRAMA DE ATIVIDADES; • BIBLIOGRAFIA. Fonte: (OLIVEIRA, 2008, pág.142) 1.4. Metodologias relacionadas à gestão de projetos O trabalho com projetos se estrutura em fases de de- senvolvimento e cada fase pressupõe um conjunto de atividades e processos que se integram e se relacionam constituindo o Ciclo de Vida do Projeto. Um projeto educacional possui duas dimensões: dimensão de planejamento e dimensão de gestão. 17 A dimensão de planejamento consiste em definir o problema central que se está investigando, justifica- tiva, objetivos, recursos, e mecanismos de controle e avaliação definidos num fazer processual. Enquanto a dimensão de gestão consiste na coordenação dos pro- cessos de implementação do que foi planejado. Veremos, abaixo, a figura que representa as fases das dimensões de planejamento e de gestão de um projeto. Fonte: MOURA & BARBOSA, 2006, p.41 Figura 2 - As duas dimensões básicas de um Projeto: Planejamento e Gestão. 18 A dimensão planejamento (DIMENSÃO DOCUMENTAL) aparece relacionada à produção do documento que precisará conter as concepção e diretrizes pedagógicas que alinham este projeto; as questões-problema que o norteiam; os objetivos que se pretende alcançar; o Plano de Ação e o Plano de Con- trole de um projeto. A dimensão da gestão (DIMENSÃO GEREN- CIAL) condiz com a maneira de gerenciar este projeto através da execução e controle deste. Para a fase de ex- ecução precisam-se definir equipes, recursos humanos e materiais, ações de execução e ações de controle. A partir da apresentação geral dos elementos des- tas dimensões, iremos aprofundar um pouco mais nos modelos de planejamento e de gestão de projetos, que trataremos neste livro. 1.5. Modelos de planejamento e gestão de projetos Um modelo de planejamento e gestão de proje- tos pretende ser uma representação dos componentes, estrutura e processos que ocorrem nas fases de um projeto. A busca pela qualidade na realização de pro- jetos levou ao desenvolvimento de metodologias que resumem importantes elementos, que poderão auxiliar a eficiência e eficácia do projeto. Apresentaremos dois modelos de planejamento e gestão de projetos conhecidos mundialmente: PMI 19 – Project Management Institute (Instituto de Admin- istração de Projetos) e o Modelo Skopos (MOURA & BARBOSA, 2006, págs. 41-47). Buscaremos com- preender seus elementos principais e a instituição dos processos de planejamento que agregam. As metodologias desenvolvidas em Planejamento e Gestão de Projetos contribuem para que avancemos no sentido de construir mapeamentos, análises e reflexões durante as fases do projeto, evitando o fazer pelo viés cotidiano e intuitivo. Segundo CAMPOS (1996, pág. 32) são condições vitais para o sucesso do projeto: a liderança da adminis- tração e a focalização da emoção, do entusiasmo e do conhecimento de todos os funcionários da instituição. A liderança da equipe gestora no ambiente escolar é elemento imprescindível para o sucesso do projeto assim como, a motivação e o acesso às informações e conhecimentos, que o projeto traz. No Planejamento e Gestão de Projetos, o con- hecimento destas metodologias são também impre- scindíveis, pois corroboram para a identificação dos processos que precisam compor o desafio presente na situação em que o projeto foi gerado. O estudo destes modelos não significa que são receitas prontas para aplicarmos aos projetos que pre- tendemos desenvolver em nossas escolas, mas, sim, pretendem indicar caminhos e nos implicar com mais conhecimento às questões inúmeras que se apresentam no contexto educativo. 20 1.5.1. Modelo PMI Este modelo – Project Management Institute (PMI) é uma referência mundial e apesar de não ser um modelo ainda adotado no ambiente escolar, vale a pena analisá-lo “tendo em vista que se trata de uma referência de plane- jamento e gestão de projetos em âmbito mundial e por trazer conceitos básicos e relevantes na área de projetos”. (MOURA & BARBOSA, 2006, pág. 42) A concepção de gerenciamento de projetos para o PMI significa, portanto, a aplicação de conhecimentos, habilidades e técnicas visando à execução eficaz de um projeto. Eficaz no sentido de nos possibilitar um moni- toramento das atividades que serão realizadas e conse- quentemente a efetivação dos objetivos propostos. Os processos do gerenciamento de projetos no modelo PMI, envolvem 5 grupos, a saber: Inicialização, Planejamento, Execução, Monitoramento e Controle, e Encerramento. A figura abaixo: Inicialização Planejamento Execução Controle Encerramento Fonte: MOURA & BARBOSA, 2006, p.44 Figura 3 - Interações entre Planejamento, Execução e Controle 1- Os processos de Inicialização permitem con- ceber as primícias de um projeto: reconhecimento do 21 1.5.2. Modelo de planejamento orientado pelo escopo (modelo SKOPOS) valor deste projeto; identificação da questão problema ou situação geradora e abrangência do projeto. 2- Os processos de Planejamento consistem na definição do plano em que este projeto se apoiará: definição dos objetivos, resultados esperados, recursos, estimativa de custos, prazos. O Documento do Plano de Projeto é crucial para se definir estas atividades. 3- Os Processosde Execução definem a organi- zação, coordenação e direção de equipes conforme o planejamento. Daí, a importância da correlação entre os processos indicada pelas setas: se planeja, executa o que está no planejamento, e ao mesmo tempo se verifica os mecanismos de controle sobre os Processos de Plane- jamento e sobre os Processos de Execução. 4- Os Processos de Encerramento também se rela- cionam com os Processos de Controle, visando monit- orar todas as fases do projeto com o objetivo de manter os prazos previstos, adequação dos recursos em tempo hábil, desenvolvimento das atividades programadas. Este modelo de planejamento, um modelo que os educadores utilizam para fazer projetos, reúne no Plano de Projeto três componentes básicos: PLANO DE PROJETO = ESCOPO + PLANO DE AÇÃO + PLANO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO. Fonte: MOURA & BARBOSA, 2006, pág. 47. 22 Vale lembrar que o Plano de Projeto é o documen- to que norteia a escrita deste, pois define os elementos centrais para realizar o projeto: Qual é o Problema que buscamos resolver? Qual será a concepção pedagógica que nos apoiaremos para resolvê-lo (Objetivos)? Quem serão os beneficiados? Como realizaremos os objetivos a que estamos nos propondo? Quais estratégias de acompanhamento e avaliação nós adotaremos? Estas perguntas permeiam o Plano de Projeto que deverá apresentar “de forma completa e organizada toda a concepção, fundamentação, planejamento e meios de acom- panhamento e avaliação do projeto, sendo referência básica para sua execução”. (MOURA & BARBOSA, 2006, pág. 46) No modelo SKOPOS, o ESCOPO DO PLANO DE PROJETOS é tomado como referência para a elaboração de todo o plano. Na figura, abaixo, veremos os elementos do escopo: Os elementos do ESCOPO respondem às questões: • O QUÊ? (SITUAÇÃO-PROBLEMA); • POR QUÊ? (JUSTIFICATIVA); • PARA QUÊ? (OBJETIVOS); • PARA QUEM? (PÚBLICO-ALVO; ÁREA DE ATUAÇÃO); • PRODUTO FINAL? (RESULTADO). Depois de respondidas estas questões presentes no ESCOPO do Plano de Projeto, passamos aos el- ementos do PLANO DE AÇÃO. 23 • COMO E QUAIS SERÃO AS AÇÕES? • EM QUAIS PRAZOS? • QUAIS CUSTOS E RECURSOS? • QUEM SERÃO OS RESPONSÁVEIS? • DE QUE MANEIRA AVALIAREMOS? • QUE INDICADORES UTILIZAREMOS? • COMO OBTEREMOS OS DADOS EM CADA FASE DO PROJETO? O PLANO DE AÇÃO representa os esforços que teremos para realizar os objetivos do projeto e respon- dem às questões: Quanto ao PLANO DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO (PMA) deverá expressar todos os procedi- mentos necessários para realizar o monitoramento das ações (atividades e tarefas) estipuladas na fase de execução. Este monitoramento tem a finalidade de estabelecer um acompanhamento sistemático destas ações para que haja o cumprimento dos prazos estipulados, para que se tenha certeza de que os recursos chegaram às mãos de cada equipe responsável, e para que haja comunicação entre as equipes responsáveis por cada processo. Neste sentido, as estratégias adotadas para este monitoramento buscam responder às seguintes questões: Estas perguntas suscitam a construção de estraté- gias importantes para monitorar e avaliar se os resulta- dos obtidos na fase de execução estão alinhados com o que se planejou. 24 Os modelos apresentados para o planejamento e gestão de projetos servirão como base teórica que nos possibilitarão pensar, através da metodologia que agregam aspectos importantes para a constituição de projetos no ínterim da escola. Para o estudo do próximo tópico nos apoiaremos no Modelo SKOPOS como guia para a construção de uma referência para projetos, que poderemos desen- volver na escola. O modelo de Plano de Projeto orientado pelo es- copo – MODELO SKOPOS- nos auxiliará como fer- ramenta para a gestão de projetos escolares. 1.6. Elaboração do plano de projeto a partir do modelo SKOPOS 1.6.1. Plano de projeto Visando construir o Plano de Projeto, utilizaremos o modelo SKOPOS que constrói o Plano de Projeto através da elaboração do escopo do projeto, e, num segundo mo- mento, o plano de ação e o plano de controle e avaliação: PLANO DE PROJETO = ESCOPO + PLANO DE AÇÃO + PLANO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO Veja, abaixo, a Figura 4 que lhe dará uma visão ampla da estrutura deste modelo e de seus principais componentes. 25 Estrutura do Plano de Projeto Modelo de Plano de Projeto orientado pelo Escopo - SKOPOS ESCOPO Situação Geradora Resultados Esperados Justificativa Objetivos Abrangência Plano de Ação Ações, atividades, tarefas Estimativa de prazos Custos e recursos Rede de tarefas Planilhas de controle Indicadores Instrumentos Cronograma Matriz de produtos e resultados Plano de Controle e Avaliação Fonte: MOURA & BARBOSA, 2006, p.51 Figura 4 - Componentes do Modelo do Plano de Projetos orientado pelo Escopo 26 1.6.2. Escopo No escopo do Plano de Projeto no modelo Sko- pos é preciso identificar os seguintes elementos: • SITUAÇÃO GERADORA; • JUSTIFICATIVA; • OBJETIVOS; • RESULTADOS ESPERADOS; • ABRANGÊNCIA DO PROJETO. 1.6.2.1. Situação geradora A situação geradora consiste nos problemas ou necessidades de um indivíduo, coletividade ou da insti- tuição. Segundo MOURA & BARBOSA (2006), o que chamamos de situação geradora ou situação problema dependerá da visão analítica do grupo de pessoas que estão propondo a realizar determinado projeto: “Há inúmeros problemas importantes que justificariam propostas de projetos igualmente importantes. Entretan- to, nem todos são reconhecidos como tais e com grau de relevância suficiente para justificar propostas de projetos, pois isso depende muito da visão analítica das pessoas. Portanto, o chamado problema gerador, ou o que de- nominados de situação geradora do projeto, não é defi- nido apenas a partir do fato de um problema ou situação serem relevantes em si mesmos, mas depende da visão do grupo sobre aquilo que é tomado e valorizado como sendo um problema ou situação geradora que justificam 27 a proposição de um projeto.” (MOURA & BARBOSA, 2006, pág. 64) Esta situação geradora pode advir de uma situação- tipo no método de formação (temas livres), método de resolução de problemas concretos (questões físicas ou sociais); ou no método de investigação/resolução de problemas ou temas dentro de um programa de ensino/aprendizagem ou de formação. (CASTRO & RICARDO, 2003, págs. 30-31) E para a elaboração do problema em forma de questão é preciso considerar alguns requisitos impor- tantes: deverá ser considerado um problema real e importante; ser significativo, ou seja, trazer novos con- hecimentos; relacionar teoria e prática. (CASTRO & RICARDO, 2003, pág. 30) A clareza na definição do problema é essencial para o bom andamento do projeto, pois saber ao certo o que se quer resolver possibilitará a construção de objetivos e metodologias com vistas a resolvê-lo. E para construir um problema de forma clara é importante considerar alguns aspectos: • O que você já sabe sobre o problema: o que você já sabe sobre este problema significa reunir dados con- hecidos, observações reais e um diagnóstico da reali- dade em que este problema está inserido; • É importante identificar quais são as causas e os efeitos conhecidos do problema, pois esta visualização permite identificar a raiz do problema e buscar soluções mais eficazes. 28 Veja um exemplo: identificando causas e efeitos de um problema: PROBLEMA: alto índice de reprovação no 9.º ano do Ensino Fundamental; CAUSAS: ausência de um acompanhamento escolar nos anos iniciais; precariedade no sistema de avaliação; apoio precário familiar; métodos pedagógicos inadequados; EFEITOS: degradação da autoestima dos alunos; evasão escolar. Avaliação deficitária Vivência escolar Aprovação imediata Evasão Escolar REPROVAÇÃO Pouco acompanhamento Descrédito da instituição escola Métodos inadequados CAUSAS EFEITOS Degradação auto-estima Figura 5 - Causas e efeitos 29 O problema-central identificado pelo coletivo escolar foi o da reprovaçãoescolar no 9.º ano do En- sino Fundamental. E a causa principal identificada foi a aprovação imediata e o efeito principal o da evasão escolar. O próximo passo é identificar as causas secundári- as e os efeitos secundários relacionados ao problema central (reprovação no 9.º ano). Apontadas as causas secundárias relacionadas ao problema central possibilita pensar ações (objetivos es- pecíficos) para combater tais causas: • O sistema de avaliação precisa ser revisto: o que avaliar (habilidades e competências); como avaliar (me- todologia de avaliação: avaliação com questões subjeti- vas e objetivas; de interpretação, inferência e raciocínio lógico); critérios claros para avaliação; • Acompanhamento deficitário: este acompanha- mento pode ser o acompanhamento familiar e o acom- panhamento escolar que estão deficitários. Quanto ao acompanhamento familiar é preciso continuamente que a escola resgate o diálogo com os pais visando reafirmar a importância da parceria família-escola. A construção desta parceria precisa estar entre os objetivos centrais do (a) gestor (a) escolar. E quanto ao acompanhamento es- colar é importante que haja um monitoramento efetivo dos alunos quanto ao desenvolvimento afetivo, social, psicológico e de aprendizagem. Este monitoramento quando construído na interação gestor-coordenador- educador possibilita estabelecer diretrizes pedagógicas de intervenção para sanar as dificuldades apontadas. 30 • Quanto aos métodos inadequados pode-se pensar como se tem efetivado a prática do dia a dia na sala de aula e apontar novos processos para construção do con- hecimento escolar. Pensar os métodos significa pensar novas dinâmicas de produção do conhecimento, rever os meios e os fins das práticas escolares e pensar o sujeito do conhecimento como coparticipante deste processo. Quanto aos efeitos identificados a “evasão esco- lar” apareceu novamente como um pesadelo. E junto a ela novos efeitos surtem no ambiente escolar como a degradação da autoestima dos alunos e dos educadores, questões relacionadas à violência escolar e a percepção da instituição escola como uma instituição desacredi- tada, sem relevância na vida destes alunos. Neste processo de definição coletiva da questão- problema é de fundamental importância o suporte do (a) gestor (a) assumindo o papel de líder e de interlocu- tor acerca das questões que permeiam o problema e que foram evidenciadas pelo grupo. (DANIEL, 2013) A constituição de momentos coletivos organizados pelo (a) gestor (a) com estratégias e argumentos impor- tantes para a definição do problema e de suas principais causas e efeitos motivam o grupo a assumir responsa- bilidades e a tornar-se parte como sujeito que produz diferença no ambiente em que está inserido. Possibilitar à comunidade escolar encontros, através dos quais terão a oportunidade de compartilhar questões-problema, com as quais vivenciam será uma oportunidade para es- tabelecerem ações e comprometimentos que agregarão ganhos às finalidades do projeto. 31 1.6.2.2. Justificativa A justificativa do projeto é a razão de ser do proje- to. E precisa conter de forma fundamentada elementos que sustentam a situação geradora: • DIAGNÓSTICO SITUACIONAL; • REFERENCIAL TEÓRICO; • DADOS ESTATÍSTICOS; • INFORMAÇÕES DESCRITORAS DA RE- ALIDADE ANTERIOR AO PROJETO. (MOURA & BARBOSA, 2006, pág. 70) O diagnóstico poderá ser obtido através de ques- tionários ou dos resultados obtidos em avaliações. Uma vez que o problema foi identificado é importante obter informações sobre o mesmo através de um diagnóstico a partir da realidade em que o mesmo se encontra. A análise dos questionários sobre a realidade investigada poderá dar ao grupo elementos para realizar a justifica- tiva do projeto. O referencial teórico consiste no aprofundamento do tema em que o problema está circunscrito. Este aporte teórico possibilitará construir uma reflexão sobre o problema em análise, a partir do estudo de trabalhos com problemas semelhantes ao que iremos investigar. E feito estes apontamentos é importante compartilhar in- formações da realidade estudada, traçando um paralelo entre o aporte teórico e a realidade investigada no projeto. Através do apontamento destes elementos citados acima se compreenderá melhor a realidade vivenciada, 32 e a partir desta compreensão será mais fácil alcançar os objetivos propostos. 1.6.2.3. Objetivos Os objetivos estão relacionados aos resultados que se espera alcançar no projeto estabelecido. Expressam as finalidades ou propósito a ser alcançado. São defini- dos em Objetivos Gerais e Objetivos Específicos. O OBJETIVO GERAL de um Projeto Geral ex- pressa o PARA QUÊ de o projeto que será implemen- tado. E expressa em caráter geral uma solução direta ao problema que está sendo investigado. Seguindo o exemplo: PROBLEMA: alto índice de reprovação no 9.º ano do Ensino Fundamental. OBJETIVO GERAL: contribuir para a melhoria do rendimento dos alunos do 9.º ano do Ensino Fundamental. O objetivo geral é uma resposta geral ao problema que está sendo investigado. É importante salientar que os verbos recomendados para expressar Objetivos Ge- rais são verbos amplos: contribuir, ampliar, favorecer, estimular, incentivar, promover, adequar, propiciar. Os OBJETIVOS ESPECÍFICOS de um projeto ex- pressam ações orientadas com um fim específico, ou seja, é uma ação declarada que expressa uma finalidade específica a um resultado esperado. Estes objetivos estão relaciona- dos diretamente aos resultados esperados do projeto. Os verbos utilizados para expressar os Objetivos Específicos são aqueles que indicam com precisão 33 uma ordem específica: desenvolver, verificar, analisar, aplicar, descrever, fazer, executar, identificar, usar, pro- duzir, redigir etc. É importante também declarar ape- nas uma intenção em cada objetivo específico. Consid- erando o problema abaixo: PROBLEMA: alto índice de reprovação no 9.º ano do Ensino Fundamental. OBJETIVOS ESPECÍFICOS (devem expressar ações específicas para os resultados que pretendo alcançar com este projeto): *Implementar política de formação curricular para o corpo docente; *Produção de mate- riais pedagógicos para melhoria do aprendizado no 9.º ano do Ensino Fundamental; *Aumentar o índice de aproveitamento nas disciplinas do 9.º ano do Ensino Fundamental. Os objetivos específicos se relacionam diretamente aos resultados que pretendo alcançar com este projeto. 1.6.2.4. Resultados esperados Os resultados esperados estão associados ao ob- jetivo geral e aos objetivos específicos estabelecidos no Projeto. Todas as ações indicadas no plano do projeto indicarão o caminho a ser seguido durante a implemen- tação das atividades. Antes de nos atermos aos resultados esperados, vale à pena compreender a diferença entre resultado, produto e impacto num projeto educacional. Este es- clarecimento é importante na medida em que nos leva ao entendimento de que para obter os resultados es- 34 perados há um processo (conjunto de ações previstas), que promoverá os resultados que esperamos. Um projeto para ser desenvolvido apresenta em seu Plano de Projeto um conjunto de atividades e tare- fas que expressam os objetivos do projeto para alcançar determinado resultado. O PRODUTO é o resultado das atividades e tarefas desenvolvidas durante o pro- cesso de execução do projeto. Os RESULTADOS podem ser visualizados através dos benefícios diretos obtidos no desenvolvi- mento do projeto. Em resumo os RESULTADOS são consequência dos produtos, pois indicam o progresso na realização dos objetivos propostos. O IMPACTO obtido na implementação de um projeto constitui-se nos BENEFÍCIOS ESTENDI- DOS do projeto, ou seja, os benefícios indiretos, esten- didos dos resultados. Vejamos a figura 6 contendo o exemplo que vem sendo utilizado: Atividades de formação e de implementação de um currículo por competências Processo (atividades e tarefas) Resultado (benefícios) Produto (consequênciados processos) Impacto (benefícios específicos) Novas práticas pedagógicas no 9º ano do Ensino Fundamental Aumento da motivação dos alunos do 9º ano Maior interesse dos alunos do 9º ano Adaptação do modelo de MOURA & BARBOSA, 2006 Figura 6 - Resultados esperados 35 *Situação geradora: alto índice de reprovação no 9.º ano do Ensino Fundamental. *Objetivo Geral: contribuir para a melhoria do rendimento dos alunos do 9.º ano do Ensino Fundamental. *Objetivos Específicos: implementar política de formação curricular para o corpo docente, implementar novas diretrizes no currículo do 9.º ano, produzir ma- teriais pedagógicos para melhoria do aprendizado no 9.º ano, efetivar melhorias nos processos de avaliação por disciplina, aumentar o índice de aproveitamento nas disciplinas. *Processo (ações previstas): atividade de for- mação para o corpo docente; implementação de um currículo por competências; produção de materiais pedagógicos para o 9.º ano. *Produto: novas práticas pedagógicas no 9.º ano. *Resultados Esperados: aumento da motivação destes alunos. *Impacto: maior interesse destes alunos pelas dis- ciplinas escolares. 1.6.2.5. Abrangência do projeto A abrangência do projeto diz respeito à amplitude do projeto. Podemos dizer que o principal elemento que a abrangência de um projeto precisa conter diz respeito a: • EXTENSÃO (PÚBLICO-ALVO; ÁREA DE ATUAÇÃO); 36 • CONDIÇÕES DE CUSTO; • CONDIÇÕES DE TEMPO DISPONÍVEL; • CONDIÇÕES DE RECURSOS NECESSÁRIOS. Definir a abrangência de um projeto significa traçar o domínio do projeto: a que público alcançará recursos necessários e tempo para desenvolvimento. Identificar quem serão os beneficiados com o projeto é muito importante, pois identificado o público-alvo se poderá traçar as características do mesmo. A definição da área de atuação do projeto consiste em estabelecer os limites do mesmo, ou seja, será um projeto que atu- ará, de acordo com o exemplo feito, no 9.º ano do En- sino Fundamental. Circunscrever o projeto numa área de atuação é importante para construir referências para as ações que serão implementadas. As condições de custo dizem respeito ao aspecto financeiro do projeto. Neste momento, é muito im- portante identificar todos os gastos que se terão na implementação do projeto. Gastos relacionados à for- mação da equipe (gastos relacionados aos recursos hu- manos do projeto) ou à aquisição de equipamentos ou maquinários (gastos relacionados aos recursos físicos do projeto). É muito importante identificar todos os gastos e relacioná-los no projeto. As condições de tempo referem-se ao início, meio e fim de um projeto. Estimar o tempo para realização das atividades e tarefas previstas no projeto permite aos gestores e aos envolvidos no projeto ter em mente o tempo destinado na execução das ações propostas. 37 Quanto aos recursos necessários para o desen- volvimento de um projeto referem-se aos recursos humanos, recursos materiais e recursos financeiros. Os recursos financeiros consistem nas verbas previstas para implementação do projeto. A partir da análise dos recursos financeiros é preciso identificar as prioridades de gastos que serão alocadas para os recursos humanos e os recursos materiais. Identificar quem serão os re- sponsáveis pelo desenvolvimento das atividades pre- vistas, quais equipamentos precisarão ser adquiridos e quanto de recurso financeiro será empenhado com os recursos que serão necessários, são ações importantes para acompanhar os gastos com o projeto. 1.7. Conclusão Quando objetivamos empreender alguma mudan- ça na escola, só podemos realizá-la quando lançamos mão do planejamento. O planejamento educacional é um ato de intervenção técnica e política (CALAZANS, 1990). Para que os objetivos pensados venham ser concretizados precisamos que eles se transformem em ações concretas visíveis para toda a equipe escolar. Um planejamento precisa ser “abraçado” por to- dos da escola, numa construção técnica e política, ou seja, técnica porque precisa construir metodologias que beneficiarão a concretização deste. E política no sen- tido do fazer político, comprometido e responsável de todo o grupo. 38 A liderança do gestor é muito importante na me- dida em que promoverá a interação entre o grupo. Se- gundo DANIEL (2013, pág. 162), “o gestor enquanto um líder que constrói relacionamentos no interior da gestão escolar precisa estar aberto ao convívio com diferentes personalidades, tendo clareza das relações humanas que perpassam no interior da escola”. O conceito de gestão implica segundo CURY (2007) em um ou mais interlocutores para o diálogo em busca de respostas às questões postas no ambiente edu- cacional. Neste sentido, a liderança do gestor precisa construir estes relacionamentos para efetivar o diálogo entre a equipe escolar. E este diálogo promove um modelo de gestão participativa capaz de possibilitar participação da co- munidade escolar na definição do escopo do projeto. Um escopo bem definido e o comprometimento da equipe, através da participação constituirão um pro- jeto mais eficiente. 39 Questões 1. A partir de suas experiências na área de educação reflita e responda: a) Quais projetos você teve oportunidade de desen- volver ou de participar? b) Você conseguiria identificar neste processo vivido as dimensões de planejamento e de gestão? Comente como foi sua percepção destas dimensões. 2. O ciclo de vida de um projeto consta de 5 fases. Relacione os elementos principais de cada fase de um projeto: 1 - Inicialização ( ) Processos de organização, coordenação e direção de equipes de um projeto. 2 - Planejamento ( ) Identificação da situação geradora do projeto. 3 - Execução ( ) Definição dos mecanis- mos de controle. 4 - Controle ( ) Definição do Plano de Projeto. 5 - Encerramento ( ) Etapa final que permite à equipe avaliar a realização dos processos implementados. 40 3. Um projeto educacional possui 2 dimensões: a di- mensão de planejamento e a dimensão de gestão. No quadro abaixo, relacione as dimensões de um projeto às suas respectivas ações: Elementos do Projeto Planejamento Gestão Definição do Problema Plano de Ação Gestão do Tempo Gestão de Custos Definição dos Objetivos Estimativa de Custos Resultados Esperados Indicadores de Monitoramento Indicadores de Avaliação Execução 4. A partir dos enunciados apresentados abaixo, identi- fique os principais elementos de um escopo de projeto a partir do Modelo de Planejamento orientado pelo Esco- po–Modelo Skopos (Problema, Justificativa, Objetivos, Resultados Esperados, Abrangência do Projeto): 41 a) Professores e alunos do Ensino Fundamental. b) Situação de violência entre professores e alunos do Ensino Fundamental. c) Saída constante dos professores do Ensino Funda- mental. d) Contribuir para melhorar a relação de ensino e aprendizagem entre professores e alunos do Ensino Fundamental. e) Implementar oficinas de valores no Ensino Funda- mental. f) Aumento da motivação em ambiente escolar entre professores e alunos. 5. Um projeto nasce a partir da relevância da situação geradora. Ou seja, a definição clara de um problema central na definição do projeto faz toda diferença. En- quanto gestor na educação básica, como conceituaria o conceito de “problema”?
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