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Esmalte Dentário e Amelogênese

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O esmalte dentário recobre toda a coroa dos dentes 
e possui uma coloração translúcida a amarelada. 
Cerca de 96% da constituição do esmalte é de 
material inorgânico e apenas 4% de material orgânico 
(amelogenina, enamelina, tufelina) e água. 
É produzido pelos ameloblastos, que provêm do 
epitélio interno. O epitélio interno se transforma em 
pré-ameloblastos quando tem sua polaridade invertida 
e se transforma em ameloblastos quando há o início da 
produção de dentina. 
 
 AMELOGÊNESE 
A formação do esmalte inicia-se no estágio de 
campânula da odontogênese e pode ser dividida em três 
fases: pré-secretora, secretora e de maturação. 
 
 FASE PRÉ-SECRETORA 
A fase pré-secretora ainda pode ser dividida em fase 
morfogenética e fase de diferenciação. 
A fase morfogenética inicia-se quando o epitélio 
interno do germe dentário cessa a sua divisão, dando 
forma ao futuro dente. As células do epitélio interno 
ainda são cúbicas (ligeiramente colunares) e com um 
núcleo central. Seu citoplasma tem organelas dispersas, 
mitocôndrias esparsas e complexo de Golgi pouco 
desenvolvido. 
Já na fase de diferenciação, as células do epitélio 
interno se tornam mais esticadas, colunares. A lâmina 
basal que apoia estas células começa a se degradar, por 
isso, a polaridade delas é invertida, fazendo com que o 
núcleo migre para a região próxima ao retículo estrelado 
(proximal), assim como as mitocôndrias; o complexo de 
Golgi migra para distal (próximo onde há a produção de 
dentina); as organelas estão mais desenvolvidas, assim 
como o citoesqueleto da célula, o que mantém seu 
formato; há o início de formação de junções 
intercelulares; e o estrato intermediário também está 
mais desenvolvido e vai auxiliar os pré-ameloblastos 
pois possui a enzima fosfatase alcalina. 
 
1. Vista microscópica de ameloblastos com a polaridade invertida 
 
 FASE SECRETORA 
Após o início da formação de dentina, os pré-
ameloblastos se diferenciam em ameloblastos e é 
quando começa a produção de esmalte propriamente 
dita. 
O retículo endoplasmático rugoso faz a síntese da 
matéria orgânica, que é secretada em grânulos na porção 
distal da célula. 
 
2. O esmalte é secretado de maneira que fica em contato com a 
dentina. A seta azul indica a matriz de esmalte; a seta verde indica 
a pré-dentina. 
Inicialmente, a superfície dos ameloblastos é plana, 
mas após algumas deposições da matriz do esmalte, eles 
POLPA 
ODONTOBLASTOS 
AMELOBLASTOS 
desenvolvem uma projeção chamada processo de 
Tomes. 
 
3. Fotomicrografia em que é possível observar os processos de 
Tomes 
Em razão ao formato do processo de Tomes, o 
esmalte será depositado em forma de bastões 
prismáticos de esmalte, ou prismas de esmalte, 
interpostos por regiões interprismáticas. 
 
4. Esquema que demonstra como os bastões de esmalte são 
secretados 
 
5. Microscopia eletrônica de esmalte, mostrando o bastão de 
esmalte (seta amarela) e uma região interprismática (seta azul) 
Na fase final de deposição, o ameloblastos retrai o 
processo de Tomes e volta a ter uma superfície plana. 
Nesta fase, o esmalte ainda não possui 96% de 
mineralização, e sim apenas 30%. Os outros 70% são 
compostos pela matriz orgânica e água. 
 
 FASE DE MATURAÇÃO 
Esta fase pode ser dividida em fase de maturação e 
fase protetora. 
Na fase de maturação, os ameloblastos já não são 
mais tão colunares, perdendo um pouco de sua altura. 
Suas organelas estão menos desenvolvidas novamente, 
com exceção das mitocôndrias e dos lisossomos. Os 
poucos cristais de hidroxiapatita da matriz mineralizada 
crescem e a matriz orgânica e a água serão reabsorvidas. 
Para reabsorver a matriz orgânica e água, os 
ameloblastos “abrem” suas junções intercelulares da 
porção distal. 
 
6. Esquema da configuração do ameloblasto para absorver matriz 
orgânica 
Para depositar material inorgânico, os 
ameloblastos projetam uma superfície irregular/rugosa 
e “abrem” apenas as junções da porção proximal. 
 
7. Configuração do ameloblasto para secretar material inorgânico 
A deposição e reabsorção são processos que se 
alternam, até que o esmalte esteja na sua forma de 96% 
de mineralização e 4% de matéria orgânica. 
E na fase de proteção, os ameloblastos são 
reduzidos a células cúbicas; a grande parte das células do 
órgão do esmalte sofrem apoptose, restando apenas 
algumas células, junto aos ameloblastos remanescentes, 
que irão proteger o germe dentário, chamando-se de 
epitélio reduzido do órgão do esmalte. 
Este epitélio produz um material semelhante à uma 
lâmina basal (sem colágeno do tipo IV), e fica aderido 
na porção superior do germe. 
Ao erupcionar do dente, este epitélio se integra à 
mucosa bucal. 
 
 ESTRUTURAS DO ESMALTE 
Assim como a dentina, o esmalte também 
apresenta linhas de crescimento, que marcam os 
intervalos de produção dos ameloblastos, e elas são 
chamadas de estrias de Retzius. 
Algumas situações levam o esmalte a possuir 
pequenas partes hipomineralizadas, como: 
• FUSOS DO ESMALTE: na formação dos 
odontoblastos, é possível que seu 
prolongamento se interponha entre os pré-
ameloblastos, o que fica evidente na região da 
junção amelodentinária com pequenos 
“riscos”. 
 
8. As pequenas setas indicam fusos de esmalte. são pequenos e 
partem da junção entre esmalte e dentina. 
• LAMELAS: parecem “trincas” no esmalte, que 
partem da superfície em direção ao centro e são 
preenchidas por proteínas. 
 
9. Além da lamela apresentada, as cabeças de seta apontam estrias 
de Retzius 
• TUFOS (ou PENACHOS): também partem da 
junção amelodentinária, como os fusos, porém 
são muito ramificados. Acontecem por variação 
na direção dos prismas de esmalte. 
 
10. As cabeças de seta apresentam tufos de esmalte 
• PERIQUIMÁCIAS: são a mesma coisa das 
estrias de Retzius, porém na superfície externa 
do esmalte. Estão em maior número na região 
cervical do dente. 
 
11. Periquimácias na superfície dentária

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