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História Narutal da doença Níveis_Prevenção2017

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História Natural da Doença e 
Níveis de Prevenção
Tavares Madede
Email: tmadede@gmail.com
Sozinho Ndima
Email: sozinhondima@gmail.com
mailto:tmadede@gmail.com
mailto:sozinhondima@gmail.com
Sumário 1
• Regras de Convivência
• Objectivos de Aprendizagem
• Generalidades sobre Saúde e Doença
• Breve Discussão de Determinantes Socias de Saúde
• História Natural da Doença
1. Conceitos e Geralidades
2. Períodos da HND
3. Exercício
4. Exemplos de HND
• Lições Chave de Leavell e Clark
Sumário 2
• Prevenção
1. Conceito
2. Níveis de prevenção
3. Estratégias de prevenção
• Questões chave na prevenção terciária
• Resumo da aula
Regras de Convivência
Objectivos de aprendizagem
• No fim da aula, cada aluno deve saber/ser capaz de:
1. Definir conceitos comuns à prática de Saúde Pública 
2. Demonstrar familiaridade com as fases da história 
natural da doença em termos de oportunidade de 
intervenção;
3. Demonstrar familiaridade com os diferentes níveis 
de prevenção da doença;
4. Identificar as diversas acções a desenvolver nos 
níveis de prevenção tendo em conta a História 
Natural da Doença;
Generalidades sobre Saúde e Doença
Breve Discussão de Determinantes
Socias de Saúde
• A combinação entre as condições e o ambiente
em que as pessoas vivem é que determinam se as
pessoas serão saudáveis ou não;
• Vários aspectos, tais como, o local em que as
pessoas vivem, o estado do ambiente à volta, 
factores genéticos, rendimento, nível de
educação e suas relações com amigos e
familiares têm um grande impacto no estado de
saúde das populações;
Breve Discussão de Determinantes
Socias de Saúde
• Outros factores que influenciam a saúde das
populações estão relacionados ao acesso e uso de
serviços de saúde
• Geralmente não podemos culpar as 
pessoas/populações por serem portadoras de 
uma saúde pobre ou elogiar outras por uma boa 
saúde porque elas (as pessoas) não são capazes
de controlar directamente muitos dos 
determinantes de saúde
HND – conceito
• É a evolução de uma dada doença numa
determinada pessoa ao longo do tempo sem
nenhuma intervenção.
• É um processo dinâmico, que inicia com a 
exposição a um agente ou a factores capazes de 
causar doença.
• Sem intervenção médica pode ter um dos seguintes
desfechos: recuperação, sequelas ou morte
HND – Generalidades 1/3
• Embora cada doença tenha uma história natural
característica:
▫ As manifestações clínicas e a duração da doença
podem variar
▫ Num determinado indivíduo a história natural
pode ser interrompida num determinado
momento seja por medidas preventivas e/ou
terapêuticas ou ainda por factores do hospedeiro
ou outros
HND – Generalidades 2/3
• Como é sabido:
1. Nem sempre a doença evolui para a fase clínica
2. Em alguns casos a evolução pode resultar em um
largo espectro de doença clínica, que pode variar
de manifestações ligeiras à graves ou mesmo
resultar em morte
HND – Generalidades 3/3
• Um entendimento adequado da HND e das 
causas das doenças são elementos fundamentais
para prevenção e controlo adequados de 
doenças. 
• O que o clínico observa numa unidade sanitária
é apenas uma parte da HND, o epidemiologista
tem maior chance de perceber melhor o processo
através do contacto com a comunidade
Modelos de Causas de Doenças
• Teoria do germe
• Tríade epidemiológica
• Tétrade epidemiológica
• Teoria BEINGS
• Teoria da rede causal (multicausalilade)
• Teoria da roda
HND – Períodos 1
• Período Pré-Patogênico
▫ Há interacção da tríade ecológica, constituída por:
1. Egente
2. Hospedeiro
3. Ambiente
▫ Cujo interacção tem potencial de causar doença, 
dependendo dos factores envolvidos
• Período patogênico
▫ Há manifestações fisiológicas resultantes da interacção
entre o hospedeiro e o estímulo
Agente
• É um elemento ou substância, animado ou
inanimado, cuja presença (ou ausência) pode
iniciar ou perpetuar o processo de doença.
• Uma doença pode ter único agente, mais de um 
independentes ou um complexo de dois ou mais
factores.
Agente
• A sua caracterização deve incluir aspectos como:
▫ Tipo de agente (nutricional, biológico, físico, 
químico ou mecânico, social ou ainda ausência, 
déficit ou excesso de um factor essencial à saúde)
 Biológicos (Origem, Fenótipo, Genótipo, 
Classificação, Virulência e outros).
Características do agente
1. Infectividade: proporcao das pessoas que ficam
infectados depois duma exposicao
2. Patogenicidade: proporcao das pessoas
infectados que ficam doentes
3. Virulencia:proporcao das pessoas infectados que
ficam gravemente doentes ou morrem
Exemplos
• O vírus da raiva é altamente patogénico e virulento porque
virtualmente 100% das pessoas infectadas desenvolvem
doença e morrem
• Em crianças bem nutridas o vírus do sarampo apresenta alta
patogenicidade, mas baixa virulência porque todas
apresentam rush cutâneo, mas poucas desenvolvem doença
grave ou complicações
• Em indivíduos imunocompetentes o bacilo de Koch apresenta
baixa infectividade (10 a 30%) e baixa patogenicidade (10%) 
porque virtualmente os que entram em contacto ficam
infectados, mas poucos desenvolvem a doença
Hospedeiro
• Em linguagem epidemiológica o hospedeiro é 
chamado “solo” e o agente “semente”.
• É uma pessoa ou outro ser vivo (animal) que oferece
condições para alojamento e persistência de um 
agente infeccioso em condições naturais.
• Nesta situação, referimo-nos ao hospedeiro como
aqueles indivíduos que sejam susceptiveis a 
determinada entidade patológica.
Hospedeiro
• Na sua caracterização devem ser incluídas
características como:
▫ Idade
▫ Sexo
▫ Raça
▫ Factores genéticos
▫ Imunidade
▫ Comportamento
▫ Hábitos (culturais, por exemplo)
▫ Ocupação.
Ambiente
• Refere-se ao meio que reune condições propícias
para o desenvolvimeto do referido agente/fcator.
• A sua caracterização deve incluir:
▫ Aspectos físicos (clima, estação do ano, geografia, 
água, ar, solo, habitação)
▫ Aspectos psicosocio-económicos (estilos de vida, vida
comunitária, pobreza, urbanização, rendimetno, 
educaçao, stress)
▫ Aspectos biológicos (agentes microbiológicos, insectos, 
animais, plantas e o homem)
Hospedeiro
Genética do hospedeiro
Estágio da infecção
Terapia Antiretroviral
Infecções do trato reprodutivo
Ectopia cervical
Circuncisão masculina
Uso de contraceptivos
Menstruação e gravidez
Agente
Subtipo de HIV (A, B, C, D, E)
Diferenças fenotípicas
Diferenças genotípicas
Resistência anti-retroviral aos
medicamentos
Ambiente
Normas sociais
Taxa media de mudança de parceiro
sexual
Prevalência ou probabilidade de
exposição local
Determinantes sociais e económicos
ou riscos comportamentais
HND: Período Pat1
• Compreende duas fases: a sub clínica e a clínica.
▫ Fase sub-clínica: patogenia e patologia precoces
(período de incubação/latência)
▫ Fase clínica: patologia avançada (sinais e sintomas
típicos da doença) e desfecho
HND – Períodos 2
HOSPEDEIRO AGENTE
Interacção de:
AMBIENTE
HOSPEDEIRO
AGENTEAMBIENTE
PERÍODO PRÉ-PATOGÉNICO PERÍODO PATOGÉNICO
Estímulo desencadeante da doença
SAÚDE
Tempo
Horizonte clínico
Fase sub-clínica
Fase clínica
Sinais e sintomas
Defeitos e invalidez
MORTE
Cronicidade
Convalescença
Doença assintomática
CURA
Doença assintomática
ou inaparente
Patogenia precoce
Pa
to
lo
gi
a
pr
ec
oc
e
Pa
tol
og
ia
av
an
ça
da
Lições chave de Leavell & Clark
1. Qualquer doença ou problema de saúde no ser 
humano é resultado de um processo dinâmico;
2. Este processo envolve uma série de causas que 
afectam a interacção entre agentes, hospedeiro 
individual e meio ambiente e cujos efeitos se 
fazem sentir numa dada população;
3. Requer-se uma atitude preventiva para 
interromper este processo o mais cedo possível.
Conceitos importantes para as 
doenças infecciosas
HND: Período PP2
• Ao processo de interacção contínua entre agente
hospideiro e meio ambiente para a perpetuação
da infecção dá-se o nome de cadeia do processo
infeccioso
• Este processo permite a identificação dasinteracções mais fracas no processo infeccioso
cuja intervenção permite o controlo eficaz da
doença
HND: Período PP3
• Para que ocorra transmissão de infecção: o 
agente deve deixar o reservatorio ou hospedeiro
pela porta de saída através de um via de 
transmissão e infectar o novo hospedeiro pela
porta de entrada.
• A saída do agente do reservatório/hospedeiro
nao implica interrupção da doença.
HND: Período PP4
• Reservatório: é o habitat onde o agente
etiológico normalmente vive, cresce e se 
multiplica. 
• É a fonte de infecção.
• Quando o reservatório é humano, pode ser 
classificado em portador ou doente (portador
sintomático)
HND: Período PP5
• Reservatorio animal: quando a doença é transmitida
de animais para os humanos. Alguns são involvidos
nas chamadas Zoonoses.
▫ Brucelose, Peste, Raiva , Schistosomiase, Malaria
e arboviroses etc
Reservatorio Ambiental: a fonte da doença é o
ambiente.
▫ Plantas , solo e agua
HND: Período PP6
• Porta de Saida: é o meio através do qual o agente
etiológico deixa o hospedeiro.
▫ Tracto respiratório
▫ Tracto digestivo
▫ Tracto urinário
▫ Pele lesionada
▫ Percutanea (agulhas)
▫ Sucção por artrópodes
HND: Período PP7
• Via de Transmissão: é a forma como o
agente sai de um hospedeiro ao outro.
▫ Directa:
1. Contacto directo: beijo, pele, mucosas
2. Goticulas : tosse, espirro
HND: Período PP8
▫ Indirecta
1. Ar: poeiras
2. Veículos animados ( mosca , mosquito) e
inanimados (bistury, seringa, espátula,
luvas, água, comida, fomites, sangue)
3. Transmissão biológica: quando há
mudanças do agente dentro do veículo
animado
HND: Período PP9
• Porta de entrada: normalmente coincide com a 
porta de saída
• Novo Hospedeiro: a ligação final da cadeia do 
processo infeccioso é a existência de um 
susceptível para a perpetuação da infecção, 
passando a ser a nova fonte de infecção. 
Prevenção - conceito 1
• Medidas destinadas não somente a evitar o 
aparecimento da doença, tais como a redução 
dos factores de risco, mas também a conter seu 
avanço e atenuar suas consequências, uma vez 
estabelecidas (OMS, 1998)
HOSPEDEIRO
AGENTE
AMBIENTE
Prevenção - conceito 2
• Todas as acções levadas a cabo de modo a evitar 
tanto o aparecimento da doença quanto o 
prolongamento dos seus efeitos, uma vez 
estabelecida.
• A prevenção não é um processo estático e 
destinado à uma fase específica da evolução da
doença, mas vai tomando várias formas à 
medida em que a doença evolui.
Prevenção – níveis 3
Início da
exposicão a
Factores de
risco
Início
biológico
da enfermidade
Ponto mais
precoce em que
deteccão é
possível
Deteccão
Precoce (se
possível), ou
Deteccão
baseada em
sintomas ou
sinais que
ocorrem no
início da fase
clínica, ou
Deteccão
baseada em
sintomas e
sinais, que
ocorre com
atraso depois do
início da fase
clínica
Morte
Prevencão
da Exposicão
Cessacão da
exposicão
PREVENCÃO PRIMÁRIA
PREVENCÃO SECUNDÁRIA
PREVENCÃO TERCIÁRIA
Prevenção – níveis e estratégias 2
Prevenção – níveis e estratégias 3
 
 
PERÍODO PRÉ-PATOGÉNICO 
 
• Educação geral e em saúde. 
• Bons padrões de nutrição ajustados às diferentes fases 
da vida. 
• Habitação e vestuário adequados. 
• Condições satisfatórias de trabalho e de recreação. 
• Atenção para o desenvolvimento da personalidade. 
• Educação sexual e aconselhamento matrimonial. 
• Aconselhamento genético. 
• Imunizações específicas. 
• Profilaxia medicamentosa. 
• Higiene pessoal. 
• Saneamento ambiental 
• Protecção contra riscos ocupacionais. 
• Protecção contra acidentes 
• Nutrientes específicos. 
• Protecção contra carcinogéneos. 
• Não exposição a alergenos, substâncias tóxicas ou 
venenosas. 
• Meios de protecção individual: botas, repelentes, 
etc. 
1º NÍVEL 
Promoção de saúde 
2º NÍVEL 
Protecção específica 
FASE DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA 
 
Prevenção – níveis e estratégias 4
 
PERÍODO PATOGÉNICO (1) 
Patogenia precoce Patologia precoce Patologia avançada 
• Exames médicos periódicos, gerais ou dirigidos. 
• Busca e exame de comunicantes. 
• Levantamentos ocasionais. 
• Tratamento adequado. 
• Métodos educativos relativos à importância do 
diagnóstico precoce e aos meios para torná-lo possível 
• Tratamento adequado. 
• Busca de casos 
3º NÍVEL 
Diagnóstico e tratamento precoces 
4º NÍVEL 
Limitação de incapacidade 
FASE DE PREVENÇÃO SECUNDÁRIA 
Prevenção – níveis e estratégias 5
Objectivos do diagnóstico e tratamento:
• Recuperar a saúde, pela cura completa, quando 
possível;
• Impedir que a doença continue a evoluir, 
prevenindo a ocorrência de complicações ou a 
instalação de defeitos;
• Reduzir o grau e a duração da incapacidade;
• Evitar a propagação da doença a outros 
indivíduos, quando se trata de doença 
transmissível.
Prevenção – níveis e estratégias 6
 
Defeito 
• Provisão de recursos hospitalares e comunitários para recuperação e educação, visando 
ao máximo aproveitamento da capacidade remanescente. 
• Educação do público e dos empregadores para utilização dos reabilitados. 
• Ocupação selective, laborterapia (terapia ocupacional). 
• Fisioterapia. 
• Instituições para manutenção e tratamento de certos doentes crónicos. 
• Educação do público para anulação de preconceitos e tabus relativos a certas doenças. 
5º NÍVEL 
Reabilitação 
FASE DE PREVENÇÃO 
TERCIÁRIA 
Questões chave na prevenção terciária 
(Leavell e Clark,1965)
1. Que circunstâncias levaram este indivíduo a 
alcançar tão avançado estágio desta doença? 
2. O que poderia ter sido feito para interromper o 
avanço da doença em um período mais 
precoce? 
Obrigado pela atenção!
Dúvidas? Comentários?

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