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Direito do Trabalho 2 Estabilidade/ Garantia Provisória de Emprego - Garantia de emprego é a vantagem jurídica de caráter transitório deferida ao empregado em virtude de uma circunstância contratual ou pessoal obreira de caráter especial, de modo a assegurar a manutenção do vínculo empregatício por um lapso temporal definido, independentemente da vontade do empregador. Tais garantias têm sido chamadas, também, de estabilidades temporárias ou estabilidades provisórias (expressões algo contraditórias, mas que se vêm consagrando) - Estabilidade de emprego não se confunde com estabilidade provisória, apesar de apresentarem proximidade. A estabilidade provisória, como a própria expressão indica, é de extensão apenas temporária, durando o restrito período de sua vigência estipulado pela ordem jurídica - São várias as situações de garantias provisórias de emprego asseguradas por regra jurídica heterônoma estatal no Direito brasileiro. Algumas delas estão referidas no próprio corpo da Constituição; outras derivam da legislação ordinária. Percebe-se, porém, certa tendência de diversificação nas situações de estabilidade temporária, em especial a contar do advento da nova Constituição Republicana Dirigente Sindical - Possuem essa garantia em razão do seu cargo de representação + A garantia é em razão do CARGO não da pessoa. Sendo destituído, perde a garantia Art. 8º, VIII, CF. É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei - Não sendo eleito, a garantia do candidato se encerra - O tempo de mandato varia conforme o estatuto do sindicato - Se o empregado registrar a candidatura no curso do aviso prévio, não terá direito a estabilidade - Caso a empresa encerre as atividades, a estabilidade também se encerra – a representatividade também se encerra Art. 543, CLT. O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais + O dirigente sindical perderá o mandato se a transferência for por ele solicitada ou voluntariamente aceita, conforme expressa o §1º do art. 543 - O pedido de demissão implica em renúncia ao mandato sindical e à respectiva garantia, tendo que seguir rito rescisório formal, com a participação do sindicato e, se não houver, perante autoridade do Ministério do Trabalho ou Justiça do Trabalho, como determina o art. 500, CLT Art. 517, §2º, CLT. § 2º Dentro da base territorial que lhe for determinada é facultado ao sindicato instituir delegacias ou secções para melhor proteção dos associados e da categoria econômica ou profissional ou profissão liberal representada + A figura do delegado sindical existe quando a categoria representada é numerosa e atuante em grande base territorial OJ 369. O delegado sindical não é beneficiário da estabilidade provisória prevista no art. 8º, VIII, da CF/1988, a qual é dirigida, exclusivamente, àqueles que exerçam ou ocupem cargos de direção nos sindicatos, submetidos a processo eletivo Art. 523 - Os Delegados Sindicais destinados à direção das delegacias ou seções instituídas na forma estabelecida no § 2º do art. 517 serão designados (nomeados) pela diretoria dentre os associados radicados no território da correspondente delegacia - Os sindicatos representam a categoria econômica (empregadores) e profissional (empregados). Ambas as categorias possuem diretoria - A CLT traz regras referentes a composição da diretoria, mas a CF/88 instituiu a liberdade sindical e as limitações da consolidação só são observadas em relação a estabilidade dos membros + A estabilidade abrange 7 membros e seus suplentes Art. 522, CLT. A administração do sindicato será exercida por uma diretoria constituída no máximo de sete e no mínimo de três membros e de um Conselho Fiscal composto de três membros, eleitos esses órgãos pela Assembleia Geral + Os membros do conselho fiscal não possuem função representativa/ de defesa de direitos da categoria, portanto não gozam de estabilidade – OJ 365 Súmula 369, TST: I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho + Para o empregado possuir a garantia, o empregador DEVE ser avisado/comunicado pelo sindicato no curso do contrato de trabalho. Do contrário, o empregado pode ser dispensado sem estabilidade II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito - Se o empregador der justa causa ao empregado, um inquérito deverá ser instaurado para apurar a falta grave cometida + Durante o inquérito, o empregado pode ser suspenso. Caso o magistrado não reconheça a existência de falta grave, determinará o pagamento do tempo em que o trabalhador permaneceu suspenso Dirigente de CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) - A NR-5 do Ministério do Trabalho determina que empresas constituam CIPAs afim de preservar a vida e promover a saúde + Deve haver uma CIPA por estabelecimento - A CIPA tem como finalidade orientar o cumprimento das normas de segurança do trabalho + Ocorrendo algum acidente, a comissão se reúne, durante o horário de trabalho, para investigar a causa Art. 164, CLT. Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior + É uma comissão paritária, ou seja, possui representantes dos empregados e do empregador - O número de membros dessas comissões varia conforme o risco da atividade realizada pela empresa e o número de empregados da mesma Art. 10, ADCT. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição: II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: a) Do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato; + É permitida uma reeleição - A constituição fala em vedação à dispensa arbitrária ou sem justa causa! - Os representantes dos empregados são, obrigatoriamente, eleitos. Os representantes dos empregadores, diferentemente, são nomeados e não possuem garantia - O presidente da CIPA é escolhido entre os representantes dos empregadores + O representante dos empregados mais votado atuará como vice-presidente Súmula 339, TST: I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA (GARANTIA DECORRENTE DO CARGO E NÃO DA PESSOA), que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário + Extinto o estabelecimento, não há garantia - A eleição para composição da CIPA é gerenciada pelo empregador - Se o cipeiro for demitido por justa causa, nãohá abertura de inquérito para apurar a falta grave Acidente de Trabalho - A Lei Previdenciária 8.213/91 traz a definição de acidente de trabalho em seu art. 19 Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho - Os próximos artigo traz equiparações de acidentes de trabalho que podem se originar ou serem agravadas em decorrência da atividade realizada, como a LER (Lesão por Esforço Repetitivo) Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. + Acidente de trabalho in itinere - Ocorrendo um acidente de trabalho, o empregador deve emitir uma CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) até o 1º dia útil após o acidente +Muitos empregadores se recusam a emitir, uma vez que o imposto do INSS de seguro acidente de trabalho fica mais caro. Caso a empresa não emita a CAT, o médico, sindicato ou o próprio empregado podem expedir Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID), em conformidade com o que dispuser o regulamento. Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. Súmula 378, TST. São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego - A estabilidade é de 12 meses contados da alta médica do INSS - A legislação não exige a instauração de inquérito para apurar os fatos - Mesmo que o contrato de trabalho seja temporário, será concedido o benefício ao empregado - O empregador possui responsabilidade civil subjetiva (observa-se culpa/dolo) e objetiva (analisa-se o dano e o nexo de causalidade) + O dano moral é presumido Gestante Art. 10, ADCT. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição: II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: b) Da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto - Não podemos confundir estabilidade gestante com licença maternidade - A estabilidade garante que a mulher não seja dispensada do emprego sem justa causa - A licença maternidade é o período em que a mulher ficará afastada recebendo pelo INSS o salário maternidade + Busca não só proteger a mãe, mas também o nascituro - A estabilidade provisória da gestante se inicia com a confirmação da gravidez e se estende até 5 meses após o parto Art. 391, CLT. Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez. Parágrafo único. Não serão permitidos em regulamentos de qualquer natureza contratos coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao direito da mulher ao seu emprego, por motivo de casamento ou de gravidez. - A jurisprudência, até o presente momento, entende que se a concepção da gravidez se deu no curso do contrato de trabalho, a mulher tem direito a estabilidade + Se a gravidez ocorrer durante o aviso prévio, a mulher continua tendo estabilidade - Em contratos temporários, não se presume que o empregador visa aumentar o quadro de funcionários. Sendo assim, a mulher não possui estabilidade Art. 391-A, CLT. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se ao empregado adotante ao qual tenha sido concedida guarda provisória para fins de adoção + No caso de adoção, há estabilidade de 5 meses a partir da concessão da guarda provisória para fins de adoção - Pedindo demissão, abre-se mão da garantia - Por se tratar de um direito constitucionalmente assegurado, não se exige exame de comprovação. Dá-se máxima asseguração Súmula 244, TST. A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade Art. 395, CLT. Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento - Falecendo no parto ou após o parto, aplica-se a Lei Complementar 146. A estabilidade da mãe,pelo tempo que resta, passa para o pai ou aquele que detiver a guarda da criança - Caso a criança venha a falecer no parto ou após o parto, a estabilidade ainda existirá + Havendo parto, há estabilidade. Havendo aborto, concede-se licença remuneratória - A negociação coletiva pode aumentar o tempo de estabilidade, só é vedado suprimir esse período - Se cometer falta grave, a gestante pode sofrer justa causa sem inquérito Licença Maternidade - Benefício previdenciário - A mulher é afastada por 120 dias que se iniciam com o parto ou 28 dias antes do mesmo + Se for necessário um período maior, é possível conceder 2 semanas a mais através de atestado médico + Em caso de gravidez de risco, a mulher é afastada recebendo auxílio do INSS e após o parto passa a usufruir da licença maternidade - Nos processos de adoção, uma licença de 120 dias também é concedida - Casais homoafetivos devem escolher quem usufruirá da licença - Se a mãe vier a falecer, a licença passa ao companheiro, pelo tempo que lhe resta, desde que preencha os requisitos para tanto - As empresas recebem incentivos ficais para se inscreverem no programa “Empresa Cidadã”, prevista na Lei 11.770/2008, possibilitando que a licença maternidade seja prorrogada por mais 60 dias (totalizando 180 dias), caso a mulher queira Art. 611-B, CLT. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos: XIII - licença-maternidade com a duração mínima de cento e vinte dias Art. 394-A, CLT. A empregada gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, de quaisquer atividades, operações ou locais insalubres, devendo exercer suas atividades em local salubre + Independente do grau de insalubridade, a gestante ou lactante não podem trabalhar em ambientes com essa condição + Mesmo em local salubre, o empregador deve permanecer pagando o adicional de insalubridade + Caso a empresa não possua um ambiente salubre, a gravidez será considerada de risco e a mulher será afastada pelo INSS, passando a receber o salário maternidade por todo o tempo de afastamento - A licença paternidade, desde a CRFB/88, é de 5 dias + Se a empresa for inscrita no programa “Empresa Cidadã”, a licença poderá ser prorrogada por mais 15 dias (totalizando 20 dias), caso o pai queira e faça curso de responsabilidade paterna Membros de Comissão de Conciliação Prévia (CPP) - A inclusão desse título na CLT ocorreu em 2000 e foi uma iniciativa do TST, buscando desafogar o judiciário através da conciliação Art. 625-D, CLT. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria § 1º. A demanda será formulada por escrito ou reduzida a termo por qualquer dos membros da Comissão, sendo entregue cópia datada e assinada pelo membro aos interessados. § 2º. Não prosperando a conciliação, será fornecida ao empregado e ao empregador declaração da tentativa conciliatória frustrada com a descrição de seu objeto, firmada pelos membros da Comissão, que deverá ser juntada à eventual reclamação trabalhista - Atualmente, essa prática foi basicamente extinta - Algumas ADINs determinaram que protocolar a petição na CCO não era um procedimento obrigatório - A existência da CPP é facultativa - As comissões de conciliação prévia podem ser organizadas de 2 formas: intersindical ou interempresarial + Intersindicais possuem suas regras dispostas em convenções ou acordos coletivos de trabalho + Interempresariais são formadas por empresas Art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo, dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas: I - a metade de seus membros será indicada pelo empregador e outra metade eleita pelos empregados, em escrutínio secreto, fiscalizado pelo sindicato de categoria profissional; + Comissão paritária – representante do empregador e dos empregados II - haverá na Comissão tantos suplentes quantos forem os representantes titulares; III - o mandato dos seus membros, titulares e suplentes, é de um ano, permitida uma recondução + Por a analogia, a jurisprudência entende que a garantia se inicia com a candidatura do empregado e se encerra após 1 ano do mandato § 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei + A dispensa por justa causa requer inquérito para apurar a falta grave - É uma garantia decorrente do cargo, portanto, renunciando este, perde-se a garantia § 2º O representante dos empregados desenvolverá seu trabalho normal na empresa afastando-se de suas atividades apenas quando convocado para atuar como conciliador, sendo computado como tempo de trabalho efetivo o despendido nessa atividade Diretor de Cooperativa Art. 55, Lei 5.764/71. Os empregados de empresas que sejam eleitos diretores de sociedades cooperativas pelos mesmos criadas, gozarão das garantias asseguradas aos dirigentes sindicais pelo artigo 543 da Consolidação das Leis do Trabalho OJ 253. O art. 55 da Lei 5.764/1971 assegura a garantia de emprego apenas aos empregados eleitos diretores de Cooperativas, não abrangendo os membros suplentes - A garantia se inicia com a candidatura do empregado e se prolonga até 1 ano após o mandato - Caso seja demitido por justa causa, requer-se inquérito para apuração da falta grave Membros do Conselho Nacional da Previdência Social Art. 3º, Lei 8.213/91. Fica instituído o Conselho Nacional de Previdência Social–CNPS, órgão superior de deliberação colegiada, que terá como membros: I - seis representantes do Governo Federal; II - nove representantes da sociedade civil, sendo: a) três representantes dos aposentados e pensionistas; b) três representantes dos trabalhadores em atividade; c) três representantes dos empregadores. § 1º Os membros do CNPS e seus respectivos suplentes serão nomeados pelo Presidente da República, tendo os representantes titulares da sociedade civil mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos, de imediato, uma única vez. § 2º Os representantes dos trabalhadores em atividade, dos aposentados, dos empregadores e seus respectivos suplentes serão indicados pelas centrais sindicais e confederações nacionais. § 6º As ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atividade, decorrentes das atividades do Conselho, serão abonadas, computando-se como jornada efetivamente trabalhada para todos os fins e efeitos legais. § 7º Aos membros do CNPS, enquanto representantes dos trabalhadores em atividade, titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo judicial. Membros do Conselho Curador do FGTS Art. 3º, Lei 8.036/90. O FGTS será regido por normas e diretrizes estabelecidas por um Conselho Curador, composto por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais, na forma estabelecida pelo Poder Executivo. - A presidência do Conselho será ocupada por um representante do Ministério do Trabalho ou Previdência Social - Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores e seus suplentes serão indicados pelas respectivas centrais sindicais e confederações nacionais, serão nomeados pelo Poder Executivo, terão mandato de 2 anos e poderão ser reconduzidos uma única vez + Exceder 4 anos no cargo é vedado - As ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores no ConselhoCurador, decorrentes das atividades desse órgão, serão abonadas, computando-se como jornada efetivamente trabalhada para todos os fins e efeitos legais - Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes dos trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo sindical Comissão de Representação de Empregados Art. 510-A, CLT. Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de uma comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores + Observar os dispositivos seguintes - Também possui previsão constitucional - Não se confunde com sindicato + Não pode haver interferência do empregador ou sindicato na comissão de representação de empregados - A finalidade é promover aproximação entre empregados e empregador - A estabilidade se inicia com o registro da candidatura e se encerra após 1 ano do mandato + O mandato é de 1 ano - No caso de justa causa, não se requer inquérito Duração do Trabalho - Uma das primeiras pautas em discussão no Direito do Trabalho - Na Europa, especialmente na Inglaterra, surgem as primeiras regulamentações a respeito da duração do trabalho - Desde a CLT houveram muitas mudanças em relação ao tema, principalmente com a CRFB/88, que consolidou 8h diárias e 44h semanais + Antes da CLT haviam regramentos esparsos + Os sindicatos ainda buscam 40h semanais - Tecnicamente, duração de trabalho abrange o lapso temporal de labor ou disponibilidade do empregado perante seu empregador em virtude do contrato, considerados distintos parâmetros de mensuração: dia, semana, mês e até mesmo ano + Compreende um conjunto de normas que se preocupa com o tempo de trabalho em si - Se diferencia de jornada (que diz respeito ao desempenho do trabalhador em 1 dia) e horário de trabalho (que se refere ao horário de início e término do expediente) Jornadas Controladas - Quando nos referimos ao tem lembramos do cartão ponto, mas essa não é única forma de controle Art. 74, CLT. Art. 74. O horário de trabalho será anotado em registro de empregados. § 2º. Para os estabelecimentos com mais de 20 trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação do período de repouso. + Antes de 2019, a regra de que estabelecimentos com mais de 10 funcionários deveriam possuir anotação da hora de entrada e saída - Mesmo que a empresa possua menos de 20 empregados, pode implementar alguma modalidade de controle da jornada - Os intervalos intrajornada, tempo de descanso que os trabalhadores têm em meia a sua jornada destinado a alimentação e descanso, podem ser pré-assinalados + O empregado fica desobrigado de registrar seu início e término. Assim, o próprio sistema de anotação deve gerar a marcação + Caso exista seja alegada, em reclamatória trabalhista, a incompatibilidade do intervalo pré-assinalado com a realidade, o próprio empregado terá que produzir provas - A Lei de Liberdade Econômica (13.874), acrescentou o parágrafo 4º no art. 74 da CLT, referindo-se ao cartão ponto de exceção § 4º. Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada regular de trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho + Conforme sugere a própria nomenclatura, nessa modalidade o registro de ponto é realizada em situações excepcionais, como em caso de faltas, atrasos, horas extras, atestados e outros Súmula 338, TST: I - É ônus do empregador que conta com mais de 20 empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. + O juiz pode presumir verdadeiros os registros apresentados na petição inicial. A presunção é relativa, ou seja, podem ser trazidas outras provas que refutem o que foi alegado III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir + O inciso se refere ao que chamamos de ponto britânico, quando os registros do empregado apresentam os mesmos horários, por dias seguidos Jornadas NÃO Controladas - As jornadas não controladas não ensejam cálculo de horas extraordinárias, dado que não se pode aferir sequer a efetiva prestação da jornada padrão incidente sobre o caso concreto - O art. 62 da CLT tem indicado, ao longo do tempo, dois tipos de empregados como inseridos em situação empregatícia tal que se tornam inviáveis efetivos controle e fiscalização sobre o cotidiano de suas jornadas laboradas. Trata-se, de um lado, dos trabalhadores que exercem atividade externa incompatível com a fi xação de horário de trabalho; de outro lado, os exercentes de cargos de gestão, desde que também recebam acréscimo salarial igual ou superior a 40% do salário do cargo efetivo Art. 62, CLT. Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo (Jornada de Trabalho): I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. III - os empregados em regime de teletrabalho. + Incluído pela Reforma Trabalhista Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). Hipóteses de Horas Extras - O adicional de hora extra é devido ao empregado que prorroga, diária ou semanalmente, a jornada de trabalho legal ou contratual - O objetivo do adicional de horas extras é de indenizar o empregado pela exposição a doenças profissionais ou acidentes de trabalho além da jornada legal ou contratual Art. 59, CLT. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. Súmula 376, TST: I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas. II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres trabalhistas, independentemente da limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT Art. 58, §1º, CLT. Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Prorrogação de Jornada - Trabalhando além dos limites normais de sua jornada, o empregado deve receber horas extras - Para que essa prática seja legal, deve haver ajuste individual ou negociação coletiva prevendo a concordância do funcionário em desempenhar atividades além de seu expediente, quando for necessário - A lei prevê que a duração diária de trabalho pode ser acrescida em no máximo 2 horas, mas caso esse limite seja ultrapassado, o empregado deve receber todo o período extra Acordo de Compensação - O acordo de compensação revelaa possibilidade de acumulação da jornada de trabalho de um dia para compensar essa redução/ acréscimo ou ausência em outro dia. Como o nome sugere, ele compensa as horas - Existem várias espécies de compensação: Jornada 12x36: - O TST resistiu muito antes de reconhecer essa modalidade, uma vez que a mesma não segue a regra da CLT e CRFB, que determinam uma jornada de 8h diárias - O ponto de partida para uma jornada 12x36, é que ela não funciona para qualquer categoria. É mais comum de ser vista em empresas de vigilância, atividades fabris, hospitais ou qualquer outro ramo em que os colaboradores precisem se dividir entre dia e noite - Funciona da seguinte maneira: o empregado realiza um expediente de 12h e possui direito a descanso nas 36h subsequentes - A reforma trabalhista contribuiu para que mais categorias pudessem adotar essa jornada, uma vez que agora estão amparadas pela CLT + Antes da reforma não havia previsão na CLT Art. 59-A, CLT. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação - Com relação às atividades insalubres, especialmente no setor da saúde, não é necessário exigência de licença prévia das autoridades competentes para implementar o sistema 12x36 - Se a escala de trabalho recair e dias de repouso semanal remunerado ou feriados, não direito de remuneração em dobro - O empregado que segue esse regime recebe além das horas trabalhadas, as prorrogações de jornada noturna Semana Espanhola OJ 323. É válido o sistema de compensação de horário quando a jornada adotada é a denominada “semana espanhola”, que alterna a prestação de 48 horas em uma semana e 40 horas em outra, não violando a CLT, arts. 59, § 2º, e CF/88, 7º, XIII, o seu ajuste mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho Semana Inglesa - Na semana inglesa, a jornada de trabalho de 44h é distribuída em 5 dias da semana, sendo as horas extras diárias laboradas de segunda a sexta compensadas pelo descanso aos sábados + 8h48min de segunda a sexta - Esse sistema de compensação deve ser feito por ajuste individual ou negociação coletiva Banco de Horas - É uma forma de compensar o funcionário pelas horas a mais em que ele trabalhou com a correspondente redução da jornada quando solicitado - Todo funcionário tem uma jornada de trabalho a cumprir, contudo, nem sempre ela será cumprida de forma regular e existem dias em que a jornada pode variar um pouco, seja ficando um tempo a mais ou um tempo a menos no trabalho - Essas horas ou minutos vão todas para um banco onde ocorre a soma das horas positivas ou negativas Na prática o banco de horas funciona da seguinte forma: as horas negativas ficam em forma de “dívida”, e as positivas como um “saldo”, e por isso, é utilizado o termo banco de horas, pois as horas do colaborador ficam guardadas, como em uma poupança. - Quando forem positivas, podem ser compensadas por meio de folgas ou diminuição de jornada. E pagas, quando o funcionário estiver com débitos por meio da laboração de horas a mais na jornada - Essa modalidade está disciplinada no art. 59, §2º, 5º e 6º da CLT + Os parágrafos 5º e 6º são frutos da reforma trabalhista + De acordo com o §6º, se a compensação de horas ocorrer dentro do mesmo mês, é válida por ajuste expresso ou tácito + O §5º afirma que se a compensação ocorrer dentro de 6 meses, pode ser ajustada por acordo individual + Por sua vez, o §2º expressa que se o banco de horas tiver duração superior a 6 meses e até 1 ano, precisará ser realizado através de negociação coletiva Art. 61, CLT. Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto + O dispositivo autoriza exceder, ao todo, 4h do expediente § 3º. Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 horas diárias, em período não superior a 45 dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade competente Jornadas Especiais Turnos Ininterruptos de Revezamento - Nessa modalidade de jornada, os empregados não possuem jornada fixa - A empresa mantém uma ordem ou alteração de horários de trabalho prestado em revezamento - Os revezamentos de turno fazem com que os trabalhos se iniciem pela manhã, tarde, noite ou madrugada - Um mesmo funcionário não pode trabalhar em 2 turnos seguidos. Isso significa que ao final da sua jornada ele é substituído por outro empregado e apenas após o período de descanso pode retornar às atividades laborais + Deve haver intervalos Súmula 360, TST. A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988 - Esse revezamento torna a atividade laboral desgastante. Portanto, a jornada máxima dessa modalidade é de 6h diárias e 36h semanais + Através de negociação coletiva, a jornada pode ser ampliada para 8h diárias – INDIVIDUALEMTE ISSO NÃO PODE SER AJUSTADO Súmula 423, TST. Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras - Após 6h de trabalho, horas extras são devidas - Se um dos turnos de revezamento ocorrer durante a noite, o adicional noturno será devido - Fixando uma jornada, essa modalidade especial deixa de existir OJ 360. Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, daCF/1988 o trabalhador que exerce suas atividades em sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à alternância de horário prejudicial à saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa se desenvolva de forma ininterrupta Bancários - Bancários possuem 3 enquadramentos de jornada - O primeiro enquadramento, regra geral, está previsto no caput do art. 224, CLT Art. 224, CLT. A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 horas continuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 horas de trabalho por semana + 30h de segunda a sexta. Sábado é dia útil não trabalhado - O §2º do art. 244 faz referência ao segundo enquadramento da jornada de bancários § 2º. As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes ou que desempenhem outros cargos de confiança desde que o valor da gratificação não seja inferior a um terço do salário do cargo efetivo - O cargo de confiança é caracterizado por 2 requisitos: possuir poderes de supervisão/ gerência e receber gratificação superior a 1/3 d salário - Cargos de confiança possuem jornada de 8h diárias, sendo extraordinárias as trabalhadas além da oitava + Observar a Súmula 102, TST - Existe controle de jornada para aqueles que fazem parte desse enquadramento - No inciso II do art. 62 da CLT encontramos o último enquadramento Art. 62, CLT. Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargosde gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial + Não possuem jornada controlada e não recebem hora extra - Devem possuir poderes de gerência/ supervisão, além de receberem gratificação + Requisitos subjetivos e objetivos - O TST equipara funcionários de financiadoras ao bancários para efeitos de jornada de trabalho Súmula 55, TST. As empresas de crédito, financiamento ou investimento, também denominadas financeiras, equiparam-se aos estabelecimentos bancários para os efeitos do art. 224 da CLT - Para que haja a funcionalidade do banco, a figura do vigilante se faz necessária, mas esses não são enquadrados como bancários Súmula 257, TST. O vigilante, contratado diretamente por banco ou por intermédio de empresas especializadas, não é bancário - Vale lembrar que vigias e vigilantes não são sinônimos + Vigilantes possuem porte de arma, licença especifica, cursos, etc Súmula 119, TST. Os empregados de empresas distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários não têm direito à jornada especial dos bancários + Não se equiparam aos bancários OJ 379. Os empregados de cooperativas de crédito não se equiparam a bancário, para efeito de aplicação da CLT, art. 224, em razão da inexistência de expressa previsão legal, considerando, ainda, as diferenças estruturais e operacionais entre as instituições financeiras e as cooperativas de crédito Advogados Art. 20, Lei 8.906/94 – Estatuto da OAB. A jornada de trabalho do advogado empregado, no exercício da profissão, não poderá exceder a duração diária de quatro horas contínuas e a de vinte horas semanais, salvo acordo ou convenção coletiva ou em caso de dedicação exclusiva + Não se aplica para sócios ou autônomos - O turno noturno do advogado é das 20h às 5h + Adicional de 25% Empregados de Empresas de Telefonia - A regra se aplica aos operadores de telefonia + Pessoas que passam full time nas centrais de atendimento Art. 227, CLT. Nas empresas que explorem o serviço de telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial, de radiotelegrafia ou de radiotelefonia, fica estabelecida para os respectivos operadores a duração máxima de seis horas contínuas de trabalho por dia ou 36 horas semanais Intervalos de Descansos Intervalo Intrajornada Art. 71, CLT. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 horas - Refere-se aos intervalos de repouso e alimentação - Os intervalos não fazem parte da jornada de trabalho - Trabalhando por até 4h horas no dia, o funcionário não possui direito a intervalo + Trabalhado entre 4 e 6 horas, possui direito a 15 minutos + Possuindo jornada superior a 6h, os intervalos podem variar entre 1 e 2 horas - Para aumentar o tempo de intervalo é necessário realizar ajuste individual ou negociação coletiva - A redução do período de intervalo também é possível §3º. O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas - Se o empregado possuir o intervalo menor do que tem de direito ou esse período não for concedido, o empregador deverá pagar o tempo faltante para completar o tempo devido, acrescido de adicional de 50% + A tolerância é de 5 minutos Intervalo Interjornada Art. 66, CLT. Entre 2 jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 horas consecutivas para descanso OJ 355. O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula 110/TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional - O intervalo deve ser entre o fim de uma jornada e início de outra Intervalo para Recuperação Térmica Art. 253, CLT. Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 hora e 40 minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo - A CLT refere-se ao trabalho realizado no interior da câmara fria, mas além desse caso existem outros ambientes artificialmente frios que devem ser equiparados Súmula 438, TST. O empregado submetido a trabalho contínuo em ambiente artificialmente frio, nos termos do parágrafo único do art. 253 da CLT, ainda que não labore em câmara frigorífica, tem direito ao intervalo intrajornada previsto no caput do art. 253 da CLT - Esse intervalo faz parte da jornada de trabalho, está incluída nas 8h de trabalho do funcionário + É diferente do intervalo intrajornada - Não havendo a realização do intervalo, deverá ocorrer o pagamento de horas extras, conforme entendimento do TST - A exposição ao frio sem o uso de EPIs gera o direito ao adicional de insalubridade + Não se recebe o adicional pelo simples fato de trabalhar em ambientes frios Intervalo de Digitação Art. 72, CLT. Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de 90 minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 minutos não deduzidos da duração normal de trabalho - A Súmula 346, TST equipara os digitadores ao trabalhadores no serviço de mecanografia expostos no art. 72, CLT - O intervalo tem como objetivo descansar do esforço repetitivo e evitar lesões Outros Intervalos Súmula 118, TST. Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada + Os intervalos que o empregador resolver conceder aos empregados integram a jornada de trabalho - O maior exemplo é o intervalo para café + Dependendo da negociação coletiva, o intervalo para café é obrigatório, principalmente no ramo da construção civil + Essa categoria é marcada pelo fato de muitos empregados muitas vezes só conseguirem realizar suas refeições no local de trabalho - Algumas convenções se referem ao pagamento desse intervalo Repouso Semanal Remunerado Art. 7º, CR. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos + A cada 6 dias de trabalho, deverá haver 1 de descanso Súmula 146, TST. O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal + Deverá haver folga compensatória ou pagamento em dobro OJ 410. Viola o art. 7º, XV, da CF/88 a concessão de repouso semanal remunerado após o sétimo dia consecutivo de trabalho, importando no seu pagamento em dobro Art. 68, CLT. O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67, será sempre subordinado à permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho. Parágrafo único. A permissão será concedida a título permanente nas atividades que, por sua natureza ou pela conveniência pública, devem ser exercidas aos domingos, cabendo ao Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, expedir instruçõesem que sejam especificadas tais atividades. Nos demais casos, ela será dada sob forma transitória, com discriminação do período autorizado, o qual, de cada vez, não excederá de 60 dias - Na doutrina e na jurisprudência observa-se as sigas RSR e DSR e existe uma pequena diferença técnica entre as mesmas + Repouso Semanal Remunerado abrange não só o dia da semana destinado para descanso, mas também feriados Art. 1 – Lei 605/09. Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local + Regras referentes aos feriados estão dispostas na Lei 9093/95, 662/49 e 6802/80 - Feriados religiosos são previstos em lei municipal e não podem ser superiores a 4 – entre esses 4 a páscoa/sexta-feira da paixão estará inclusa + Descaso Semanal Remunerado se refere ao dia de descanso que deve haver na semana sem prejuízo no salário Sobreaviso e Prontidão Art. 224, CLT: §2º. Considera-se de "sobreaviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de "sobreaviso" será, no máximo, de 24 horas. As horas de "sobreaviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 do salário normal. - Para que haja a caracterização do sobreaviso a pessoa deve estar cumprindo uma escala que restrinja o seu ir e vir Súmula 428, TST. O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso - Já tendo realizado a jornada de trabalho naquele dia, as horas de sobreaviso serão tidas como extras §3º. Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de 12 horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 do salário-hora normal - Assim como no sobreaviso, caso o empregado já tenha exercido sua jornada de trabalho daquele dia, as horas de prontidão serão contadas como extra - Se realizar atividades no período noturno, deverá receber adicional noturno - Os 2 fenômenos vão além da jornada normal de trabalho Extinção do Contrato de Trabalho Aviso Prévio - Comunicação antecipada da intenção de encerrar o contrato de trabalho - O aviso prévio é proveniente do Código Comercial - A lei trabalhista recomenda que o aviso seja feito por escrito, uma vez que o ônus de provar o término da relação trabalhista é do empregador Súmula 212. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado - O aviso prévio é reciproco, ou seja, pode ser feita pelo empregador ou pelo empregado Art. 7º: XXI, CR. Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei + A cada ano de serviço o aviso prévio aumenta em 3 dias, até chegar em no máximo 90 dias - O aviso prévio de 90 dias pode ser prejudicial para o empregado que já tem outro projeto em vista, portanto nesse caso prevalece o princípio do in dubio pro operário – prevalece o que for mais benéfico para o trabalhador + Se o empregado pedir demissão, o aviso prévio conforme o tempo de trabalho não é aplicado, mas se for demitido sim - O empregado que pedir demissão deve comunicar o empregador com pelo menos 30 dias de antecedência - Não cumprindo o aviso prévio, o empregador pode descontar o equivalente das verbas rescisórias do empregado + “Cumpre ou paga” Art. 487, §2º. A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo > Quando a iniciativa do rompimento do contrato é do empregador: - O aviso prévio é proporcional ao tempo de trabalho + A cada ano de serviço, mais 3 dias de aviso prévio - Para quem se aplica a regra de 3 dias? Súmula 441, TST. O direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011 + Não importa quando o contrato tenha se iniciado desde que tenha sido rompido após a vigência da lei Art. 488, CLT. O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 horas diárias, sem prejuízo do salário integral + Para que o empregado possa procurar outro emprego Súmula 230. É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes + Isso desvirtuaria a finalidade do aviso prévio > Quando a iniciativa do rompimento do contrato é do empregado: - Cumprirá o aviso prévio ou será indenizado pelo empregador + Sendo indenizado, o tempo de serviço será integrado para todos os efeitos, o que também interfere em prazos prescricionais OJ 83. A prescrição começa a fluir no final da datado término do aviso prévio - Art. 487, § 1º, da CLT OJ 82. A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado. Art. 500, CLT. O pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente do Ministério do Trabalho e Previdência Social ou da Justiça do Trabalho + Se o empregador quiser demitir o empregado, terá que esperar a garantia de emprego acabar para dar início ao aviso prévio - O aviso prévio pode ser renunciado desde que exista anuência da parte contrária - Se no curso do aviso prévio o funcionário cometer falta grave, a rescisão será convertida para justa causa e o empregado perderá o direito o período restante de aviso prévio Art. 491, CLT. O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo + Se quem cometer falta grave for o empregador, o restante do prazo de aviso prévio do empregado não é prejudicado Aspectos Gerais da Extinção Contratual Art. 477, CLT. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo + A reforma trabalhista trouxe mudanças nesse artigo e a obrigatoriedade de homologar a extinção contratual no sindicato da categoria deixou de existir + Se em negociação coletiva ainda haver a obrigatoriedade isso deverá ser respeitado - O pagamento das verbas rescisórias poderá ser feito em dinheiro, depósito bancário ou cheque, conforme as partes acordarem + Se o empregado for analfabeto o pagamento só poderá ser em dinheiro e depósito bancário - O prazo que o empregador tem para pagar as verbas rescisórias e entregar ao empregado documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes é de 10 dias a partir do término do contrato + Se o aviso foi indenizado, conta-se o prazo quando a projeção acabar + Não cumprindo o prazo o empregado tem direito a uma multa indenizatória equivalente a seu salário Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento Súmula 388, TST. A Massa Falida não se sujeita à penalidade do art. 467 e nem à multa do § 8º do art. 477, ambos da CLT
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