Buscar

Distúrbios Reprodutivos em Éguas

Prévia do material em texto

Distúrbios Reprodutivos em Éguas 
Idade 
éguas com mais de 20 anos 
· falhas no ciclo 
· falhas na ovulação 
· falhas na concepção 
Alterações ovarianas 
Folículos anovulatórios 
sua ocorrência está relacionada com os períodos de transição para o inverno e outono, tendo: 
· baixa produção de LH e estrógenos 
· falhas nos receptores para LH 
os folículos crescem mas não conseguem ovular 
mínimo de 35mm para a ovulação 
tratamento: aplicação de PGF após a luteinização inicial 
Corpo lúteo persistente 
há alteração do ciclo estral, com prolongamento do intervalo inter-ovulações 
· ocorre mais frequentemente em potrancas, éguas no início ou final da estação de monta 
· há nível aumentado contínuo de progesterona 
· pode ocorrer por falha na liberação de prostaglandina (PGF2 alfa) 
tratamento: aplicação de prostaglandina 
Tumores ovarianos 
pode se caracterizar como teratoma, disgerminoma ou cistoadenoma 
→ tumor da granulosa 
· benigno 
· crescimento lento 
· unilateral 
· hormonalmente ativo 
· alterações do comportamento 
A alteração de comportamento se deve a altos níveis de testosterona, onde a fêmea começa a apresentar comportamento masculino (reflexo de flehmen, monta em outras éguas…) 
Os ovários de apresentam grandes e duros na palpação, e com trabéculas no US 
Há alta concentração de inibina circulante, fazendo feedback negativo do FSH causando inatividade e atrofia do ovário contralateral 
· éguas com dificuldade de ciclar
tratamento: ovariectomia do ovário acometido 
· a recuperação deve acontecer entre 2 a 3 meses do ovário contralateral ou pode não haver retorno a ciclicidade (permanente) 
Alterações uterinas 
é comum ocorrer: 
· cistos endometriais 
· tumores (raro) 
· endometrite e endometrose 
Endometrite vs Endometrose 
A endometrite é uma inflamação aguda 
A endometrose é uma inflamação crônica onde há: 
· fibrose periglandular com disfunção das glândulas endometriais 
· presença de muito tecido cicatricial 
· pode haver processo degenerativo 
Quanto maior a idade da égua maior a sua chance de desenvolver disfunções uterinas (algum grau de endometrite ou endometrose) 
Mecanismos de defesa 
→ físicos 
· vulva fechada (sem entrada de MO e ar) 
· prega vaginal 
· cérvix 
· contratilidade miometrial (baixo nível de PGF ou progesterona) 
→ imunológicos 
· sistema imune humoral ( C1, C5 do sistema complemento, imunoglobulinas) 
· neutrófilos 
→ hormonais 
· E2 faz a limpeza do útero 
Susceptibilidade 
é dependente de: 
· idade 
· anormalidades anatômicas 
· contração miometrial insuficiente 
· falha na resposta imune 
· resposta inflamatória exacerbada 
· redução dos níveis de citocinas inflamatórias 
· aumentos dos níveis de óxido nítrico 
Inflamação pós-cobertura 
é a endometrite fisiológica, ocorre em toda égua após a monta ou IA 
· contém duração de cerca de 72h 
· há recrutamento do sistema imune pelas citocinas e progesterona (baixo nível) para a contração do útero 
O útero deve eliminar o processo inflamatório até o 5 dias após a ovulação, para que o ambiente seja favorável ao embrião 
→ éguas resistentes: eliminam em até 48h após a monta 
→ éguas susceptíveis: desenvolvem a endometrite não fisiológica após a monta 
Endometrite 
pode se apresentar de forma purulenta ou não 
endometrite não purulenta 
são processos inflamatórios crônicos e estão associados ao surgimento da endometrose 
· ocorre na maioria dos casos 
· a égua não consegue ficar gestante 
· há retorno ao cio sem sinais clínicos 
diagnóstico 
é sempre dependente do histórico e pode ser feito: 
· US (útero cheio de líquido) 
· citológico (aumento de neutrófilos) 
· histopatológico (presença de processos inflamatórios e degenerativos do endométrio, junto com fibrose periglandular)

Continue navegando