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Fisiopatologia Da reprodução MORFOFISIOLOGIA DA FÊMEA BOVINA APARELHO REPRODUTOR Composto pelo ovário (órgão que armazena os oócitos), oviduto (canal que liga o ovário ao corno uterino), útero (composto por corpo, cornos e colo), cérvix (estrutura que na vaca é composta por anéis cartilaginosos em “s”), vagina (fundo de saco geralmente colabado) e vulva (genitália externa, onde encontram-se o vestíbulo, clitóris e lábios vulvares) HORMÔNIOS REPRODUTIVOS - Hormônios Hipotalâmicos: o GnRH: secreção não pulsátil (não atinge picos), estimula a liberação de LH e FSH o Ocitocina: promove contrações uterinas no parto e estimula a ejeção de leite (armazenada na neurohipófise) - Hormônios Hipofisários (gondadotrofinas): o FSH (Hormônio folículo estimulante): secreção não pulsátil – secretado pela adenohipófise - promove o desenvolvimento dos folículos (crescimento e maturação) o LH (Hormônio luteinizante): secreção pulsátil – secretado pela adenohipófise - promove o crescimento do folículo dominante e induz a ovulação no seu pico - Hormônios Ovarianos (esteroides): o Estrógenos: produzidos pelas células da granulosa - realiza feedback negativo com o FSH, e feedback positivo com o LH - induz o comportamento estral (urinar, aceitar monta, cauda erguida) o Progesterona: produzida pelo corpo lúteo - realiza feedback negativo com o LH - mantém a prenhez o Inibina: produzida pelo folículo dominante - inibe o FSH (folículo dominante não precisa mais crescer, mas sim ovular) - Hormônios Uterinos o PGF 2α : realiza a luteólise (quebra do corpo lúteo) – produzida sem a presença de embrião o PGF 2 : evita a destruição do corpo lúteo ESTEROIDOGÊNESE Ovário produz estrógeno (folículo) e progesterona (corpo lúteo), conforme a sazonalidade destas estruturas. Ambos hormônios são sintetizados a partir do colesterol. EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-OVÁRIO Hipotálamo produz GnRH, que promove a produção de LH e FSH pela hipófise. FSH recruta e estimula o crescimento folicular. LH age na maturação e ovulação do folículo dominante. Folículos primários produzem pouco estrógeno, que estimula (feedback positivo) o FSH. Conforme aumenta a produção de estrógeno, ocorre a inibição (feedback negativo) de FSH, e estimula (feedback positivo) o LH. Após a ovulação induzida pelo LH, folículo se torna Corpo Lúteo, que passa a produzir progesterona. A progesterona inibe o LH, e estimula secreção de FSH, ocorrendo novas ondas foliculares sem ovulação Folículo dominante produz inibina, que inibe a secreção de FSH (folículo não precisa mais crescer) A liberação hormonal ocorre por interferência de estímulos do próprio organismo (proprioceptivos) pela produção de endorfinas e andrógenos, ou por estímulos do meio (exteroceptivos), decorrentes do manejo, estresse, etc. - GONADOTROFINAS EXTRA-HIPOFISÁRIAS São substâncias análogas as gonadotrofinas (LH e FSH), que são utilizadas quando as mesmas são ineficazes: HCG (Gonadotrofina Coriônica Humana): produzida pela placenta humana, possui tropismo pelas gônadas, tendo efeito semelhante ao LH (organismo cria resposta após várias aplicações) PSMG (Gonadotrofina Sérica da Égua Prenhe): estimula crescimento folicular, semelhante ao FSH HMG (Gonadotrogina Humana da Menopausa): exerce efeito do LH e FSH, porém sem ser específica - OOGÊNESE Antes do nascimento, as células germinativas primordiais são modificadas em oogônias, e ao iniciarem a mitose, permanecem como oócitos primários do nascimento até a puberdade. Ao atingir a puberdade, o processo de mitose que foi pausado, é reiniciado, transformando-se em oócito secundário, que é uma célula haploide. Oócito secundário irá sofrer o processo de ovulação, e se ocorrer fertilização, forma-se o embrião. - FOLICULOGÊNESE Folículo Primário desenvolve-se em folículo secundário e folículo terciário, pelo efeito do FSH. Após chegar ao estado de Folículo de Graaf (pré-ovulatório), o LH é aumentado, promovendo a ovulação. Este folículo então se torna um Corpo Hemorrágico, onde as células da teca e da granulosa sofrem modificação, formando células lúteis pequenas e grandes, respectivamente, formando o Corpo Lúteo. Esta estrutura glandular produz a progesterona, até o momento que sofre a luteólise (quebra do corpo lúteo), formando o Corpus Albicans (cicatrização do CL). DESENVOLVIMENTO FOLICULAR O período de desenvolvimento dos folículos envolve 3 fases: Recrutamento: grupo de folículos é recrutado para crescimento, e se torna dependente do FSH (devido ao alto número de células da Granulosa) Seleção: ocorre ajuste nos folículos do grupo recrutado Dominância: consequência da seleção, onde somente um folículo se torna o dominante, e passará pelo processo de ovulação, enquanto os demais sofrem atresia Recrutamento – depende de FSH, várias células da granulosa que produzem estrógeno, vários folículos passam pelo processo Seleção – depende de FSH e LH, estrógeno diminui o FSH e aumenta LH, alguns folículos sofrem atresia e outros passam pelo processo Dominância – depende do LH, somente um folículo passa pelo processo, e os demais sofrem atresia VACAS PODEM APRESENTAR 2 OU 3 ONDAS FOLICULARES DURANTE OS 21 DIAS DO CICLO ESTRAL Recrutamento: Folículos pequenos produzem pouco estrógeno, que estimula a secreção de FSH Seleção: Folículos médios produzem mais estrógeno e inibina, que diminuem a secreção de FSH, e aumenta o LH Dominância: Folículo dominante produz muito estrógeno, inibindo o FSH e aumentando mais o LH, para ovulação Des vio é o fenômeno onde o folículo que será o dominante sofre maturação, e os que não serão, sofrem atresia HORMÔNIOS DO CICLO ESTRAL - Sem embrião: estrógeno sensibiliza o útero a produzir PGF-2α. Este, por sua vez, é transportado por um mecanismo de contracorrente do útero, indo da veia uterina até a artéria uterina, possibilitando sua ida até o ovário. Lá, ele realiza a quebra do corpo lúteo (luteólise), possibilitando novas ovulações, pela diminuição da concentração de progesterona. - Com embrião: estrógeno sensibiliza o útero a produzir PGF-2α. Porém, o próprio embrião produz uma substância chamada IFN- τ (interferon-tau), que inibe o PGF-2α, impossibilitando que este provoca a luteólise. Com isso, o Corpo Lúteo continua ativo, produzindo a progesterona, que mantém a gravidez (entre 16 a 19 dias pós-ovulação). - entre o pico de LH e a ovulação: 28 horas - estro (cio) dos bovinos: dura entre 6 a 24 h (vacas – 7h30, novilhas – 11h30 em média) CICLO ESTRAL CICLO ESTRAL é o período entre dois estros, que em bovinos e bubalinos, dura cerca de 21 dias, sendo composta por fases evidentes (estro, metaestro, diestro e proestro). ESTRO (dia 0) – duração de 6 a 24 horas - Alta produção de estrógeno pelo folículo dominante (antecede o pico de LH) - Comportamento: Nesta fase, a vaca aceita monta do macho e de outras vacas. Vulva edemaciada, com produção de muco cristalino (em menor quantidade em búfalas). Animal muge com maior frequência. Apresenta menor alimentação e produção. Urina com maior frequência. Aumenta a sua atividade física (anda mais), patas permanecem em cavalete (para aceitar a monta do macho). - Palpação Retal: útero apresenta-se túrgido (duro), por ação do estrógeno (facilita a palpação) e percebe-se a presença do folículo dominante - Ultrassom: presença do folículo dominante e de edema uterino METAESTRO (dia 1 ao dia 5) – ocorre após 24h do cio - Ocorre após a ovulação, onde forma-se o corpo lúteo, e há a produção de progesterona (pouco estrógeno) - Comportamentos: Não aceita a monta do macho e de outras vacas, mas podem montar outras. 1ª onda folicular: desenvolvimento