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Patologias Reprodutivas em fêmeas bovinas causas de infertilidade: · 67% alimentares e nutricionais · 22% sanitárias · 11% outras portanto é necessário realizar o ECC após a monta, durante a gestação e pós parto principais enfermidades · anestro · repetidoras de cios · retenção placentária · infecções uterinas · doenças cística ovariana (DCO) · mortalidades embrionárias · abortamentos Anestro → verdadeiro há inatividade ovariana · diminuição de atividade cíclica (pós parto) · idade · ECC · época do ano · distocias · lactação · raça · patologias uterinas e doenças concomitantes → sub-estro há atividade cíclica, porém com ausência de sua detecção · comportamento fraco ou ausente · falha de detecção O estado anovulatório pode ser classificado: 1. até a emergência folicular · há deficiência na liberação de FSH 2. até o desvio é frequente em novilhas pré púberes · comum em pós parto de fêmeas leiteiras/ corte com o bezerro ao pé · ovários pequenos, sem CL ou folículos pré ovulatórios · inibição do centro de liberação pulsátil de LH Repetidoras de cios a repetição de cios contém uma etiologia multifatorial: · processos inflamatórios, infecciosos ou parasitários · distúrbios endócrinos e da ovulação · ineficiência do CL e oócitos de baixa qualidade · problemas anatômicos · mortalidade embrionária Deve-se descartar: · falhas de detecção · manejo inadequado de sêmen · baixa fertilidade de touros · estresse térmico diagnóstico · exame ginecológico · US · citologia e biópsia uterina · dosagem hormonal Retenção placentária é quando a falha no desligamento entre a carúncula uterina e o cotilédone placentário a placenta deve ser eliminada fisiologicamente entre 8 a 12h pós-parto pode ter causa multifatorial devido: · infecções · abortamentos · duração da gestação · disfunção endócrina · nutrição · hereditária · indução do parto · gestação gemelar · distúrbios metabólicos diagnóstico através da observação dos sinais clínicos: · restos placentários expostos na rima vulvar · corrimento serosanguinolento · odor desagradável · Alterações sistêmicas (febre, prostração, anorexia..) tratamento → ocitocina · 30 UI nas primeiras 6-12h pós parto · casos de inércia uterina → PGF 2 alfa · primeiras 2h pós parto · aceleração da inovulação uterina → estrógenos maior aporte sanguíneo do útero · aumento do tônus do miométrio · aumento da atividade fagocitária · maior absorção de toxinas → antibioticoterapia · oxitetraciclinas (mais utilizado) · penicilina e gentamicina · ceftiofur (evita o descarte do leite) pode ser feito o uso de terapias suportes quando há presença de alterações sistêmicas → remoção manual não é recomendada, devido ao risco de: · hemorragias · septicemias · ruptura e retardo na involução uterina → lavagem uterina cuidado com a manutenção de conteúdo líquido uterino prevenção suplementação com vitamina E e selênio implicações → clínicas · aumento da incidência de metrite · diminuição da produção de leite → reprodutivas · inovulação uterina retardada · inércia uterina e infecções Metrite Puerperal é uma doença sistêmica aguda, causada por infecção bacteriana no útero · ocorre geralmente nos 10 primeiros dias pós-parto sinais clínicos: · corrimento uterino aquoso (marrom fétido) · febre · prostração · inapetência · taquicardia · desidratação aparente · redução da produção de leite escore de classificação de muco Caráter do muco Escore Muco claro ou translúcido 0 muco claro ou translúcido com pontos de pus branco 1 exsudato com 50% de pus branco ou cremoso 2 exsudato com 50% de pus branco, cremoso ou sanguinolento 3 odor do muco escore nenhum 0 odor fétido 3 Endometrites inflamação/ infecção do endométrio, pode se apresentar de duas maneiras: → subclínica · determinada por citologia · ausência de material purulento na vagina · presença de >18% de neutrófilos nas amostras uterinas (coleta de 21 a 33 dias pós-parto) · 10% de neutrófilos entre 34 a 47 dias (na ausência da endometrite clínica) → clínica · presença de exsudato uterino purulento · ocorre entre 21 ou mais dias pós-parto · não apresenta sinais sistêmicos Prolapso uterino é a projeção de parte do trato reprodutivo pela vagina, ocorrendo quando há dificuldade do parto (manobra obstétrica) · ocorre algumas horas após o parto · é mais comum em vacas pluríparas, estabuladas ou em partos gemelares · relaxamento excessivo dos ligamentos pélvicos · associado a distocias · excesso de força O prognóstico de vida é bom quando as fêmeas são recém tratadas, porém o prognóstico reprodutivo é reservado Para a recolocação do útero deve-se: 1. realizar a limpeza local (evitando disseminação da contaminação) 2. promover vasoconstrição (gelo) 3. diminuir o edema (sal ou açúcar) Após a recolocação do útero é feito a sutura da vulva Para a realização do procedimento é feito a epidural (cessar a contração e dor) Doença cística ovariana (DCO) ocorre até 60 dias pós-parto (anestro), devido a uma insensibilidade hipotalâmica de E2, impossibilitando a liberação de GnRH que consequentemente ocasiona falhas na pulsatilidade de LH (incapacidade de ovulação), pela predominância de progesterona oriunda da gestação recente · a fêmea necessita de um in-print hipotalâmico de GnRH para o retorno da pulsatilidade do LH · contém característica funcional (se não estiver atrapalhando na fisiologia não pode ser considerado cisto) · mínimo de 20 mm ou maior * · possibilidade de regressão/crescimento (é dinâmico) · pode ocorre uni ou bilateralmente · há ausência de tecido luteal funcional * · interfere na ciclicidade * · contém parede delgada (parede espessa indica presença de tecido luteal) · alta secreção de estradiol · oócito ausente ou degenerado tratamento · aplicação de GnRH, hCG ou LH · auxilia na insensibilidade hipotalâmica · faz o retorno da pulsatilidade de LH · exposição da progesterona · estimula a pulsatilidade do LH · queda rápida da progesterona · protocolos de IATF · recrutar nova onda folicular · sincronizar a ovulação Mortalidade Embrionária ocorre durante o estágio embrionário, ou seja, do período da concepção até o 45º dia da gestação, podendo ser: mortalidade embrionária precoce: · antes do reconhecimento materno da gestação · 15 dias após a fertilização · não afeta a duração do ciclo Se ocorrer até o 28º dia de gestação e após o reconhecimento materno da gestação, há alteração da duração do ciclo estral mortalidade embrionária tardia: · ocorre após 28 dias de gestação até o momento da implantação embrionária (45 dias) · há alteração na duração do ciclo estral etiologia: · anomalias cromossômicas embrionárias · idade · anomalias uterinas (endometrite) · danos ao embrião pela palpação retal (diagnóstico de gestação) · doenças que provocam febre · estresse térmico · atraso da inseminação (reduz a fertilidade do oócito) · função luteínica insuficiente Freemartinismo é a intersexualidade mais comum, onde há: · fusão da circulação córion-alantóide · ocorre em gestações gemelares ou mais · ocorre quando há pelo menos um feto masculino e um feminino · a fêmea sobre alterações de formação do aparelho genital Em bovinos a casuística é a ocorrência em mais de 92% das fêmeas gêmeas de machos processo: Em cerca de 40 dias de gestação há a anastomose de vasos córioalantóides, fazendo com que ocorra interferência hormonal e celular entre os fetos, visto que o macho já terminou o processo de diferenciação gonadal, sendo que a fêmea demora em cerca de 90 dias para o final deste processo. · macho interfere hormonalmente e celularmente com a diferenciação gonadal feminina consequências masculinização da gônada feminina · expressão do fator determinante testicular · presença do hormônio anti-mulleriano (supressão dos ductos paramesonéfricos) · desenvolvimento incompleto · desenvolvimentoparcial de vias genitais masculinas fatores de ocorrência do Freemartinismo · ovulação dupla (liberação oocitária) · fecundação por espermatozóides X e Y (oócito é sempre X) · anastomose dos vasos · alteração de organogênese do genital femino características morfológicas fêmeas freemartin apresentam: · gônada semelhante ao testículo · tuba uterina ausente ou semelhante ao epidídimo · útero subdesenvolvido (ausência de cérvix) · vagina subdesenvolvida, menor (reconhecimento pela inspeção) · vulva subdesenvolvida (tufos de pêlos acumulados na comissura ventral) · clitóris desenvolvido e proeminente
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