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LINFEDEMA PÓS MASTECTOMIA GRUPO: BEATRIZ RITHIELY, ELLEN LOPES, GIRLAINE ALVES, PATRÍCIA LOPES, YHURI CARNEIRO DEFINIÇÃO SISTEMA LINFÁTICO LINFEDEMA PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO AGUDO E CRÔNICO MASTECTOMIA FISIOPATOLOGIA Acúmulo excessivo de líquido em partes do braço com alta concentração proteica no interstício celular; Causada por uma deficiência na circulação do fluxo linfático; Tendo remoção ou danificação dos nódulos e vasos; O transporte linfático fica prejudicado; O fluido, rico em proteínas, fica acumulado nos espaços intersticiais ao redor do local cirúrgico, estendendo-se aos tecidos remanescentes da mama, ao tronco e ao braço do lado operado. As causas mais comuns do linfedema são: ✓ Cirurgia com remoção dos linfonodos. ✓ Radioterapia na região dos linfonodos. ✓ Câncer metastático. ✓ Infecção bacteriana ou por fungos. ✓ Danos no sistema linfático. ✓ Outras doenças relacionadas com o sistema linfático. EPIDEMIOLOGIA - Ocorre em 40% das mulheres que fazem mastectómica; - Faixa etária de 40 anos; - Apresentaram linfedema: -> leve de 65%; -> moderado de 25%; -> severo de 10%. - Quando maior a idade e o peso, maiores as chances de apresentar linfedema; - Geralmente surgi no quarto mês da cirurgia. FATORES DE RISCO CLASSIFICAÇÃO Primário ou congênito: na maioria das vezes é pela má formação nas vias ou gânglios linfáticos ou total ausência das vias linfáticas. Secundário: é aquele que teve uma causa conhecida para o seu surgimento como por exemplo: inflamações, infecções, lesões pós cirúrgicas, tumores malignos e lesões causadas por radiações. EVOLUÇÃO DA DOENÇA • Estágio 0 - danos não detectados Existem danos nas vias linfáticas que não foram ainda detectados. Os vasos linfáticos ainda conseguem transportar a linfa e não há inchaços. • Estágio 1 - estágio reversível O inchaço forma-se após esforço físico ou no final do dia. É suave e formam-se facilmente covas por pressão. O edema desaparece durante a noite ou após alguns dias de descanso na cama. • Estágio 2 - estágio espontaneamente irreversível Mesmo depois de repouso mais prolongado na cama, o edema não desaparece. Contudo, o inchaço pode ser eliminado com tratamento adequado. Neste estágio, a ocorrência de infeções aumenta muito. • Estágio 3 - estágio irreversível O edema é irreversível, ou seja, é praticamente impossível eliminar o inchaço. Podem surgir outras complicações como eczemas, erisipela e as chamadas fístulas linfáticas. Este estágio pode evoluir para elefantíase. DIAGNÓSTICO CLÍNICO Pode ser diagnosticado pela observação dos sintomas, porém alguns exames podem ser necessários para confirmar o diagnóstico e também para planejar o tratamento Medição dos braços para o acompanhamento do inchaço e calcular o volume do líquido acumulado O ultrassom ajuda na visualização do fluxo do sistema linfático Linfocintilografia Tomografia computadorizada SINTOMAS Inchaço indolor que começa nas mão e progridem em direção ao tronco Sensação de braços pesados Uso de anéis, relógios e roupas tornam-se difícil Pele lisa ou brilhante Marcas ou espessamentos da pele quando pressionada Hiperqueratose Pele similar a casca de laranja Desenvolvimento de verrugas ou pequenas bolhas TRATAMENTO Fisioterapia complexa descongestiva (FCD) Drenagem linfática manual Cuidados com a pele Compressão Exercícios terapêuticos Moseley AL, et al. 2010 FASES - FDC 1. Intensiva de tratamento diário 1. É aplicada em um período de duas a quatro semanas, somente sendo finalizada quando atingir o máximo de redução do linfedema. 2. Manutenção 1. A terapia de compressão é mantida, a fim de garantir os efeitos positivos alcançados durante a primeira fase; 2. A paciente deve ser conscientizada da cronicidade da patologia, da obrigatoriedade de controles periódicos e da necessidade constante da contenção elástica. Moseley AL, et al. 2010 COMPRESSÃO PNEUMÁTICA INTERMITENTE (CPI) Tem como objetivo pressionar o membro edemaciado 1. Compressão segmentar: vários compartimentos bombeiam em sequência e as pressões podem ser graduadas 2. Compressão não segmentar: em que o membro é envolvido por uma luva contínua, comprimido todo de uma vez e depois descomprimido Karki A, et al. 2009 DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL (DLM) Visa drenar o excesso de líquido no interstício, no tecido e dentro dos vasos, por meio das anastomoses superficiais áxilo-axilar e áxilo-inguinal; Estimula pequenos capilares inativos; Aumentar a motricidade da unidade linfática (linfangion); Dissolve fibroses linfostáticas que se apresentam em linfedemas mais exuberantes. VESTUÁRIO DE COMPRESSÃO (VC) Protege a extremidade de lesões, como queimaduras, lacerações e picadas de insetos. Esse procedimento só pode ser prescrito após a 1ª fase da linfoterapia e tem como objetivos: manter as pressões intersticiais equilibradas, manter e otimizar os resultados da primeira fase e evitar recidivas do linfedema. O VC deve ser substituído a cada 4 a 6 meses, ou quando ele começar a perder a sua elasticidade. EXERCÍCIOS LINFOCINÉTICOS Visam maximizar os efeitos de drenagem propiciados normalmente pelas bombas musculares, articulares e respiratórias. Ativação do sistema linfático através de exercícios por movimento, sejam eles musculares ou respiratórios. 1. Exercícios que estimulem a contração muscular 2. Caminhar em declives ou rampas 3. Subir e descer escadas PREVENÇÃO Ficar atento aos sinais: Sensação de peso em algum local do corpo, principalmente o braço Edema Alteração da textura da pele, como enrijecimento e vermelhidão Dor, formigamento ou outro desconforto na região Diminuição dos movimentos e da flexibilidade nas articulações próximas, como mãos e pulsos Sentir que roupas e sapatos parecem apertados sem qualquer ganho de peso, assim como colares, anéis, relógios ou pulseiras PREVENÇÃO Evitar o excesso de peso, sempre realizando uma dieta leve Não dormir sobre o lado operado, preferindo dormir sobre o lado oposto ou em decúbito dorsal Deixar a pele sempre limpa e enxuta Visitas regulares ao médico Usar relógios, pulseiras e anéis no lado oposto ao da cirurgia Não pegar muito peso no lado operado REFERÊNCIAS GUGELMIN, Márcia. Recursos e tratamentos fisioterápicos utilizados em linfedema pós mastectomia radical e linfadenectomia: revisão de literatura. Santa Catarina. Arq. Catarin Med, v. 47, n. 3, p. 174-182, jul./set. 2018. FIGUEIREDO, Marcondes. et al. Eficácia da compressão pneumática intermitente (CPI) nos membros inferiores sobre o fluxo sanguíneo das veias femorais comuns. São Paulo. JVasc Bras. v. 7, n. 4, p. 321-324, set. 2008. LUZ, Naiane Durvalina; LIMA, Andréa Conceição Gomes. Recursos fisioterapêuticos em linfedema pós- mastectomia: uma revisão de literatura. Curitiba, Fisioterapia Mov, v. 24, n. 1, p. 191-200, jan./mar. 2011. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/como-saber-se-desenvolvi-um-linfedema-sinais-de-linfedema/368/61/ revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/download/208/u2014v11n25e208 ARTIGO DE REVISÃO:Avaliação dos fatores de risco no linfedema pós-tratamento de câncer de mama/Laura Ferreira de RezendeI; Alessandra Vilanova Reis RochaII; Caroline Silvestre GomesII/Submetido em: 18.01.10, aceito em: 8.12.10 http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/download/208/u2014v11n25e208
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