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Educação Ambiental na Educação Infantil

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18
FACULDADE DE PINHAIS- FAPI
VISÃO DE EDUCADORES SOBRE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICIPIO DE PINHAIS
RENATA MACHADO MOTA
PINHAIS- PARANÁ
24
6
2019
RENATA MACHADO MOTA
VISÃO DE EDUCADORES SOBRE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICIPIO DE PINHAIS
Trabalho apresentado como requisito parcial para a Conclusão do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade de Pinhais.
COMISSÃO EXAMINADORA
______________________________________
Me. Wanderlei Karam Orientador
Faculdade de Pinhais
______________________________________
Prof. Carlos Alberto Bittencourt Banca 1
Faculdade de Pinhais
______________________________________
Prof. Fernanda de Souza da Silva Banca 2
Faculdade de Pinhais
Pinhais, ____ de____________ de 20__
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, pela saúde e disposição que me permitiu a realização deste trabalho.
Ao meu pai e minha madrasta que sempre estiveram presente me apoiando neste processo.
Ao meu filho por compreender minha ausência algumas vezes por estar estudando.
A memória de minha mãe que sempre me deu força para realizar esse sonho e minha tia que nunca me deixou esquecer isso e me apoiou em todo o momento.
A minha prima Franciele que me apoiou na escolha do curso e me ajudou em todos os momentos que precisei de auxilio tanto academicamente como profissionalmente.
Aos meus amigos e colegas de graduação que estiveram compartilhando dessa jornada comigo.
Ao meu orientador Wanderlei Karam por ter acreditado no meu potencial e me apoiado na escolha do tema.
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.”
Paulo Freire
RESUMO
Este é um trabalho de conclusão de curso o qual a temática é a importância da Educação Ambiental dentro da Educação Infantil nas instituições no Município de Pinhais. O objetivo foi analisar como os docentes trabalham o tema em sala de aula e se compreendem a importância desse assunto para o desenvolvimento do educando em sociedade. A pesquisa traz o seguinte problema “De acordo com a visão dos docentes que atuam na Educação Infantil com crianças de 3 a 5 anos no Município de Pinhais, como o ensino sobre Educação Ambiental pode contribuir para que o aluno se torne um ser sustentável em sua vida na sociedade?”. Desta forma, a pesquisa procurou a entrevistar com os profissionais da educação que trabalham a algum tempo na Rede Municipal de Pinhais, para entender como é significativo trabalhar o tema com a criança na fase em que ela está desenvolvendo sua personalidade e seus valores. Após a análise buscou compreender o que precisa ser realizado nas instituições para esse tema ser trabalhado de forma interdisciplinar, contemplando todos os fatores de desenvolvimento da criança.
Palavras-chaves: Docente; Meio ambiente; Desenvolvimento; Educando.
ABSTRACT
This is a term paper whose theme is the importance of Environmental Education within the preschool in institutions in the city of Pinhais. The purpose was to analyze how educators are dealing with this topic in the classroom and if they understand the relevance of this subject for the development of the student in society. The research Will engage with the following question “According to the point of view of teachers, Who works in preschool with children from 3 to 5 years old at Pinhais, how teaching about Environmental Education can benefit the student to become a sustainable being in their life in society?”. Thus, the study sought answers through interviews with education professionals working in the Municipal educational system, to understand how meaningful it is to work with a child as He or she is developing his or her personality and values and principles. After the analysis we explore what requires to be done in institutions for this theme be approached on na interdisciplinary manner, integrating all the factors of the childhood development.
	
Keywords: Development; Environment; Teacher; Teaching.
LISTA DE SIGLAS
	EI
	-
	Educação Infantil
	08
	EA
	-
	Educação Ambiental
	08
	CMEI
	-
	Centro Municipal de Educação Infantil
	10
	DCNEI
	-
	Diretrizes Curriculares Nacionais
	11
	LDB
	-
	Lei de Diretrizes e Bases da Educação
	11
	BNCC
	-
	Base Nacional Comum Curricular
	14
	RCNEI
	-
	Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil
	17
	MEC
	-
	Ministério da Educação
	19
	PPC
	-
	Proposta Pedagógica Curricular
	19
	PNEA
	-
	Política Nacional de Educação Ambiental
	24
	ProNEA
	-
	Programa Nacional de Educação Ambiental
	24
	CF
	-
	Constituição Federal
	24
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	8
1.2 METODOLOGIA	9
2 ESTADO DA ARTE	10
3 EDUCAÇÃO INFANTIL NA EDUCAÇÃO BÁSICA E O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA DE 3 A 5 ANOS E SUA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE	13
3.1 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E COMO ISSO COLABORA PARA A ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO	15
3.2 CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL	18
4 ANÁLISE DOS DOCUMENTOS NORTEADORES PARA A EDUCAÇÃO NO BRASIL E EM PINHAIS, OBSERVANDO COMO SE MANISFESTA O TEMA EDUCAÇÃO AMBIENTAL	23
4.1 DOCUMENTOS NACIONAIS	23
4.2 DOCUMENTO NORTEADOR DO MUNICÍPIO DE PINHAIS PARA EDUCAÇÃO INFANTIL	28
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES	30
5.1 METODOLOGIA DA PESQUISA	30
5.2 A VISÃO DOS PROFESSORES SOBRE A CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUA ASSIMILAÇÃO DO CONHECIMENTO NESTA FAIXA ETÁRIA	32
5.3 COMO OS PROFESSORES TRABALHAM EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM OS EDUCANDOS E DE QUE FORMA COMPREENDEM QUE ELES APRENDERAM ESSE CONHECIMENTO NO DECORRER DO ANO	35
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS	40
REFERÊNCIAS	43
1 INTRODUÇÃO 
Este trabalho foi elaborado para viabilizar uma reflexão sobre a Educação Ambiental – EA na Educação Infantil- EI, pois acredita-se que é nesta fase que a criança está construindo sua identidade, moldando sua personalidade e adquirindo noções de valores, dentre eles: morais, éticos e sociais. É nesta etapa que ela pode se apropriar do conhecimento e o levará para toda a vida.
Para que seja realizada a análise, primeiramente precisa-se entender a finalidade da Educação Infantil bem como o que é Educação Ambiental e como esta é trabalhada nesta faixa etária. Entendendo que a EA deve ter início na Educação Infantil propiciando participação e aprendizagem de todos os alunos, possibilitando um desenvolvimento de uma forma mútua entre eles. 
O problema em questão é “De acordo com a visão dos docentes que atuam na EI com crianças de 3 a 5 anos no Município de Pinhais, como o ensino sobre Educação Ambiental pode contribuir para que o aluno se torne um ser sustentável em sua vida na sociedade?”. Tendo como objetivo geral verificar a contribuição do ensino sobre Educação Ambiental na Educação Infantil no Município de Pinhais para a sociedade na visão dos docentes.
Para atingir este o objetivo geral, buscou-se: averiguar como a Educação Ambiental se manifesta nos documentos norteadores para a Educação Infantil no Brasil e em Pinhais; pesquisar como os docentes do Município de Pinhais veem a importância de trabalhar Educação Ambiental; compreender como as crianças fazem a assimilação desse conhecimento na visão dos docentes.
A motivação para este tema de estudo surgiu após a aula de “Pedagogia na área não escolar” no 6º período, na aula era necessário pesquisar o ramo que mais chamou a atenção durante a disciplina. Após uma pesquisa surgiu o interesse no Pedagogo Ambiental e se percebeu que se associa com curso, bem como para um pensamento reflexivo em relação à natureza e sociedade.
Este trabalho pode contribuir com a construção de dados para demonstrar a importância de se trabalhar desde cedo com as crianças a Educação Ambiental, pois é algo crucial para a conscientização da população. Considerando que muitas vezes que a EA só é abordado em datas comemorativas ou especificamente em um determinado projeto, porém precisa ser trabalhado de forma transversal entre todos os eixos da educação.
Já que a Educação Ambiental vem para conscientizar e formar cidadãos preocupados com o meioambiente, para contribuírem positivamente na sociedade trabalhando coletivamente. Para isso, precisa ser realizada uma prática reflexiva sobre o tema também quando for realizado com as crianças (GRZEBIELUKA; KUBIAK; SCHILLER, 2014).
Portanto, trabalhar este tema atualmente é de fundamental importância, uma vez que ainda acontecem diversos desastres ambientais ocasionados por motivos antrópicos, muitas vezes o ser humano se esquece de que precisa da natureza para sobreviver e um dia poderá ser tarde para reparar os danos causados.
No âmbito educacional, o tema Educação Ambiental e/ou meio ambiente precisa ser constantemente debatido, para que o corpo docente consiga na hora de mediar essa temática, demonstrar como é importante e precisa ser realizado um trabalho que contemple o cotidiano e que pode ser realizado em qualquer lugar, mostrando que a EA vai além da sala de aula.
1.2 METODOLOGIA
A primeira etapa da metodologia foi a bibliográfica sobre a Educação Infantil e a Educação Ambiental seguindo o manual de Lakatos e Marconi (2003, p.173) e foi realizada com base em documentos relacionados à Educação Básica e à Educação Infantil e documentos norteadores para a Educação Ambiental na faixa etária das crianças da Educação Infantil, para compreender o que está registrado na teoria e o que deveria ser realizado dentro de sala de aula com as crianças. Realizando essa pesquisa, consegui-se apontar em qual situação se encontra este respectivo tema e como já vem sendo trabalhado.
Na segunda etapa foi realizada uma observação direta intensiva que pode ocorrer de duas maneiras, com observação ou entrevista, neste trabalho foi utilizada a entrevista como meio de coleta de dados (LAKATOS E MARCONI, 2003, p. 195), as entrevistas foram elaboradas em dois Centros Municipais de Educação Infantil - CMEI do Município de Pinhais. O Município de Pinhais foi escolhido para a realização da observação devido à faculdade estar situada nele e a acadêmica trabalhar e residir na região. A escolha deu-se pelo fato de que é na EI que a criança está construindo sua identidade e ao ensinar sobre um assunto que é tão importante para a sociedade, a criança pode conseguir se apropriar melhor desse conhecimento.
A pesquisa teve como alvo os educadores da Rede Municipal de Pinhais que trabalham há pelo menos três anos na Rede Municipal de Pinhais, uma vez que eles, já que em algum momento, trabalharam com as crianças sobre o meio ambiente, pois é algo que está estabelecido nos documentos nacionais e municipais.
2 ESTADO DA ARTE 
Para realização de uma pesquisa estruturada sobre o tema escolhido, foi realizado o Estado da Arte que busca investigar aquilo que foi pesquisado referente ao tema (Sustentabilidade) que em princípio era o tema da pesquisa.
Em princípio foi utilizado como termo de busca nas bases Scielo, Biblioteca Digital, Capes e Google Acadêmico as palavras “Educação Infantil e sustentabilidade”. Após pesquisar as palavras os artigos que apareceram eram sobre Educação Infantil ou sustentabilidade, porém em artigos separados. Para tentar abranger a pesquisa foram utilizadas outras palavras chaves como “Educação Ambiental e Educação Infantil”; “Educação e meio ambiente”; “Educação Infantil e meio ambiente”; “educação e sustentabilidade”.
Depois de realizar busca em todas as bases, foram encontrados vinte e um documentos, porém, precisava-se filtrar os que poderiam ser utilizados e os que não iriam ser utilizados. Portanto, para a exclusão foi necessário ler os resumos dos trabalhos encontrados e filtrar apenas aqueles que se relacionavam com a abordagem sobre sustentabilidade. Após isso, restaram nove documentos, sendo três artigos da base Scielo, três artigos da base do Google Acadêmico e três dissertações da BASE BIBLIOTECA DIGITAL.
Os artigos encontrados abordam o que está nos documentos DCNEI (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil) e a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação). No artigo “A Educação Ambiental na Educação Infantil segundo Morin” das autoras Daniela Gureski Rodrigues e Daniele Saheb de 2018, menciona-se a importância da EA nas instituições educacionais e como a EI é a primeira etapa da Educação Básica é imprescindível que a EA seja contemplada para o desenvolvimento pleno da criança. Neste artigo podemos entender quando começou a ser importante inserir a Educação Ambiental na EI e ajuda a compreender o porquê essa etapa da criança é tão significativa para a aprendizagem do educando.
A Educação Ambiental não se encontra mencionada exatamente, mas está em diversos aspectos como no trabalho com a ética, o cuidado, a cooperação e a solidariedade. Ao ensinar o discente sobre o meio ambiente, estamos tornando ele um ser humano mais humano, mas sensível com a natureza e que consegue compreender a importância do cuidar da natureza.
A autora Gleice Azambuja Elali no artigo “O ambiente da escola - o ambiente na escola: uma discussão sobre a relação escola - natureza em Educação Infantil”, de 2003, traz a reflexão que nos ambientes escolares deveriam ser encontrados espaços que promovessem o contato das crianças com a natureza, já que é algo que se encontra nos planejamentos e propostas escolares. Porém os adultos querem que isso aconteça, mas precisa ser limitado, sem sujeiras, sem riscos de se machucar, sem serem crianças.
Já o autor Lima (2003) do artigo “O Discurso da sustentabilidade e suas implicações para a educação” traz que o termo sustentabilidade precisa ser apresentado aos alunos de forma que o professor consiga entender o que o aluno conhece sobre, para assim mediar um conhecimento mais amplo e enriquecedor. Conforme Jickling (1992, apud LIMA, 2003, p. 115):
[...] a discussão visa revelar a diversidade de visões de mundo envolvidas no debate, de modo que os alunos não sejam “educados para a sustentabilidade”, mas capacitados a comparar, debater e julgar por si próprios[...]
A autora Cae Rodrigues, no seu artigo “Educação Infantil e Educação Ambiental: Um encontro das abordagens teóricas com a prática educativa” de 2011, relata que se precisa respeitar as limitações de apropriação de conhecimento da criança nesta faixa etária, e que a instituição precisa ter a EA agregada tanto no planejamento escolar, mas também no Projeto Político Pedagógico que precisa ser construído junto à escola e à sociedade.
Entre as pesquisas, foi encontrado um artigo cujo foco é pesquisa: “A importância da Educação Ambiental na proposta pedagógica da Educação Infantil: um estudo na Creche Palmeiras em Sinop” de 2014. Os autores mostram a importância da EA na Educação Infantil e como os educadores contaram que não sentem dificuldades em trabalhar esse tema com as crianças, mas que a dificuldade maior é encontrar materiais disponibilizados pela prefeitura para isso.
O outro artigo que ajudou na complementação da pesquisa foi “O estado da arte da Pesquisa em Educação Ambiental no Brasil”, do autor Marcos Reigota (2007), o período pesquisado foi de 1984 à 2002, a maioria dos trabalhos encontrados foram defendidos em programas de pós-graduação em educação.
Entre os trabalhos pesquisados, encontraram-se três dissertações que foram analisadas para complementação do estado da arte. A primeira é da autora Virginia Moura Miller, escreveu sobre “Da Educação Ambiental para a sustentabilidade à sustentabilidade da Educação Ambiental: Os caminhos da creche escola Mestre Izaldino em Maceió- AL” em 2013, também é uma pesquisa utilizada para ajudar no desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso no momento da pesquisa em campo. A autora conclui na sua pesquisa que a escola tem um bom desenvolvimento em relação a Educação Ambiental, porém ainda faltam adequações dos espaços físicos nas instituições, a inserção da EA nos projetos políticos pedagógicos.
A autora Marinete Belluzzo Luccas traz na sua dissertação de mestrado “Práticas pedagógicas em Educação Ambiental na Educação Infantil: análise de dissertações e teses brasileiras” (2016), uma análise geral de dissertações e teses relacionados a esse tema,para chegar a conclusão precisou analisar treze trabalhos e a autora relata que para ocorrer uma contribuição da EA para a Educação Infantil é necessário uma apropriação de conhecimento por parte dos professores, para que assim eles compreendam, o que estão fazendo não é apenas ensinar conhecimento, mas sim que ao ensinar estão formando o ser humano, e com isso sua inteligência e personalidade.
E por último, foi analisada a dissertação da autora Cristina Machado Oliveira Fracaro com o tema “Educação e Sustentabilidade: Potencialidades e desafios à formação de espaços educadores sustentáveis” (2017), o trabalho relata como podem ser criados espaços educadores sustentáveis constituidos em lugares onde as pessoas possam vivenciar várias experiências a qual contribuíam para a melhoria da vida da comunidade.
Portanto, todos os documentos analisados relatam como a EA poderia ser realizada no âmbito educacional, como os professores deveriam mediar esse conhecimento e também de que forma poderiam olhar para o tema. Pois os educadores ainda veem como um conteúdo programático que precisa ser trabalhado em sala de aula, já que se encontra no currículo escolar. Mas não percebem como esse conhecimento transforma o educando, em um ser crítico com o cuidado da natureza, com o lugar que se vive, cooperando para uma sociedade transformadora.
Entretanto, após essa pesquisa, notou-se a dificuldade de encontrar o termo sustentabilidade em documentos, pois é uma palavra que começou a ser utilizada há pouco tempo, portanto foi necessária a mudança da palavra para abranger um conteúdo mais amplo. 
3 EDUCAÇÃO INFANTIL NA EDUCAÇÃO BÁSICA E O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA DE 3 A 5 ANOS E SUA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE
Neste capitulo, enfatiza-se a Educação Infantil na Educação Básica e como ocorre o desenvolvimento cognitivo da criança e sua construção de identidade na Educação Infantil, pois é nesta fase que a criança se apropria dos conhecimentos e constrói sua identidade, por este motivo ira ser abordado inicialmente como a criança se desenvolve e constrói sua identidade, pois a partir disso que ele vai conseguir assimilar o tema sobre EA e pode levar isso para sua vida.
A EI é primeira etapa da Educação Básica, que tem por objetivo o desenvolvimento integral da criança, ou seja, desenvolver não apenas seu cognitivo, mas também aspectos como o sócio-emocional, o físico (BRASIL, 1996), como é destacado na LDB 9394/96:
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. (BRASIL, 1996).
É dividida em dois ciclos, a creche até 3 anos e a pré-escola até os 5 anos de idade, nesta etapa as crianças devem ser estimuladas de forma lúdica, através de jogos, brincadeiras, etc. Assim desenvolver sua capacidade de se relacionar com os outros ao seu redor. (BRASIL, 1998).
É onde se inicia o processo educacional, conforme a Base Nacional Comum Curricular, BNCC (2018) a criança começa a interagir na sociedade no momento que entra na creche, pois muitas vezes é o primeiro momento que ela sai do âmbito familiar e precisa conviver com o outro.
Portanto, é importante compreender que a criança já traz consigo um modo de interagir, conhecimentos adquiridos com a convivência na família e na sociedade, e por isso deve se respeitar e lembrar que a criança irá manifestar seu comportamento da forma que foi recebido por um adulto. 
Segundo a BNCC (2018) a criança tem direitos de aprendizagem e desenvolvimento que são: Conviver; Brincar; Participar; Explorar; Expressar e Conhecer-se. No decorrer do trabalho o direito que se destaca é o de Conhecer-se, pois é nesse que a criança constrói sua identidade pessoal, social e cultural.
Nesta etapa o ato de Cuidar e Educar são cruciais para o desenvolvimento pleno da criança. Cuidar é ajudar o outro a se desenvolver como ser humano, são cuidados tanto com o biológico da criança como também com seu psicológico, pois a criança passa as vezes mais tempo na instituição do que em casa, e nesta faixa etária a criança precisa confiar nas educadoras. O Ato de Educar é fornecer situações de aprendizagens orientadas, brincadeiras que contribuam no desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, que as crianças aceitem, respeitem e confie no outro, e que seus conhecimentos sociais e culturais de realidades fique mais amplos (BRASIL, 1998).
3.1 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E COMO ISSO COLABORA PARA A ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO
O desenvolvimento cognitivo está empregado na concepção histórico- cultural que é muito citada nos trabalhos que tem como base o Vygotsky, a autora Pasqualini (2006) relata que o desenvolvimento psíquico se dá conforme as mediações e interações que aquela criança tem desde pequena com o mundo. Isso define como será sua socialização/humanização, ainda em sua fala diz que o lugar que a criança mora, sua educação, condições de vida são de extrema importância para seu desenvolvimento.
A autora Facci (2004) complementa trazendo os principais estágios que a criança passa para se desenvolver que são: comunicação emocional do bebê; atividade objetal manipulatória; jogos de papéis; atividade de estudo; comunicação íntima pessoal e atividade profissional/estudo. Portanto precisam ser explorados esses estágios trazendo de forma lúdica o tema Educação Ambiental, adequando a cada estágio vivenciado da criança no seu desenvolvimento.
Na primeira infância a autora descreve como o bebê no primeiro ano de vida faz para se comunicar com os adultos, já que nesta fase o bebê se encontra dependente do adulto para tudo, pois não consegue realizar suas necessidades básicas para sobreviver sozinho (FACCI, 2004). No seu primeiro ano de vida o bebê utiliza do choro e do sorriso para manifestar suas emoções, conforme o tom de choro o adulto consegue perceber o que está incomodando e resolver o problema. 
Ainda na primeira infância a criança passa pela fase da atividade objetal manipulatória que é onde a criança começa a assimilar as coisas ao seu redor, porém para isso ela precisa ter adulto que façam essas ações ao seu redor. Neste processo a criança começa a emitir sons para tentar se comunicar com os adultos, essa linguagem usada para comunicação não é ainda uma linguagem estruturada e simbólica, pois o intelecto da criança ainda não está consciente dessa complexidade (FACCI, 2004).
Na concepção de Vygostsky de acordo com a autora Pasqualini (2006) é na primeira infância que a criança consegue ter a compreensão verbal dos objetos físicos além de suas propriedades físicas, aonde surge à consciência histórica do sujeito. 
Após a primeira infância chega à crise dos três anos que é onde a criança fala não para tudo que o adulto fala, mesmo sendo algo que a criança almeja ela nega. Nesta fase se encontra a teimosia, onde a criança quer tudo no momento dela, não consegue esperar para ser atendida e entra a rebeldia, pois a criança começa a fazer cenas, a chorar para conseguir aquilo que o adulto está se negando a fazer (PASQUALINI, 2006).
Logo a criança entra na fase pré-escolar, que a atividade principal é os jogos de papéis, ainda segunda a autora Pasqualini (IDEM) é nesse período que ela entra no mundo dos adultos e começa a compreender a sua realidade. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais (2013, p.86), a criança é um sujeito histórico que se desenvolve por meio de interações e práticas utilizadas no dia a dia na sociedade que ela se encontra inserida. Portanto cabe ao professor realizar atividades que propicie a criança momentos mais significativos, para que assim ele se aproprie do conhecimento.
Considerando a importância dos jogos de papeis, o educador pode trazer brincadeiras para a criança voltada ao meio ambiente, assim ao mesmo tempo em que a criança se diverte ela acaba aprendendo. O educador ao elaborar e organizar a brincadeira deve contextualizar de formaque a criança compreenda o conteúdo.
Conforme a autora Pasqualini (2006), os jogos de papeis são importantes para o desenvolvimento da criança, por que nesse processo a criança consegue se inserir no lugar do outro e compreender seu lugar na sociedade, observando vários comportamentos dos adultos ela o reproduz no faz de conta. Neste momento a criança conseguirá compreender a importância de cuidar do meio ambiente, se colocando no lugar do outro ser vivo que depende da natureza para sobreviver.
Para os autores Marcolino, Barros e Mello (2014) que se baseiam na teoria de Elkonin, dizem que é por meio do jogo que a criança interage com o mundo e se torna mais acessível e mais significativo esse processo. Pois no momento que a criança assume um papel na brincadeira, ela tem que se comportar conforme aquela conduta exigida naquele papel, e com isso ela consegue controlar seu comportamento tanto dentro da brincadeira como fora dela.
Porém não é apenas brincar por brincar ou dar diversos estímulos estabelecidos, mas precisa que o educador seja o mediador para que a criança se desenvolva de forma plena (PASQUALINI, 2006). O educador precisa sempre estar atento, para perceber quando sua orientação dentro da brincadeira pode fazer com que a criança aprenda, mesmo às vezes sendo algo que ela não percebe. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, RCNEI (1998a, p. 29) afirma que:
A intervenção intencional baseada na observação das brincadeiras das crianças, oferecendo-lhes material adequado, assim como um espaço estruturado para brincar permite o enriquecimento das competências imaginativas, criativas e organizacionais infantis. Cabe ao professor organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou os jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais.
Para Vygotsky conforme relata a autora Pasqualini (2006), a compreensão dos jogos de papeis é a transição da criança que depende da situação imediata, para aquela que depende do real, que consegue trabalhar com soluções dos problemas nas vivências em sociedade. 
E é importante destacar o que se traz no RCNEI (1998a) que faz vínculo com a autora, pois no momento que a criança se encontra no papel do outro, se propondo a desafios, estabelecimentos de regras e comportamentos, percebemos que não é apenas mais uma questão de brincar por brincar, mas sim brincar e adquirir conhecimento e conduta que foram replicados no dia a dia.
Já, a autora Batista (2019) diz que Elkonin relata que a criança além de estabelecer comportamentos, também se envolve efetivamente, pois ela cria uma relação com os adultos e isso é tão significativo que impacta na formação da sua personalidade. O adulto neste momento se torna o modelo, pois a criança imita aquilo que vê o adulto fazendo, ao fazer isso na brincadeira à criança cria um laço efetivo que traz grande significado para o seu desenvolvimento.
Conforme o que a autora traz, pode se pensar que se a criança por meio da brincadeira consegue estabelecer comportamentos em relação a realidade, então ela poderá estabelecer uma postura diferente sobre Educação Ambiental. Pois no momento que ela aprende por meio de uma atividade lúdica realizada pelo educador, e chega a casa e observa o adulto fazendo errado e a criança o questionara, já que ela aprendeu que o correto é o oposto.
Neste processo a criança consegue controlar suas emoções e elas vem primeiro do que suas ações, assim ela adquiri mais conhecimentos sobre si próprio e nesta idade que ganha sua autonomia, pois é onde vive diversas experiências que lhe proporciona vários sentidos diferentes (BATISTA, 2019).
A autora Pasqualini (2006) relata a importância que o docente tem neste processo, pois ele precisa estimular na criança sua imaginação, trazer novas experiências para ela, já que vivemos em uma sociedade capitalista e a criança por diversas vezes só consegue reproduzir na sua brincadeira as profissões dos pais. Porém o educador precisa ampliar os horizontes de seus educandos, contudo os educadores preferem não interferir neste processo por não saber como mediar e por ser algo que demanda de barulho e agitação, assim o educador acaba optando por fazer uma atividade tranquila que não lhe dará dando trabalho. A autora ainda diz que o educador pode na hora da brincadeira distribuir os papeis conforme sua vontade, a criança pode não ficar satisfeita com seu papel, porém isso fará a criança conhecer uma nova experiência e se colocar no lugar do outro. 
Portanto, o educador pode instigar o educando a realizar brincadeiras que sejam voltadas ao Meio Ambiente, introduzindo a Educação Ambiental em seu cotidiano escolar, por meio de atividades lúdicas que consigam abranger o tema e ainda fazer com que a criança se divirta aprendendo. Pois nesta faixa etária é necessário trabalhar a criatividade da criança para sua apropriação do conhecimento, utilizando do conhecimento que ela aprende em sociedade e propiciando conhecimento “científico” para transformação dos seus conceitos.
Segundo a autora Shudo (2010), o brincar faz que a criança compreenda as diversas formas culturais de realidade que a circula, fazendo assim ela refletir e questionar esses conceitos. Portanto é de extrema importância que os educadores construam espaços para incentivar as crianças, pois a criança não nasce já sabendo brincar, ela aprende e nesse aprender que o educador precisa estar atento. Porém os espaços precisam contemplar vários conteúdos que são necessários para a criança um deles vem a ser a Educação Ambiental, pensando assim pode ser realizado um espaço aberto para a criança poder explorar o meio que vive.
3.2 CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A etapa da EI conceituada como “infância” perpassa por vários momentos históricos e concepções de acordo com a realidade social e histórica de cada comunidade e/ou época, foi assim também com os eixos abordados nesta etapa de ensino. O currículo da primeira etapa de ensino é constituído por meio de documentos norteadores definidos pelo Ministério da Educação-MEC. Sobre currículo:
Esse processo e constituição dos sujeitos no mundo da cultura é o que chamamos de educação – o fenômeno pelo qual a criança (mas também jovens e adultos) passa não apenas a absorver a cultura do seu grupo, mas também a produzi-la e a ativamente transformá-la. Isto ocorre porque o modo pelo qual compreendemos o mundo e atribuímos significado aos objetos que dele fazem parte é altamente dinâmico e se faz através de intensas trocas entre os sujeitos. Portanto, a educação não constitui um processo de transmissão cultural, mas de produção de sentidos e de criação de significados. A forma como as instituições escolares, entre elas as creches e pré-escolas, se organizam para produzir esses processos é o currículo (BUJES, apud, CRAIDY, 2001, p. 18).
A Construção de Identidade vem sendo discutida pelos pesquisadores da área, bem como nos espaços de formações de professores e reflexão do Currículo. Percebe-se a importância desse eixo durante as propostas de atividades realizadas nas salas de aulas. 
A identidade é uma marca de cada um, que começa pelo nome e segue por suas características físicas, seu modo de pensar e sua história de vida. Sua construção se dá por meio da interação social estabelecida pela criança, que geralmente começa com a família, depois em festas na sociedade e na própria instituição de ensino.
A criança se desenvolve melhor por meio das interações com os outros, na forma de imitação, no faz de conta, nas mais diversas ações e na obtenção do autocontrole (PINHAIS, 2013).
Na Proposta Pedagógica Curricular do Município de Pinhais (PPC, 2010), aparece o eixo de Identidade e Autonomia. A Proposta Pedagógica apresenta 8 (oito) eixos norteadores, sendo primeiro o eixo Construção de Identidade e Autonomia. 
A construção daIdentidade e Autonomia da criança perpassa pela percepção de si mesmo e pela aprendizagem sobre o uso de seus conhecimentos pessoais na tomada de decisões perante as diversas situações do seu cotidiano. Neste sentido, ela aprende por meio de vínculos que estabelece na interação com o outro; a partir da imagem que este outro faz dela; na utilização da imitação, do faz de conta, da oposição, da linguagem e da construção da imagem corporal, na realização das mais diversas ações e na obtenção do autocontrole. Estas são as referências para estimular o desenvolvimento da identidade e da autonomia do educando, devendo estar aliado à reflexão e ao planejamento de cada ação pedagógica (PPC, 2010, p.91).
O eixo Construção de Identidade e Autonomia é um dos eixos norteadores para o planejamento. No Município de Pinhais os professores da Rede de ensino trabalham com a proposta de projeto. Percebe-se a importância de se trabalhar com este eixo em todas faixas etárias, observando suas particularidades de cada etapa. Neste eixo se encaixa o conteúdo Educação Ambiental, pois a criança ao construir sua identidade está estabelecendo novos conceitos e por isso o educador precisa instigar a criança a ter curiosidade sobre o meio que vive e adquirindo desta forma práticas sustentáveis em sala de aula, dando autonomia para a criança.
O desenvolvimento da identidade e autonomia das crianças está diretamente ligado com as interações sociais, desse modo, as instituições de Educação Infantil carregam um papel fundamental nessa etapa do desenvolvimento. As instituições infantis propiciam o contato de crianças com outros adultos, outras crianças que não pertencem ao seu vínculo familiar, assim, ampliam os seus laços afetivos e observam, constatam, a diferença do outro como, por exemplo, sua etnia, religião, costumes, hábitos e valores. Esse processo de socialização oferece a criança uma experiência de enriquecimento de si própria e, junto com o trabalho do profissional da educação, o respeito ao diferente, as outras culturas, valores e pessoas (PINHAIS, 2013).
O conceito de identidade que está inserido no Referencial é “[...] ideia de distinção, de uma marca de diferenças entre as pessoas, a começar pelo nome, seguido de todas as características físicas, de modos de agir e de pensar e da historia pessoal [...]” (BRASIL, 1998a). A construção da identidade ocorre gradativamente e a família é a fonte original das características que irão contribuir para a sua construção.
Segundo o RCNEI (1998b) o brincar é fundamental para o desenvolvimento/construção da identidade e da autonomia da criança, pois é neste momento que ela consegue se apropriar de conhecimentos (mesmo sendo inconscientemente) que ajuda na resolução de problemas na vida real. Ainda trás que: 
Quando utilizam a linguagem do faz-de-conta, as crianças enriquecem sua identidade, porque podem experimentar outras formas de ser e pensar, ampliando suas concepções sobre as coisas e pessoas ao desempenhar vários papéis sociais ou personagens. Na brincadeira, vivenciam concretamente a elaboração e negociação de regras de convivência, assim como a elaboração de um sistema de representação dos diversos sentimentos, das emoções e das construções humanas (RCNEI, 1998b, p. 23).
No RCNEI volume2 (dois) relativo ao âmbito de experiência Formação Pessoal e Social que contém o eixo de trabalho que favorece, prioritariamente, os processos de construção da Identidade e Autonomia das crianças, destaca que:
O desenvolvimento da identidade e da autonomia estão intimamente relacionados com os processos de socialização. Nas interações sociais se dá a ampliação dos laços afetivos que as crianças podem estabelecer com as outras crianças e com os adultos, contribuindo para que o reconhecimento do outro e a constatação das diferenças entre as pessoas sejam valorizadas e aproveitadas para o enriquecimento de si próprias (BRASIL, 1998b, p. 11).
Fica então a Instituição de Educação Infantil incumbida de oferecer espaços onde às crianças possam se relacionar com outras crianças e adultos de diferentes origens socioculturais e diferentes sensações. 
A identidade é um conceito do qual faz parte a idéia de distinção, de uma marca de diferença entre as pessoas, a começar pelo nome, seguido de todas as características físicas, de modos de agir e de pensar e da história pessoal. Sua construção é gradativa e se dá por meio de interações sociais estabelecidas pela criança, nas quais ela, alternadamente, imita e se funde com o outro para diferenciar-se dele em seguida, muitas vezes utilizando-se da oposição (BRASIL, 1998b, p.13).
Considerando a citação acima, deve se compreender que a instituição precisa oferecer espaços que propicie contato da criança com o meio ambiente, pois necessita que a criança tenha contato com a terra, com a arvore, com a natureza como um todo. Então não deve apenas ter parques com calçadas, pensando que a criança não pode se sujar e ter contato com o meio ambiente, mas sim ao contrario já que as sensações que proporciona a criança são inúmeras. 
O plantio de hortas e jardins torna o espaço escolar mais agradável, permitindo transformar o espaço ocioso em espaço verde, a qual permite aos alunos e a comunidade escolar vivenciarem os ciclos vitais da natureza, os cuidados com os seres vivos e atentarem para a importância de uma alimentação saudável (GRZEBIELUKA; KUBIAK; SCHILLER, 2014, p.7)
Para tanto, acredita-se que todas essas interações que são oferecidas para as crianças nesta etapa de ensino, contribuem para o desenvolvimento da identidade da criança, pois nestes momentos elas brincam, observam, dialogam e enriquecem seu repertório. Na construção da identidade as crianças nessa faixa etária devem vivenciar diversos momentos, bem como outros universos sociais. É nesta socialização que se trabalha com a diversidade.
Dependendo da maneira como é tratada a questão da diversidade, a instituição pode auxiliar as crianças a valorizarem suas características étnicas e culturais, ou pelo contrário, favorecer a discriminação quando é conivente com preconceitos (BRASIL, 1998b, p.13).
Nesse sentido que as crianças vão se percebendo e percebendo o mundo ao seu redor. Dessa forma, é preciso planejar de modo que ofereça essas oportunidades de desenvolvimento, tendo em vista seus aspectos biopsicossociais.
Exercitar a cidadania de forma construtiva e propiciar à criança formas de se expressar e interagir com os outros colegas, com atividades em sala que eles precisem colaborar uns com os outros e com o espaço ao seu redor (PINHAIS, 2013).
Nessa etapa de aprendizagem ampliam-se e aprofunda os objetivos para que as crianças sejam capazes, de:
• desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações;
• descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar;
• estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua auto-estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social;
• estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração;
• observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes que contribuam para sua conservação; [...] (BRASIL,1998a, p.63).
Os conteúdos nessa faixa etária intensificam eixos como a valorização da auto-estima, autocuidado e o ambiente. São trabalhados conteúdos como valorização da limpeza e aparência pessoal; conhecimento e respeito de algumas regras de convívio social; conhecimento e respeito de outras culturas e da sua própria; expressão, manifestação e controle progressivo de suas emoções em situações do cotidiano;promoção de situações onde as crianças escolham seus parceiros, objetos, temas, espaços, reconhecimento do meio que se vive e como a criança é o agente transformador desse meio, entre outros.
4 ANÁLISE DOS DOCUMENTOS NORTEADORES PARA A EDUCAÇÃO NO BRASIL E EM PINHAIS, OBSERVANDO COMO SE MANISFESTA O TEMA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
	
Neste capítulo, precisou ser analisados documentos norteadores da Educação, começando pelos nacionais. Averiguando como se encontra a Educação Ambiental e se é tratado como um tema obrigatório ou facultativo.
4.1 DOCUMENTOS NACIONAIS
A Educação Ambiental deu se inicio ao requisito sobre ser obrigatório ter Educação Ambiental nas escolas quando foi aprovada a Lei n° 9.795, de 27.4.1999 e do seu regulamento, o Decreto n° 4.281, de 25.6.2002, estabeleceu a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA, 1999), que após trouxe esperanças para educadores e ambientalistas, mesmo sendo algo já ocorrente em algumas instituições, não tinha até o momento um marco legal para a mesma (MEC). A Lei 17.505/13foi criada em conformidade com os princípios e objetivos do PNEA e do Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA, 2005), que traz no Artº 2: 
Entende-se por Educação Ambiental os processos contínuos e permanentes de aprendizagem, em todos os níveis e modalidades de ensino, em caráter formal e não-formal, por meio dos quais o individuo e a coletividade de forma participativa constroem, compartilham e privilegiam saberes, conceitos, valores socioculturais, atitudes, práticas, experiências e conhecimentos voltados ao exercício de uma cidadania comprometida com a preservação, conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida, para todas as espécies (LEI17505/13).
A lei acima estabelece a obrigatoriedade do ensino da EA em todas as fases da Educação, compreendendo os conceitos para formação de cidadãos críticos e reflexivos perante a sociedade, tanto individual como coletivamente.
A Constituição Federal (CF) de 1988 ainda diz no Capitulo VI Art. 225 que:
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (p.59).
Ainda o Inciso 1°, aponta que devem promover a EA em todos os níveis de ensino para a conscientização da preservação do meio ambiente. Portanto, toda instituição precisa implementar em seu currículo a Educação Ambiental, pois o educando constrói habilidades, conhecimentos, valores sociais que colaboram para uma sociedade competente na conservação do meio ambiente (CF,1988).
Considerando a Constituição Federal (1988) está há vinte um anos em vigor, podemos indagar que ainda assim o trabalho da Educação Ambiental na Educação Infantil se encontra voltado apenas à assuntos superficial e não se aprofunda para contribuição da conscientização como um todo.
O PNEA (1999) tem como objetivo fazer com que o individuo compreenda a conservação ambiental como parte do exercício da cidadania, que precisa uma consciência crítica para a problematização social e ambiental que temos atualmente no planeta. Porém, para isso ser possível, precisa ser treinado os educadores, pois eles precisam saber como trabalhar a EA de forma transversal, que consiga faze - lá presente em qualquer conteúdo de forma que se encaixe nas aulas.
Nas Diretrizes Curriculares Nacionais (2013) encontramos dentro as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental que serve como orientação para as instituições de ensino de como trabalhar a EA de forma que esteja de acordo com os objetivos e fundamentos dos documentos nacionais. Pois as instituições, em alguns momentos trabalham a temática, mas não seguem os objetivos que se encontram propostos para um bom desenvolvimento e compreensão do tema.
A Educação Ambiental ainda é fragmentada e unilateral, por isso é uma educação em construção já que o indivíduo ainda não consegue ter uma relação de homem e natureza que beneficie os dois lados (IDEM). Porém na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9.394/96) não se encontra a menção da EA, apenas de como o individuo precisa ter o ensino da natureza e compreender o meio que se vive.
As Diretrizes Curriculares (2013) enfatizam que a Educação Ambiental precisa ter a compreensão de que:
 [...]- visa à construção de conhecimentos, ao desenvolvimento de habilidades, atitudes e valores sociais, ao cuidado com a comunidade de vida, a justiça e a equidade socioambiental, e com a proteção do meio ambiente natural e construído;
- não é atividade neutra, pois envolve valores, interesses, visões de mundo; desse modo, deve assumir, na prática educativa, de forma articulada e interdependente, as suas dimensões política e pedagógica;
- deve adotar uma abordagem que considere a interface entre a natureza, a sociocultural, a produção, o trabalho, o consumo, superando a visão despolitizada, acrítica, ingênua e naturalista ainda muito presente na prática pedagógica das instituições de ensino;
- deve ser integradora, em suas múltiplas e complexas relações, como um processo contínuo de aprendizagem das questões referentes ao espaço de interações multidimensionais, seja biológica, física, social, econômica, política e cultural. Ela propicia mudança de visão e de comportamento mediante conhecimentos, valores e habilidades que são necessários para a sustentabilidade, protegendo o meio ambiente para as gerações presentes e futuras (p. 542-543).
Desta forma pensando na vertente socioambiental que busca inserir o indivíduo no meio ambiente, entende-se que ele tem o poder de construir e transformar o meio que se vive, mas tentando estabelecer relações que contribuíam que essas transformações e não sejam prejudiciais para a natureza (ROSSETTI, 2010).
O RCNEI (1998c, p.169) relata que quanto antes começar a trabalhar os conteúdos com a criança na EI, a criança poderá estabelecer relações com a realidade e associar esse conhecimento em seu dia a dia. Um dos objetivos relacionados no eixo natureza e sociedade relatam que a criança precisa estabelecer relações entre o meio ambiente e sua vida social, sendo assim, valorizando a qualidade de vida e preservação de todas as espécies. 
Segundo o autor Layrargues (2002), após ter se passado mais de vinte anos após o surgimento do termo Educação Ambiental na CF(1988), precisa-se deixar o termo mais abrangente, de forma que consiga sustentar uma EA crítica, emancipatória e popular:
[...] o desenvolvimento nos educandos de uma consciência crítica acerca das instituições, atores e fatores sociais geradores de riscos e respectivos conflitos sócioambientais. Busca uma estratégia pedagógica do enfrentamento de tais conflitos a partir de meios coletivos de exercício da cidadania, pautados na criação de demandas por políticas públicas participativas conforme requer a gestão ambiental democrática (LAYRARGUES, 2002, p.18).
A Educação Ambiental tem como objetivo na formação do indivíduo formar uma personalidade que tenha consciência ecológica, em todas as faixas etárias para assim valorizarem e preservarem o ambiente como um todo. Formando cidadãos capazes de compreender a crise ambiental que se encontra atualmente e, consiga enfrentar conflitos ambientais e sociais que andam paralelos. Por conta disso a EA se encontra na educação formal nas instituições de ensino de forma interdisciplinar, como um componente inseparável e indissociável do currículo escolar (JÚNIOR, 2007).
Conforme a autora Effting (2007), a instituição educacional deve proporcionar ao aluno conhecimento que forme uma consciência crítica, que consiga respeitar de forma mutua toda e qualquer espécie. Que a criança compreenda que a natureza não é uma fonte inesgotável de material, que pode ser utilizado a todo o momento e sem nenhuma consequência. Portanto o educando precisa estabelecer o conceito de preservação, em todos os aspectos naturais. A autora ainda ressalta que:
[...] os trabalhos relacionados à Educação Ambiental naescola deve ter, como objetivos, a sensibilização e a conscientização; buscar uma mudança comportamental; formar um cidadão mais atuante; (...) sensibilizar o professor, principal agente promotor da Educação Ambiental; (...) criar condições para que, no ensino formal, a Educação Ambiental seja um processo contínuo e permanente, através de ações interdisciplinares globalizantes e da instrumentalização dos professores; [...] (EFFTING, 2007, p. 24-25).
Compreendendo no trecho acima que o maior responsável para o ensino da Educação Ambiental é o educador, então antes de querer ensinar as crianças, as instituições precisam fazer indagações de como o profissional entende a EA, e de como trabalhar ela na EI é significativo para ele.
A Carta da Terra (2000) é um documento que vem para “abrir” os olhos da nação, demonstrando que todos estão ligados uns aos outros e com a natureza, e por conta disso precisamos se tornar seres sustentáveis e ecologicamente corretos, em um dos seus Princípios (14º) ele ressalta que:
14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
a. Oferecer a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
b. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade.
c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no sentido de aumentar a sensibilização para os desafios ecológicos e sociais.
d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência sustentável (p.6).
A Carta da Terra (2000) mesmo sendo um documento de conscientização, gera grandes reflexões, dentro dos seus princípios se encontram temas que vão além da Educação Ambiental que engloba toda forma de educação. Pois não se pode falar em Educação Ambiental sem se pensar em um todo, para que a criança aprenda o conceito da EA, antes ela precisa se auto conhecer, construir sua identidade e é neste processo que ela irá construir seus valores e conceitos.
Conforme os documentos nacionais para a Educação Ambiental na Educação Infantil será analisado o documento norteador para EI no Município de Pinhais, assim perceber como rege os objetivos e princípios na Educação Infantil para a EA.
4.2 DOCUMENTO NORTEADOR DO MUNICÍPIO DE PINHAIS PARA EDUCAÇÃO INFANTIL
O Ensino no Município de Pinhais nas instituições é norteado pela Proposta Pedagógica Curricular do Município de Pinhais (PPC, 2013), que tem sua concepção Histórico-Crítica, enfatizando que a criança é um ser histórico aprendendo por meio de sua interação social e cultural.
A PPC é organizada por eixos que os educadores utilizam para planejar suas aulas. Neste capítulo será analisado o EIXO VI- Relações com o mundo físico e natural que entra os conteúdos de: meio ambiente; lugares e paisagens; objetos e processos de transformação; seres vivos (homem, planta, animal) e fenômenos e componentes naturais.
Este eixo traz para os educadores algumas sugestões de como realizar o trabalho com os alunos e atingir os objetivos que se encontram propostos no documento. Encontra-se a importância de realizar visitas em lugares que as crianças consigam perceber a diferença do que é o ambiente físico e o natural, e fazer uma articulação com as vivências que os educandos já trazem de casa (PPC, 2013, p. 155). Entretanto a forma de como os educadores transmite esse conhecimento não atinge o objetivo almejado, quando isto ocorre o educador precisa recorrer o outro método de ensino para atingir o objetivo.
Segundo as autoras Rodrigues e Saheb (2018), temos três saberes que se encontra em foco na discussão da EA para a EI que são: ensinar a condição humana, ensinar a identidade terrena e ensinar a compreensão. 
Considerando esses saberes analisou-se a PPC (2013), pensando nos saberes que ensina sobre a condição humana, a identidade e a compreensão, encontrou-se vários objetivos que contemplam a linha de pensando das autoras. No momento que o documento traz que o educando precisa estabelecer relações com o meio que vive e sua conscientização em relação à preservação do meio ambiente, constatando as transformações ocorridas durante os anos que foram realizados pelo ser humano, e compreendendo que a sociedade precisa aprender a conviver com a natureza sem destruí-la.
Um documento que foi referência para estruturação da proposta foi os Parâmetros Municipais de Qualidade para Educação Infantil (2010), nele consta todas as finalidades e objetivos para a EI no Município. No capítulo três (Proposta Pedagógica) no Art.º 8, Inciso V diz:
Construção de novas formas de sociabilidade e de subjetividade comprometidas com a ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do planeta e com o rompimento de relações de dominação etária, socioeconômica, étnicorracial, de gênero, regional, linguística e religiosa (p.5).
Portanto percebe-se a importância de trabalhar esse tema pertinente na EI como forma de construção de valores sociais, para formar cidadãos críticos. Na BNCC (2018, p.51) no Campo de Experiência “Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações” fica claro que a criança precisa entender o espaço que está inserida tanto cultural como natural, pois ao entender o seu mundo social e estabelecer relações com ele mesmo e o espaço, assim ele consegue estabelecer relações com o mundo natural e compreender sua importância para a sociedade.
Os autores Grzebieluka, Kubiak e Schiller (2014) indagam que:
Quanto mais cedo o tema for abordado com as crianças, maiores as chances rumo à mudança de atitude em relação à preservação do meio ambiente, por um planeta melhor. É fundamental proporcionar às crianças vivências enriquecedoras, a partir da mediação de formas sistemáticas e prazerosas (p.9).
Os autores então trazem acima a importância de ter um currículo que agregue temas que enriqueça o conhecimento do educando, de forma que proporcione vivências que contribuam para uma reflexão do meio ambiente. Desta forma estabelecendo conceitos ambientais perante a sociedade.
Portanto, analisou-se as entrevistas realizadas com professores da Educação Infantil, para compreender como é trabalhado a Educação Ambiental com as crianças, e se os educadores conseguem perceber o desenvolvimento gradual da criança em relação aos temas que trabalham em sala de aula.
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Neste capítulo, foram analisados os resultados da pesquisa, constituída a partir de entrevistas realizadas com professoras de dois CMEI’S do Município de Pinhais. Será estruturado em três tópicos: Metodologia de Pesquisa; A visão dos professores sobre a criança na EI e sua assimilação do conhecimento nesta faixa etária; Como os professores trabalham EA com os educandos e De que forma elas compreendem que eles aprenderam esse conhecimento no decorrer do ano.
5.1 METODOLOGIA DA PESQUISA
Para a elaboração deste capitulo e a procura de dados, foram usadas as seguintes questões: “Na sua concepção a criança na Educação Infantil se apropria melhor do conhecimento que em outra fase da Educação Básica?”, “No tempo que atua na Rede de Pinhais já trabalhou Educação Ambiental com as crianças?” e “Após trabalhar o tema notou se a criança se apropriou desse conhecimento?”. Elaboradas para serem capazes de dar base para a solução do problema de pesquisa deste trabalho. 
Em princípio, a pesquisa seria realizada com 19 educadores da Rede Municipal de Pinhais, porém no decorrer do trabalho, houve alguns impedimentos e apenas 11 educadores participaram. As entrevistas foram gravadas, com um total de 11 Educadores. Sendo assim para melhor identificação destes professores, segue tabela abaixo:
TABELA 01: FORMAÇÃO E TEMPO DE CARREIRA DOS PROFESSORES
	IDENTIFICAÇÃO DOS PROFESSORES, FORMAÇÃO E TEMPO DE CARREIRA NO MUNICIPIO.
	PROFESSOR
	SIGLA
	INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL
	FORMAÇÃO
	TEMPO DE CARREIRA
	PROFESSOR 1
	P1
	CMEI A
	MAGISTÉRIO;
 LETRAS.
	14 ANOS
	PROFESSOR 2
	P2
	CMEIA
	MAGISTÉRIO;
PEDAGOGIA.
	8 ANOS
	PROFESSOR 3
	P3
	CMEI A
	MAGISTÉRIO.
	19 ANOS
	PROFESSOR 4
	P4
	CMEI A
	MAGISTÉRIO.
	6 ANOS
	PROFESSOR 5
	P5
	CMEI A
	PEDAGOGIA;
PÓS NEUROPEDAGOGIA.
	6 ANOS
	PROFESSOR 6
	P6
	CMEI A
	ADMINISTRAÇÃO;
MAGISTÉRIO.
	7 ANOS
	PROFESSOR 7
	P7
	CMEI A
	MAGISTÉRIO.
	23 ANOS
	PROFESSOR 8
	P8
	CMEI B
	PEDAGOGIA; ESPECIALIZAÇÃO NEUROAPRENDIZAGEM; RH; MESTRANDO EM EDUCAÇÃO EM CIÊN. E MAT.
	7 ANOS
	PROFESSOR 9
	P9
	CMEI B
	MAGISTÉRIO;
CURSANDO PEDAGOGIA.
	7 ANOS
	PROFESSOR 10
	P10
	CMEI B
	MAGISTÉRIO;
LETRAS.
	8 ANOS
	PROFESSOR 11
	P11
	CMEI B
	PEDAGOGIA;
PÓS EM LITERATURA E CONTAÇÃO DE HISTÓRIA.
	8 ANOS
FONTE: a autora, 2019.
Com base no quadro, percebe-se que todos os entrevistados já passaram do estágio probatório de três anos do Município, e que já atuam há um tempo na Rede Municipal de Pinhais. Contudo, foi observado como os mesmos trabalham a Educação Ambiental integrada no currículo do Município que está baseado na PPC.
A entrevista teve como finalidade analisar com essas três questões a visão dos educadores de Educação Infantil sobre a assimilação que a criança nesta faixa etária retém, e de como é importante trabalhar Educação Ambiental nesta fase da Educação Básica.
5.2 A VISÃO DOS PROFESSORES SOBRE A CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUA ASSIMILAÇÃO DO CONHECIMENTO NESTA FAIXA ETÁRIA
A questão da assimilação do conhecimento na EI é bastante discutida no período de formação dos educadores, pois é a primeira etapa da Educação Básica, é a fase que a criança ainda está estabelecendo padrões e conceitos. Nesta fase, a criança tem o conhecimento empírico e os educadores têm como objetivo construir relações com o conhecimento cientifico, para assim o educando conseguir fazer ligações com sua realidade fora da escola. 
 Portanto a pergunta que foi questionada para os educadores foi se “Na concepção dele, a criança na EI se apropria melhor do conhecimento do que em outra fase da Educação Básica”. Obtivemos 11 respostas:
P1- Olha uma pergunta complexa, eu acredito que em todas as fases ela se apropria bem. Mas as crianças parecem pelo menos, o que conseguimos observar no dia a dia é que elas conseguem dar um retorno imediato, nem todas, mas muitas após a atividade já trás um retorno no que foi ensinado. Então acredito que tem grande possibilidade que na Educação Infantil elas absorverem bastante do que é falado.
P2- Não posso afirmar que ela se apropria melhor, mas na Educação Infantil está se formando o caráter da criança.
P3- Eu acredito que sim, pois elas estão com a cabeça mais fresca e dessa forma as crianças prestam mais atenção na gente.
P4- Com certeza.
P5- Sim, porque na Educação Infantil estamos formando ainda e, proporcionando um maior contato com o conhecimento e é pequeno mesmo que a gente forma o conhecimento.
P6- Eu acredito que o quando antes se aplicar esse conteúdo ou qualquer outro na Educação Infantil eles aprendem muito rápido, mesmo que às vezes pareça que eles estão totalmente distraídos, as crianças estão prestando atenção. Eles passam essas informações e isso acaba fazendo parte deles. Porque é muito natural, eles não percebem que estão aprendendo.
P7- Eu acredito que sim, porque aqui trabalhamos bastante nesta questão do desenvolvimento deles, quando chega ao Ensino Fundamental às vezes tudo que ensinamos aqui é perdido. Eles não dão continuidade, então eles aprendem mais aqui.
P8- Não.
P9- Não, eu acho que são as formas de trazer o conhecimento e conteúdo pra elas, na Educação Infantil de forma lúdica a gente consegue trabalhar melhor e eles gravam e se apropriam do conhecimento de forma mais fácil. E tem consciência do conteúdo que virá no fundamental.
P10- Na minha concepção na Educação Infantil ela está mais aberta a aprender e a novos conceitos. Ela tem mais facilidade, acredito que ela vai aprender em qualquer época, mas na Educação Infantil ela está mais aberta e por isso não precisa mudar um conceito já estabelecido.
P11- Sim, devido à ludicidade. Porque os educadores da Educação Infantil são mais criativos do que no Ensino Fundamental.
Analisando as respostas, foi observado que oito professores acreditam que é na Educação Infantil que a criança consegue assimilar melhor o conhecimento, porém três discordam. Acreditam que a criança irá se apropriar daquele conhecimento em qualquer etapa da educação, mas na EI a criança se encontra aberta a novas interações e conceitos, já que ainda estão estabelecendo seus conceitos.
Ainda aparece em ênfase que nesta fase da educação, é trabalhado com as crianças de forma mais lúdica, instigando sua criatividade e por isso a criança consegue se apropriar desse conhecimento de forma natural, pois ela se diverte enquanto aprende.
O lúdico tem como finalidade que as crianças possam fazer suas assimilações de forma natural, sem serem pressionadas a aprender o conteúdo rapidamente. Respeitando o tempo de cada criança, assim os educadores precisam proporcionar atividades que desenvolvam a capacidade das crianças de assimilar o conteúdo da melhor maneira (NILES; SOCHA; 2014).
Segundo as autoras Corrêa e Bento (2012), a criatividade é o que falta nas escolas para estimular a criança, pois qualquer objeto pode ser transformado em um auxilio na hora de ensinar. Portanto, os educadores na Educação Infantil segundo o P11, são mais criativos, conseguindo assim que as crianças fiquem mais entretidas nos conteúdos que está sendo ensinado.
Percebendo-se a fala do P1 que traz como a criança consegue ter um retorno imediato do conteúdo, demonstra como a criança realmente nesta faixa etária se encontra mais atenta a receber informações, fazendo assim uma ligação com a P10 que mesmo discordando que a criança se apropria melhor, relata sua explicação de forma satisfatória.
Entende-se após essa análise que realmente a criança nesta etapa se encontra mais presente em sala, pois mesmo eles estando parecendo que não estão prestando atenção, ao mesmo tempo a criança pode vim e fazem uma observação relacionada ao tema que os educadores podem nem ter refletido sobre.
A autora Santos (2012), indaga que:
Vygotsky (1994) atribui relevante papel do lúdico na constituição do pensamento infantil. Segundo ele, é através do lúdico que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos (p.6). 
Portanto mesmo alguns educadores discordando que na Educação Infantil a criança se apropria e assimila melhor o conteúdo, todos concordam que a criança nesta fase está mais apta a receber informações novas e conseguir reestruturar um conceito já estabelecido pelo meio que se vive.
Compreendendo-se que na EI a criança se encontra mais aberta a estabelecer novos conceitos, pois são trabalhados os temas abordados de forma lúdica que se torna mais receptivo para as crianças. Abordou-se o tema Educação Ambiental na Educação Infantil com os professores para analisar como eles realizam esse trabalho em sala de aula, e se vem a ser de acordo com o que os documentos norteadores trazem e se notam por meio da convivência com a criança como ela se apropriou desse conteúdo e se conseguiu estabelecer relações com o tema e sua realidade.
5.3 COMO OS PROFESSORES TRABALHAM EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM OS EDUCANDOS E DE QUE FORMA COMPREENDEM QUE ELES APRENDERAM ESSE CONHECIMENTO NO DECORRER DO ANO
Como a Educação Ambiental é um componente essencial no processo de formação, ela vem para direcionar e contribuir com as crianças na resolução de problemas e em estabelecer uma relação entre o mundo físico e natural (EFFTING, 2007). Desta forma é necessário compreender como os educadores do Município de Pinhais trabalham EA com as crianças, e se conseguem perceber como esse tema precisa ser significativo para os educandos.
Para compreender de que forma os professores trabalham Educação Ambiental, foi questionado se eles já trabalham o tema e o qual conteúdo foi ensinado, segue as falas dos professores: 
P1- Sim, esse ano mesmoeu trabalhei a questão do lixo, e da reciclagem com eles. Foi um trabalho bem interessante, nós fizemos um envolvimento com os pais também, e foi ampliado falando sobre as cores da reciclagem, para onde vai esse material e o que é feito no aterro sanitário. Qual o destino certo na nossa casa, na escola e em outros lugares e trabalhei com varias questões, também a utilização da água. Os pais foram envolvidos para desenvolver brinquedos com materiais reciclados e foi mandado um saco para a casa para trabalhar a reciclagem, e as crianças deram retorno.
P2- Sim, diversas vezes, como no ano passado que trabalhei o projeto do mundinho, onde as crianças tiveram contato com a preservação do ambiente, como não jogar lixo nos rios, nas ruas e a preservação das praias. Esse ano também foi trabalhado um projeto da preservação dos oceanos.
P3- Nós sempre trabalhamos. Trabalhei esse ano com os oceanos, os alunos sempre estão trazendo novidades de casa e fazem os pais pesquisarem para eles sobre o tema para compartilhar com os colegas.
P4- Trabalhei o eixo Educação Ambiental, trabalhei sobre os cuidados com a natureza, separação do lixo e horta. É um tema que eles gostam bastante e entendem.
P5- Trabalhei a questão da reciclagem e preservação do meio ambiente, mas como trabalhamos com eixo, não especificamos o eixo Educação Ambiental, mas sim acabamos englobando todos.
P6- Sim, trabalhei a horta, projeto reciclável. Na horta eles eram bem pequenos e no refeitório no almoço não comiam salada e tinham nojo de pegar na terra. Foi todo um processo de mostrar que aquilo era natural, que precisa cuidar das plantas e da água. Que a gente faz parte desse ambiente e por isso precisamos cuidar dele no final eles levaram as plantinhas pra casa.
P7- Não, pensando melhor sim esse ano fiz com as crianças o projeto do meio ambiente e no ano passado plantamos árvores em frente à escola, trabalhamos a questão do jardim e os insetos que podemos encontrar nele. Trabalhei horta, classificação do lixo, esse ano o tema está bem forte.
P8- Sim, horta, atividades relacionadas à ciência e as coisas da natureza, chuva, os quatro elementos da natureza, passeio em relação aos temas.
P9- Sim, várias vezes. Já trabalhei os elementos da natureza, horta, a chuva, cuidado com o meio ambiente. Teve uma atividade bem significativa esse ano sobre o cuidado com a Dengue.
P10- Sim, atividades sobre o veterinário mirim que as cainças aprendem a cuidar dos animais, também já trabalhei horta, atividades do dia do rio, de separação do lixo e coisas que aparecem no dia a dia que vão surgindo do interesse deles e aparece a oportunidade de ensinar.
P11- Sim, sempre. Nós trabalhamos reciclagem, cuidados com a natureza que isso é EA. Cuidado com o rio e com a água.
Após analisar a PPC (2013), pode-se perceber que a maioria trabalha o objetivo “Desenvolver a consciência sustentável a partir de ações como reciclar, reutilizar e reduzir, estimulando práticas de cuidado com o meio ambiente (PPC, p.155)”, porém encontram-se objetivos diversos entre as respostas.
Contudo, entre todos os entrevistados nota-se que falta a perspectiva do objetivo que diz que precisamos perceber que o ser humano é integrante, dependente e agente transformador do ambiente (PPC, p.156). Esse objetivo precisa ser trabalhado diariamente, pois a natureza ela se transforma por conta das atitudes relacionadas com a sociedade.
Portanto, como os educadores conseguirão mediar esse conhecimento para a criança, se em alguns momentos nem mesmo eles conseguem dizer qual é o conceito da Educação Ambiental e porque é importante para a sociedade. Considerando essa questão, os órgãos governamentais da educação precisam disponibilizar mais cursos voltados para a área ambiental, assim como são ofertados para áreas como educação especial, educação inclusiva, entre outros. Pois o Município de Pinhais disponibiliza durante o ano diversas formações continuadas, porém algumas com temas repetidos, neste processo poderiam ser realizados uma reestruturação de temas que são abordados durante o ano.
Os parâmetros curriculares nacionais- meio ambiente e saúde (2001, p. 23) relatam que:
[...] fica evidente a importância de se educar os futuros cidadãos brasileiros para que, como empreendedores, venham a agir de modo responsável e com sensibilidade, conservando o ambiente saudável no presente e para o futuro; como participantes do governo ou da sociedade civil, saibam cumprir suas obrigações, exigir e respeitar os direitos próprios e os de toda a comunidade, tanto local como internacional; e, como pessoas, encontrem acolhida para ampliar a qualidade de suas relações intra e interpessoais com o ambiente tanto físico quanto social.
A citação acima afirma que ao educar as crianças, os professores estão criando uma sociedade futuramente sustentável, preocupada com a preservação do ambiente que se vive, compreendendo o limite da natureza e que ela não é para sempre.
Porém, a fala do P10, ressalta a importância de estimular a curiosidade da criança reverente ao tema, e conseguir agregar suas dúvidas no conteúdo de modo que consiga contemplar a criança como um todo. Percebe-se que aqui a criança está sendo o centro e o educador trabalha a necessidade que a criança demonstra com equidade.
Pois não se deve trabalhar apenas seguindo o planejamento pronto, mas precisa estar disposto a agregar novos conteúdos que contemplem a curiosidade da criança, assim além de propiciar o conhecimento já planejado o educador consegue atingir a necessidade da criança de aprender sobre aquele respectivo tema.
Ao observado as respostas dos educadores nota se que para atingir o objetivo de contribuir para que a criança se torne um ser sustentável em sociedade, precisa trabalhar de forma abrangente, porém com ênfase nos temas sobre Educação Ambiental. Fugindo de velhos paradigmas que é trabalhar apenas datas comemorativas e reciclagem, pois a criança vê isso em todos os anos só muda como é aplicado. 
Estabelecer um novo paradigma não é simples, pois alguns não gostam de mudar suas práticas e meios de ensino. Porém considerando como se encontra a sociedade e que as crianças já vêm pra escola repleta de informações, os educadores precisam trabalhar de forma que a criança consiga aumentar seu repertório de informações de forma que tenham fundamentos para compreendê-las. 
Considerando que todos relataram que trabalham EA diariamente, foi questionado se o professor perceber que a criança no decorrer do ano se ainda lembram-se do conteúdo aprendido, foi relatado que:
P1- Está semana eu deixei umas revistas da ciência hoje na hora entrada, e logo eles se lembraram de tudo que tinha sido falado e começaram a citar coisas sobre o aterro sanitário e a reciclagem. Comentam em casa também, as famílias falam que as crianças chegam passando a informação e cobrando uma mudança na postura, principalmente no tema da reciclagem que as crianças não queriam que jogassem de maneira errada os lixos.
P2- Eles comentam e relatam em casa também sobre o que foi aprendido, tive um aluno que foi para a praia e viu uma pessoa jogando lixo na rua, e ele repreendeu a pessoa. E explicou que iria acabar trazendo enchentes para as casas.
P3- Bastante, principalmente quando foi trabalhada a questão das praias e um deles comentou que quando foi pra praia com a mãe ela jogou lixo no chão e ele fez ela jogar no lixeira correta.
P4- Comentavam e levavam para a família, falava que os pais não faziam em casa e cobravam os pais e as professoras em sala. Pois eles gostam do tema e praticam o que eles aprendem.
P5- Sim, por exemplo, trabalhei os brinquedos recicláveis, usávamos todo tipo de material (garrafa, tampinha), eles chegavam a casa e não deixava os pais jogarem o lixo, queriam transformar em alguma coisa. Eles acabam tendo essa cobrança com os pais.
P6- Eles começaram a observar as mudanças do jardim, plantas que estavam morrendo e nascendo. Começaram a comer os alimentos e provar novos, uma coisa que é difícil para nós da EI, quando eles viram que eles plantaram eviram crescer aquele alimento começaram a comer de tudo.
P7- As nossas crianças não esquecem, tanto que vão aos lugares e vê as pessoas fazendo errado e corrigem. Esse ano na feira do conhecimento eles ensinaram os pais a como separar corretamente o lixo, explicaram sobre o meio ambiente. Aprenderam sobre as ervas medicinais para fazer chá, foram em um passeio que assistiram a um vídeo da turma da Mônica sobre reciclagem e tomaram chá das plantas que tinham lá, foi bem legal.
P8- Sim, bastante. Teve um caso de uma aluna que tinha acabado de aprender sobre a chuva, mas sem falar da poluição. Em um passeio a criança falou “já que agora sabemos o processo da chuva, que ela vai pro rio e é cuidada, como vamos fazer para as pessoas parar de jogar lixo no bueiro’, foi um comentaram bem significativo. Entre outras coisas que as crianças falam diariamente.
P9- Sim, eles inclusive no começo do ano juntaram todo o lixo que encontramos jogados pela escola. E até hoje eles comentam quando encontra lixo na rua eles guardam e jogam na lixeira quando chegam em casa.
P10- Eu percebo que quando eles têm a oportunidade ou eles acham alguma relativa ao tema eles sempre comentam. Eu vejo isso pela minha filha também, que essa semana trabalhou a poluição dos rios, e desde então ela esta a todo o momento falando que a gente tem que cuidar dos rios, e não poluir a água porque se não iremos sofrer sem água.
P11- Sim, comentam. Como a reciclagem, se eles vêm lixos jogados eles pegam e diz qual lixeira que tem que ir corretamente aquele lixo.
Considerando os relatos dos educadores, nota-se que eles percebem se os educandos se apropriaram do conhecimento, quando os pais relatam que mesmo em casa e com o passar do tempo a criança ainda cobra o que foi aprendido no CMEI, e nas férias independente do lugar que estão, quando percebe alguma atitude que vai contra o que foi ensinado ela questiona.
A autora Bujes (2008) que segue a concepção de Reggio Emília postula que a criança para ativar sua memória precisa estar em constante convívio com aquilo que foi aprendido, para se lembrar do que sentiu e possibilitar uma reflexão sempre que esteja frente ao tema e suas dificuldades que a criança notou perante a sociedade.
A autora Effting (2007), percebe que:
Tendo a capacidade de tornar nossos alunos conscientes e sensibilizados a essa nova visão sobre o ambiente, eles próprios se tornarão educadores ambientais em suas casas em seu meio de convívio. Tornando assim esse processo em uma sequência de ações benéficas, a vida, a natureza ao futuro (p.32).
Em relação à citação acima, nota-se que a criança ao levar questões ambientais aprendidas na instituição e querer uma mudança de paradigma dos adultos ao seu redor, mostra que se apropriou daquele conhecimento e ele já faz parte dela, como também quer que o outro se aproprie e se torne um ser sustentável.
Para que a Educação Ambiental realmente esteja presente na vida da criança, a instituição precisa trabalhar o tema diariamente, claro que não é necessário mudar todo o planejamento em sala de aula para apenas ser trabalho EA. 
Entretanto, podem ser realizadas atividades diariamente do cotidiano escolar que a criança estará aprendendo sem perceber como: jogar o lixo corretamente; ir ao ar livre que tenha a natureza para ela explorar o meio que se vive e estabelecer relações entre seu mundo físico e natural; realizar conversas sobre o meio ambiente em momentos oportunos como no almoço, que precisa ser trabalhado a alimentação saudável; nas atividades propostas diariamente, lembrando sobre como não precisa utilizar materiais desnecessários; entre outros diversos momentos que podem ser trabalhados de forma transversal sem atrapalhar a atividade planejada e, ainda proporcionando momentos ricos para a criança.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considera-se que a Educação Ambiental é obrigatória em todas as fases da Educação Básica, portanto, este trabalho apresentou como é realizado na fase da Educação Infantil a Educação Ambiental, pois que é a fase em que a criança está construindo sua identidade e conceitos.
Portanto, para compreensão do tema foi pesquisado em diferentes bases bibliográficas, para assim conseguir estipular o que precisava ser questionado aos profissionais de educação.
Desta forma para levantamento de dados foram analisadas as respostas dos educadores que trabalham nesta fase da educação referentes as questões sobre Educação Ambiental, para compreender como esse tema é articulado no currículo da instituição e dos profissionais.
Considera-se fundamental que a Educação Infantil atenda todas as crianças, visando o desenvolvimento integral do aluno, desta maneira a equipe escolar precisa trabalhar coletivamente para atingir os objetivos.
Entendendo que 73% dos professores entrevistados, disseram que acreditam que a criança nesta faixa assimila melhor o conhecimento, pois elas se encontram mais abertas a receber informações e estabelecer novos conceitos. Porém os outros 27% dos entrevistados relataram que não concordam, pois a criança na concepção deles irá conseguir se apropriar do conteúdo transmitido em qualquer faixa etária, porém na Educação Infantil se encontram mais favoráveis a receber esse conteúdo, já que é trabalhado de forma lúdica.
Compreendendo os dados verificados, percebe-se que os educadores compreendem que nessa fase é importante trabalhar os conteúdos de forma lúdica, com brincadeiras que instiguem as crianças a saber mais, a aprender de forma divertida, entendendo que cada criança tem seu tempo e precisa ser respeitado.
A partir dessas respostas, foram levantadas questões sobre a Educação Ambiental, para conseguir compreender o conceito dos educadores sobre o tema e como eles levam para a sala de aula. 
Notou-se que todos os educadores relatam que trabalham a Educação Ambiental no seu cotidiano escolar, mas observando suas falas percebe que são realizados projetos em um determinado período ou trabalhado em uma determinada data porque está estipulado no currículo escolar.
Mas a EA não é trabalhado de forma ampla, com o objetivo de proporcionar na criança uma consciência crítica sobre uma sociedade sustentável. Pois ao caminhar pelas instituições, na maioria não se encontra lixeiras diversificadas para cada 	lixo distribuída no espaço da escola e nem nas salas de aulas, desta forma acaba desvalorizando os conteúdos trabalhados em sala de aula com as crianças.
Portanto como a maioria relatou trabalhar com as crianças a reciclagem e a separação do lixo, acaba ficando um conteúdo apenas na teoria, porque as crianças não conseguem colocar em prática o conhecimento adquirido dentro de sala.
Considerando os resultados obtidos neste trabalho e o problema de pesquisa inicial, pode-se entender que após as analises foi atingido os objetivos do trabalho. Pois compreende se que na Educação Infantil a criança se encontra com mais facilidade para receber novos conhecimentos, desta forma realizando uma reformulação dos conceitos já estabelecidos.
Portanto, este trabalho buscou contribuir para definir a importância da Educação Ambiental estar entrelaçada nos conteúdos na Educação Infantil e, de como ainda precisa ser enfatizado o tema com as crianças e, também com os educadores, pois alguns não compreendem como esse tema é abrangente e importante para a construção de uma sociedade sustentável, para melhores condições de vida tanto para a natureza como para o ser humano.
Contudo, faltou a visão da gestão com relação à Educação Ambiental como conteúdo obrigatório na Educação Infantil, e como é avaliado os projetos e planejamento dos educadores contemplando a EA, já que é a gestão que norteia toda a equipe docente. Portanto este trabalho ajudará a estabelecer relações para uma futura pesquisa sobre o corpo docente na visão dos gestores sobre Educação Ambiental.
Sabe-se que este estudo é tema de outras profundas pesquisas na área das ciências sociais e humanas, mas é fato também que a compreensão das teorias aqui apresentadas, diante da realidade dos profissionais da educação,

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