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INTRODUCAO E ANATOMIA

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ANGIOLOGIA | Victoria Ribeiro de Medeiros 
Introdução à Angiologia e anatomia vascular - Trigo 
HISTÓRICO 
800 a 600 aC – Sushruta: surgimento da cirurgia vascular 
- primeiro registro de sucesso ao estancar uma 
hemorragia com ligadura de vasos. 
1628 - William Harvey: sistema vascular como sistema 
fechado. 
1927 – Egas Muniz: primeira angiografia cerebral 
(contraste em a. carótida interna). 
1900 – 1930 – Alex Carrel: primeiros estudos 
experimentais de anastomoses vasculares. Considerado 
o Pai da Cirurgia Vascular Moderna. Também buscou um 
substituto para a Aorta por heteroenxertos (substituição 
por Aorta de gatos por artérias caninas preservadas. 
1951 – Charles Dubost: ressecção de aneurisma de Aorta 
e reconstrução com homoenxerto (Aorta torácica) 
O entusiasmo por homoenxertos durou pouco, mas foi 
importante, pois desenvolveu a habilidade no manuseio 
da Aorta e permitiu a procura de material sintético. 
Fim da década de 1950 – Arthur Voorhees: implante de 
rótese de vinyon-N em 40 cães. 
1953 – De Bakey: pesquisa para o desenvolvimento de 
coração artificial. Primeira descrição da técnica de 
endarterectomia de carótida. 
 
 
1966 – Thomas Fogarty: desenvolveu o cateter de 
Fogarty, para tromboendarterectomia. O cateter possui 
um balão insuflável, o que permite desobstrução da 
artéria. 
 
Grandes Guerras: durante as I e II Guerras Mundiais 
houve grande desenvolvimento das técnicas de ligadura 
de artérias para evitar amputações. 
Guerras da Coreia e do Vietnã – Hughes: 304 lesões 
vasculares, com 34 enxertos autógenos e 90% de 
salvamento de extremidades. Novos fios e pinças são 
desenvolvidos, assim como outros materiais. 
1966 – Norman Rich (Guerra do Vietnã): MASH – Mobile 
Army Surgical Hospital. 
2021: material sintético utilizado atualmente é o Dacron, 
plástico sanfonado para permitir expansão lateral e 
longitudinal. 
 
O SISTEMA CIRCULATÓRIO 
Os vasos são divididos em três grandes grupos: artérias, 
veias e vasos linfáticos. As artérias levam o sangue do 
coração para a periferia, as veias retornam o sangue para 
o coração, e os vasos linfáticos transportam a linfa e uma 
pequena quantidade de retorno sanguíneo ao coração. 
• Parede mais espessa: camada muscular mais 
desenvolvida – adventícia + média + endotélio 
• Doenças arteriais podem ser divididos em 2 
grandes grupos de deficiência de perfusão 
tecidual: insuficiência arterial aguda ou crônica – 
a diferença está na instalação da doença 
o Principais causas de insuficiência arterial 
aguda: trombose, embolia, trauma 
o Principal causa de insuficiência arterial 
crônica: aterosclerose 
ANGIOLOGIA | Victoria Ribeiro de Medeiros 
• Presença de válvulas que garantem o fluxo 
unidirecional de sangue – retorno ao coração 
• Doenças venosas podem ser dividas em 2 
grandes grupos: insuficiência venosa aguda ou 
crônica 
o Principal causa de insuficiência venosa 
aguda: trombose venosa 
o Principal manifestação da insuficiência 
venosa crônica: varizes 
 
• Insuficiência linfática = linfangite: inflamação 
dos vasos linfáticos 
o Aguda = Erisipela 
o Crônica = Linfedema (elefantíase) 
 
ANATOMIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO 
Ramos diretos da Aorta 
 
• Origem no coração 
• No mediastino: trajeto ascendente, transversal e 
descendente 
OBS: no trajeto ascendente/raiz da aorta, pode estar a 
origem dos vasos coronarianos 
Trajeto transversal: 
1º ramo: tronco braquiocefálico 
• A. carótida comum direita 
• A. subclávia direita 
o A. vertebral direita 
2º ramo: carótida comum esquerda 
3º ramo: subclávia esquerda 
• Vertebral esquerda 
Trajeto descendente – Aorta torácica: 
1ºs ramos: aa. intercostais – irrigação da caixa torácica 
Aorta abdominal – início no ligamento 
arqueado do diafragma 
1º ramo: tronco celíaco 
• A. gástrica esquerda – pequena curvatura do 
estômago 
• A. esplênica – baço 
• A. hepática comum 
2º ramo: a. mesentérica superior – intestino delgado + 
intestino grosso 
3º ramo: aa. Renais direita e esquerda 
4º ramo: a. mesentérica inferior – sigmoide e parte do 
colo descendente 
5º ramo: aa. Ilíacas comuns direita e esquerda 
• A. ilíaca interna 
• A. ilíaca externa 
o A. femoral comum – a partir do 
ligamento inguinal 
Artérias do pescoço 
 
ANGIOLOGIA | Victoria Ribeiro de Medeiros 
A carótida comum 
• A. carótida interna – irrigação do SNC 
o A. cerebral média – região parietal 
o A. cerebral anterior – lobos frontais, se 
anastomosam pela a. comunicante 
anterior 
• A. carótida externa – irrigação da face e pescoço 
 
A. subclávia 
1º ramo: a. vertebral – atravessa o forame transverso 
das vértebras cervicais 
• Aa. Vertebrais direita e esquerda anastomosam 
e formam a a. basilar 
o Aa. Cerebrais posteriores – comunicam-
se com as aa. Carótidas pelas aa. 
comunicante posteriores 
 
Polígono de Willis: rede anastomótica entre o sistema 
carotídeo e o sistema vertebrobasilar. Garante uma 
compensação circulatória em caso de oclusão na rede 
arterial do SNC. 
Artérias dos MMSS 
Subclávia passa pelo desfiladeiro neurovascular: 
posteriormente à clavícula e anteriormente à 1ª costela, 
a partir de onde passa a ser denominada a. Axilar 
1º ramo: a. umeral ou braquial – trajeto pelo sulco entre 
o bíceps e o tríceps 
• A. ulnar 
• A. radial 
• Rede anastomótica entre as aa. Radial e ulnar na 
mão = arco palmar superficial 
o Aa. Interdigitais 
 
Artérias da cavidade abdominal 
Tronco celíaco – aa. Viscerais abdominais 
1º ramo: a. gástrica esquerda 
2º ramo: a esplênica 
3º ramo: a. hepática comum 
• A. gastroduodenal – grande curvatura do 
estômago 
o A. gastromental direita 
o As. Pancreaticoduodenais superiores 
anterior e posterior 
• Aa. Hepáticas direita e esquerda – lobos direito 
e esquerdo do fígado 
ANGIOLOGIA | Victoria Ribeiro de Medeiros 
 
A. mesentérica superior 
1º ramo: a. cólica direita – cólon ascendente e metade 
do cólon transverso. 
2º ramo: aa. Pancreaticoduodenais inferiores anterior e 
posterior. 
 
A. mesentérica inferior – pelve e porção final do intestino 
1º ramo: a. cólica esquerda – outra metade do cólon 
transverso e cólon descendente. 
 
Por meio das aa. Cólicas, há uma rede de comunicação 
entre as aa. Mesentéricas superior e inferior, conhecida 
como arcada de Riolan. 
Por meio das aa. pancreaticoduodenais superiores e 
inferiores, há uma rede de comunicação entre o tronco 
celíaco a a. mesentérica superior, conhecida como rede 
de Rio Branco. 
Aa. Renais – a. renal direita é mais baixa que a esquerda 
devido ao fígado. 
Artérias dos MMII 
Bifurcação da Aorta: aa. Ilíacas comuns – ocorre a nível 
de L4, cicatriz umbilical 
Ilíaca interna. 
Ilíaca externa → A. femoral comum 
1º ramo: a. femoral (superficial) → A. poplítea – 
continuação da a. femoral, logo abaixo da articulação do 
joelho 
• A. tibial anterior → pulso pedioso entre o 1º e 
2º metatarso! 
• Tronco tireo peroneiro 
o A. fibular 
o A. tibial posterior → pulso tibial 
posterior posteriormente ao maléolo 
medial 
 
Por meio do arco plantar superficial, há anastomose 
entre as aa. Tibiais anterior e posterior. 
2º ramo: a. femoral profunda. 
 
ANGIOLOGIA | Victoria Ribeiro de Medeiros 
 Para cada artéria, há duas veias 
Relação entre os sistemas venosos superficial e profundo 
 
As veias superficiais drenam para as veias profundas por 
meio das veias perfurantes. Os mecanismos que 
garantem a manutenção do fluxo no sentido cranial são: 
(1) a contração muscular das pernas, que gera pressão 
positiva e (2) as válvulas venosas, que impedem o 
retorno venoso. Quando há incompetência dessas 
válvulas, ocorre a formação de varizes. 
Veias dos MMII 
Veias plantares → v. tibial anterior + v. tibial posterior + 
v. fibular → v. poplítea (é feita por 6 veias principais, 
devido à proporção 2 veias : 1 artéria) → v. femoral 
(continuação do trajeto ascendente da v. poplítea) + v. 
femoralprofunda → v. femoral comum + v. safena 
interna → v. ilíaca externa + v. ilíaca interna → v. ilíaca 
comum direita + esquerda → v. cava inferior 
 
Cerca de 80% do retorno venoso é feito pelas veias 
profundas. Didaticamente, o sistema venoso de MMII 
em 2 grupos: superficial e profundo. As veias mais 
importantes do compartimento superficial são as vv. 
Safenas interna (magna) e externa (parva), que drenam 
de 10 a 15% do sangue dos MMII. A safena interna tem 
trajeto anterior ao maléolo medial, contrapondo-se à a. 
tibial posterior. A safena interna desemboca na v. 
femoral comum, enquanto a externa, na v. poplítea. 
 
Veias do abdome 
vv. ilíacas externas + vv. Ilíacas internas ou hipogástricas 
→ formação da v. cava inferior* → vv. Renais + vv. 
Gonadais direita e esquerda** → vv. Supra-hepáticas → 
átrio direito 
 
*a veia ilíaca comum esquerda tem seu trajeto posterior 
à a. ilíaca comum direita. É possível que a artéria 
comprima essa veia (mais comum em mulheres), e esse 
trauma contínuo da pulsação arterial sobre a veia pode 
causar edema e trombose nos MMII – Sd. de May-
Thurner ou Sd. de Cockett. 
**podem sofrer dilatação (principalmente a esquerda) e 
as válvulas não conseguem conter o refluxo sanguíneo – 
causa varicocele nos homens, e varizes pélvicas nas 
mulheres. 
Veias dos MMSS 
Arco palmar venoso superficial → v. radial +v. ulnar + v. 
basílica → v. braquial + v. cefálica → v. subclávia + v. 
jugular → tronco braquiocefálico direito + esquerdo → v. 
cava superior → átrio direito 
ANGIOLOGIA | Victoria Ribeiro de Medeiros 
*a v. cefálica acompanha o trajeto da veia radial e 
desemboca diretamente na v. subclávia. 
OBS: ao contrário dos MMII, o maior aporte sanguíneo 
dos MMSS é drenado pelo sistema venoso superficial. 
 
Divisões do sistema venoso 
• Pulmonar – veias avalvuladas → retorno venoso 
dos pulmões com sangue oxigenado para o átrio 
esquerdo 
o Quanto mais distal ao coração, maior no 
número de válvulas nas veias 
• Sistema portal – v. esplênica + v. mesentérica 
superior → v. porta → sinusoides capilares → vv. 
supra-hepáticas = drenagem do sangue do 
intestino grosso e grande parte do intestino 
delgado 
• Veias sistêmicas – veias cavas inferior e superior

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