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Gabriela Brito | odontologia ufPE Semiologia e Exame Clínico divisão da semiologia ………………………………………………… ………….……………… Semiotécnica: técnica da pesquisa dos sinais e sintomas por meio da exploração (coleta de dados básicos) Propedêutica: agrupamento dos dados recolhidos pela semiotécnica, servem para explicar o diagnóstico e presumir o prognóstico classificação dos sintomas …………………………………… …………… ………….……………… > Comum: comum a várias doenças >Patognomônico: característico de uma doença, apenas ele já pode fechar o diagnóstico clínico (pode ter sinais também) > Anatômico: modificação do normal anatômico Ex: inchaço e dificuldade de movimentar a língua > Sintoma/ Sinal prodrômico: ocorre antes da eclosão clínica de uma determinada doença. Ex: dormência na região antes de eclodir as lesões clínicas diagnóstico …………………………………… …………… ………….……………… Atividade unitemporal realizada em determinado instante do processo clínico e representa o nome ou a identificação do processo mórbido presente → as doenças evoluem ou involuem, o diagnóstico pode mudar de acordo com o tempo. Pode ser: >Direto- normalmente é dado quando há um sinal/ sintoma patognomônico >Presuntivo- hipótese diagnóstica, onde são necessários exames complementares para chegar no diagnóstico definitivo >Diferencial- quando são comparadas lesões que tenham as mesmas características clínicas prognóstico …………………………………… …………… ………….……………… É multitemporal, deve ser pensado, com base nos dados obtidos, qual seria a evolução do caso ao longo do tempo. Segundo Genovese é o estudo da marcha, duração e término da doença → antecipação teórica do desenrolar e do fim de um estado mórbido. > Tipos: ótimo, bom, regular; ruim, péssimo, sombrio* (associados a sequela e risco de morte). *Lesões malignas O prognóstico depende do tipo da doença, do dano funcional e da efetividade da terapêutica. tipos de terapêutica …………………………………… …………… ………….……………… > Efetiva: quando se consegue tratar a causa da doença. Ex: antibioticoterapia (quando você sabe o agente causal e retira); > Sintomática: quando se trata os sintomas da doença. Ex: uso de corticóides (quando você não sabe, ou sabe e não pode retirar, então você trata os sintomas) > De suporte: precisa instituir uma terapêutica mas o paciente não tem condições de recebê-la, então você faz a de suporte para que ele possa receber a efetiva. Ex: Paciente com câncer em tratamento com quimioterapia desenvolve uma infecção, tratamos a infecção para retomar a quimio. proservação …………………………………… …………… ………….……………… É o acompanhamento clínico e eventualmente laboratorial, periódico do paciente ao longo do tempo. O resultado final da proservação poderá ser a cura completa da doença, com ou sem sequelas. Poderá determinar o controle clínico do doente ou a permanência do mesmo sob terapia de manutenção. etapas da metodologia clínica …………………………………… …………… ………….……………… ESTOMATOLOGIA| SEMIOLOGIA E EXAME CLÍNICO Gabriela Brito | odontologia ufPE exame clínico …………………………………… …………… ………….……………… > anamnese: ampla* ou direcionada Itens da anamnese: identificação do paciente, queixa principal, história da doença atual, história médica e odontológica, revisão dos sistemas > Exame físico (exame clínico): extra oral e intra oral Itens do exame físico: sinais vitais (pulso, PA, respiração, temperatura); pele da face; glândulas salivares maiores, linfonodos, tecidos moles da boca, dentes, exame periodontal, ATM. !!OBS: Métodos de interrogar→ questionário completo (a vantagem é a riqueza de informações e a desvantagem é seu caráter longo) e questionário orientado que fornece apenas as informações necessárias para aquele momento ( A vantagem é ser mais rápido e a desvantagem é a limitação de dados) Manobras Semiotécnicas: inspeção, palpação, percussão, olfação e auscultação. A cavidade bucal está dividida nas seguintes áreas: lábios, 2/3 anteriores da língua, dorso, ventre e bordas laterais, mucosa jugal, assoalho da boca, gengiva inferior, gengiva superior, área retromolar, palato duro. No exame extra oral é muito importante a palpação das cadeias ganglionares do pescoço, os linfonodos normalmente são do tamanho de uma ervilha, móveis e indolores. O linfonodo jugulodigástrico é considerado sentinela, ou seja, quando tem doença maligna na cavidade oral, muitas vezes a metástase loco-regional acontece (primeiro a dar sinais) No exame intra oral deve ser feito o exame dos lábios, mucosa jugal, língua (ventre, dorso, bordas laterais), palato, gengiva, assoalho de boca. Nos lábios: deve-se encontrar uma superfície rósea e brilhante, lubrificada pela saliva e em direção ao vermelhão do lábio superfície mais firme e avermelhada. Deve-se observar a simetria, modificação de coloração, áreas de atrofia, ceratoses. Deve se preocupar com ulcerações= suspeita de malignidade; fissuras= queilite angular; vesículas e bolhas= herpes simples e mucocele; alterações de pigmentação= síndrome de Peutz Jeghres; tumefações= angioedema. Mucosa jugal: Deve-se encontrar mucosa de coloração rósea, superfície lisa e brilhante, lubrificada pela saliva, Pode-se encontrar: Grânulos de Fordyce (glândulas sebáceas ectópicas), leucoedema, linha alba, papila do ducto excretor da glândula parótida (altura dos segundos molares superiores). Deve se preocupar com: leucoplasia (placa branca que não se destaca) e líquen plano (branco em forma de estrias). →Grânulos de Fordyce Leucoplasia em Mucosa Jugal → Gengiva: deve-se encontrar: a gengiva inserida (aspecto casca de laranja), gengiva marginal, papila gengival. Pode-se encontrar: - gengivite (gengiva marginal vermelha e edemaciada); - hiperplasia gengival (drogas - fenitoína e bloqueadores de cálcio, puberdade, gestação, discrasias sanguíneas e leucemia); ESTOMATOLOGIA| SEMIOLOGIA E EXAME CLÍNICO Gabriela Brito | odontologia ufPE - periodontite (gengivite associada com perda óssea e mobilidade dentária); - Gengivite Ulcerativa Necrosante (inversão papilar, pseudomembrana e odor fétido). → Leucoplasia em gengiva Nódulo em rebordo alveolar → →Nódulo em face lingual de rebordo alveolar Palato duro: deve-se observar a mucosa revestindo osso, com superfície lisa e brilhante, de coloração rosa pálido e impressões palatinas. Pode-se encontrar torus palatino, estomatite nicotínica, candidíase eritematosa. Deve se preocupar com hiperplasia papilar, fibroses, hiperplasia fibrosa, ulcerações, leucoplasias, eritroplasias. → Estomatite nicotínica Candidíase eritematosa→ Palato mole: não se deve palpar e deve-se observar a simetria quando o paciente diz “eeee”. Deve-se observar lesões brancas persistentes e lesões vermelhas. São indicadas para biópsia lesões que duram mais de duas semanas com história de tabagismo. Língua: preparação do exame - use gaze no ápice da língua e puxe-a para fora da boca gentilmente virando-a para a direita e para a esquerda, finalmente apalpe a superfície lingual à procura de massas ou nódulos. Deve-se examinar o dorso da língua, o ventre da língua e as bordas laterais direita e esquerda. Pode-se observar fissuras dorsais (língua escrotal), glossite migratória benigna (língua geográfica), glossite romboidal mediana, varicosidades, margens laterais com edentações. Deve se preocupar com macroglossia, microglossia, carcinoma lingual, leucoplasia pilosa, leucoplasia, paralisia do 12º par de nervo craniano (nervo hipoglosso). !! OBS: As doenças do 12º nervo craniano (nervo hipoglosso) causam fraqueza ou desuso (atrofia) da língua, no lado afetado. Este nervo move a língua. Distúrbios do nervo hipoglosso podem ser causados por tumores, acidentes vasculares cerebrais, infecções, lesões ou esclerose lateral amiotrófica. → leucoplasia pilosa Assoalho da boca: devemos observar a mucosa de coloração rósea lubrificadapela saliva, com área de transparência de vasos sanguíneos. Pode-se encontrar varicosidades. Deve se preocupar com ulcerações profundas e de bordos elevados, edemas e tumefações, obstrução dos ductos excretores de glândulas salivares (submandibular e submentoniana) e menores. ESTOMATOLOGIA| SEMIOLOGIA E EXAME CLÍNICO Gabriela Brito | odontologia ufPE → Extensa lesão leucoplásica em assoalho lesões fundamentais …………………………………… …………… ………….……………… > Mácula- área localizada com alteração de cor, que não se encontra elevada nem deprimida em relação aos tecidos circunjacentes. > Pápula- lesão sólida, elevada, com menos de 5mm de diâmetro > Nódulo- lesão sólida, elevada, com mais de 5mm de diâmetro > Úlcera- lesão caracterizada pela perda da superfície do epitélio e frequentemente de parte do tecido conjuntivo adjacente. Na maioria das vezes apresenta-se deprimida ou escavada. > Erosão- lesão superficial, originando-se, muitas vezes, secundariamente à ruptura de uma vesícula ou de uma bolha, sendo caracterizada pela perda parcial ou total da superfície epitelial. > Crescimento séssil: descreve um crescimento ou um tumor em que a base é a porção mais larga da lesão. > Crescimento pedunculado: descreve um crescimento ou tumor no qual a base é mais estreita que o restante da lesão > Crescimento papilar: descreve um crescimento ou tumor exibindo numerosas projeções na superfície ESTOMATOLOGIA| SEMIOLOGIA E EXAME CLÍNICO Gabriela Brito | odontologia ufPE > Crescimento verrucoso: descreve um crescimento ou um tumor apresentando uma superfície áspera, verrucóide. > Vesícula: bolha superficial, com 5 mm ou menos de diâmetro, preenchida frequentemente com líquido claro. > Bolha: vesícula grande com mais de 5mm de diâmetro, quando preenchida por exsudato purulento chama-se pústula. > Fissura: ulceração estreita, semelhante a uma fenda ou sulco → > Cisto: cavidade patológica revestida por epitélio, preenchida, muitas vezes por conteúdo líquido ou semissólido. Unilocular - descreve uma lesão radiotransparente com um único compartimento. Multilocular - descreve uma lesão radiotransparente com diversos compartimentos. > Petéquia: área de hemorragia puntiforme e circular, quando é mais larga que uma petéquia chama-se equimose. > Placa: lesão ligeiramente elevada e com superfície plana ESTOMATOLOGIA| SEMIOLOGIA E EXAME CLÍNICO
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