Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Continuação... AVALIAÇÃO DO SOPRO - Quando o paciente apresenta um sopro mas o medico esta em duvida se o sopro vem do lado direito ou esquerdo, pede-se o paciente para inspirar profundamente pois isso irá diminuir a pressão intratorácica e aumentar o retorno venoso para as câmeras cardíacas direitas do coração. Esse retorno venoso trás uma sobrecarga volumétrica, então se a pessoa tiver um sopro de origem direita do coração irá ter um aumento da intensidade no ruído nesse lado. Se o sopro for de origem cardíaca esquerda, a intensidade do ruído irá se manter. É feita uma manobra. SITUAÇÃO NO CICLO CARDIACO - Quando fazemos uma ausculta, a primeira coisa que temos que identificar é se o sopro esta na sístole ou na diástole. - O sopro pode ser: Sistólicos: entre B1 e B2. Depois de B1 Diastólicos: entre B2 e B1. Depois de B2 Sistodiastólicos Continuos - O pulso carotídeo e o ictus cordis coincidem com B1 (sístole). Então, é importante fazer a palpação Sopro coincidindo com o pulso: sopro sistólico, em B1 Sopro não coincide com pulso: sopro diastólico, em B2 SOPRO SISTÓLICO DE EJEÇÃO - O sopro vai acontecer durante a sístole, a ejeção ventricular, quando o ventrículo esta se esvaziando. - O problema esta na abertura das valvas semilunares. Problema: Vai ter dificuldade/resistência na saída do sangue do ventrículo para a artéria que esta a diante devido a um estreitamento da valva semilunar: estenose de valva aórtica ou pulmonar. - intensidade de característica “crescendo-decrescendo”. O sopro é semelhante a um losango: Temos B1 (fechamento das valvas atrioventriculares) e abertura das valvas semilunares para a sístole ventricular. Porem, o sopro vai acontecer um pouco depois de B1, vai ter um intervalo de tempo porque quando a valva estenosada começa a se abrir ela não se abre de forma escancarada, ela se abre aos poucos e com dificuldade. A medida que ela vai se abrindo o fluxo sanguíneo vai passando por ela gradativamente, ele vai ficando maior, então vamos ter um sopro inicialmente crescente ate chegar em seu ponto máximo. Quando chega no ponto máximo o volume de sangue intraventricular esta menor, então o sopro começa a decrescer. Portanto a medida que a valva estenosada vai se abrindo e o sangue começa a passa, vai haver um soprinho e a medida que ela vai se abrindo mais e mais sangue vai passando, o sopro vai aumentar ate chegar em seu ponto máximo pois já houve um grande debito sistólico, então o sopro vai reduzindo sua intensidade - Quanto mais grave o estreitamento da estenose for, mais prolongado será a fase do sopro - O sopro acontece um pouco depois de B1, entre B1 e B2, na sístole ventricular. SOPRO SISTOLICO DE REGURGITAÇÃO - Regurgitação de sangue dos ventrículos para os átrios - Aparece com a primeira bulha: O sopro vai ter inicio imediato em B1 e ocupar toda a sístole ventricular (sopro holosistolico), entre B1 e B2. - Intensidade mantida - Termina imediatamente antes da B2 ou pode recobri-la. - O problema vai estar no fechamento das valvas atrioventriculares. Problema: Na hora que o ventrículo estiver se contraindo para ejetar o sangue para a artéria a diante, o sangue irá regurgitar/voltar para o átrio pois a valva atrioventricular esta com problema no seu fechamento adequado: insuficiências de valva mitral ou tricúspide Isabela Machado Portanto, sopro sistólico esta entre B1 e B2. Vamos ausculta-los ao mesmo tempo com o pulso carotídeo - Sopro sistólico de ejeção: estenose de valva aórtica ou pulmonar. Em geral ele começa um pouco depois da B1, tem aspecto crescente e decrescente e pode ter seu prolongamento de acordo com a intensidade da estenose. - Sopro sistólico de regurgitação: insuficiência mitral ou tricúspide. Vamos auscultar-lo desde o início da sístole e se estendendo com intensidade mantida ate o final da sístole SOPRO DIASTOLICOS - Diástole é o enchimento de ventrículo. Sopros diastólicos acontecem no grande silencio - Vai desde a B2 ate B1. Nesse meio tempo teremos o sopro diastólico - pode acontecer no inicio da diástole, no meio da diástole ou no final da diástole - Ele pode ser: Protodiastólicos Mesodiastólicos Telediastólicos ou préssistólicos - Os sopros diastólicos acontecem na diástole e nesse momento o átrio vai estar em sístole, ou seja, se tiver alguma alteração de valva atriovetricular que esteja trazendo uma dificuldade nesse esvaziamento do átrio pro ventrículo, estamos falando de uma: estenose da valva mitral ou tricúspide - As estenoses atrioventriculares representam uma importante causa de sopro diastólico, principalmente a estenose mitral que é a mais comum - Outra condição que pode esta relacionada ao momento em que o ventrículo esta em diástole e o átrio em sistole é quando as válvulas semilunares estão fechadas mas não da maneira adequada, permitindo então durante o enchimento ventricular um refluxo de sangue, uma regurgitação da artéria aorta ou pulmonar pra dentro do ventrículo: insuficiência de valva aórtica ou pulmonar Repetindo explicando separadamente agora: SOPROS DIASTOLCOS DE ESTENOSES ATRIOVENTRICUARES - O ruído do sopro é associado ao bater de asas de um passarinho chamado: ruflar diastólico. - Surge em um intervalo de tempo após a segunda bulha B2. - Sopros de baixa frequência e tonalidade grave ( “Ruflar”) - Reforço pré-sistólico (contração atrial) - Se é um sopro de estenose atrioventricular, significa que esta ocorrendo dificuldade no esvaziamento do átrio pro ventrículo, a valva atrioventricular esta se abrindo com dificuldade, é um processo gradativo, ela esta estreitada então mais uma vez começamos a escutar o ruído um pouco depois da B2. - O ruindo se inicia com Intensidade máxima e vai gradativamente diminuindo e depois aumenta a intensidade novamente. Isso acontece pois a primeira fase da diástole é o enchimento ventricular rápido, o átrio esta com muito sangue e muita pressão, então o sangue passa pela valva estreitada com muita pressão para um ventrículo com baixa pressão. De acordo com a passagem do sangue, a intensidade do sopro vai reduzindo pois o átrio vai perdendo seu volume e pressão e então o sangue começa a ter maior dificuldade pra sair já que o átrio não é uma câmara de pressão. A ultima fase do enchimento ventricular (diástole) é a contração atrial (B4) pra conseguir terminar o enchimento final ventricular. É um reforço pré-sistólico (contração atrial) - Então vou auscultar B2 e após um intervalo vou auscultar um sopro alto que vai diminuindo e no final aumenta de novo SOPRO DIASTOLICO DE INSUFICENCIA AORTICA OU PULMONAR - Sabemos que sopro de insuficiência começa junto com a bulha - Então o sopro que começa imediatamente após a segunda bulha é um sopro diastólico de insuficiência aórtica ou pulmonar. - Ele mostra uma regurgitação da aorta ou da pulmonar para o ventrículo no momento da diástole ventricular. As válvulas semilunares estão com problema de fechamento - Ele pode ocupar só o inicio da diástole ou todo o período diastólico - Ele é sopro de alta frequência - É um sopro decrescente - Tem caráter aspirativo, tum ta fumm Isabela Machado LOCALIZAÇÃO DO SOPRO - A localização do sopro se dá pelo foco em que é mais audível - Não tem valor absoluto devido a irradiação - A depender da intensidade do sopro ele se irradia para outro focos, mas a localização será atribuída ao foco que o sopro for mais audível IRRADIACAO - A partir do foco de ausculta vamos movendo a membrana do esteto em varias direções - A irradiação esta ligada a intensidade dele, ela determina a irradiação - Ela vai ir pra regiões de acordo com a direção da corrente sanguínea Sopro no foco aórtico/ estenose aórtica: levar o estetoscópio pra região cervical pra ver ate onde ele se irradia. Sopro no foco mitral/ insuficiência mitral: levar o estetoscópio pra ver se irradia para axila INTENSIDADE - Caracteriza-sea intensidade pelo sistema de cruzes do porto: 4 cruzes 1 cruz: sopros débeis, audíveis apenas quando se ausculta com atenção e em ambientes silenciosos 2 cruzes: intensidade moderada 3 cruzes: intenso. Pode ter frêmito 4 cruzes: sopros muito intensos, audíveis mesmo quando se afasta o estetoscópio da parede torácica. Pode ter frêmito TIMBRE E TONALIDADE - “Qualidade do sopro”: relacionada diretamente a velocidade do fluxo sanguíneo, causando o turbilhonamento. O turbilhonamento vai ser o grande responsável pela qualidade do sopro - O sopro pode ser rude, metálico, piante, ruflar. Tudo isso depende da velocidade do fluxo e isso pode se apresentar nas diversas condições Ex: ruflar: sopro de estenose atrioventricular MODIFICAÇÃO DO SOPRO COM A FASE DA RESPIRAÇÃO - Oque mais se faz na pratica clinica é a avaliação com as fases da respiração. - Na inspiração profunda temos o aumento do retorno venoso, maior volume chegando no ventrículo direto, maior fluxo de sangue pro átrio durante a sístole. - A principal situação em que se faz a manobra de rivero é pra fazer a identificação se o sopro é de insuficiência mitral ou tricúspide. Se for insuficiência tricúspide o sopro ira se intensificar, se for insuficiência mitral o sopro vai se manter MANOBRA DE RIVERO-CARVALLO 1) Paciente em decúbito dorsal 2) Estetoscópio no foco tricúspide 3) Inspiração profunda - Se não houver alteração na intensidade do sopro => Manobra Negativa - (Sopro de valva mitral) - Se houver intensificação do sopro => Manobra positiva - (sopro de valva tricúspide) Isabela Machado Isabela Machado SOPRO INOCENTE - Acontece em criança e adolescente - Não tem associação com nenhuma alteração valvar Diagnostico diferencial: outras condições que podem trazer Isabela Machado
Compartilhar