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Asma O que é? Doença inflamatória crônica → hiperatividade dos brônquios → obstrução reversível! Como é feito o diagnóstico? sintomas respiratórios + limitação variável do fluxo expiratório (≥ 6 anos). Clínica ● Dispneia ● Tosse ● Sibilância Anamnese: ● Bem feita ● Auxilia na avaliação da gravidade ● Questionar sobre crise atual e história pregressa da doença ● Lembrar: ○ Duração e intensidade dos sintomas ○ Fatores desencadeantes ou precipitantes da crise ○ Uso prévio de medicação de resgate ○ Medicações de uso crônico Exame físico: ● Avaliação do estado geral ● Nível de consciência ● Sinais vitais ● Avaliação torácica Primeiro a criança começa com uma taquipneia/taquicardia e depois evolui para bradipneia/bradicardia! Outros exames: ● Saturação de O2 → <92% maior gravidade; ● Volume expirado forçado (VEF1); ○ >80% ● Pico de fluxo expiratório (PFE); ○ É um teste que mede a rapidez com que a pessoa consegue expirar Talles Alberto Bispo da Silva — Medicina UFAL (Arapiraca) Diagnóstico funcional ● Espirometria; ● ≥ 6 anos; ● Diagnosticar, monitorizar controle, gravidade e resposta à terapia; ● CVF (capacidade vital forçada): diminuída, mas menos que a VEF1; ● VEF1 (volume expiratório forçado no 1º segundo): mais sensível que CVF, reduzida no asmático e aumenta após broncodilatador; ● Limitação do fluxo expiratório: ○ Índice de Tiffeneau (VEF1/CVF) <0,9 em crianças → sugestivo de doença obstrutiva; ● Variabilidade excessiva da função pulmonar: ○ Prova broncodilatadora positiva → aumento de 12% ou mais do previsto → VEF1 após 10-15 min do SABA. Avaliação do controle da asma São avaliados 2 aspectos a cada 3 meses! 1. Controle dos sintomas; 2. Risco de eventos adversos no futuro. Regra dos 4 → 4 critérios em 4 semanas: 1. Presença de sintomas diurnos; 2. Presença de despertares noturnos por sintomas; 3. Necessidade de medicação de resgate; 4. Limitação de atividades por sintomas. Talles Alberto Bispo da Silva — Medicina UFAL (Arapiraca) Asma: - Controlada → 0 itens; - Parcialmente controlada → 1 ou 2 itens; - Não controlada → 3 ou 4 itens. Asma grave ≠ de asma controlada! Fatores que influenciam o controle: 1. Diagnóstico incorreto; 2. Falta de adesão ao tratamento; 3. Uso de drogas que podem diminuir a resposta; 4. Exposição domiciliar; 5. Exposição ao tabagismo. Tratamento de manutenção A cada 3 meses → reavaliar paciente. Observar: aderência, técnica, controle ambiental e se o diagnóstico está correto. Talles Alberto Bispo da Silva — Medicina UFAL (Arapiraca) Objetivos: 1. Alcançar e manter o controle da doença; 2. Evitar riscos futuros. Etapas: 1. Farmacológico; 2. Educação do paciente; 3. Plano de ação por escrito; 4. Treinamento para uso do dispositivo inalatório; 5. Revisão da técnica inalatória a cada visita ao consultório. Talles Alberto Bispo da Silva — Medicina UFAL (Arapiraca) Crianças de 6 a 11 anos Crianças <6 anos ● Não utilizar LABA Gravidades da asma: - Leve: controlada no step 1 ou 2; - Moderada: controlada no step 3 ou 4 → dose baixa ou média de CI + LABA; - Grave: controlada no step 5 ou refratária ao tratamento → dose alta de CI + LABA. Exacerbação da asma É um episódio caracterizado por um aumento progressivo nos sinais e sintomas: tosse, sibilos, sensação de aperto no peito e dispneia, com risco de causar insuficiência respiratória. ● Inflamação aguda → intensificação dos sintomas ● Paciente pode desenvolver insuficiência respiratória ou morrer caso o manejo seja incorreto. Gatilhos - Infecções virais; - Alérgenos; - Poluição; - Mudanças climáticas; - Baixa aderência ao tratamento de manutenção. Talles Alberto Bispo da Silva — Medicina UFAL (Arapiraca) Auto-manejo ● Iniciar medicação de resgate em casa! ● Ajuda médica se não houver melhora Manejo da asma aguda - Serviço de emergência 1. Classificar a gravidade do doente; 2. Considerar oxigenioterapia dependendo da gravidade; 3. b2-agonista de curta ação; 4. Brometo de ipratrópio; 5. Corticoide sistêmico; 6. Sulfato de magnésio. B2-agonista de curta ação (SABA) Salbutamol (aerolin) ● É seletivo; ● Tratamento e prevenção do broncoespasmo; ● Apresentação: ○ Spray (Aerolin spray 100 μg/dose) → usar com espaçador; ○ Gotas para nebulização → 5 mg/ml (20 gotas); ○ Flaconetes (Aerolin nebules) → 2,5 mg/flaconete. ● Dose: ○ 100-200 μg por vez (1-2 jatos), podendo repetir a cada 20 min por 3x; ○ 1 flaconete (2,5 mg), podendo repetir a cada 20 min por 3x; ○ 1 gota/3kg (max 10 gotas) diluído em 3 ml de SF 0,9%, podendo repetir a cada 20 min por 3x. Brometo de ipratrópio (Atrovent) Em crise asmática grave, o uso do ipratrópio está associado a redução da necessidade de hospitalização e melhora do PEF e FEV1. Por isso, deve ser indicado para o uso concomitante com o SABA na abordagem inicial do tratamento. Porém, seu uso não está indicado por tempo mais prolongado que o internamento. ● Apresentação: Talles Alberto Bispo da Silva — Medicina UFAL (Arapiraca) ○ Gotas para nebulização → cada 1ml (20 gotas) = 0,25 mg → deve ser diluído em SF 0,9% até o volume final ser de 3-4 ml. ● Spray: ○ 1 puff = 20 µg de brometo de ipratrópio; ● Dose recomendada: ○ Crianças de 6-12 anos: 20 gotas ou 4 puffs; ○ Crianças <6 anos: 8-20 gotas ou 2-4 puffs. Corticoide Corticoide oral ● Prednisona 40-60 mg em adultos e 1-2 mg/kg até 40mg/dia em crianças; Corticoide venoso ● Metilprednisolona 60-125 mg/dose, EV ou; ● Hidrocortisona 100-500 mg/dose, EV. Corticoide inalatório ● O uso de corticoide inalatório em altas doses na primeira hora reduz necessidade de hospitalização naqueles que não estão usando o corticoide sistêmico. ● O uso concomitante ao corticoide sistêmico tem evidência conflitante (nível de evidência B). Sulfato de magnésio ● Indicado para depois dos 3 ciclos (1h de tentativa); ● Não é primeira escolha; ● Só faz uma tentativa. ● Está indicado em exacerbações mais graves, devendo ser utilizado quando não ocorre resposta ao tratamento inicial com B2-agonista e corticoide. ● A resposta terapêutica ocorre em 1-2 horas. ● Sulfato de magnésio 2g, EV, infundir em 20 minutos (20 ml de MgSO4 10% + 200 ml de SF 0,9% em BIC) 45-50 mg/kg/dose → max de 2g. ○ MgSO4 10% → cada 10 ml tem 1g (cada ml tem 100 mg); ○ MgSO4 50% → cada 10 ml tem 5g (cada ml tem 500 mg). Modo de uso do inalador Reavaliação após 30-60 minutos 1. Reclassificação da gravidade do paciente 2. Saturação de oxigênio a. <92% → internamento hospitalar Talles Alberto Bispo da Silva — Medicina UFAL (Arapiraca) Classificação da exacerbação Crianças de 6 a 11 anos: Leve à moderada: Salbutamol 4-10 puff de 20/20 min por 1h; Prednisolona 1-2 mg/kg (máx 40 mg); Brometo de ipratrópio se necessário (S/N); O2 suplementar S/N, meta de: ○ SatO2 de 94-98% para crianças; ○ SatO2 de 93-95% para adolescentes. Grave: Salbutamol 4-10 puff de 20/20 min por 1h; Corticoide sistêmico (VO ou EV); Brometo de ipratrópio obrigatoriamente; Considerar sulfato de magnésio (50 mg/kg → infundir em 30 min). Risco de vida: Talles Alberto Bispo da Silva — Medicina UFAL (Arapiraca) Paciente deve ser tratado em UTI; SatO2 <94% → oxigenioterapia; Salbutamol 4-10 puff de 20/20 min por 1h; Brometo de ipratrópio obrigatoriamente; Sulfato de magnésio em casos refratários; Corticoide sistêmico; Broncodilatadores EV (terbutalina ou salbutamol). Crianças <6 anos: Leve à moderada: Salbutamol 2-6 puff de 20/20 min por 1h; Não preconizado corticoide na 1ª hora; Brometo de ipratrópio pode ser considerado; SatO2 alvo → 94-98%. Grave: Salbutamol 2-6 puff de 20/20 min por 1h; Corticoide sistêmico; Brometo de ipratrópio pode ser considerado; SatO2 alvo → 94-98%; Sulfato de magnésio não está bem estabelecido para essa faixa etária. Talles Alberto Bispo da Silva — Medicina UFAL (Arapiraca) Tratamento entre as crises Talles Alberto Bispo da Silva — Medicina UFAL (Arapiraca) Talles Alberto Bispo da Silva — Medicina UFAL (Arapiraca) Talles Alberto Bispo da Silva — Medicina UFAL (Arapiraca)
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