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(teoria bioquímica da depressao) Algumas hipóteses que explicam as alterações de humor na depressão: • hipótese monoaminérgica: a depressão seria resultado da baixa de neurotransmissores do tipo monoaminas (mais especificamente, a noradrenalina e a serotonina). Baseado nessas hipóteses, o medicamento deve aumentar as sinapses noradrenérgicas ou serotoninérgicas (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017). • hipótese diátese-estresse: diátese se refere à predisposição genética para depressão. Assim, os fatores estressantes da vida serviriam apenas como ativadores do desenvolvimento da depressão (CONNORS; PARADISO, 2017). Sabe-se que o eixo hipotálamo- pituitária-adrenal (HPA) é o principal circuito biológico envolvido na relação das bases genéticas com as influências ambientais. Figura 1 – Eixo HPA • Hipótese de Disfunção do Córtex Cingulado Anterior: a hiperativação dessa região provocaria depressão, pois é ativada quando o sujeito evoca memórias tristes e negativas, mas tem a atividade diminuída quando o tratamento medicamentoso é iniciado. (principais antidepressivos) • Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRSs): são os fármacos que inibem seletivamente a receptação da 5-HT (5-hidroxitriptamina) que provoca o aumento da serotonina na fenda sináptica. Algumas substâncias desse tipo são: fluoxetina, sertralina, citalopram, escitalopram, fluvoxamina e paroxetina. As medicações desse tipo são mais bem absorvidas pela via oral. O tratamento medicamentoso com esses fármacos aumenta a neurogênese e a proliferação de novos neurônios no hipocampo, impactando positivamente o eixo HPA (WHALEN; FINKEL; PANAVELLI, 2016). Esse tipo de fármaco é mais utilizado no tratamento da depressão leve e moderada. Os efeitos adversos mais comuns são cefaleia, sudorese, ansiedade, agitação, náuseas, diarreia, sensação de fraqueza e cansaço. Podem causar, ainda, disfunções sexuais, como perda de libido, ejaculação retardada e anorgasmia. • Inibidores da Recaptação de Serotonina e Norepinefrina (IRSNs): são os fármacos que inibem a recaptação de 5-HT e Norepinefrina (NE). Algumas dessas substâncias são: velafaxina, desvenlafaxina, duloxetina e milnaciprano. São mais úteis para depressão maior em pacientes ambulatoriais, pacientes hospitalizados com melancolia, pacientes resistentes aos fármacos do tipo ISRSs, pacientes deprimidos com comorbidades como dor crônica, dor muscular ou dor neuropática (BRUNTO; CHABNER; KNOLLMAN, 2016). Os efeitos adversos mais comuns são náuseas, disfunções sexuais, tonturas, insônia, sedação e constipação. Em doses mais elevadas pode ter efeitos adversos como aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. • Antidepressivos Tricíclicos (ADTs): são os fármacos que, em geral, são utilizados primeiro no tratamento clínico. Algumas substâncias são: imipramina, amitriptilina, clomipramina, doxepina, trimipramina, desipramira, nortriptilina e protriptilina. São mais bem absorvidos pela via oral e sua eliminação se dá pela urina (eliminando os metabólitos inativos). São fármacos que se distribuem amplamente no Sistema Nervoso Central (SNC) (WHALEN; FINKEL; PANAVELLI, 2016). São mais eficazes em depressão moderada, grave e transtorno de pânico. Em geral, leva duas semanas para que esses fármacos apresentem efeitos. Os efeitos adversos são visão turva, boca seca, retenção urinária, taquicardia, constipação, tonturas, sedação, aumento de peso, disfunção sexual e agravamento de quadros como epilepsia e arritmias, se o paciente tiver (BRUNTON; CHABENER; KNOLMAN, 2016; WHALEN; FINKEL; PANAVELLI, 2016; BRUM, 2018). Esse tipo de fármaco foi o primeiro a ser desenvolvido para o tratamento da depressão, em torno de 1950. • Inibidores de Monoaminoxidase (IMAOs): algumas substâncias são: fenelzina, tranilcipromina e a selegilina. São mais bem absorvidas pela via oral, são metabolizadas no fígado e eliminadas na urina. É mais eficaz em depressão grave. Os efeitos adversos são: hipotensão ortostática, crises de hipertensão, reações de hiperpirexia, impotência sexual, insônia, sedação, espasmos musculares, incontinência urinária, boca seca, ganho de peso, entre outros (SCHATZBERG; DeBATTISTA, 2017). (integracao com a psicoterapia) A junção do tratamento medicamentoso com o tratamento psicoterápico é chamada de tratamento combinado. Os fármacos melhoram a comunicação do paciente, auxiliando, então, na participação dele na psicoterapia. A psicoterapia, por sua vez, facilita que o paciente seja mais receptivo ao tratamento medicamentoso (KAMENOV et al., 2017). (referencias) Esse material foi produzido com base no livro texto da unidade 3 de psicofarmacologia da Cruzeiro do Sul Virtual em 2021/2. Figura 1 – Eixo HPA: https://www.researchgate.net/profile/Gei son- Izidio/publication/330670583/figure/fig4/ AS:719854273314817@1548638041344/F igura-1-Eixo-Hipotalamo-Hipofise-e- Adrenais-eixo-HPA-O-eixo-HPA-atua-na- regulacao-da.jpg. Acesso em 14 out. 2021. Figura 2 – Córtex Cingulado Anterior: retirada do livro texto. Veja também: Depressão https://www.researchgate.net/profile/Geison-Izidio/publication/330670583/figure/fig4/AS:719854273314817@1548638041344/Figura-1-Eixo-Hipotalamo-Hipofise-e-Adrenais-eixo-HPA-O-eixo-HPA-atua-na-regulacao-da.jpg https://www.researchgate.net/profile/Geison-Izidio/publication/330670583/figure/fig4/AS:719854273314817@1548638041344/Figura-1-Eixo-Hipotalamo-Hipofise-e-Adrenais-eixo-HPA-O-eixo-HPA-atua-na-regulacao-da.jpg https://www.researchgate.net/profile/Geison-Izidio/publication/330670583/figure/fig4/AS:719854273314817@1548638041344/Figura-1-Eixo-Hipotalamo-Hipofise-e-Adrenais-eixo-HPA-O-eixo-HPA-atua-na-regulacao-da.jpg https://www.researchgate.net/profile/Geison-Izidio/publication/330670583/figure/fig4/AS:719854273314817@1548638041344/Figura-1-Eixo-Hipotalamo-Hipofise-e-Adrenais-eixo-HPA-O-eixo-HPA-atua-na-regulacao-da.jpg https://www.researchgate.net/profile/Geison-Izidio/publication/330670583/figure/fig4/AS:719854273314817@1548638041344/Figura-1-Eixo-Hipotalamo-Hipofise-e-Adrenais-eixo-HPA-O-eixo-HPA-atua-na-regulacao-da.jpg https://www.researchgate.net/profile/Geison-Izidio/publication/330670583/figure/fig4/AS:719854273314817@1548638041344/Figura-1-Eixo-Hipotalamo-Hipofise-e-Adrenais-eixo-HPA-O-eixo-HPA-atua-na-regulacao-da.jpg https://www.researchgate.net/profile/Geison-Izidio/publication/330670583/figure/fig4/AS:719854273314817@1548638041344/Figura-1-Eixo-Hipotalamo-Hipofise-e-Adrenais-eixo-HPA-O-eixo-HPA-atua-na-regulacao-da.jpg
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