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TICS SOI IV - Litíase Urinária

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FAHESP/IESVAP
FACULDADE CIÊNCIAS HUMANAS, EXATAS E DA SAÚDE DO PIAUÍ.
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA
DISCIPLINA: TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - TICS 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA
ENZO PESSOA FARIAS
Como são formados os cálculos urinários?
O que podemos fazer para evitar a formação de cálculos urinários?
A Litíase Urinária é definida como a formação de cálculos nas vias renais, sendo a via superior à de maior prevalência atingida. Essa patologia afeta cerca de 5% a 10% dos americanos ao longo da vida, os homens (13%) são mais acometidos que as mulheres (7%). Nesse contexto, o processo de formação desses cálculos é mediado a partir de fatores como, supersaturação da urina, aumento dos níveis sanguíneos dos componentes dos cálculos (sais de cálcio, ácido úrico, fosfato de amônia e magnésio) e infecções urinaria. Diante disso, pode-se classificar os cálculos renais de acordo com a sua origem e composição, sendo eles, cálculos de cálcio, estruvita, ácido úrico e cistina. 
Os cálculos de cálcio correspondem cerca de 70%, sendo compostos principalmente de oxalato de cálcio ou oxalato de cálcio misturado com fosfato de cálcio, em que a hipercalcemia, hipercalciúria, hiperparatireoidismo, intoxicação por vitamina D e doença óssea difusa são fatores associados a formação desse tipo de cálculo. Já os cálculos de estruvita, correspondem a 15%, compostos por fosfato de amônio e magnésio, em que as infecções urinárias causadas por bactérias que decompõem ureia estão ligadas a origem desse tipo de pedra. Os cálculos de ácido úrico condizem 5% a 10%, e é formado na urina ácida com pH de cerca de 5,5, comum em pessoas com gota e que possuem dieta rica em purinas. E por fim, os cálculos de cistina são responsáveis por 1 a 2% e são causados por defeitos genéticos na reabsorção renal de aminoácidos, incluindo a cistina, ocasionando a cistinuria. 
Vale reforçar, que a manifestação clínica mais comum da litíase urinária, é a dor, embora exista a possibilidade do paciente ser assintomático. Para o diagnóstico é necessária uma anamnese, na qual o paciente relata cólica renal aguda, exame físico e exames complementares, como, o EAS que revela indícios de hematúria, infecção, cristais formadores de cálculos e pH urinário, radiografias simples, pielografia intravenosa (PIV) e ultrassonografia abdominal. O principal objetivo do tratamento é remover os cálculos, determinar sua composição e evitar recidivas. Dessa forma, as medidas terapêuticas dependem do tipo de cálculo e a prevenção é baseada na ingestão adequada de líquidos para evitar saturação da urina, medidas dietéticas (redução da ingestão de sódio, proteínas e aumento do consumo de potássio e fibras, ingestão balanceada de cálcio), erradicação das infecções urinárias, medidas para alterar o pH da urina e uso de diuréticos que reduzem a concentração do cálcio na urina. 
REFERÊNCIAS:
· PREMINGER, Glenn M.; CURHAN, Gary C. Evaluation of the adult patient with established nephrolithiasis and treatment if stone composition is unknown. Uptodate,2019.
· KUMAR, Vinay.; ABBAS, Abul K.; FAUSTO, Nelson.; ASTER, Jon C. Robbins e Cotran, bases patológicas das Doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
· GROSSMAN, Sheila. PORTH, Carol Mattson. Porth Fisiopatologia. 9 ed.  Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.

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