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Patologias Benignas das Mamas

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PROBLEMA 08 – “ANSIEDADE” – SAÚDE DA MULHER 
 ANATOMIA DA MAMA 
- Mamas – estruturas mais proeminentes na parede anterior do tórax feminino e masculino; 
- Mama Feminina – são mais desenvolvidas e se relacionam com a reprodução; 
- Mama Masculina – são rudimentares e não funcionais, sendo formadas por apenas alguns pequenos ductos; 
1. LOCALIZAÇÃO 
- Repousa na tela subcutânea da parede torácica anterior, com 2/3 da sua estrutura sobre o músculo peitoral maior e o restante em contato 
com o músculo serrátil anterior e a porção superior do músculo obliquo abdominal; 
- A mama apresenta tamanho médio de 10 a 12 cm de diâmetro e espessura central de 5 a 7 cm, assim as variações do tamanho e da forma 
determinam os limites anatômicos da base; 
- Limites anatômicos da base – (superior) 2ª ou 3ª costela, (inferior) sulco ou prega inframamária/6ª costela, (medial) borda lateral do externo, 
(lateral) linha axilar média; 
- Cauda se Spence / Processo Axilar da Mama – extensão do tecido mamário até a região axilar – pode aumentar durante o ciclo menstrual; 
2. COMPOSIÇÃO 
 
- Pele + tecido subcutâneo + tecido mamário/glandular; 
- Fáscias da mama: fáscia peitoral superficial (2 a 3 mm abaixo da derme, recobre a mama e é contínua com a fáscia abdominal de Camper) e 
fáscia profunda (anteriormente à fáscia do músculo peitoral maior, cobrindo os músculos peitoral maior [2/3] e serrátil anterior [1/3]); 
- Espaço retromamário – plano de tecido conectivo frouxo entre a mama e a fáscia peitoral, com pouca gordura, de modo a permitir que a 
mama tenha algum grau de movimento; 
- Ligamentos Suspensórios de Cooper – faixas fibrosas de tecido conectivo, que correm através do parênquima mamário e se inserem 
perpendicularmente na derme, ligando os dois folhetos fasciais e assim compondo a sustentação natural da mama, dos lobos e dos lóbulos; 
**retrações – contração dos ligamentos suspensórios – clinicamente associadas a tumores malignos** 
- Tecido subcutâneo – tecido fibroso de sustentação, formado por matriz adiposa, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos; 
**o tamanho do seio não lactente é determinado pela gordura ao redor do tecido glandular** 
a. TECIDO MAMÁRIO 
- Elementos epiteliais parenquimatosos (10 a 15% do volume mamário total) + estroma (95 a 90% do volume); 
- Parênquima mamário – sistema ductal + sistema lobular (15 a 20 lobos); 
- Lobos Mamários– unidade funcional da mama, que apresenta ducto secretor (abaixo da aréola) para estocamento do leite antes da sua 
ejeção – constituído por 20 a 40 lóbulos; 
- Lóbulos – constituído por 10 a 100 alvéolos/ácinos, ou seja, ramificações das glândulas túbulo-alveolares; 
- Os alvéolos aglutinam-se em forma de cachos e drenam para canalículos que confluem em ductos lactíferos; 
- Sistema Ductal – ducto coletor principal e vários pequenos dúctulos intralobulares e extralobulares; 
- Seio Galactóforo/Lactífero – dilatação formada pela convergência do ducto principal para a papila, que se abre para o mamilo por um orifício 
estreito – em número de 10 a 20; 
- Estroma - tecido adiposo + tecido conectivo + vasos sanguíneos + vasos linfáticos + nervos - preenche o espaço entre os lobos; 
3. DESENVOLVIMENTO DAS MAMAS 
a. ESTROGÊNIO 
- O estrogênio é o principal estimulador do desenvolvimento das mamas, pois promove o crescimento da parte glandular das mamas e o 
depósito de gorduras nessa; 
- Principais momentos de atuação – no ciclo sexual feminino mensal (produzido em menor quantidade pelos ovários) e na gravidez (em maior 
quantidade, devido os seus altos índices de produção pela placenta); 
- Os altos níveis de estrogênio durante a gravidez permitem o completo desenvolvimento do tecido glandular, preparando para a produção de 
leite; 
- Faz com que o sistema de ductos lactíferos das mamas cresça e se ramifique; 
- Aumenta a quantidade de estroma das mamas, sendo que grande quantidade de gordura deposita-se nesse; 
- Inibe a verdadeira secreção de leite; 
 
 
 
 
 
 Outros Hormônios 
- O hormônio do crescimento, a prolactina, os glicocorticóides adrenais e a insulina também são importantes para o crescimento do sistema de ductos, visto que 
atuam sobre o metabolismo das proteínas; 
b. PROGESTERONA 
**produzido pela placenta** 
- Responsável pelo desenvolvimento final das mamas em órgãos secretores; 
- Age sinergicamente com o estrogênio, após o desenvolvimento do sistema de ductos, causando o crescimento adicional e a formação dos 
lóbulos mamários, a partir da multiplicação dos alvéolos; 
- Responsável pelo desenvolvimento de características secretoras nas células dos alvéolos; 
- Inibe a verdadeira secreção de leite; 
c. MODIFICAÇÃO ESTRUTURAL DA MAMA 
- Sofre variações com a idade, com a gravidez e com a lactação; 
- Nascimento – produz secreção láctea que desaparece em poucas semanas; 
- Infância Antes da Puberdade – glândula mamária com condutos rudimentares; 
- Puberdade - o desenvolvimento glandular e o aumento da deposição de gordura devido às influências hormonais do estrógeno fazem com 
que as mamas, as aréolas e as papilas aumentem de tamanho (a aréola torna-se intensamente pigmentada) – ocorre alongamento dos canais 
lactíferos, formação de tecido fibroso e gorduroso e desenvolvimento dos alvéolos; 
- Gestação - aumenta os níveis sanguíneos de estrogênio e progesterona, ocasionando o desenvolvimento tubular com proliferação alveolar, 
tornando a glândula apta para a produção de leite – ocorre infiltração de linfócitos, células plasmáticas e eosinófilos no tecido intersticial, 
aumento da vascularização, do tecido conjuntivo e gorduroso; 
- Lactação – a secreção de prolactina após o parto coordena nova proliferação de células alveolares e a reorganização das células para início e 
manutenção da síntese láctea; 
4. ANATOMIA SUPERFICIAL DA MAMA 
 
- Deve-se avaliar a presença de variações no tamanho, contorno e densidade da mama 
entre os indivíduos; 
- Volume mamário – varia devido ao componente adiposo entre os lobos; 
a. QUADRANTES 
- Quadrantes: superior medial, superior lateral, inferior medial e inferior lateral; 
- Quadrantes laterais – apresentam a maioria do volume mamário e são o local mais comum 
de tumores mamários; 
b. COMPLEXO AREOLOPAPILAR 
- Papila mamária – parte mais proeminente da mama; 
- Mamilo – presente no centro da aréola, contendo 15 a 20 ductos lactíferos rodeados por células musculares modificadas; 
- Aréola – área cutânea pigmentada circular que envolve a papila mamária, com cerca de 1,5 a 2,5cm dia diâmetro; 
- Localização: sobre o quarto espaço intercostal de mama não pendular, rodeada pela aréola pigmentada; 
- Puberdade – pigmentação mais escura e papila elevada da superfície; 
- Gravidez – aréola se alarga e a pigmentação se torna mais acentuada; 
- Apresenta inervação sensorial de grande importância funcional – quando estimulada pela sucção do recém-nascido, inicia os eventos que 
culminam na ejeção láctea; 
 Composição 
- Contém glândulas sebáceas e sudoríparas, sem folículo piloso; 
- Tubérculos de Morgagni – elevações nodulares formadas pelas aberturas das glândulas de Montgomery na periferia da aréola; 
- Glândulas de Montgomery – glândulas sebáceas secretoras de leite, presentes na superfície da aréola, gerando aspecto rugoso em sua 
superfície – são um estágio intermediário entre as glândulas sudoríparas e mamárias – produzem secreção para lubrificação do mamilo; 
- Feixes de fibras musculares lisas – estendem-se pela papila, sendo responsáveis pela ereção papilar que ocorre com variados estímulos 
sensoriais; 
5. VASCULARIZAÇÃO 
a. IRRIGAÇÃO 
- O suprimento sanguíneo da mama deriva de três vias arteriais principais; 
- Artéria Torácica Interna / Artéria Mamária Interna – seus ramos intercostais perfurantes anteriores suprimem a porção medial e central da 
mama (quadrantes internos e centrais) – seus ramos intercostais anteriores juntamente aos ramos perfurantes irrigam o complexo 
areolopapilar - responsável por 60% do suprimentosanguíneo mamário; 
- Artéria Torácica Lateral / Artéria Mamária Externa – originam-se da artéria axilar e do ramo peitoral da artéria toracoacromial (ramo da 
artéria axilar) – suprimem o quadrante superior lateral da mama, sendo responsável por 30% do suprimento sanguíneo mamário; 
- Artérias Intercostais Posteriores – emitem ramos que suprimem o tecido mamário remanescente; 
- Plexo Subdérmico – responsável pelo suprimento sanguíneo da pele da mama, estando em comunicação com os vasos profundos que 
suprimem o parênquima mamário; 
b. DRENAGEM 
- Segue o curso das artérias, seguindo em direção à axila; 
- Circulus Venosus – círculo anastomótico formado pelas veias ao redor da papila; 
- A veias do círculo e a drenagem da glândula até os vasos se unem nas veias torácicas interna e axilar; 
- Principais vias de drenagem venosa da mama: ramos perfurantes da veia torácica interna (maior plexo venoso que drena a glândula 
mamária), ramos perfurantes das veias intercostais posteriores e as tributárias das veias axilares; 
 
6. INERVAÇÃO SENSITIVA 
- Deriva de ramos cutâneos laterais e anteriores originados do segundo ao sexto nervo intercostal; 
- Pele da porção superior da mama – inervada pelos ramos anteriores do nervo supraclavicular originado do plexo cervical; 
- Papila e aréola – inervada por ramos cutâneos laterais e anteriores provenientes do 2° ao 5° nervo intercostal, que se unem em um plexo na 
região subdérmica; 
- Os nervos que abrangem a mama comunicam-se livremente e convergem em direção à axila; 
7. DRENAGEM LINFÁTICA 
 
- Mais de 75% dessa é realizada pelos 20 a 30 linfonodos axilares; 
- A drenagem linfática é realizada por plexos superficiais e 
profundos; 
- Sistema superficial – avalvulado, com drenagem direcionada 
para o plexo profundo – os de uma mama se comunicam com os 
da mama oposta e a parede abdominal anterior, podendo ser 
drenados diretamente para os linfonodos supraclaviculares 
(cervicais profundos); 
- Sistema profundo – recebe a drenagem do sistema superficial e 
drena a linfa para a axila (95%) e para a cadeia da artéria torácica 
interna; 
- Grupos de linfonodos axilares: grupo da veia axila, grupo 
mamário externo, grupo escapular, grupo central, grupo 
supraclavicular e grupo interpeitoral (linfonodos de Rotter 
presentes entre os músculos peitoral maior e menor); 
- Drenagem medial – ocorre por ramos perfurantes da artéria 
mamária interna, que desembocam no grupo paraesternal de 
linfonodos; 
- A drenagem linfática dos componentes epitelial e mesenquimal 
da mama é a via primária da difusão de metástases do câncer de 
mama para outros sítios; 
a. NOMEAÇÃO DOS GRUPOS 
- Os grupos de linfonodos são nomeados de acordo com sua relação com o músculo peitoral menor; 
- Linfonodos de nível I: localizados lateralmente ao músculo peitoral menor – inclui os grupos veia axilar, mamária externa e escapulares; 
- Linfonodos de nível II: localizados superficialmente e profundamente ao músculo peitoral menor – inclui os grupos central e interpeitoral; 
- Linfonodos de nível III: localizados medialmente ao músculo peitoral menor – inclui grupo subclavicular; 
 PROPEDÊUTICA MAMÁRIA EXAME FÍSICO DA MAMA 
- A detecção das alterações da mama se fundamente na combinação entre anamnese, exame físico e exame de imagem; 
1. ANAMNESE 
- É fundamental para o diagnóstico, abordando além da queixa atual dados e fatores de risco que podem se correlacionar com o câncer de 
mama; 
- Idade – apesar das patologias mamárias poderem ocorrer em qualquer faixa etária, normalmente as patologias benignas ocorrem em 
pacientes mais jovens e as malignas aumentam em incidência a partir dos 45 anos, com pico aos 60; 
- Etnia – a descendência judaica asquenazi apresenta maior frequência de mutações que aumentam em 80% a chance de desenvolver 
neoplasia maligna; 
- Antecedentes Gineco-obstétricos: idade da menarca, número de gestações, número de nascidos vivos, idade da primeira gestação – possíveis 
fatores de risco identificados nessa: menarca precoce (antes dos 12 anos), menopausa tardia (após 55 anos), nuliparidade, idade tardia da 
primeira gestação (após 28 anos), ausência de amamentação, uso de anticoncepção e terapias hormonais por mais de 5 anos; 
- História Pregressa – possíveis fatores de risco identificados: cirurgias prévias de doenças benignas de mama, história de outro tumor primário 
(pode se relacionar à mutação genética) - buscar diagnóstico histológico das cirurgias ou biópsias mamárias anteriores; 
- História Familiar de Câncer de Mama – número de afetados, grau de parentesco, idade do diagnóstico e presença de doença bilateral – 
fatores que aumentam o risco da influência genética: câncer de mama antes dos 50 anos (risco relativo de 3), câncer em ambas as mamas (RR 
9) e vários familiares apresentarem a doença; 
**história de câncer familiar pós-menopausa, indica menor chance de fator genético importante** 
- Perfil Psicossocial – a obesidade se relaciona com o aumento do número de casos de câncer de mama na pós menopausa (RR 1,26) e o 
consumo regular de álcool em excesso de 10 g aumenta o risco em 9%; 
- Informações na mulher na pré-menopausa: data da última menstruação (DUM), duração e regularidade dos ciclos, uso de ACO; 
- Informações na mulher na pós-menopausa: data da menopausa e uso de terapia de reposição hormonal; 
a. CARACTERIZAÇÃO DAS QUEIXAS MAMÁRIAS 
- As queixas clínicas mais frequentes devem ser caracterizadas especificamente, orientando a suspeita clínica; 
- Nódulo – queixa clínica mais frequente, sendo a apresentação mais comum do câncer de mama – fatores a serem avaliados: data de 
percepção, localização, crescimento, relação com o ciclo menstrual e história de traumatismo; 
- Dor Mamária – fatores a serem avaliados: data de início, localização, intensidade da dor, uso de medicações, relação com ciclo menstrual ou 
traumatismo e relação com esforço físico; 
- Derrame Papilar - fatores a serem avaliados: data de início, cor, espontâneo ou provocado, unilateral ou bilateral e relação com o uso de 
fármacos; 
- Anormalidades de Pele/Mamilo e Sinais Inflamatórios: data de início, quadro agudo ou crônico, localização, saúda de secreção purulenta, 
flogose e presença de retração ou abaulamento; 
2. EXAME CLÍNICO DA MAMA (ECM) 
- Demonstra o perfil hormonal da mulher, refletindo estados fisiológicos (como as fases do ciclo menstrual e a gravidez) ou patológicos (como 
disgenesias gonádicas e estados de hipoestrogenismo); 
- Compõe o exame ginecológico de rotina; 
- Permite investigar alterações orgânicas, como o câncer de mama – permite a detecção de 5% dos carcinomas mamários não visualizados na 
mamografia; 
- Câncer de mama – alteração orgânica de incidência e mortalidade crescente – em sua maioria corresponde a neoplasias benignas, com 
predomínio de fibroadenomas e de alterações funcionais benignas da mama; 
- Forma de realização – paciente com tronco desnudo; 
a. INSPEÇÃO 
 Inspeção Estática 
 
- Realiza-se a ectoscopia da mama; 
- Posicionamento da paciente: assentada, com tórax desnudo e mãos na porção ântero-
lateral do abdome (nível dos hipocôndrios) ou estendidas ao longo do corpo; 
- Posição do examinador: de pé em frente ao paciente; 
- Fatores a serem observados: estágios de Tanner (estágio de desenvolvimento das mamas), 
alterações no número de glândulas mamárias, simetria, volume, forma, contorno, cor, 
vascularização, pele da mama e do complexo aréolo-mamilar, presença de abaulamentos, 
retrações da pele ou do complexo aréolo-papilar, úlceras, vegetações, fístulas, eritema, 
eczemas e edemas; 
- Formas da mama – hemisférica, cônica ou aplanada (tende a queda com a idade);
- Alterações da forma da mama – pode ocorrer na presença de nódulos ou nas modificações hormonais fisiológicas do ciclo menstrual; 
- Alterações numéricas das glândulas mamárias: amastia (ausência congênita bilateral ou unilateral da mama), atelia (ausência congênita do 
mamilo),polimastia (presença de tecido mamário extranumérico) e politelia (mamilo extranumérico, com ausência de tecido mamário); 
- Alterações na simetria – assimetria quando pequena é normal (comum principalmente em adolescentes), quando maior pode ter como 
causas: nódulos tumorais, desvios da coluna vertebral, distúrbios da resposta hormonal, traumatismos e infecções; 
- Alterações no volume – hipoplasia (diminuição do volume que pode ocorrer na síndrome de Turner, agenesia dos ovários ou na hiperplasia 
adrenocortical) e hiperplasia com hipertrofia (aumento do volume e na trofia da mama que pode ocorrer nos tumores, inflamações, traumas, 
puberdade, gravidez ou ser constitucional); 
- Alterações no contorno mamário – altera-se na presença de retrações e abaulamentos - potenciais indicativos de carcinoma, tumores 
benignos, cicatrizes ou reações inflamatórias, que comprometem os ligamentos de Cooper; 
- Alterações fisiológicas na pele – rede venosa de Haller e estrias mamárias; 
- Alterações patológicas da pele comuns a outras localizações do corpo – lesões dermatológicas, infecções sistêmicas, ferimentos e 
queimaduras; 
- Edema da pele mamária em casca de laranja (peau d’orange) – deve-se a infiltração dos linfáticos do subcutâneo, sugerindo carcinoma 
inflamatório – pode ser acompanhado de hiperemia; 
- Pelos – quando abundantes podem indicar distúrbios hormonais; 
- Alterações do complexo aréolo-papilar – retração congênita (sem maiores implicações clínicas), lesões inflamatórias, lesões ulcerativas (pode 
estar associada ao processo infeccioso da sífilis), lesões neoplásicas ou lesões descamativas de origem carcinomatosa (como na doença de 
Paget); 
- Evidências de processos inflamatórios: fissuras mamárias e hipertrofia da papila; 
- Por último, realiza-se a inspeção das axilas e das regiões supraclaviculares – avalia-se: aspecto dos tecidos, linfonodos, hidroadenite, tecido 
mamário ectópico, infiltrações, tumores e lesões dermatológicas; 
 Inspeção Dinâmica 
 
- Objetivo: com a movimentação dos músculos peitorais, a partir da movimentação dos 
braços, evidenciar alterações não perceptíveis à inspeção estática, como abaulamentos, 
retrações ou assimetrias; 
- Movimentos da paciente: a paciente inicialmente movimenta os braços para frente e para 
trás, após estende os braços horizontalmente a frente do tórax e os movimenta para cima e 
para baixo; 
- Quando a paciente levanta os braços consegue se avaliar o polo inferior das mamas; 
- Quando a paciente pressiona as mãos sobre a cintura, os músculos peitorais se contraem, 
permitindo a visualização das retrações sutis; 
- Manobra de Auchineloss – paciente inclina o tórax em direção anterior, tornando as 
mamas pendulares; 
b. PALPAÇÃO 
 Palpação Axilar e da Região Supraclavicular 
- Posicionamento da paciente: sentada ou em pé flete o antebraço a aproximadamente 90°, o abduz e aloca no braço homolateral do 
examinador; 
- Posicionamento do examinador: examinador ao lado da paciente, com braço de suporte cruzado adiante do tórax da paciente, enquanto a 
mão livre efetua a palpação axilar – permite o relaxamento do músculo peitoral, facilitando a abordagem do espaço axilar; 
- Palpação é realizada com a mão livre e o braço dirigido externamente ao tórax do paciente na região axilar e na supraclavicular; 
**ex: na palpação da axila esquerda, o braço do paciente permanece fletido e repousando no braço esquerdo do examinador, enquanto a mão 
direita do examinador realiza a palpação da axila com o braço se dirigindo externamente à esquerda do tórax do paciente** 
- Alterações buscadas: linfonodos axilares e supraclaviculares palpáveis (determina: número, tamanho, consistência, sensibilidade, mobilidade, 
fusão e fixação aos planos profundos e superficiais); 
- Linfonodos palpáveis fisiológicos – são pequenos (< 1 cm), elásticos e móveis – podem ocorrer devido a processos infecciosos nas unhas ou 
devido a foliculites na axila; 
- Linfadenopatia supraclavicular – é incomum e indica a necessidade de uma maior investigação; 
 Palpação Mamária 
 
- Posicionamento da paciente: decúbito dorsal, com cabeça 
levemente elevada por um travesseiro, braços fletidos e 
posicionados atrás do pescoço -> permite a melhor distribuição do 
tecido mamário sobre grádil costal, de modo a possibilitar uma 
palpação mamária mais detalhada; 
**durante a palpação apenas a mama examinada no momento 
deve estar exposta, enquanto o hemitórax oposto permanece 
coberto com camisola ou lençol** 
- Para realizar a compressão do tecido mamário sobre o gradil 
costal, o examinador emprega a face palmar (polpa digital) das 
falanges distais dos dedos indicador, médio, anular e mínimo, em 
sentido radial ou concêntrico, abrangendo toda a mama; 
**o exame é feito com uma mão, enquanto a outra estabiliza a 
mama** 
- Extensão do exame: superiormente até a clavícula, inferiormente 
até o sulco mamário, medialmente até a borda lateral do esterno 
e lateralmente até a linha axilar média; 
- Técnicas alternativas: realiza-se com as palmas da mão movimentos centrípetos, de modo a comprimir o tecido mamário de encontro a 
parede torácica; utiliza os bulbos das falanges digitais dos dedos indicador, médio e anular para executar movimentos circulares pequenos nos 
níveis de progressão superficial, intermediária e profunda, de modo a palpar todos os níveis teciduais; 
**evita-se o pinçamento manual do tecido mamário, pois este pode gera a falsa impressão da existência de nódulos** 
- Os quadrantes mamários, superior medial, superior lateral, inferior medial e inferior lateral devem ser minuciosamente palpados em busca 
de nódulos e espessamentos; 
**as próteses mamária dificultam a palpação** 
- Espessamentos e granulações – são bidimensionais - sugerem alterações funcionais benignas; 
**pré-menopausa – pode ser acompanhada de mamas densas, que dificultam a identificação de lesões patológicas – em casos de dúvida o 
exame pode ser repetido após a menstruação** 
- Nódulos – são tridimensionais - determina-se: número, localização, limites, tamanho, forma, consistência, mobilidade, sensibilidade, 
regularidade do contorno, fixação à pele ou aos tecidos adjacentes e profundos – geralmente aparecem nos quadrantes súperolaterais, no 
sulco mamário e na região subareolar; 
- Indicativos de malignidade dos nódulos: assimetria, lesões solitárias, limites imprecisos, consistência endurecida, baixa mobilidade, 
irregularidade do contorno, fixação aos tecidos vizinhos – exigem a extensão da propedêutica, com realização da mamografia, 
ultrassonografia, punção-biópsia aspirativa, biópsia por fragmento ou exerése cirúrgica; 
**a palpação deve ser descrita minuciosamente para permitir o acompanhamento da sua evolução** 
 Expressão Aréolo-papilar 
- Pode ser unidigital ou bidigital no raio horário (expressão radiada), buscando identificar ponto-gatilho; 
- Posiciona cada dedo indicador lateralmente à aréola mamária e realiza-se movimentos de aproximação e elevação das faces internas dos 
dedos; 
- Busca pressionar o sistema ductal presente abaixo da aréola, podendo ocasionar a saída de secreção através da papila ou de fístulas na 
aréola; 
- Avalia-se: cor, aspecto e quantidade de secreção; 
- Secreções serosas e lácteas sanguíneas – significado patológico – coleta e envio para o exame citopatológico; 
- É indicado principalmente em pacientes com queixas de derrame papilar; 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74 – Medicina Unimontes 
 
c. AUTOEXAME 
- Técnica – segue os mesmos passos do exame físico, com inspeção em frente ao espelho e palpação mensal, durante o banho, nos 10 dias que 
se seguem à menstruação ou em qualquer dia do mês nas pacientes na menopausa; 
- Não apresenta impacto na mortalidade; 
- Permite que a paciente observe modificações eventualmente ocorridas; 
- Apresenta maior importâncias nas mulheres abaixo dos 50 anos não abrangidas pelos programas de rastreamento; 
- Vantagens: simplicidade, custoinexistente e possibilidade de repetição a qualquer momento; 
- Desvantagens: baixa sensibilidade, falsa segurança ao não notar alterações (pode induzir a não realizar mamografias) – faz com que não seja 
mais recomentado pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica; 
3. EXAMES COMPLEMENTARES 
- São importantes no rastreamento e na propedêutica de pacientes com queixas mamárias, com alterações no exame físico ou no seguimento 
de patologias mamárias; 
a. MAMOGRAFIA 
- Método de rastreamento, diagnóstico e acompanhamento das lesões mamárias; 
 Mamografia de Rastreamento 
 
- A mamografia é o principal método de rastreamento do câncer de mama; 
- Objetivo: detecção precoce de câncer de mama, com consequente redução da mortalidade por esse; 
- Capaz de diminuir a mortalidade do câncer de mama em 30%; 
- Existem inúmeros debates sobre a idade inicial e a periodicidade, uma vez que essa apresenta maior benefício entre os 50 e os 74 anos e 
diferentes índices de redução da mortalidade dependentes da faixa etária; 
- Instituto Nacional de Câncer (INCA) – mamografias bianuais dos 50 aos 69 anos; 
- Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) + Febrasgo + Colégio brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) – mamografias 
periódicas em mulheres assintomáticas, de forma anual, em mulheres após os 40 anos (mais de 40% das pacientes com câncer de mama no 
Brasil são diagnosticadas com menos de 50 anos), sem limite de idade para interrupção; 
- Incidências: duas incidências mediolateral oblíqua e craniocaudal; 
- Realiza o estudo comparativo com os dois lados e com os exames anteriores; 
- Fatores que determinam a habilidade da mamografia em detectar lesões: densidade glandular, morfologia da lesão, treinamento dos 
examinadores e fatores técnicos (posicionamento adequado, dose, qualidade da radiação, compressão da mama, exposição correta, 
combinação da tela e filme e bom processamento do filme); 
- Mamografia digital – substitui a convencional e apresenta maior sensibilidade em mamas densas; 
- Mamografia digital com meio de contraste – objetivo: identificar a microvascularização associada à angiogênese do tumor; 
- Tomossíntese Mamária / Mamografia Tridimensional (3D) – possibilita a imagem 3D a partir de cortes tomográficos da mama, melhorando a 
definição da imagem e assim aumentando a sensibilidade em torno de 15% e diminuindo a taxa de reconvocação e de resultados falso-
positivos – aumenta a sensibilidade principalmente em mulheres abaixo de 50 anos e em mamas densas; 
 Características das Alterações Mamográficas 
- Nódulos – lesões que ocupam espaço e são detectadas em duas projeções – podem ser classificadas quanto ao formato (ovoide, redondo e 
irregular), às margens (circunscritas, obscurecidas e microlobuladas) e à densidade (alta densidade, isodensa e contendo tecido adiposo) – 
geralmente são benignos quando apresentam limites bem-precisos, arredondados ou ovalados, enquanto os que sugerem malignidade são 
irregulares e espiculados; 
- Assimetrias – pode ser global, focal ou em desenvolvimento; 
- Calcificações – podem ser benignas (formas possíveis: pele, vascular, em pipoca, grande em bastão, redonda, anelar, distrófica, leite de cálcio 
e sutura), suspeitas (amorfa, grosseira heterogênea, pelomórfica fina, linear final ou fina linear ramificada) ou de distribuição (difusa, regional, 
agrupada, linear e segmentar) – sugerem malignidade quando são agrupadas, pequenas, irregulares e lineares, sendo que podem ser 
manifestação do carcinoma in situ (manifesta-se como microcalcificações em 60 a 90% dos casos); 
- Distorção da Arquitetura – espículas irradiadas de um ponto – pode ser decorrente de cicatriz pós-cirúrgica, cicatriz radial ou carcinoma de 
mama; 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74 – Medicina Unimontes 
 
 BI-RADS (Breast Imaging Reporling ans Data System) 
- Padronização dos termos utilizados nos laudos mamográficos, das classificações para a densidade mamária e do grupo de categorias (varia 
de 0 a 6), aderida em 1998, de modo a estruturar a comunicação e a recomendação do manejo; 
- Em 2013 foi publicada a última edição, reorganizando a descrição da composição mamária, eliminando a subdivisão das microcalcificações 
suspeitas em intermediária e de alta suspeita e a possibilidade de separar as categorias das recomendações; 
 
- Categorias da Densidade Mamária: (A) 
mama lipossubstituída, composta quase 
totalmente por gordura, com 
sensibilidade de 98%, (B) mama com 
áreas de tecido fibroglandular esparsas, 
(C) mamas heterogeneamente densas, 
podendo obscurecer pequenos nódulos, 
com sensibilidade de 70%, (D) mamas 
extremamente densas, diminuindo a 
sensibilidade para 40 a 50%, de modo a 
recomendar procedimentos diagnósticos 
complementares, como a 
ultrassonografia; 
b. ULTRASSONOGRAFIA 
- É um exame rápido, seguro, bem tolerado e barato; 
- É um complemento a mamografia; 
- Limitação – não consegue detectar microcalcificações agrupadas fora do tumor e em mamas adiposas; 
- Importante para a diferenciação de lesões císticas e sólidas; 
- Auxilia na caracterização de nódulos benignos e malignos; 
- Apresenta alta sensibilidade na diferenciação de lesões malignas, porém com taxa considerável de lesões malignas; 
- Indicação: avaliação de nódulos palpáveis, achados clinicamente ocultos na mamografia, tecido mamário denso, após cirurgia de 
reconstrução, cirurgia de aumento com implante de silicone, mulheres com alto risco e orientação durante técnicas de intervenção; 
- Apresenta taxa adicional de detecção de câncer de mama em mamografias negativas de 1,8 a 4,1:1000 mulheres, tornando seu custo 
benefício questionável; 
- Elastografia – ferramenta que aumenta a especificidade da ultrassonografia ao avaliar a rigidez das lesões mamárias, melhorando a 
caracterização de nódulos indeterminados; 
- Classifica-se em 6 categorias e a classificação da composição da mamãe em homogênea com predomínio de tecido adiposo, homogênea com 
predomínio de tecido fibroglandular ou ecotextura heterogênea; 
- Classifica os nódulos quanto ao formato (ovoide, redondo ou irregular), orientação (paralela à pele ou não parelela), margem (circunscrita ou 
não circunscrita), ecotextura (anecoica, hiperecoica, complexa, hipoecoica, isoecoisa ou heterogênea) e características acústicas posteriores 
(sem achados, reforço acústico, sobra acústica ou combinado); 
c. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
- Apresenta alta sensibilidade e especificidade no diagnóstico de câncer de mama; 
- Não é utilizada como exame de rastreamento; 
- Uso reservado para populações de alto risco e casos com indicação clínica específica; 
- Indicações: imagens inconclusivas por mamografia e ultrassom, rastreamento em pacientes de alto risco, avaliação de implantes mamários, 
diferenciação de cicatriz pós-operatória, recorrência do carcinoma, avaliação da resposta terapêutica à quimioterapia neoadjuvante e 
estadiamento local pré-operatório (determina a extensão da lesão, detecta lesões satélites e outros cânceres); 
4. PROCEDIMENTOS INVASIVOS 
 
- Indicação: lesões com aspecto 
indeterminado que necessitam de 
investigação adicional e pré-operatória 
(mesmo em achado altamente suspeito 
em exame de imagem para estabelecer 
melhor o planejamento terapêutico; 
- Realizada basicamente a partir da 
biópsia, sendo os procedimentos 
invasivos utilizados para a coleta do 
material histológico; 
- Escolha do método da biópsia – 
correlaciona a imagem com a técnica 
mais adequada para obtenção do 
material representativo da lesão; 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74 – Medicina Unimontes 
 
- Pode ser realizada com o sem exame de imagem como guia – ex: as lesões palpáveis dispensam o uso de exame de imagem; 
- Técnicas de exame de imagem possíveis: ultrassonografia, estereotaxia ou ressonância magnética – indicadas em lesões não palpáveis, sendo 
que a escolha da técnica depende do tipo de lesão, de sua localização, do conforto da paciente e da familiaridadecom a técnica; 
a. PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) 
- Técnica barata com boa tolerância pelo paciente; 
- Limitações: grande número de amostras inadequadas, alta frequência de falsos negativos e acurácia limitada quando comparada à core 
biopsy ou a exérese cirúrgica, dificuldade de estabelecer o diagnóstico diferencial entre carcinoma in situ e invasor e dificuldade diagnóstica na 
presença de carcinoma lobular; 
- Não representa o exame-padrão para avaliação de massas mamárias; 
- Resultados Citológicos – divididos em benigno, sugestivo de malignidade ou inconclusivo; 
- Indicação: punção de linfonodos axilares, lesões palpáveis e cistos mamários; 
- Cisto mamário – a aspiração do conteúdo líquido leva ao seu colapso, devendo esse ser documentado pela ultrassonografia – a persistência 
da massa palpável e sua recorrência torna necessária a avaliação adicional; 
- Sensibilidade de 62,4% e especificidade de 86,9%; 
 Técnica 
- Assepsia da pele com solução alcoólica; 
- Agulha 21 ou 23, gauge e seringas 10 ou 20 mL; 
- Passa a agulha através da lesão diversas vezes, mantendo-se o vácuo com a seringa; 
- O material é aspirado e transferido para lâminas, espalhando bem o material, de modo a permitir a visualização de células individualizadas; 
- Divide o esfregaço em duas lâminas: uma deixa secar ao ar e a outra coloca fixador citológico; 
**não há necessidade de fazer citopatológico quando o líquido aspirado por principalmente de cisto, pois em geral é acelular** 
b. CORE BIOPSY – BIÓPSIA PERCUTÂNEA COM AGULHA GROSSA / BIÓPSIA DE FRAGMENTOS 
- Método com elevada acurácia, com menores custos e melhor tolerada pelos pacientes, em comparação com a biópsia cirúrgica; 
- Procedimento minimamente invasivo; 
- É realizado com agulha de maior calibre que a PAAF (cerca de 14 gauge), permitindo a obtenção de pequenos cilindros do tecido; 
- Pode ser guiado por mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética; 
- Indicação: achados de microcalcificações nas mamografias; 
- Taxa de falsos-negativos: 2 a 6,7% - ocorrem com mais frequência nas biópsias de microcalcificações; 
- Vantagens: permite a avaliação histológica do tecido biopsiado, diagnostica com clareza lesão invasora ou in situ e permite a análise 
imunohistoquímica; 
- Sensibilidade de 90,5% e especificidade de 98,3%; 
- Desvantagens – algumas lesões podem ser subestimadas, como a hiperplasia ductal atípica que em 50% dos casos revela carcinoma invasor; 
 Técnica 
- Assepsia e realização de botão anestésico na pele; 
- Realiza microincisão com lâmina de bisturi, através da qual se introduz a pistola 14 gauge; 
- Dispara o dispositivo 5 a 6 vezes para colher as amostras, colocando-as em frasco com formol; 
**apresentam maiores riscos de sangramentos** 
c. MAMOTOMIA / CORE BIOPSY A VÁCUO 
- Remove fragmentos para análise histológica; 
- Diferença em relação à core biopsy – remove fragmentos maiores, insere a agulha na mama somente uma vez, evita diversas punções, 
retirada completa de lesões de até 1,5cm e inserção de clipe metálico no leito biopsiado em pequeno número de microcalcificações; 
- Desvantagem: custo elevado; 
 DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA 
- Grupo heterogêneo de lesões com ampla variedade de sinais e sintomas e diversas faixas etárias 
- A maioria das lesões que ocorrem na mama são benignas, porém sempre quando percebidas alterações na mama é fundamental que se 
procure o médico para diferenciar as lesões benignas das malignas, tranquilizando e tratando o problema; 
**geram desconforto e ansiedade às pacientes que manifestam algum sintoma ou achado no exame clínico** 
- Apresentam maior incidência a partir dos 20 anos, com picos de prevalência entre a quarta e a quinta década de vida; 
**a maior incidência das lesões malignas é após a menopausa** 
- Sinais e sintomas mamários mais prevalentes: nódulo de mama, dor mamária, fluxo papilar e processos inflamatórios da mama; 
1. ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO 
- São anormalidades no tamanho e no formato da mama; 
- Podem ser divididas de acordo com o comprometimento, em anomalias de volume e de número; 
 
 
 
 
 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74 – Medicina Unimontes 
 
a. ANOMALIAS DE VOLUME 
 
- Hipomastia – mama de pequeno volume unilateral ou bilateral – manejo: geralmente não 
responde ao tratamento hormonal, devendo se realizar cirurgia para inclusão de prótese de 
silicone; 
- Hipertrofia – mama de grande volume unilateral ou bilateral – possíveis consequências: 
danos psicológicos e de postura, podendo alterar o centro gravitacional da coluna – 
manejo: cirúrgico com mamoplastia redutora; 
**gigantomastia – caso extremo de hipertrofia que resulta em ressecção > 1000g** 
- Simastia – confluência medial das mamas congênita, devido a uma ponte de tecido na 
linha média que une as duas mamas – costuma se associar a mamas hipertróficas 
simétricas; 
b. ANOMALIAS DE NÚMERO 
 
- Amastia – rara ausência total da glândula unilateral ou bilateral – 
a unilateral é quase sempre acompanhada de hipotrofia ou 
agenesia do grande peitoral, podendo compor a síndrome de 
Poland, que também inclui sindactilia no quadro clínico – a 
bilateral frequentemente se associa à agenesia ovariana; 
- Amazia – ausência do tecido mamário, mas com presença do 
complexo areolomamilar – pode ser congênita ou iatrogênica, 
devido a cirurgias, trauma ou queimadura sobre o botão mamário, 
sendo esta mais comum; 
- Atelia – ausência areolomamilar - extremamente rara; 
- Polimastia – presença de mais de 2 glândulas mamárias – pode ser completa (aréola + mamilo) ou apenas com parênquima – forma mais 
comum: mama axilar, que se manifesta por um abaulamento na região durante o ciclo gravídico-puerperal – manejo: retirada sob anestesia 
geral, por razões estéticas; 
- Politelia – presença de mamilo acessório, geralmente na região torácica inferior e no abdome superior – manjeo: pode ser retirado em caso 
de dano estético; 
- Linha Láctea – região onde a polimastia e a politelia normalmente ocorrem; 
- Mama Aberrante – tecido mamário que ocorre fora da linha láctea; 
c. GINECOMASTIA 
 
- Hipertrofia mamária unilateral ou 
bilateral no homem; 
- Pode assumir caráter transitório no 
recém-nascido, na adolescência e na 
senectude; 
- Picos de incidência: (primeiro) entre os 
13 e os 14 anos, tendendo a regredir em 
até 2 anos, (segundo) entre os 50 e os 80 
anos; 
- Causas: uso de substâncias 
(anabolizantes, estrogênios, digitálicos, 
isoniazida, espironolactona, reserpina e 
metildopa), doenças orgânicas (lesões 
testiculares, lesões hepáticas, carcinoma 
corticossuprarrenal, adenoma de 
hipófise ou hipertireoidismo) ou 
idiopática (causa desconhecida); 
- Avaliação Inicial – dosa a gonadotrofina coriônica humana (hCG), o LH, a testosterona e o estradiol; 
- Avaliação com Exame de Imagem: mamografia (permite distinguir a ginecomastia verdadeira da lipomastia); 
**a ultrassonografia mamária deve ser desencorajada** 
- Nos adolescentes, pode-se esperar a regressão espontânea, porém deve-se considerar os prejuízos psicológicos dessas mamas anômalas, que 
pode exigir uma intervenção precoce; 
- Manejo – quando se descarta as causas iatrogênicas e as endócrinas, a conduta deve ser operatória; 
2. PROCESSOS INFLAMATÓRIOS 
a. MASTITE AGUDA 
- Mais frequente no puerpério, por volta da terceira semana; 
- Agente Etiológico – estafilococo penicilinase-resistente (70% dos casos), estreptococos, microrganismos anaeróbicos e colibacilos; 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74 – Medicina Unimontes 
 
- Etiologia – fissuras mamilares ou queimaduras da pele quebram os mecanismos de defesa do organismo, de modo a aumentar o número de 
bactérias sobre a pele da mama e permitir que cheguem ao mamilo, a partir das roupas, mãos e nasofaringe do recém-nascido, penetrando 
nos vasos linfáticos superficiais expostos pelas fissuras mamilares; 
- Fatores de risco: mamas ingurgitadas, fissura mamilar, infecção da rinofaringe do lactente,anormalidade do mamilo, primiparidade, má 
higiene e escabiose; 
- Sinais e sintomas – sinal primário (estase láctea), sinais clássicos de inflamação (dor, tumor, calor e rubor), possíveis sinais gerais (gebre, mal-
estar e calafrios) e possível adenopatia axilar; 
- Profilaxia durante a amamentação – manter boa higiene e evitar o ingurgitamento mamário e as fissuras mamilares; 
- Tratamento – analgésicos, antitérmicos, suspensão das mamas, drenagem manual do leite e antibioticoterapia (cefalexina 500 mg de 6/6 
horas ou 1 g de 12/12 horas, via oral por 7 dias – alternativas: ampicilina, eritromicina e lincomicina – em mastites crônicas resistentes 
prescreve-se anaerobicida); 
- Abscesso – se estabelece em 5 a 10% dos casos de mastite – deve ser suspeitado quando a infecção persistir após 48 a 72 horas de 
tratamento; 
b. ABSCESSO MAMÁRIO 
- Em 50% dos casos a paciente é puérpera, sendo que 85% desses ocorre no primeiro mês pós-parto no período de lactação; 
- Agente etiológico – em sua maioria são os Staphylococcus aureus, sendo esses em 50% dos casos penicilinase-resistentes; 
- Sinais e sintomas – sinais clássicos de inflamação (dor, tumor, calor e rubor),flutuação, pele brilhante e descamativa; 
- Ultrassonografia – auxilia em casos de dúvida e orienta punções; 
- Tratamento – drenagem com incisão arciforme no ponto de maior flutuação, seguida de exploração digital da cavidade, buscando desfazer 
lojas, e colocação de dreno de Penrose + cobertura antibiótica para reduzir a infecção sistêmica e a celulite local (mesmos medicamentos da 
mastite aguda) 
**para conseguir realizar uma melhor exploração do interior do abscesso e assim evitar recidivas, faz-se necessário anestesia geral** 
- Tratamento abscessos superficiais – punção por agulha calibrosa; 
- Esgotamento das mamas – as mamas devem ser esvaziadas por sucção ou expressão manual para se garantir o manejo adequado da infecção 
puerperal das mamas; 
- Conduta pós-drenagem do abscesso – por razões mecânicas a sucção pode ser dificultada durante alguns dias, mas deve ocorrer 
amamentação com a mama não infectada e a mama doente deve ser esgotada, sendo que quando superar o desconforto não existe 
contraindicações para a amamentação na mama anteriormente afetada; 
c. ABSCESSO SUBAREOLAR CRÔNICO RECIDIVANTE (ASCR) / DOENÇA DE ZUSKAS 
 
- Localização: região subareolar; 
- O processo do abscesso entra em período de acalmia, que pode perdurar de 2 a 3 
semanas a alguns meses, sofrendo posterior reagudização; 
- Agente etiológico – crescimento de bactérias anaeróbicas ou estafilocócicas; 
- Hipóteses etiológicas – (1) a causa é a inversão do mamilo, com obstrução e maceração 
dos ductos lactíferos; (2) a metaplasia escamosa predispõe à obstrução dos canalículos e à 
formação do abscesso subareolar crônico recidivante; 
**o ASCR pode ser considerado parte do complexo ectasia ductal-mastite periductal** 
- Sinais e sintomas: infecção aguda, flutuação, drenagem intermitente por orifício fistuloso na junção cutaneoareolar, dor inferior à do 
abscesso comum, retração e invaginação da papila; 
- ASCR e Tabagismo – cerca de 89,7% dessa patologia são fumantes – possibilidades da correlação: o tabagismo pode induzir a metaplasia 
escamosa ou o tabagismo pode exercer efeito tóxico direto nos ductos, gerando isquemia, ou por via hormonal indireta, elevando a secreção 
mamilar; 
- Anamnese com relato de uso de vários antibióticos culturas com antibiogramas e intervenções cirúrgicas; 
Tratamento – a drenagem pode ser espontânea ou na fase aguda pode haver necessidade de cirurgia aspirativa devido à dor (drenagem 
simples) + anti-inflamatório não hormonal (AINEs) + antibióticos (associa cefalosporinas, como a cefalexina, com anaerobicidas, como 
metronidazol, por 7 dias) + suspensão do tabagismo; 
O insucesso da drenagem simples fez com que técnicas mais radicais fossem propostas, como a excisão dos ductos afetados, a fistulectomia e 
a cicatrização por segunda intenção - apresentam bons resultados, mas também pode haver recidivas, sendo que essas podem ser tratadas 
com ressecção completa do sistema ductal terminal, com reconstrução areolar por cirurgia plástica – indicação: (pacientes jovens) 
fistulectomia e fechamento na primeira abordagem, (pacientes jovens com diversas intervenções e/ou alterações mamilares) ressecção do 
sistema ductal com reconstrução plástica e (pacientes de qualquer idade que não desejam mais gestar) ressecção do sistema ductal terminal 
com reconstrução plástica; 
- Características da secreção – cremosa ou escura, podendo apresentar cultura bacteriológica estéril na primeira ocasião; 
d. ECTASIA DUCTAL 
- Dilatação dos ductos terminais, com acúmulo de detritos celulares, podendo causar derrame papilar; 
- Prevalente em mulheres na quarta década de vida e na perimenopausa; 
- Etiologia – não identificada, mas pode se relacionar com os mesmos fatores associados ao abscesso subareolar crônico recidivante (ASCR); 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74 – Medicina Unimontes 
 
**a idade é fator importante na etiologia da ectasia ductal, sendo que a frequência da forma clinica tumoral é proporcional ao aumento da 
idade** 
- Características: nódulo retroareolar endurecido, associado à sensibilidade dolorosa durante a palpação, inversão de mamilo e fluxo papilar; 
- Forma Clínica de Derrame Papilar – secreção amarelo-esverdeada, purulenta, recorrente na peri ou pós-menopausa – tratamento: pode ser 
dispensado quando o sintoma não é espontâneo e abundante, mas se prejudicar o paciente indica-se exérese do sistema ductal terminal; 
- Forma Clínica Tumoral – ocorre quando a ectasia ocasiona ruptura dos ductos (com retração do mamilo no local do ducto encurtado) e 
inflamação circundante, com sinais típicos de mastite, podendo se cronificar, de modo a originar massa endurecida e retração do mamilo 
(simula carcinoma) – é menos frequente, devido ao acompanhamento e terapêutica ainda da forma de derrame; 
- Pode mimetizar neoplasia maligna; 
e. ECZEMA AREOLAR 
- Dermatite descamativa e exsudativa do complexo areolomamilar; 
- Características: bilateral, pruriginosa, localizada ou envolve completamente o mamilo e a aréola, intermitente, rápida evolução, úmido, 
bordas indefinidas, responde ao corticoide tópico; 
- Causas etiológicas: psoríase, dermatite seborreica, dermatite de contato e dermatite atópica – pode ser causada por alergia aos tecidos dos 
sutiãs; 
- Tratamento da Fase Aguda – solução de Thiersh + corticoide tópico; 
- Tratamento da Lesão Crônica – corticoterapia; 
- Conduta na ausência de regressão após 1 a 2 semanas de tratamento – busca diferenciar as características clinicas do eczema areolar da 
doença de Paget e realiza biópsia do mamilo para excluir o carcinoma de Paget; 
**características clínicas da doença de Paget: unilateral, progressão lenta, úmido ou seco, bordas irregulares definidas, destruição papilar, com 
ou sem prurido, não responde ao corticoide tópico** 
f. NECROSE GORDUROSA / CISTOESTEATONECROSE / GRANULOMA LIPOFÁGICO 
- Localização – ocorre em áreas do corpo expostas ao trauma; 
- Fisiopatologia – deve-se a saponificação asséptica da gordura por meio da lipase do sangue e do tecido; 
- É mais frequente em mulheres obesas com seios flácidos, pós-menopausa ou após cirurgias mamárias; 
- Características: lesão firme, nódulo endurecido, mal delimitada, indolor e imóvel (aderido as estruturas adjacentes) – pode simular câncer; 
- Possíveis fatores associados: alteração cutânea (retração, hiperemia e edema), fluxo papilar suspeito, linfadenomegalia axilar e 
supraclavicular; 
- Necrose gordurosa assintomática – aparece como calcificações arredondadas com centro translúcido (casca de ovo) na mamografia – não 
tem significado pré-neoplásico; 
- Necrose gordurosa sintomática – forma mais rara que produz tumor detectável clinicamente – características: massa com história de trauma 
prévio, equimose, dor e retração de pele – seu quadro podenão ser tão claro, sendo necessário a solicitação de biópsia para esclarecê-lo; 
g. DOENÇA DE MONDOR 
- Tromboflebite das veias superficiais da mama; 
- Lesão rara, associada a traumatismo; 
- Características: dor aguda na região da veia trombosada (desaparece em 2 a 3 semanas), com presença de cordão fibroso no local 
identificado por depressão, que pode imitar carcinoma – o processo é autolimitado, desaparecendo todos os seus traços em 6 a 8 semanas; 
**não requer biópsia** 
- Tratamento – analgésico e/ou anti-inflamatório; 
h. GALACTOCELE 
- Lesão pouco comum causada pela obstrução canalicular em mamas lactantes, com consequente acúmulo de leite; 
- Diagnóstico e Tratamento– anamnese (nutrizes queixam de tumoração com características inflamatórias), exame físico (massa cística ou 
amolecida) e punção com agulha calibrosa (pois o material pode ser antigo, adquirindo consistência mais firme); 
- Tratamento – se a punção com agulha calibrosa for suficiente para o esvaziamento completo conclui-se a terapêutica, mas se o conteúdo for 
espesso a ponto de impedir a aspiração, torna-se necessário o tratamento cirúrgico por incisão e drenagem; 
3. ALTERAÇÕES FUNCIONAIS BENIGNAS DA MAMA (AFBMs) 
 
- São manifestações clínicas de processo 
fisiológico dinâmico comum, que podem 
se associar em diferentes graus; 
- Não são enfermidades ou lesões pré-
malignas, como os temos de 
denominação anteriores sugeriam (ex: 
displasias mamárias, doença fibrocística, 
mastoplastia fibrocística ou aberrações 
do normal desenvolvimento e involução 
da mama [ANDIs]); 
- Pode causar desconforto ao paciente; 
- Necessita ser diferenciado do câncer; 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74 – Medicina Unimontes 
 
**aberrações do normal desenvolvimento e involução da mama (ANDIs) – correlaciona as etapas evolutiva e involutiva da mama com seus 
respectivos distúrbios/exageros de normalidade (mastalgia, modularidade, adenose esclerosante, macrocistos e hiperplasia simples) e os graus 
extremos dessas alterações (abscesso, fibroadenoma gigante e hiperplasias atípicas)** 
a. MASTALGIA 
- Queixa de dor localizada em quadrante súperolateral das mamas; 
- Sintoma relevante nas mulheres, representando cerca de 47% das queixas em mastologia; 
- Evolução – indica se encontra-se relacionada a mudanças hormonais do ciclo menstrual ou a algum processo patológico da glândula 
mamária; 
- Geralmente associada a quadro de dor leve, estando presente com dor moderada a grave em cerca de 10 a 15% das mulheres; 
- As mulheres que a apresentam tem como preocupação a associação do sintoma com o câncer de mama – a frequência de câncer nas 
mulheres com mastalgia é de 1,2 a 6,7%, enquanto a frequência de câncer nas mulheres com dor mamária localizada é de cerca de 15%, assim 
as mulheres com dor mamária podem ser razoavelmente tranquilizadas devido ao baixo risco de malignidade na ausência de achados clínicos 
e/ou radiológicos anormais; 
**não se sabe se a mastalgia ocorre simultaneamente à neoplasia de mama ou se é um fator de risco para seu aparecimento** 
- Classificação – cíclica (2/3 dos casos), acíclica (1/3) e extramamária; 
- Cíclica – associa-se a mudanças do ciclo menstrual, manifestando-se na semana anterior ao sangramento, devido às alterações no equilíbrio 
estrogênio/progesterona que estimulam a proliferação do tecido glandular ductal e estromal – características: dor bilateral, difusa, mais 
intensa nos quadrantes superiores externos; 
- Acíclica – associa-se a lesões na parede torácica, que geram dor constante ou intermitente – fatores causais: mamas pendulares com 
estiramento dos ligamentos de Cooper, terapia de reposição hormonal, ectasia ductal, tromboflebite da mama (doença de Mondor), mastite, 
hidradenite supurativa e outros quadros inflamatórios; 
- Mastalgia Grave – dura mais de 7 dias e interfere na qualidade de vida da paciente; 
**dores na parede torácica (como: dores musculares peitorais, constocondrites, radiculopatias, trauma, infecções respiratórias, dores 
pleuríticas, isquemias cardíacas, doenças da vesícula biliar, nevralgia intercostal, espondilartrose vertebral, angina e síndrome de Tietze) 
podem ser referidas como mastalgias** 
 Tratamento 
- Indicação: quadro de mastalgia, sem alterações nos exames clínico e radiológico; 
- As intervenções possíveis não curam a mastalgia, mas auxiliam a garantir períodos de remissão mais ou menos longos; 
- Orientação Verbal – deve-se enfatizar o caráter autolimitado e a não correlação com o câncer de mama – auxilia na resolução do sintoma em 
90% dos casos; 
- Não existem evidências científicas claras que correlacionam a dieta, o estilo de vida e o uso algumas substâncias à mastalgia; 
- Vestimentas de suporte, como sutiãs com melhor sustentação, evitam a mastalgia em pacientes com glândulas pendulares; 
- Medicamentos benéficos: analgésicos (ex: paracetamol) e AINEs orais ou tópicos (ex: diclofenaco); 
- Antiestrogênicos: toremifeno, bromocriptina, danazol e tamoxifeno - podem ser indicados para o alívio da dor na mastalgia, mas podem 
gerar importantes efeitos adversos como intolerância gástrica e hipotensão; 
- Anticoncepcionais Orais – tem ação paradoxal, uma vez que em alguns casos pioram os sintomas, enquanto em outros aliviam; 
b. ADENSAMENTOS 
- Achados físicos bidimensionais que se manifestam como área de endurecimento/espessamento localizado, acompanhada ou não de dor e 
modularidade; 
- Características: espessamento fibroelástico, móvel, que involui após a menstruação; 
- Pode mascarar um câncer quando se manifesta como alteração unilateral e solitária, devendo-se excluir a malignidade; 
- Não requer terapêutica adicional à exclusão da malignidade; 
c. MACROCISTOS 
 
- Expressão da etapa involutiva do lóbulo mamário, que forma tumor de aparecimento 
rápido; 
- Ocorre em 7 a 10% das mulheres, sendo que cerca de 60% dessas apresentam um único 
cisto palpável; 
- Prevalente em mulheres na meia-idade e no fim do período reprodutivo, aumentando sua 
frequência a partir dos 35 anos, mas com incidência máxima entre os 40 e os 50 anos; 
**é raro na senectude, podendo ocorrer em casos de terapia de reposição hormonal** 
- Divisão: (grupo 1) revestido por epitélio atrófico e com líquido intracavitário, contendo 
proporção Na/K > 3 e grupo 2) revestido por epitélio apócrino, contendo proporção Na/K < 
3, com risco maior para carcinoma; 
- Quadro clínico – tumor móvel, firme-elástico, em sua maioria indolor, às vezes achatado, 
mais frequente nas regiões centrais da mama; 
- Em seu manejo faz-se necessário a mamografia em combinação com a ultrassonografia; 
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 Tratamento 
- Punção evacuadora do cisto – realizada ambulatoriamente, de modo a afastar a possibilidade de câncer e determinar enorme alívio à 
paciente; 
- Em portadoras de cistos múltiplos, não se faz necessário puncionar todos os cistos, em todas ocasiões, podendo ser realizada apenas uma 
monitorização por ultrassonografia, de modo que se a ultrassonografia evidenciar cistos simples (não complexos e não habitados) program-se 
apenas sessões de punção dos cistos maiores, sintomáticos; 
- Tratamento Cirúrgico – só é cogitado para excluir neoplasia maligna nos cistos com várias recidivas, quando houver massa restante pós-
punção, se o líquido for sanguinolento ou se o cisto for complexo; 
- Hormonioterapia – é de utilização excepcional pois apresenta resultados de efetividade temporária; 
4. TUMORES BENIGNOS / NÓDULOS DE MAMA 
- Tumor presente na glândula mamária, com conteúdo cístico ou sólido, palpável ou não ao exame clinico; 
- Queixa mais comum nos consultórios de mastologia, correspondendo a 60% das consultas; 
- Até a terceira década de vida, em sua maioria os nódulos representam patologia benigna, porém após a menopausa o caráter do nódulo deve 
ser diferenciado precocemente, pois representam processos malignos (câncer de mama) em até 30% dos casos; 
- Nódulospalpáveis mais comuns: cistos e fibroadenomas; 
- Nódulos palpáveis mais raros: tumor filoides, lipomas e hemartomas; 
a. ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA 
 
- O parênquima da glândula mamária sofre profundas mudanças entre a menarca e a 
menopausa; 
- Características no início da menacme: predominância de ductos, túbulos e estroma intra e 
interlobular; 
- Características no final da menacme: alterações fibrocísticas das mamas (fibróticas e 
císticas) ou alterações funcionais benignas das mamas (AFBM); 
- Características pós-menopausa: a mama, em 75% dos casos, sofre processo de 
lipossubstituição ou, em 25% dos casos, sofre fibro-substituição; 
b. DIAGNÓSTICO 
- Os três pilares da propedêutica mamária (exame físico, radiológico e cito/histopatológico) são aplicadas caso exista nódulo mamário; 
 Anamnese 
- Importante para o diagnóstico; 
- Idade – permite avaliar a incidência dos nódulos conforme a faixa etária; 
- Status hormonal; 
- Fatores associados: dor, alteração cutânea, linfadenomegalia axilar e supraclavicular; 
- Utilização de medicamentos – anticoncepcionais e terapia hormonal; 
- Fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de risco – caso presentes faz-se necessário propedêutica específica; 
**80% das mulheres com câncer de mama apresentam poucos ou nenhum fator de risco** 
 Exame Físico 
- Deve ser completo – inspeção (estática e dinâmica), palpação e avaliação dos linfonodos axilares e supraclaviculares; 
- Melhor momento para ser realizado: após a menstruação; 
- Características do nódulo que devem ser descritas: consistência, limites, regularidade, tamanho e localização – permitem a comparação 
retrospectiva durante o seguimento da paciente; 
 Ultrassonografia 
 
 
 
- Em nódulos palpáveis é mais eficaz do que a mamografia; 
- É obrigatória na diferenciação de lesões sólidas e císticas; 
 Mamografia 
- Importante no rastreamento e diagnóstico de outros tipos de lesões, como: lipoma e fibroadenoma calcificado; 
 Ressonância Magnética 
- Apresenta alta sensibilidade e reduzida especificidade; 
- Não compõe a propedêutica rotineira, devendo ser reservada para situações especiais; 
 Punção ou Biópsia do Nódulo 
- Realizada com agulha fina (PAAF) para obter material citológico ou com agulha grossa (trocarte ou vácuo-assistida) para obter material 
histológico; 
- Biópsia Cirúrgica Excisional - indicação: casos que necessitam de terapia específica; 
- Casos de suspeição do nódulo – realiza-se biópsia por agulha prévia para descartar o risco de carcinoma e estabelecer o planejamento 
terapêutico; 
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- Prefere-se realizar o diagnóstico por biópsias percutâneas, desencorajando a biópsia incisional (retira parte do tumor); 
- Biópsia percutânea por agulha grossa – retira fragmentos do nódulo, permite maior especificidade diagnóstica e em lesões neoplásicas 
fornece material para estudo imunoistoquímico; 
- Retirada de material para avaliação citológica – padrão ouro na diferenciação entre lesões sólidas e císticas; 
- A retirada de material com agulha fina para avaliação citológica pode ser realizada em ambiente ambulatorial, sem necessidade de anestesia 
local; 
- Lesões Císticas – a punção tem caráter curativo, drenando todo seu conteúdo; 
- Lesões Sólidas – método simples que necessita de boa experiência do executor e do patologista para alcançar índices satisfatórios de 
sensibilidade e especificidade; 
c. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL COM NEOPLASIAS MALIGNAS 
- Características: nódulo endurecidos, limites indefinidos, aderidos as estruturas adjacentes e indolores; 
- Possíveis fatores associados: alteração cutânea (retração, hiperemia e edema), fluxo papilar suspeito, linfadenomegalia axilar e 
supraclavicular; 
d. TRATAMENTO 
- Deve-se explicar a paciente que os nódulos benignos mamários são decorrentes de alteração normal do desenvolvimento da mama e que 
não aumentam o risco para desenvolvimento de câncer de mama; 
- Princípios Gerais do Manejo das Alterações Benignas: eliminar o mais prontamente possível o desconforto causado pela alteração, excluir 
câncer, preservar a estética na intervenção, classificar o risco para câncer a partir de uma biópsia benigna, propor esquema de seguimento e 
tranquilizar; 
 Cistos 
 
 
- Cistos simples não palpáveis, diagnosticados apenas em 
ultrassonografia – não precisam ser abordados ou acompanhados; 
- Cistos com conteúdo espesso, septos finos ou microcistos 
agrupados – devido ao pouco risco de malignidade, podem ser 
acompanhados clinicamente, realizando controle de 6 em 6 
meses; 
 Punção Aspirativa com Agulha Fina (PAFF) 
- Opção prática e eficaz nos nódulos palpáveis; 
- Nos cistos simples é uma opção diagnóstica e terapêutica; 
- Citologia do líquido – só deve ser solicitada em casos suspeitos, como cisto com conteúdo hemorrágico e cistos que recidivam em curto 
espaço de tempo – não é recomendada em outras situações; 
 Exérese Cirúrgica 
- Indicação: cistos complexos (com conteúdo sólido), quando não for possível a biópsia percutânea assistida a vácuo ou quando após a 
realização da biópsia percutânea assistida a vácuo se observar presença de atipia ou malignidade; 
- Os papilomas assintomáticos, com atipia ou que não tenham sido completamente retirados pela biópsia vácuo-assistida devem ser 
removidos cirurgicamente; 
 Nódulos Sólidos 
 
 
- Biópsia percutânea – deve ser realizada em todos os nódulos 
com imagem suspeita, independentemente da idade; 
- Retirada cirúrgica – determinada de acordo com o resultado da 
biópsia; 
- Mulheres com idade inferior a 30 anos, com exame clínico e 
radiológico sugestivos de alterações benignas e que não causem 
incômodo clínico – recomenda-se controle clínico e radiológico, 
não sendo indicado a realização de biópsia; 
 
 
 
 
 
 
 
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 Exérese cirúrgica 
 
 
- Reservada para casos sintomáticos com 
nódulos maiores que 2 cm; 
- Suspeita de tumor filoide e 
fibroadenoma juvenil – recomenda-se a 
exérese do tumor com obtenção de 
margens livres, buscando reduzir os 
riscos de recorrência; 
e. RISCO PARA CÂNCER DAS CONDIÇÕES BENIGNAS 
 
 
 
- Parâmetros para avaliar o risco de uma mulher desenvolver 
carcinoma de mama: epidemiologia clínica, testes genéticos e 
histologia; 
- Risco Histológico – realizado pelo acompanhamento em longo 
prazo dos casos de patologia benigna submetidos à biópsia e 
expressa em termos de risco relativo (RR); 
- Fator de risco que duplica o risco relativo – história familiar de 
câncer de mama; 
f. FIBROADENOMA 
- Nódulo de crescimento limitado, que não ultrapassa 2 cm e apresenta tendência à involução após a menopausa; 
- Devem-se a lesões fibroepiteliais; 
- Prevalência – acomete mulheres jovens, entre a menarca e os 30 anos, sendo que após essa idade entra em degeneração e calcifica (pode ser 
evidenciado na mamografia); 
- Fisiopatologia: deve-se a uma resposta exagerada na mama aos estímulos hormonais fisiológicos após a menarca; 
- Alguns autores o consideram como uma anomalia na etapa de desenvolvimento do lóbulo (ANDI); 
- Características: tumores firmes, elásticos, de limites nítidos, bordas regulares e lisas, forma arredondada ou lobulado, ampla mobilidade, 
crescimento lento, raramente ultrapassam 4 cm; podem ser bilaterais (10%), podem ser múltiplos (20%), alteram de tamanho conforme a fase 
do ciclo menstrual; e geralmente aumentam de tamanho na gestação e na amamentação, enquanto involuem na menopausa; 
- Constituição: proliferação do tecido conectivo do estroma + multiplicação de ductos e ácnios – encontram-se em proporções variáveis; 
- O componente estromal determina a classificação e o comportamento clínico do fibroadenoma; 
- Fibroadenoma Comum – apresenta estroma de baixa celularidade, com citologia uniforme – comporta-se de forma benigna; 
- Fibroadenomas Complexos – correspondem a 50% dos fibroadenomas – contêmoutras lesões proliferativas, como: adenose esclerosante, 
adenose, hiperplasia ductal usual e microcalcificações epiteliais; 
- Tumor filoide - apresentam estroma hipercelular e atipias, atingindo tamanhos maiores – quando benignos tem tendência à recidiva local - 
são malignos em 10% dos casos; 
- Gigante Juvenil – fibroadenoma de cerca de 10 a 20 cm, que ocorre na puberdade, gerando acentuada assimetria mamária; 
- Diagnóstico – realizado de forma clínica, mas pode ser complementado pela punção aspirativa por agulha dina (PAAF) e pela ultrassonografia; 
- Sua transformação em carcinoma é rara, apresentando incidência de 0,002 a 0,125%; 
 Diagnóstico Diferencial 
 Tumor Phyllodes 
- Apresentam as características clínicas do fibroadenoma, mas com dimensões maiores; 
- Apresentam crescimento rápido; 
- Comuns entre 30 e 50 anos; 
- Características histológicas: lesões proliferativas fibroepiteliais, com maior celularidade do estroma; 
- Forma benigna – bordeline; 
- Forma maligna – de acordo com o número de mitoses e celularidade do estroma; 
- Complicação – recorrência local grande quando margens menores que 1 cm e risco raro para desenvolvimento de metástases pulmonares; 
 Fibroadenoma Juvenil 
- Comuns entre mulheres com menos de 20 anos, aparecendo após 2 a 3 anos da menarca; 
- Apresenta o mesmo quadro clínico do tumor phyllodes; 
- Características: massa única, palpável, móvel e indolor, que cursa com crescimento rápido, podendo cursar com assimetria mamária 
importante; 
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 Tratamento 
 
- Excisão com anestesia local; 
- Abordagem preferencial – via periareolar – exceto em tumores grandes, em que se 
prefere a incisão no sulco inframamário, devido aos melhores resultados estéticos; 
- Quando os fibroadenoams são pequenos em pacientes jovens (menos de 25 anos) a 
exérese é relativa, não havendo urgência; 
- Os fibroadenomas que mostram tendência a formar nódulos múltiplos não apresentam 
urgência para exérese, sendo preferível deixa-los em observação para posterior 
procedimento único; 
g. CISTOS MAMÁRIOS 
- Estrutura redonda ou ovoide preenchida por líquido; 
- Deriva da unidade ducto lobular terminal; 
- Acomete mulheres entre a quarta década de vida e o início da menopausa; 
- Características: nódulos benignos, bordas lisas e bem definidas, pouca mobilidade, únicos ou múltiplos, tamanho e consistência variáveis; 
- Provocam dor quando crescem repentinamente; 
- Simples – apresenta conteúdo líquido límpido; 
- Complexos – apresenta vegetações ou debris em seu interior – são cerca de 5% dessas lesões; 
- Diagnóstico – ultrassonografia – caso se identifique áreas sólidas em seu interior deve-se realizar estudo histopatológico para diferenciar as 
alterações benignas das malignas; 
h. HAMARTROMA / FIBROADENOLIPOMA 
- Lesão benigna infrequente, que ocorre mais na pós-menopausa; 
- Constituição: combinação anormal de elementos de tecido glandular, gorduroso e conectivo fibroso; 
- Descrito histologicamente como breast in a breast, ou seja, área de tecido mamário normal encapsulado; 
- Características quando palpáveis: tumores bem delimitados de limites precisos, de aspecto macio, não diferenciando em textura do 
parênquima; 
- Geralmente são diagnosticadas apenas por exames de imagem; 
i. PAPILOMA INTRADUCTAL 
- Lesão hiperplásica; 
- Prevalente em mulheres entre 30 e 50 anos, apresentando pico de incidência na quinta década; 
- Etiologia – proliferação do epitélio ductal com um eixo vasculoconectivo que enche o canalículo e o distende; 
- Características: solitário, não excede 2 a 3 mm, localiza-se nos ductos terminais, fluxo papilar sanguinolento associado a nódulos próximos à 
aréola (nódulo subareolar), gera derrame sanguinolento ou seroso; 
- Diagnóstico diferencial – papilomatose múltipla (hiperplasia ductal ou lobular que apresenta localização mais periférica); 
- Tratamento – exérese do ducto atingido com incisão justareolar; 
j. CICATRIZES RADIAIS / LESÃO ESCLEROSANTE COMPLEXA 
- Características: múltiplas, grandes, massas espiculadas indistinguíveis; 
- Em exames mamográficos podem parecer carcinomas, devendo ser realizado diagnóstico histopatológico; 
- Associa-se ao risco aumentado de câncer de mama; 
- Costumam a ser descobertas acidentalmente em tecido mamário excisado por outra anormalidade; 
- Tratamento – a excisão cirúrgica nem sempre é necessária, podendo ser monitoradas por tomosssíntese ou ressonância magnética após o 
diagnóstico por punção-biópsia; 
k. HIPERPLASIAS 
- Hiperplasia Simples – condição benigna; 
- Hiperplasia com Atipias – associa-se a pequeno ou moderado aumento no risco de câncer de mama (3,5 a 5 vezes), devendo sempre ser 
tratadas com biópsia excisional da lesão para evitar subdiagnóstico, pós punção-biópsia percutânea – podem ser ductais ou lobulares, com 
algumas características de carcinoma in situ (maior risco de hiperplasia lobular atípica) – ocorre em 12 a 17% das biópsias, devido às 
microcalcificações na mamografia; 
l. LIPOMA 
- Proliferação benigna das células lipídicas; 
- Características: nódulo amolecido, bem delimitado, pode atingir grandes proporções e causar deformidades, pode sofrer cistoestratonecrose, 
pode causar o aparecimento de áreas endurecidas (confunde com carcinoma); 
- Tratamento – remoção cirúrgica; 
 REFERÊNCIAS 
- MOORE. Anatomia orientada para Clínica. 7 ed. 2014. Cap. 1; 
- CAMARGOS, et al. Ginecologia Ambulatorial baseada em evidências científicas. 2 ed. 2008. Capítulos 7(pg 123 – 136); 
- FREITAS. Rotinas em Ginecologia. 7 ed. 2017. Capítulo 22 (pg 588 – 608) e Capítulo 23 (pg 612 - 635); 
- FEBRASGO. Tratado de Ginecologia. 2019. Cap 10 (pg 72 - 77) e Cap 78 (pg 2424 – 2435); 
 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74 – Medicina Unimontes

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