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Rede Socioassistencial Privada do SUAS

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Página inicial 
A CERTIFICAÇÃO DE 
ENTIDADE BENEFICENTE DE 
ASSISTÊNCIA SOCIAL (CEBAS) 
Professora : 
Esp. Silviane Del Conte Curi 
Objetivos de aprendizagem 
• Conhecer os conceitos e características das organizações consideradas beneficentes de assistência social. 
• Compreender o CEBAS, sua descrição e utilidade geral para as entidades privadas de assistência social. 
• Analisar os critérios e documentações necessárias à Certificação nas áreas preponderantes de educação, assistência social e saúde 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Entidades Beneficente de Assistência Social 
• O CEBAS e as entidades privadas 
• Obtendo a Certificação: na educação, na assistência e na saúde. 
Introdução 
Olá caro(a) aluno(a), vamos iniciar nossa jornada a mais uma parcela importante do conhecimento, iremos nos apropriar dos conceitos das características que envolvem as 
entidades beneficentes de assistência social e diferenciá-las das entidades da rede sócio assistencial. Embora pareça que estamos tratando do mesmo assunto, não é exatamente 
assim, as diferenças existem, apesar de serem mais de caráter burocrático. 
As entidades beneficentes de assistência social inscritas no Cadastro devem cumprir várias exigências e ter um mínimo de gratuidade nos serviços prestados. Será sobre estas 
concessões e características que iremos tratar inicialmente. 
Conheceremos sobre o que se trata a Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social (CEBAS); para que ele é utilizado pelas instituições que solicitam a avaliação para 
ser ou não certificada; saberemos se é destinada apenas às entidades públicas de assistência social, ou se as entidades privadas também têm acesso a ele. Esta Certificação assegura 
às entidades de benefícios tributários e previdenciários, por este motivo é tão almejada. Contudo, para que a entidade seja certificada, precisa apresentar uma série de documentos 
e estar adequada às regras da certificação na sua área de atuação. 
Esta Certificação assegura às entidades de benefícios tributários e previdenciários, por este motivo é tão almejada. Contudo, para que a entidade seja certificada, precisa 
apresentar uma série de documentos e estar adequada às regras da certificação na sua área de atuação. 
Quando a entidade realiza seu cadastro no CNPJ ela define uma atividade que irá desenvolver, se aliarmos esta informação aos dados de aplicação dos recursos do balanço contábil, 
já teremos alguma noção sobre qual a área preponderante de atuação da entidade de educação, assistência social ou saúde. 
E como o CEBAS é concedido pelo respectivo Ministério da área preponderante de atuação, apesar de as regras terem as mesmas diretrizes, podem ser diferentes na sua 
aplicabilidade em cada um dos Ministérios, uma vez que os serviços têm características diferentes. 
São muitos detalhes importantes que irá encontrar aqui, aproveite os estudos! 
Avançar 
UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
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Página inicial 
Entidades Beneficentes de Assistência Social 
Vamos iniciar nossos estudos tratando sobre a rede sócio assistencial, a rede de proteção social do Sistema Único de Assistência Social - SUAS. Afinal o que é o SUAS? 
Como se caracteriza a assistência social? O que é a proteção social? 
A Constituição Federal do Brasil, de 1988 em seu art. 203 define que: 
a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
l- a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária [...] 
Estas são as ações que envolvem os objetivos da assistência social, entretanto, o fato de uma entidade/organização desenvolver alguma atividade que atenda a qualquer destes 
objetivos não significa que ela já estará apta a firmar convênios com órgãos públicos, para tal ela precisa atender às regras, aos regulamentos e leis específicas à sua área de atuação, 
mesmo tendo o art. 204 da CF/88 em seu inciso I, definido que as entidades beneficentes e de assistência social podem executar serviços e programas, com base na descentralização 
político-administrativa. Para organizar a assistência social e determinar os papéis, em 1993, a Lei nº 8.742 - Lei Orgânica de Assistência Social - LOAS, foi promulgada definindo a 
assistência social como “direito do cidadão e dever do Estado [...], que provê os mínimos sociais, realizada por meio de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da 
sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas” (BRASIL, 1993, art. 1º) e reitera os objetivos preconizados na CF/88, “como proteção social, que visa à garantia da 
vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos” (BRASIL, 1993, art. 2º). 
A LOAS (BRASIL, 1993, art. 3º) caracteriza as entidades e organizações de assistência social, como “aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam 
atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos” e, nos seu parágrafos seguintes, delimita as 
características de atendimento, assessoramento, defesa e garantia de direitos. 
Não vamos confundir as entidades e organizações da assistência social com a as entidades beneficentes de assistência social. O MDS define que as 
primeiras “são aquelas sem fins lucrativos e parceiras da administração pública no atendimento às famílias, indivíduos e grupos em situação de 
vulnerabilidade ou risco social e pessoal, que integram a rede sócio assistencial junto aos entes federativos (órgãos gestores) e os conselhos de 
assistência social, formando o Sistema Único de Assistência Social” (BRASIL, [2017], on-line). 
Fonte: adaptado Brasil ([2017], on-line). 
A lei determina, ainda, que a gestão das ações, atividades, programas, projetos e serviços, na área de assistência social seja efetuada por um sistema descentralizado e participativo, 
o SUAS, que será integrado por todos os entes federativos, seus conselhos de assistência social e pelas entidades e organizações de assistência social, caracterizadas na referida 
legislação e, ainda, complementa que, 
As proteções sociais básicas e especial serão ofertadas pela rede socioassistencial, de forma integrada, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas 
entidades e organizações de assistência social vinculadas ao SUAS, respeitadas as especificidades de cada ação. 
§ 1o A vinculação ao Suas é o reconhecimento pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome de que a entidade de assistência social 
integra a rede sócio assistencial (BRASIL, 1993, art. 6º B). 
Determina, ainda, que as proteções sociais serão ofertadas pela rede pública em seus equipamentos e por entidades sem fins lucrativos de assistência social. Com o intuito de 
consolidar a rede socioassistencial; o SUAS tem feito uso de ferramentas de gestão da informação, como instrumento de construção e efetivação do sistema participativo e 
descentralizado preconizado. 
Para Paes (2001, p. 446), existem distinções entre entidade sem fins lucrativos, entidade beneficentes de assistência social e entidades beneficentes. A instituição filantrópica atua 
em benefício público (coletivo/social) prestando atendimento sem gerar ônus à pessoa que foi beneficiada e se pauta, exclusivamente, na vontade de ajudar o próximo e está 
bastante atrelada à caridade e à generosidade. 
A entidade sem fins lucrativos ou beneficentes, visam oatendimento do coletivo ou de indivíduos e não da própria entidade. Ele afirma que “toda entidade filantrópica é 
beneficente, mas nem toda entidade beneficente é filantrópica”. Deste modo, a filantropia não é característica comum à todas entidades beneficentes, uma vez que existe, 
atualmente, um forte desejo de que as ações sejam de assistência social e não mais assistencialistas/clientelistas. Não podemos perder de vista que é 
Importante estabelecer que no contexto constitucional, a expressão “assistência social” pode ser dividida e, lato sensu e stricto sensu, sendo o 
primeiro composto da saúde à previdência e assistência social, (arts. 194 e 197, § 7º, da CF/88) e o segundo da assistência propriamente dita, sendo 
esta tratada pelo disposto no art. 203 da Constituição Federal [...] (PAES, 2001, p. 447). 
Como caracterização legal, o art. 203 da CF/88 define que “a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independente de contribuição à seguridade social”, fazendo do 
direito assistencial parte dos direitos sociais e foi regulamentada pela Lei nº 8.742/1993 - LOAS, no art. 3º que define: “consideram-se entidades e organizações de assistência social 
aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e 
garantia de direitos”. As entidades que prestam tais serviços, em grande parte, compõem a rede socioassistencial do SUAS e, 
muitas vezes as ONGs não recorrem, às certificações que lhes estão disponíveis por falta de conhecimento ou porque não vão mais a fundo para 
entender os procedimentos e as vantagens que os títulos oferecem. Os títulos são recursos para assegurar (entre outros benefícios) credibilidade, 
segurança e isenção de impostos. Por isso, possuí-los é de suma importância para as entidades que desejam construir algo verdadeiramente sólido 
(TOZZI, 2015, p. 38). 
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No que se refere a tais certificações e os benefícios decorrentes delas, até o ano de 2009 era competência exclusiva do Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS conceder o 
registro e certificado de entidade beneficente às organizações sem fins lucrativos, com base nos critérios. 
Em 11 de novembro de 2009 o CNAS, por meio da Res. nº 109, aprovou a Tipificação dos Serviços Socioassistenciais, organizando estes serviços por nível de complexidade com 
base no SUAS, sendo a proteção social básica e a proteção social especial de média e alta complexidade. A Tipificação padronizou em uma matriz os serviços específicos da 
assistência social e que podem ser prestados por entidade privadas, em complemento às ações do Estado. E, a partir de 27 de novembro de 2009, com a promulgação da Lei nº 
12.101 (ficou conhecida como a nova lei da filantropia) os parâmetros e critérios de certificação foram alterados, esclarecendo em seu art. 1º que: 
a certificação das entidades beneficentes de assistência social e a isenção de contribuições para a seguridade social serão concedidas às pessoas de 
direito privado, sem fins lucrativos, reconhecidas como entidades beneficentes de assistência social com a finalidade de prestação de serviços nas 
áreas de assistência social, saúde ou educação, e que atendam ao disposto nesta Lei (BRASIL, 2009, art. 1º). 
A legislação inseriu no texto para fins de certificação as organizações prestadoras de atendimento nas áreas prioritárias (saúde, assistência social e educação) conforme os objetivos 
da assistência social da LOAS, art. 2º, e da CF/88, arts.6º (dos direitos sociais) e 203 (garantindo a proteção social integral e universal). A Certificação de Entidade beneficente de 
Assistência Social - CEBAS é destinado às entidades, sem fins lucrativos, reconhecidas como beneficentes de assistência social que prestem serviços nas áreas de educação, 
assistência social ou saúde. 
Atualmente existem três tipos de certificação/qualificação/titulação federal relevantes para as organizações sem fins lucrativos, as de Organizações 
Sociais - OS (pela Lei nº 9.637/1998), as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP (pela Lei nº 9.790/1999) e a Certificação de 
Entidade Beneficente de Assistência Social (pela Lei nº 12.101/2009). 
Fonte: Lopes (2015, p. 168). 
Independente da área preponderante de atuação, para ter direito a requerer à certificação, as entidades descritas no art. 1º, da referida legislação, devem obedecer o princípio da 
universalidade do atendimento previsto na CF/88. A partir da Lei nº 12.101/2009 a certificação das entidades deixou de ser atribuição exclusiva do CNAS, atribuindo ao Ministério 
correspondente à área de atuação a competência de avaliar a entidade e conceder-lhe o Certificado, conforme disposto nos seus arts. 21 a 23. 
Ou seja, as entidades de saúde serão certificadas pelo Ministério da Saúde, as entidades de educação, pelo Ministério da Educação e as entidades de assistência social, pelo então 
Ministério do Desenvolvimento Social, com base na LOAS, mediante os critérios da legislação, que prevê no mínimo 12 meses de constituição da entidade prévia à solicitação, além 
de estar obrigada ao cumprimento de requisitos específicos por área/Ministério o art. 3º em seus incisos determina que seja personalidade jurídica formal, e que contenha previsão 
estatutária para a destinação de patrimônio remanescente em caso de dissolução, além do disposto nas Seções I, II, III e IV do Capítulo II da Lei nº 12.101/2009. 
Como identificação à entidades beneficentes de saúde, educação e assistência social, beneficiárias da Lei nº 12.101/2009, prevê no art. 18: 
§ 1º Consideram-se entidades de assistência social aquelas que prestam, sem fins lucrativos, atendimento e assessoramento aos beneficiários 
abrangidos pela Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e as que atuam na defesa e garantia de seus direitos. (Parágrafo com redação dada pela Lei 
nº 12.868, de 15/10/2013) (BRASIL, 2009). 
No art. 12, sobre as entidades de educação: 
Parágrafo único. As entidades de educação certificadas na forma desta Lei deverão prestar informações ao Censo da Educação Básica e ao Censo da 
Educação Superior, conforme definido pelo Ministério da Educação. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 12.868, de 15/10/2013) (BRASIL, 2009). 
No art. 4º, sobre a certificação das entidades de saúde: 
Para ser considerada beneficente e fazer jus à certificação, a entidade de saúde deverá, nos termos do regulamento: 
I - celebrar contrato, convênio ou instrumento congênere com o gestor do SUS; (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.868, de 15/10/2013); 
II - ofertar a prestação de seus serviços ao SUS no percentual mínimo de 60% (sessenta por cento); 
III - comprovar, anualmente, da forma regulamentada pelo Ministério da Saúde, a prestação dos serviços de que trata o inciso II, com base nas 
internações e nos atendimentos ambulatoriais realizados. (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.453, de 21/7/2011) (BRASIL, 2009). 
Estas previsões legais pautam os critérios iniciais de avaliação para certificação das entidades no CEBAS - Certificado Beneficente de Assistência Social, nas respectivas áreas de 
atuação. Cada Ministério elaborou e publicou um manual para instruir as organizações na solicitação da certificação. Em síntese, para tal certificação não são somente as entidades 
específicas de assistência social que são consideradas entidades beneficentes da rede socioassistencial, mas aquelas que defendem os direitos sociais básicos assegurados 
constitucionalmente e que atendam aos critérios legais descritos. 
O manual disponibilizado pelo MDS define como características das entidades de assistência social, com base na LOAS, as entidades que: 
• executem ações de caráter continuado,permanente e planejado; 
• assegurem que os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais sejam ofertados na perspectiva da autonomia e garantia de direitos dos usuários; 
• garantam a gratuidade em todos os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais - inexistência de cobrança pelos serviços; 
• garantam a existência de processos participativos dos usuários na busca do cumprimento da missão da entidade ou organização (BRASIL, [2017], p. 11, on-line). 
E na sequência da delimitação esclarece que, ações caritativas, pias, ou assistencialistas desenvolvidas por entidades, mesmo que sem fins lucrativos, não as caracteriza como de 
assistência social. 
O Decreto nº 8.242 de 23 de maio de 2014 regulamenta a Lei nº 12.101/2009, no que diz respeito à certificação das entidades ‘beneficentes de assistência social ratificando os 
critérios da Lei nº 12.101/2009 e das alterações sofridas pela Lei nº 12.868/2013 com os procedimentos de certificação, renovação e de isenção das contribuições para a 
seguridade social. 
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O CEBAS e as Entidades Privadas 
Estudamos sobre as características e a respeito da certificação concedida às OSCs reconhecidas como entidades beneficentes de assistência social, agora iremos a uma breve 
descrição dos benefícios oriundos desta certificação às organizações privadas sem fins lucrativos que atendam aos critérios. 
A Secretaria Geral da Presidência da República divulgou que até setembro de 2014, no Brasil, estavam certificadas um total de 19.936 organizações nas três áreas de atuação, 
sendo que destas: 4.218 entidades detinham o CEBAS pela assistência social, 2.236 pela educação e 13.482 entidades pela saúde, sendo que o IBGE – FASFIL (2012) divulgou 
resultados de um levantamento que revelou até 2010 um total de organizações sem fins lucrativos registradas passava de 290 mil organizações (LOPES et al, 2015, p. 174). 
Por esses números percebemos que a certificação não era para todas as organizações sem fins lucrativos, nem todas a almejavam e alguns processos ainda estavam em processo de 
validação, pois se tratava de um processo moroso e de uma imensa lista de espera para avaliação. Mesmo com as mudanças ocorridas entre os anos de 2009 e 2014 (data da lei que 
alterou a certificação - data dos dados divulgados), ainda era um percentual inexpressivo de entidades certificadas diante do total de organizações do terceiro setor constituídas 
formalmente. 
As mudanças trazidas pela Lei nº 12.101/2009, a que discutiremos aqui, diz respeito ao processo de certificação das entidades, uma vez que passou a regulamentar a concessão do 
CEBAS à organizações de assistência social, educação ou saúde que atuem em áreas, por exemplo, como “comunidades terapêuticas, instituições dedicadas ao estímulo à 
alimentação saudável, à prática de atividade física e a prevenção ao câncer, ao contágio pelo vírus HIV e à violência” (LOPES et al 2015, p. 174). Outra mudança gerada pela lei foi a 
possibilidade de remuneração de dirigentes de entidades certificadas, desde que atendessem a alguns critérios, sem perder benefícios fiscais. 
O CEBAS é um certificado muito almejado pelas instituições sem fins lucrativos, que atuam na educação, na assistência social, na saúde - por proporcionar-lhes isenções e 
imunidades e lhes possibilitar a celebração de parcerias com o poder público - desde que atendam às legislações vigentes. A respeito da imunidade a Lei nº 9.532/1997 define em 
seu art.12 que: 
para efeito do disposto no art. 150, inciso VI, alínea “c” da Constituição, considera-se imune a instituição de educação ou de assistência social que 
preste os serviços para os quais houver sido instituída e os coloque à disposição da população em geral, em caráter complementar às atividades 
do Estado, sem fins lucrativos (BRASIL, 1997, on-line). 
Considera, ainda, entre seus critérios de definição e acesso aos benefícios fiscais, o fato de que em regime de exceção poderá remunerar “dirigentes que atuem efetivamente na 
gestão executiva [...] respeitados como limites máximos os valores praticados pelo mercado na região correspondente à sua área de atuação [...]” (BRASIL, 1997, art.12, § 2º, on-line). 
Exigindo, ainda entre seus critérios, a aplicação integral de seus recursos e excedentes financeiros na manutenção e desenvolvimento dos seus objetivos sociais, a escrituração e 
manutenção em boa ordem dos documentos contábeis, a entrega da Declaração de Rendimentos à Receita Federal (mesmo que isenta de pagamento de tal imposto, é obrigatória a 
entrega da DIRPJ) e assegurar a destinação do patrimônio em caso de fusão, cisão ou encerramento de atividades à outra instituição que atenda às condições para gozo da 
imunidade. Tais condições, além de outras descritas na legislação são essenciais para a garantia da imunidade e isenções decorrentes da certificação. 
O art.15 desta mesma lei também define como isentas do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido “as instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural 
e científico e as associações civis que prestem serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam, sem fins 
lucrativos”. São, também, vantagens às entidades beneficentes certificadas a isenção de contribuições sociais, tais como PIS e COFINS, mas o benefício mais almejado pelas 
entidades que buscam esta certificação, ainda é a isenção do recolhimento da cota patronal do INSS, que é concedida pela Receita Federal do Brasil. 
Que tal conhecer a respeito das características dos convênios e OSCs que receberam recursos para políticas financiadas pelo governo federal de 
2003 a 2011? 
O IPEA divulgou o estudo: As entidades sem fins lucrativos e as políticas públicas federais: tipologia e análise de convênios e organizações (2003- 
2011). Texto para discussão nº 1896, 2013. 
(Laís Vanessa Carvalho de Figueirêdo Lopes; Laís de Figueirêdo Lopes; Bianca dos Santos e Iara Rolnik Xavier). 
Considerando que para fins da Lei Orgânica da Assistência Social e da Lei nº 12.101/2009, são entidades de assistência social as que prestam serviços ou realizam ações de 
atendimento à população de forma gratuita, continuada e planejada e podem ser prestadas apenas por aquelas de direito privado que atendam aos critérios das citadas legislações e 
nos termos do Decreto nº 8.242/2014 que define que além de toda a documentação prevista no art 3º, da universalidade do atendimento no art. 2º, no caso da entidade ser da área 
da assistência social, ainda demonstrará: 
I - natureza, objetivos e público compatíveis com a Lei nº 8.742, de 1993, e o Decreto nº 6.308, de 14 de dezembro de 2007; 
II - inscrição no Conselho de Assistência Social Municipal ou do Distrito Federal, de acordo com a localização de sua sede ou do Município em que 
concentre suas atividades, nos termos do art. 9º da Lei nº 8.742, de 1993; e 
III - inclusão no cadastro nacional de entidades e organizações de assistência social de que trata o inciso XI do caput do art. 19 da Lei nº 8.742, de 
1993, na forma definida pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (BRASIL, 2014, art. 39, on-line). 
Contudo, no art. 40, existe a previsão legal de que a entidade sendo da rede socioassistencial do SUAS, já é condição suficiente para a obtenção da certificação, vínculo que poderá 
ser verificado por meio do cadastro nacional de entidades e organizações de assistência social. 
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Para solicitação do certificado, o art. 4º do Decreto estabelece que: “Os requerimentos de concessão da certificação [..] deverão ser protocolados junto aos Ministérios [...], 
conforme a área de atuação preponderante da entidade, acompanhados dos documentos necessários à sua instrução” (BRASIL, 2014, on-line). E umavez concedidos, os novos 
certificados terão validade de 3 anos e as renovações de organizações com receita bruta anual inferior a um milhão de reais, terão validade de 5 anos, contada a partir da data de 
publicação do deferimento. 
De acordo com Decreto nº 8.242/2014, a entidade que tiver atuação em mais de uma das áreas (educação, saúde e assistência social) deverá 
protocolar a solicitação de certificação no Ministério que for o responsável pela área preponderante de ação da entidade, e esta deve estar em 
consonância com a atividade econômica principal descrita no CNPJ, bem como a descrição dos objetivos estatutários. Se atente para que estas 
informações documentais estejam coerentes. 
Fonte: a autora. 
Dos benefícios identificados como isenção, destinados às entidades certificadas pelo CEBAS, a Cartilha do MDS lista as seguintes contribuições: 
I - 20% (vinte por cento), destinadas à previdência social, incidentes sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, 
durante o mês, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais (autônomos) que prestem serviços à entidade; 
II - 1%, 2% ou 3% destinadas ao financiamento de aposentadorias especiais e de benefícios decorrentes dos decorrentes dos riscos ambientais do 
trabalho, incidentes sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e 
trabalhadores avulsos que prestem serviços à entidade; 
III - 15% (quinze por cento), destinadas à Previdência Social, incidentes sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de serviços prestados por 
cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho; 
IV – contribuição incidente sobre o lucro líquido (CSLL), destinada à seguridade social; 
V – COFINS incidente sobre o faturamento, destinada à seguridade social; 
VI – PIS/Pasep incidente sobre a receita bruta, destinada à seguridade social (BRASIL, [2017], p.15, on-line). 
A primeira isenção se refere à cota patronal do INSS, a segunda diz respeito aos recolhimentos “outras entidades”. São os benefícios mais conhecidos pelas entidades, mas, para 
muitas, as outras possibilidades de isenções também são muito bem-vindos. Contudo, como fazer para obter a certificação? Veremos, a seguir, algumas dicas sobre os 
procedimentos a serem adotados. 
O isenção do recolhimento da cota patronal do INSS concede a entidade apenas o direito a não recolher a parte do empregador, mas não aufere à 
entidade o direito de não recolher a taxa do empregado. Caso ela deixe de recolher a taxa do empregado, ele perde direitos inclusive relativos a 
aposentadoria, e a entidade poderá responder por crime de apropriação indébita. 
Fonte: adaptado de Sobral (2011). 
Obtendo A Certificação: na Educação, na Assistência 
Social e na Saúde 
Para concluirmos nossa trajetória sobre a certificação, vamos nos aproximar dos critérios que cada Ministério estabelece para a concessão do certificado, cabe lembrar que como 
estamos estudando parâmetros estabelecidos por leis, é importante nos atualizarmos constantemente e a construção das certificações tem passado por transformações e 
adequações. Como estudamos atualmente, a regulamentação para o Cebas está baseada na Lei nº 12.101/2009 e exige em comum às entidades, que elas demonstrem no exercício 
fiscal anterior ao requerimento, que está formal e juridicamente constituída há, pelo menos, 12 meses consecutivos; preveja em seu estatuto, que em caso de dissolução ou 
extinção, que destinará a entidades sem fins lucrativos congêneres ou a entidade pública, o eventual patrimônio remanescente. 
Algumas atividades desenvolvidas pelas entidades beneficentes de assistência social são regulamentadas também pela Res. CNAS nº 27/2011. 
A Tipificação dos Serviços Socioassistenciais foi elaborada com o objetivo de padronizar os entendimentos sobre os serviços ofertados pela 
assistência social. 
Esse documento além de estruturar os serviços organizando-os por níveis de proteção social (básica e especial), trouxe aspectos relevantes dos 
serviços quanto à nomenclatura, descrição, usuários, objetivos, provisões, aquisições dos usuários, condições e formas de acesso, unidade, 
abrangência etc. 
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Fonte: Brasil ([2017], p.10, on-line). 
Caso uma entidade atue em mais de uma área das que são referência para a certificação, relembramos que vale aquela que é ação preponderante da instituição, ou seja, aquela em 
que as atividades desenvolvidas sejam objetivo principal. Contudo, não podemos esquecer que esta atividade precisa estar descrita no estatuto, ter relatório das atividades em 
consonância com o demonstrativo contábil e a atividade estar no CNAE - Código Nacional da Atividade Econômica - principal do CNPJ da organização. É muito importante conhecer 
as regras, para solicitar o certificado ao Ministério correspondente à área de atuação, visto que cada um tem critérios diferenciados. 
CEBAS Educação 
Por exemplo, o Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social - Cebas na área da educação, teve sua cartilha que publicada pelo Ministério da Educação - MEC em 
novembro de 2013 orientando sobre o requerimento. O MEC pontua sobre a relevância das atividades executadas pelas entidades beneficentes de assistência social na construção 
e efetivação das políticas públicas de educação, como mecanismo de inclusão social. 
O cadastramento no SisCEBAS é obrigatório a todas entidades que atuem na área educacional, independentemente de ser atividade preponderante o cadastro da ação deve ser 
efetuado no sistema. 
Ao realizar a análise do requerimento, o MEC verificará, com base nas demonstrações contábeis e em função do gasto efetivamente realizado pela 
entidade, se essa preponderância está corretamente indicada. Caso contrário, o requerimento será redirecionado a outro ministério e a entidade 
terá que regularizar o seu cadastro junto à Receita Federal (BRASIL, 2013, p. 12). 
O processo de solicitação, concessão e renovação é efetuado por meio eletrônico, através do SisCEBAS - Sistema Eletrônico de Certificação das Entidades Beneficentes de 
Assistência Social na Área da Educação, com vistas a agilizar o processo de certificação e oportunizar a expansão e acesso à educação refletido dos serviços e atividades 
desenvolvidos pelas entidades de assistência social. 
Para o requerimento, as entidades de educação, além dos critérios já descritos e comuns a todas as três áreas, devem também estar regularmente cadastradas no Censo da 
Educação Básica e/ou no Censo da Educação Superior. A validade do certificado pode variar entre 1 e 5 anos e está pautado na Lei nº 12.101/2009, nas alterações que houverem e 
no Decreto nº 8.242/2014. Além das legislações e normativas do MEC, tal como a Portaria nº 920/2010 que trata da obrigatoriedade de inscrição no SisCEBAS como pré-requisito 
para solicitar a certificação. E, para acesso ao sistema, a entidade necessita do certificado digital, tipo A3, que deve ser adquirido junto às autoridades certificadoras que estiverem 
autorizadas pelo Instituto de Tecnologia da Informação - ITI. 
Para inscrição de entidades socioassistenciais autônomas (que não sejam mantidas por outra entidade) no SisCEBAS e para atender os requisitos da Lei nº 12.101/2009 os outros 
documentos exigidos são: comprovante de inscrição no CNPJ; cópia atualizada da ata de eleição dos dirigentes, ou do representante legal quando for o caso; cópia autenticada do 
ato constitutivo registrado em cartório para comprovar tempo de constituição e funcionamento; relatório de atividades realizadas no último exercício fiscal; plano de atendimento 
de concessão de bolsas e programas de apoio a alunos bolsistas; demonstrações contábeis do exercício fiscal anterior. Estes são documentos, mas existem normas a serem seguidas 
além dos documentos a serem entregues. 
Todas as legislações atualizadas,que permeiam o CEBAS Educação, podem ser acessadas no sítio institucional do MEC na internet. Conheça mais as 
regulamentações gerais e as específicas desta área. Bem como os manuais e orientações para o cadastro e o atendimento dos critérios. Fique por 
dentro! 
Para saber mais, acesse o link disponível em: < http://cebas.mec.gov.br/legislacao >. 
Fonte: a autora. 
CEBAS Saúde 
O Certificado para as entidades beneficentes de assistência social na área da saúde, tem sua regulamentação específica, além dos critérios e exigências comuns a todas as 
entidades. No portal da saúde o Ministério da saúde - MS se posiciona a respeito da mudança de competência da certificação: 
as regras vigentes trazem um novo olhar para a certificação na área da saúde, com foco no fortalecimento da gestão do SUS e na potencialização das 
ações das Entidades Beneficentes para a estruturação das Redes de Atenção à Saúde - RAS, com consequente ampliação e melhoria da qualidade do 
acesso aos serviços de saúde. 
Outro importante aspecto a ser observado é a inserção de ações prioritárias de saúde no conjunto de critérios para a comprovação da prestação de 
serviços ao SUS, para fins de certificação. A pactuação dessas ações ocorre no âmbito dos Estados e Municípios e abrange as áreas de Atenção 
Obstétrica e Neonatal, Oncológica, Urgências e Emergências, usuários de álcool, crack e outras drogas e hospitais de ensino (PORTAL DA SAÚDE, 
[2017], on-line)1. 
Não somente sobre a alteração do certificador, mas inclusive a respeito dos ganhos que tal descentralização poderá gerar nas ações da área da saúde, ampliando a abrangência da 
certificação para outras áreas dentro da saúde. 
Conforme art. 80 da Portaria GM/MS nº 834 de 26/04/2016, publicada no DOU em 27/04/2016 fica estabelecido que até a implantação do Sistema 
de que trata o art. 27, os requerimentos serão protocolados pessoalmente, junto ao DCEBAS/SAS/MS, ou por via postal, considerando-se a data do 
protocolo a mesma da postagem (PORTAL DA SAÚDE, [2017], on-line)1. 
O requerimento e contato com o MS é efetuado por meio do sistema e por e-mail e regulamentada neste Ministério, além das legislações comuns a todos os três Ministérios, pela 
Portaria GM/MS nº 834/2016, que define os procedimentos relativos à certificação de entidades beneficentes de assistência social na área da saúde, que devem apresentar a ata de 
fundação; ata de eleição digitalizada, com identificação da vigência do mandato; CNPJ; procuração do representante legal; documento constitutivo registrado em cartório; e 
certidões e dados pessoais e de contato do responsável. 
CEBAS Assistência Social 
Já na assistência social, a organização das suas ações acontecem a partir da sua lei orgânica, a Lei nº 8.742/1993, seguindo as diretrizes da CF/88 e da Política Nacional da 
Assistência Social - PNAS, reformulando-se com a NOB - Norma Operacional Básica quando cria o SUAS - Sistema Único da Assistência Social e da Resolução CNAS nº 109/2009 
que tipifica os serviços determinando cada detalhe de sua elaboração, execução e resultados. 
Contudo, essencialmente o SUAS que “é integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de assistência social e pelas entidades e organizações de assistência social 
abrangidas pela Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS” (BRASIL, 2012, art. 8º, §3º), busca garantir a proteção social, que é organizada 
em dois níveis: básico e especial e esses níveis se articulam entre os serviços e profissionais da rede pública e rede privada para alcançar os objetivos da PNAS (VITORIANO, 2011, 
p. 3). 
A NOB (BRASIL, 2012, art. 9º) esclarece que “[...] a rede socioassistencial é um conjunto integrado da oferta de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social 
mediante articulação entre todas as unidades de provisão do SUAS”. 
O CEBAS, para as entidades que tenham sua atividade preponderante ou exclusiva na área da assistência social, é concedido/renovado pelo Ministério do Desenvolvimento Social 
(MDS) e com base na Lei nº 12.101/2009, Arts. 18 a 20, são critérios para o requerimento: estar inscrita no conselho municipal de assistência social, ou do DF (conforme o caso), 
integrar o cadastro Nacional de entidades e organizações de assistência social - conforme art. 19, inciso XI, da Lei 8.742/1993 - além de todos os requisitos comuns a todas que já 
estudamos ainda há pouco e da lista de documentos comprobatórios de existência, de capacidade técnica e operacional, de compatibilidade dos objetivos e natureza institucional, 
relatório detalhado de atividades desenvolvidas no exercício anterior, documentos contábeis e notas explicativas. 
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As documentações para requerimento da certificação nas três áreas são, na maioria, idênticos, o que muda essencialmente são as informações a respeito dos serviços prestados e 
da gratuidade concedida e sua área de preponderância. Independente da área principal da entidade, ela pode se cadastrar na Rede do SUAS, desde que execute alguma ação na área 
da assistência social, nos termos e critérios da legislação vigente, a que estudaremos mais adiante. 
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ATIVIDADES 
1. As entidades de assistência social são as que prestam serviços ou realizam ações de atendimento à população de forma gratuita, continuada e planejada e podem ser prestadas, 
apenas, por aquelas de direito privado que atendam critérios das legislações. Que complemento necessita essas entidades, por ser da área da assistência social? 
a) Inclusão no cadastro nacional de entidades e organizações de assistência social, na forma definida pelo Ministério do Bem Estar Social (Decreto n. 8.242/2014, art..39); natureza, 
objetivos e público compatíveis com a Lei n. 8.742, de 1993 e o Decreto n. 6.308, de 14 de dezembro de 2007. 
b) Inscrição no Conselho de Assistência Social Municipal, Estadual ou do Distrito Federal, de acordo com a localização de sua sede ou do Município em que concentre suas 
atividades, nos termos do art. 9 da Lei n. 8.742, de 1993. 
c) Natureza, objetivos e público compatíveis com a Lei n. 8.742; inclusão no cadastro nacional de entidades e organizações de assistência social na forma definida pelo Ministério do 
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Decreto n. 8.242/2014. art.39); inscrição no Conselho de Assistência Social Municipal ou do Distrito Federal, de acordo com a 
localização de sua sede ou do Município em que concentre suas atividades. 
d) Inscrição no Conselho de Assistência Social Municipal ou do Distrito Federal, de acordo com a localização de sua sede ou do Município em que concentre suas atividades, nos 
termos do art. 9 da Lei n. 8.742, de 1993; inclusão no cadastro nacional de entidades e organizações de assistência social, na forma definida pelo Ministério do Bem Estar Social 
(Decreto n. 8.242/2014, art.39), na natureza, objetivos e público compatíveis com a Lei n. 8.742, de 1993 e o Decreto n. 6.308 de 14 de dezembro de 2007. 
e) Natureza, objetivos e público compatíveis com a Lei n. 8.242, inclusão no cadastro nacional de entidades e organizações de assistência social, inscrição no Conselho de 
Assistência Social Municipal ou do Distrito Federal, de acordo com a sua localização de sua sede ou do Município em que concentre suas atividades; inscrição no Conselho Nacional 
de Assistência Social, nos termos do art. 9 da Lei n. 12.435, de 2011. 
2. A assistência social, enquanto política pública tem suas diretrizes pautadas na Constituição Federal de 1988. Quando tratamos de objetivos da assistênciasocial é INCORRETO 
afirmar que: 
a) Promoção de sua integração à vida comunitária, proteção à família, à maternidade e amparo aos adolescentes carentes. 
b) Reabilitação das pessoas portadoras de deficiências, proteção à maternidade e à adolescência. 
c) Proteção à adolescência e à velhice, amparo às crianças, habilitação das pessoas portadoras de deficiência. 
d) Habilitação das pessoas portadoras de deficiência, promoção de sua integração à vida comunitária, independente da sua necessidade, amparo à infância, proteção à velhice. 
e) Promoção da integração de toda população, amparo às pessoas que perderam seus familiares, habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de necessidades especiais. 
3. Na a certificação CEBAS na área da saúde, tem foco no fortalecimento na gestão do SUS e na potencialização das ações das Entidades Beneficentes para a estruturação das Redes 
de Atenção à Saúde, com consequente melhoria da qualidade do acesso aos serviços de saúde. Importante salientar a inserção de ações prioritárias de saúde no conjunto de 
critérios para a comprovação da prestação de serviços ao SUS, para fins de certificação. Quais áreas passaram foram inseridas no âmbito dos Estados e Municípios? 
a) Endocrinologia, Urgências e emergências, tricologia, dermatologia, obstetrícia. 
b) Oncologia, endocrinologia, envelhecimento saudável, hematologia, usuários de crack. 
c) Neonatal, usuários de álcool, pediatria, pneumologia, neurologia, nutrologia. 
d) Reumatologia, Obstetrícia, Emergências, psiquiatria, geriatria, hospitais de ensino. 
e) Usuários de crack e outras drogas, oncologia, urgências e emergências, neonatal. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Neste estudo tivemos a oportunidade de conhecer sobre a Certificação das Entidades Beneficentes de Assistência Social e que isto concede às instituições além da qualificação 
como entidades beneficentes, que prestam serviços de interesse social de forma gratuita à pessoas, conforme as bases constitucionais asseguradas, e em complemento às ações do 
poder público. O que favorece o vislumbre desta certificação são os benefícios tributários e previdenciários concedidos a partir dela, mas nem sempre a instituição está apta a 
atender os critérios, como estudamos. 
São entidades beneficentes de assistência social, todas aquelas que receberam tal certificação, mas, como estudamos, nem todas as entidades beneficentes são de assistência social, 
muitas vezes atuam ainda orientadas apenas pela benesse. 
Cabe a cada entidade analisar suas condições estruturais, econômicas, humanas, materiais e financeiras, para saber o quanto é viável a solicitação da avaliação para a certificação 
pelo Ministério referente à sua área preponderante de ação. 
Contudo, todas as entidades que queiram prestar serviços de interesse público à população e pretendam auferir recursos públicos para a execução de suas atividades, precisam 
conhecer as regulamentações e normativas que pautam à ação. 
O Ministério da Saúde e o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, tem seus sistemas de gestão de todos os serviços disponibilizados, que são o SUS e os SUAS, mas as 
entidades, somente, são inseridas no sistema após a avaliação de todo o processo de validação da concessão, ou não, da certificação à entidade solicitante, com base na 
documentação recebida e nas ofertas de cada entidade. 
E, conforme nossos estudos e legislações pertinentes, são entidades beneficentes de assistência social na área de educação, aquelas que cumpriram os critérios estabelecidos em 
Lei, referentes à assistência social, como direito do cidadão, especificamente na área da educação e cumpriram também as regulamentações do Ministério da Educação. 
São várias legislações que delimitam e norteiam as entidades e veremos um pouco mais a este respeito em nossos próximos encontros, aguardo você! 
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Material Complementar 
Leitura 
As Fundações Privadas e Associações sem fins lucrativos no Brasil: 2010 
Autores: IPEA e IBGE 
Editora: IBGE 
Sinopse : o IBGE e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, em parceria com a Associação 
Brasileira de Organizações Não Governamentais - ABONG e o Grupo de Institutos, Fundações e 
Empresas - GIFE trazem a público o mais recente estudo realizado sobre as organizações da 
sociedade civil organizada no Brasil, com base nos dados do Cadastro Central de Empresas - 
CEMPRE, do IBGE. Na presente edição, este trabalho conjunto contou também com a participação da 
Secretaria Geral da Presidência da República. Os resultados estão apresentados para o conjunto do 
País, Grandes Regiões e Unidades da Federação. A análise efetuada fornece um panorama geral 
dessas organizações em 2010, abarcando estatísticas sobre seu quantitativo, localização, tempo de 
existência, porte, atividade desenvolvida, número de empregados e remunerações e contempla, pela 
primeira vez, questões relacionadas ao gênero e nível de escolaridade do pessoal assalariado. Os 
comentários realçam, ainda, as principais mudanças ocorridas neste segmento entre 2006 e 2010 e 
buscam confrontar suas estatísticas com aquelas apresentadas pelas demais organizações públicas e 
privadas ativas existentes no CEMPRE. A publicação traz notas técnicas, com considerações sobre as 
modificações e os aprimoramentos metodológicos introduzidos na presente edição do estudo e um 
glossário com os termos e conceitos considerados relevantes para a compreensão dos resultados. A 
publicação é acompanhada de CD-ROM que reúne as informações por Grandes Regiões e Unidades 
da Federação divulgadas no volume impresso, dados para os municípios brasileiros, bem como o plano 
tabular completo para os anos de 2006 (antiga e nova metodologias), 2008 e 2010. O conjunto dessas 
informações, também disponibilizado no portal do IBGE na Internet, fornece valiosa contribuição 
para ampliar o conhecimento sobre o perfil, a dimensão e a dinâmica desse expressivo segmento do 
setor social. 
Na Web 
Vídeo do Ministério da Educação sobre a Portaria Normativa nº 15/2017, que regulamenta a 
certificação de entidades beneficentes de assistência social para a concessão de bolsas. 
Acesse 
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REFERÊNCIAS 
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de Serviços Socioassistenciais. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à fome. 2013. Disponível em: 
< http://www.mds.gov.br/suas/noticias/resolucao_cnas_no109_-_11_11_2009_--tipificacao_de_servicos.pdf >. Acesso em: 22 jan. 2018. 
BRASIL. Conselho Nacional Assistência Social. Resolução nº 33 de 12 de dezembro de 2012 . Aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único da Assistência Social - 
NOB/SUAS. Disponível em: < https://conferencianacional.files.wordpress.com/2013/12/cnas-2012-033-12-12-2012.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2018. 
BRASIL. Constituição (1988) . Constituição da República Federativa do Brasil [recurso eletrônico]. Atualizada até a EC n. 97/2017. Brasília: Supremo Tribunal Federal, Secretaria de 
Documentação, 2017. Disponível em: < http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/legislacaoConstituicao/anexo/CF.pdf >. Acesso em: 11 jan. 2018. 
BRASIL. Decreto nº 8.242, de 23 de maio de 2014 . Regulamenta a Lei no 12.101, de 27 de novembro de 2009, para dispor sobre o processo de certificação das entidades 
beneficentes de assistência social e sobre procedimentos de isenção das contribuições para a seguridade social. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 
2014/2014/decreto/d8242.htm >. Acesso em: 15 jan. 2018. 
BRASIL. Lei nº 12.101 de 27 de novembro de 2009 . Dispõe sobre a certificação das entidades beneficentes de assistência social; regula os procedimentos de isenção de 
contribuições para a seguridade social; altera a Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993; revoga dispositivos das Leis nos 8.212, de 24 de julho de 1991, 9.429, de 26 de dezembro 
de 1996, 9.732, de 11 de dezembro de 1998, 10.684, de 30 de maio de 2003, e da Medida Provisória no 2.187-13, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponível em: 
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BRASIL. Lei nº 12.868, de 15 de outubro de 2013 . Altera a Lei nº 12.793/2013 [...] e dá outras providências. Altera a Lei no 12.793, de 2 de abril de 2013, para dispor sobre o 
financiamento de bens de consumo duráveis a beneficiários do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV); constitui fonte adicional de recursos para a Caixa Econômica Federal; 
altera a Lei no 12.741, de 8 de dezembro de 2012, que dispõe sobre as medidas de esclarecimento ao consumidor, para prever prazo de aplicação das sanções previstas na Lei no 
8.078, de 11 de setembro de 1990; altera as Leis no 12.761, de 27 de dezembro de 2012, no 12.101, de 27 de novembro de 2009, no 9.532, de 10 de dezembro de 1997, e no 
9.615, de 24 de março de 1998; e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12868.htm >. Acesso em: 22 jan. 2018. 
BRASIL. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 . Dispõe sobre a organização da assistência social e dá outras providências. Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8742.htm >. Acesso em: 11 jan. 2018. 
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BRASIL. Passos para a Certificação CEBAS Assistência Social. Cartilha Prática com perguntas e respostas destinadas às entidades de Assistência Social . Guará: Ministério do 
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IBGE. FASFIL. As Fundações privadas e associações sem fins lucrativos no Brasil : 2010. Rio de Janeiro: IBGE. 2012. Disponível em: 
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LOPES, L. de F.; et al. Marco Regulatório das organizações da sociedade civil : a construção da agenda no governo federal - 2011-2014. Secretaria Geral da Presidência da 
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REFERÊNCIAS ON-LINE 
1 Em: < http://webcache.googleusercontent.com/search? 
q=cache:W_mO5Lzoj7cJ:200.169.19.94/documentos/draco/processos/127731/REQ_08_2016_2016_02_17_16_26_05_393.pdf+&-cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br >. Acesso em: 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.mds.gov.br%2Fsuas%2Fnoticias%2Fresolucao_cnas_no109_-_11_11_2009_--tipificacao_de_servicos.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEDhYX1UfeeLiiEsD6Xsp_GwoMSQQ
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2F_ato2011-2014%2F2014%2Fdecreto%2Fd8242.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGRCVW3o9NYr3YPn3MIk71KafQl8A
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2F_ato2007-2010%2F2009%2Flei%2Fl12101.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNF7eFmGvlcdFKlUfoeXvqX2DsV0-Q
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2F_ato2011-2014%2F2013%2Flei%2Fl12868.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFDvsBysR8EMSK3PNqyt35E96CDVg
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2Fleis%2FL8742.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGzS_TKM9nPvaI__baEvych_Q2pEQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2Fleis%2FL9532.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEIHM5jvju8QDRMCWLsYCtJbEEcDQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.mds.gov.br%2Fwebarquivos%2Fpublicacao%2Fassistencia_social%2Fcartilhas%2Fcartilha_cebas_passo_certificacao.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNG5mPTYE2olB2ZwqNwqaIIniqdxAQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fportal.mec.gov.br%2Findex.html&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEfOhUwf6Ucvz4QodtAF42GkpV6bA
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fsaudelegis%2Fgm%2F2016%2Fprt0834_26_04_2016.html&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGHwLacNjbW_G9JKY2kejlMSfvgdQ
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fbiblioteca.ibge.gov.br%2Findex.php%2Fbiblioteca-catalogo%3Fview%3D-detalhes%26id%3D280897&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHX0BZUpD11tlLPIgyw5mdU3q2ZGg
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APROFUNDANDO 
Vamos exercitar nosso cérebro? Aprendemos sobre a Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social, o CEBAS e sobre os vínculos e critérios que mantém com a 
Política Nacional de Assistência Social e a rede de atendimento. 
E, agora, para que possamos compreender melhor como esta certificação beneficia as entidades privadas da rede socioassistencial, iremos ver na prática a sua utilidade. 
Supondo que você trabalhe, ou seja voluntário, em uma organização privada, sem fins lucrativos, que presta prioritariamente serviços de educação, à população infanto juvenil. A 
sede desta organização, está situada próxima a um bairro, que tem um índice de risco e vulnerabilidade social, muito alto. 
Lembre-se que existem regras a seguir para qualquer atividade executada na entidade para manter a isenção da cota patronal do INSS, que tanto contribui com a manutenção dos 
serviços, já que os recursos provenientes deste benefício são utilizados nos projetos institucionais de atendimento. 
Quanto mais recursos, melhores condições de realizar e ampliar as atividades, pautando-se no fato de que o CEBAS Educação tem como objetivo principal contribuir de maneira 
efetiva para o processo de inclusão social, à partir da garantia de oferta de bolsas. Levando em conta que o CEBAS da entidade tem validade, quando isso ocorre, é necessário 
solicitar a renovação da certificação de entidade beneficente, começou a fazer uma pesquisa de quais documentos irão precisar apresentar. 
Durante a pesquisa, ficou sabendo que com as mudanças legais recentes, precisar cadastrar a instituição no Sistema Cebas da Educação - SisCEBAS, antes de entrar com o 
requerimento de renovação do certificado, bem como atender a alguns critérios, entre eles a concessão de gratuidades no serviço, que são ofertadas por meio de bolsas de estudo. 
Contudo, as bolsas de estudos possuem, também, condições que devem ser atendidas pela entidade, seja para renovação, ou para concessão inicial, vamos conversar um pouco 
sobre este critério importante. 
O MEC (Ministério da Educação e Cultura) listou três deveres das entidades, mas define 6 opções para que a entidade os cumpra, em algumas das circunstâncias exemplificadas. A 
entidade deve: 
1) Demonstrar que está adequada às diretrizes e metas definidas pelo Plano Nacional da Educação -PNE; 
2) Atender padrões mínimos de qualidade, que possam ser mensurados pelo MEC; 
3) Escolher entre as opções disponíveis de oferta de bolsa, qual se adequa à capacidade da entidade. 
Entre as opções de oferta de bolsas de estudo a serem ofertadas, estão: 
1ª) conceder anualmente, bolsas de estudo, na proporção de uma bolsa para cada cinco pagantes; 
2ª) conceder, ao menos, uma bolsa de estudo integral, para cada nove pagantes; e mais 50% de bolsas parciais, se necessário para atingir a meta de bolsas de estudos exigida; 
3ª) conceder no mínimo uma bolsa de estudo integral para cada nove pagantes; mais, 50% de bolsas parciais, se necessário para atingir a meta de bolsas de estudos exigida; e, 
poderá substituir 25% da quantidade de bolsas de estudo integrais por projetos e atividades para a educação básicas em escolas públicas, em articulação com as escolas públicas 
nos parâmetros definidos pelo MEC; 
4ª) conceder, no mínimo, uma bolsa de estudo integral para cada nove pagantes; mais, 50% de bolsas parciais, se necessário para atingir a meta de bolsas de estudos exigida; e, 
poderá substituir 25% da quantidade de bolsas de estudo integrais por benefícios complementares concedidos a alunos, com renda per capita familiar, menor que um salário 
mínimo e meio; 
5ª) conceder no mínimo uma bolsa de estudo integral para cada nove pagantes; mais, 50% de bolsas parciais, se necessário, para atingir a meta de bolsas de estudos exigida; e, 
poderá substituir 25% da quantidade de bolsas de estudo integrais por bolsa de estudo integral concedida ao aluno com deficiência; 
6ª) conceder, no mínimo, uma bolsa de estudo integral para cada nove pagantes; mais, 50% de bolsas parciais, se necessário, para atingir a meta de bolsas de estudos exigida; e, 
poderá substituir 25% da quantidade de bolsas de estudo integrais por bolsa de estudo concedida ao aluno matriculado na educação básica em tempo integral. 
Elaborar os relatórios e documentos comprobatórios de qualquer das opções supracitados, é bastante trabalhoso e deve ser feito com cuidado, pois estes documentos, aliados aos 
outros exigidos e às peças contábeis, é que demonstrarão que a entidade está ou não apta a ter seu certificado renovado! 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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EDITORIAL 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação 
CURI, Silviane Del Conte. 
A Rede Sócio Assistencial Privada do SUAS. Silviane Del Conte Curi. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
34 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Assistência Privada. 2. Rede. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 361.2 
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Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar 
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O CADASTRO NACIONAL DE 
ENTIDADES DE ASSISTÊNCIA 
SOCIAL - CNEAS 
Professora : 
Esp. Silviane Del Conte Curi 
Objetivos de aprendizagem 
• Compreender o conceito, as diferenças e as relações entre rede socioassistencial e entidades de assistência social. 
• Desmistificar os instrumentos de cadastramento da entidade no Cadastro Nacional das Entidades de Assistência Social. 
• Conhecer quais são os serviços que podem ser caracterizados como socioassistenciais. 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• As entidades da rede socioassistencial e as entidades de assistência social 
• O cadastramento da organização no CNEAS• Os serviços socioassistenciais 
Introdução 
Neste encontro apresentaremos a você, caro(a) aluno(a), todo esclarecimento sobre a rede socioassistencial, desde sua formação, passando por sua configuração, sua ligação com o 
SUAS e qual a sua importância na prestação de serviços para a população necessitada. 
Estenderemos, em detalhes, sobre as áreas que fazem parte da rede socioassistencial, que são a educação, a saúde e a assistência social. Elucidaremos os processos burocráticos 
para as entidades privadas fazerem parte da rede sócio assistencial. 
Compreenderemos quais são as funções do SUAS e dos conselhos que são essenciais para sabermos o porquê da necessidade do cadastro das entidades privadas nestas entidades 
públicas. 
Falaremos muito sobre o CNEAS, pois é condição obrigatória e pré-requisito para o estabelecimento de contratos e parcerias com o poder público, que também deverá estar 
inscrito na Rede SUAS. Veremos como se dá o cadastramento nesta entidade e quais tipos de entidades privadas são autorizadas para o cadastro. Como vê, há muitas entidades 
públicas e órgãos de controle monitorando e avaliando os projetos e serviços prestados pelas entidades privadas sem fins lucrativos, melhorando, assim, a qualidade dos serviços 
prestados à população necessitada, até porque há o financiamento por parte das entidades públicas, para os que tiverem dentro das leis e normas estabelecidas por elas. 
Reforçaremos a vocês, os conceitos, já estudados, dos serviços de proteção básica e especial, sob uma outra ótica, para compreenderem como estes serviços são prestados pelas 
entidades privadas. É por meio do SUAS - Sistema Único de Assistência Social que é feita a gestão e organização de todos os serviços que compõem a rede sócio assistencial, 
integrados com as três esferas de poder, serviços públicos da área e as entidades privadas. Torna acessíveis, projetos, programas e ações sócio assistenciais para o acolhimento de 
demandas territoriais, no âmbito de todo território nacional. 
Há muitos detalhes importantes que irá encontrar neste material, então aproveite os estudos! 
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As Entidades da Rede Socioassistencial e as Entidades de 
Assistência Social 
Nos termos da legislação e para os fins deste estudo, não utilizaremos mais o conceito de filantropia, nem mesmo de organização não governamental, pois nos debruçaremos na 
legislação recente que passou a utilizar a terminologia de Organização da Sociedade Civil - OSC, para caracterizar instituições sem fins lucrativos que podem estabelecer parcerias, 
convênios, acordos e instrumentos contratuais com órgãos públicos para a prestação de serviços de interesse social/público. Neste sentido, estaremos nos referindo às definições 
fornecidas pelo novo Marco Regulatório do Terceiro Setor, a Lei 13.019/2014 que terá nossa atenção especial mais à frente em nossos estudos. 
Contudo, com relação à organização dos serviços, em grande parte de nossas reflexões, estaremos muito próximos à Rede Socioassistencial pautada no SUAS - Sistema Único de 
Assistência Social. 
Retomando nossas reflexões sobre nosso estudo recente com relação à assistência social, concluímos que: 
• A assistência social pode ser ofertada nos termos da lei, por entidades públicas e privadas; 
• A proteção social pretende, justamente, proteger a vida, na prevenção e na recuperação dela; 
• O SUAS é o sistema que organiza os serviços da rede sócio assistencial, pública e privada; 
• Que entidades de assistência social são sem fins lucrativos e prestam serviços, atendendo, aos critérios da LOAS e suas regulamentações. 
• A rede sócio assistencial é composta por entidades e organizações de assistência social ou que prestem algum serviço na área da assistência social; 
• Podem se cadastrar no SUAS, entidades que tenham seu atendimento preponderante em outras áreas, mas só serão cadastrados seus serviços, programas e projetos que atendam 
aos critérios da assistência social. 
Precisávamos esclarecer que, dentro da área específica da assistência social, existe a rede socioassistencial composta por entidades privadas. Para que possamos, então, dar 
continuidade a nossa discussão sobre o Cadastro Nacional das Entidades de Assistência Social - CNEAS, caracterizando a “rede socioassistencial”. Aquelas caracterizadas pela LOAS 
e pela Política Nacional de Assistência Social - PNAS e as que, normalmente, consideramos como socioassistenciais. 
As entidades que prestam serviços de interesse público à população; não estiverem caracterizadas nos termos da assistência social; não estiverem inscritas nos respectivos 
conselhos e no SUAS, por definição legal, não fazem parte da rede sócio assistencial. 
Para cadastrar a entidade é necessário que, anteriormente, ela tenha efetuado sua inscrição no conselho gestor da política pública de sua área de atuação. No caso da assistência 
social, esta inscrição é concedida como forma de autorização para o funcionamento da entidade ou serviço ofertado e é destinada a entidades que: 
a. atuem exclusivamente com a política de assistência social, sendo inscritas como entidades e organizações da sociedade civil; 
b. atuem exclusivamente com a política de assistência social fora do município sede. Nesse caso, somente a(s) oferta(s) executada(s) será(ão) inscrita(s); 
c. atuem em outras políticas e executem ofertas sócio assistenciais (serviços, programas, projetos e benefícios Neste caso, será(ão) inscrita(s) apenas a(as) ação(ões) realizada(s) 
(BRASIL, RES. 14/2014, art. 5º, on-line). 
A inscrição no Conselho de assistência social é essencial para o cadastramento no CNEAS. O cadastro das entidades (públicas e privadas) de assistência social, no CNEAS é 
obrigatório e pré-requisito para que aquelas inscritas na Rede SUAS possam estabelecer contratos, ou parcerias com o poder público, inclusive entre as esferas governamentais. 
Já, na área da saúde, o cadastro é efetuado pelo Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES, ele registra todas as informações sobre todos os prestadores de serviços 
(pessoa física- trabalhadores; ou pessoa jurídica - pública ou privada) na área da saúde, operacionaliza os sistemas de informação em saúde e garante transparência de toda a sua 
infraestrutura de serviços e capacidade de atendimento à sociedade. 
Na área da educação ainda não está consolidado um cadastro para o Sistema Nacional de Educação - SNE, que será responsável por toda a articulação da Política Nacional de 
Educação - PNE e divulgação das informações sobre os prestadores de serviços no âmbito da educação. 
A inscrição da entidade nos sistemas cadastrais da respectivas áreas de atuação é de extrema relevância para que a transparência e acesso à informação sejam efetivos; garantindo 
que qualquer pessoa possa consultar quais os serviços que estão disponíveis para atendimento das suas demandas, sejam por órgãos públicos, ou por entidades privadas. 
Em síntese, o CNEAS é o cadastro para as entidades de assistência social e o CNES para as entidades de saúde, ambos estão vinculados aos seus respectivos sistemas de 
atendimento em rede (SUAS e SUS - Sistema Único de Saúde) e são serviços prestados de forma gratuita e universal, nos termos da CF/88. 
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O Cadastramento da Organização no CNEAS 
Prosseguiremos com nossos estudos, aqui conversaremos, especificamente, sobre as características da rede sócio assistencial do SUAS, que é regulamentada,essencialmente, pela 
LOAS, PNAS, NOB/SUAS e NOB-RH e fazem parte do Cadastro Nacional de Entidades Sócio Assistenciais. Iremos conhecer um dos requisitos para que uma entidade privada, sem 
fins lucrativos, possa estabelecer parcerias com a administração pública ou para receber recursos provenientes de transferências voluntárias no âmbito do Sistema Único da 
Assistência Social - SUAS, que foi previsto no art.19 da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS/93. 
O requisito a que estamos nos referindo é o Cadastro Nacional de Entidades de Assistência Social - CNEAS, que é o sistema que organiza e reconhece em um banco de dados todas 
as ofertas de serviços da rede sócio assistencial privada, monitorando-os constantemente. Ele disponibiliza, em um cadastro para consulta, as ofertas de serviços, programas, 
projetos e benefícios sócio assistenciais que são prestados pelas entidades que compõem a rede sócio assistencial privada, garantindo a potencialização da capacidade de controle e 
monitoramento pela gestão pública e pela sociedade. Segundo o Manual Consolidado do CNEAS (MOTA et al., 2015, p. 15): 
as entidades, são instituídas por particulares; desempenham serviços não exclusivos do Estado, porém em colaboração com ele; recebem algum tipo 
de incentivo do poder público; o regime jurídico é predominantemente de direito privado, porém particularmente derrogado por normas do direito 
público. 
Essa definição de entidades é utilizada como base no glossário do manual do CNEAS (2015), que caracteriza exatamente a rede privada e identifica o cadastro como “uma 
ferramenta de gestão, sob responsabilidade do gestor público, estruturado como um banco de dados conectado em rede, que tem como objetivo armazenar informações [...]” 
(MOTA et al., 2015, p. 12). 
Não podemos esquecer de que entidades sem fins lucrativos que, embora sejam preponderante de outra área, mas prestem serviços, executem 
programas, projetos ou concedam benefícios no âmbito da assistência social, podem se cadastrar no respectivo conselho de assistência social e, 
consequentemente, após aprovado o seu cadastro, ser incluída na rede sócio assistencial com sua atividade de assistência social, desde que atendam 
a todos os critérios e regulamentações. 
Fonte: a autora. 
O Manual define, ainda, quais são as entidades que devem fazer parte do CNEAS, estas são: 
todas as entidades de assistência social e aquelas que atuam em outra área, mas também realizam a prestação de ofertas sócio assistenciais de 
atendimento, assessoramento e defesa e garantia de direitos, que estiverem inscritas no Conselho de Assistência Social do município onde tem sede, 
e da cidade onde tem atuação [...] (MOTA et al., 2015, p. 13). 
Ou seja, aquelas que fizerem parte da rede Sócio assistencial do SUAS. As atividades desenvolvidas, como já estudamos, tem sua base regulamentar na Tipificação Nacional dos 
Serviços Sócio Assistenciais e nas Resoluções do CNAS nº 27, 33 e 34, que delineiam os programas no âmbito da política de assistência social. 
A rede sócio assistencial privada diz respeito àquelas que compõem a rede SUAS - Rede do Sistema Único da Assistência Social e não a todas a entidades privadas que prestem 
algum serviço de interesse público à população, seja da educação, ou mesmo da saúde, mas aquelas que tenham seus serviços inscritos no Conselho Municipal de Assistência, como 
vimos anteriormente. Em 1993 foi aprovada a Lei orgânica da Assistência Social, que deu início ao processo de construção de uma assistência social pública descentralizada e 
participativa (GRAEF; SALGADO, 2012, p. 15). 
Este processo de participação vem se efetivando por meio dos Conselhos Gestores das políticas públicas que efetuam a inscrição, fiscalização e acompanhamento das entidades e 
organizações, bem como de seus serviços ofertados, com base na regulamentação vigente. 
Órgãos gestores: secretarias municipais, do Distrito Federal, estaduais e da União responsáveis pela política de assistência social. Conselhos de 
Assistência Social: órgãos deliberativos, compostos paritariamente por membros do governo e da sociedade civil, vinculado aos respectivos órgãos 
gestores. 
Fonte: Brasil ([2018], on-line). 
As informações do CNEAS são preenchidas pelo órgão gestor municipal ou do DF e é obrigatório o preenchimento do sistema com os dados de todos os serviços disponibilizados 
pela rede. Contudo, para tal, a equipe técnica do órgão gestor fará uma visita às entidades do seu território que verificará os serviços disponibilizados. É atribuição do órgão gestor a 
validação e o preenchimento das informações no sistema, que terá acesso por meio de senha (pessoal e intransferível), que será concedida apenas ao gestor (municipal, federal, ou 
estadual) e respectivos técnicos com perfil delegados e aos respectivos Conselhos de Assistência Social. 
No âmbito municipal, os técnicos poderão realizar preenchimento e atualização de dados; no âmbito estadual, os técnicos podem consultar e, no âmbito federal, os técnicos, podem 
acompanhar e monitorar o sistema. Os Conselhos possuem permissão apenas para consulta. No caso de exclusão de organização ou de oferta, quem realiza a tarefa é a gestão 
federal, no caso de exclusão da entidade, será com base em uma resolução ou declaração do conselho municipal, informando o desligamento da entidade da rede sócio assistencial. 
A população e as entidades, somente, terão acesso às informações sobre quais entidades estão cadastradas no sistema, quem são os trabalhadores do SUAS de um determinado 
serviço e território, entre outras informações básicas, mas é apenas para consulta. E esta consulta está disponível no endereço eletrônico (1). 
O CNEAS fornece a identificação das entidades da rede sócio assistencial, as respectivas ofertas, a continuidade e regularidade do serviço ofertado, identificação do perfil do 
público atendido, capacidade de atendimento, profissionais atuantes, forma de participação e acesso dos usuários, entre outras informações mais detalhadas. 
Ele disponibiliza dados sobre todas as ofertas sócio assistenciais realizadas por entidades e/ou organizações privadas inscritas nos conselhos municipais de assistência social e que 
estejam de acordo com a Tipificação Nacional dos Serviços Sócio assistenciais e demais regulamentações do CNAS. 
O cadastro no CNEAS é requisito para a celebração de parcerias com o poder público, que são regulamentadas inicialmente pela Resolução CNAS nº 21/2016 que, com base na Lei 
nº 13.019/2014 e na Portaria do MDSA nº 130/2017, define os requisitos para celebração de parcerias entre órgão gestor e entidades de assistência social, estabelecendo 
condições a serem cumpridas. 
As entidades que não estejam inseridas no CNEAS, não poderão receber recursos públicos da área da assistência social, no âmbito do SUAS, seja por transferência voluntária 
(provenientes de emendas parlamentares) ou por meio da realização de qualquer tipo de parceria com a administração pública. Se você conhece uma entidade de assistência social, 
ou alguma que preste algum serviço conforme a padronização da assistência social, que queira estabelecer algum tipo de relação de parceria com órgãos públicos, informe-a da 
necessidade de se cadastrar no Conselho Municipal de Assistência Social e no Cadastro Nacional de Entidades de Assistência Social. 
O Cadastramento na Prática 
Como estudamos, o cadastro no CNEAS só pode ser efetuado pelo órgão gestor municipal da política de assistência social, ou seja, pela secretaria de assistência social. Como ele foi 
pensado para ser acessado por meio da internet, é necessário que órgão gestor disponha de uma conexão local para ter condições de acessá-lo e preencher os dados das entidades 
inscritas no Conselho Municipal de Assistência Social. 
Vamos conhecer, basicamente, os processos pelos quais o gestor da política de assistência social (em muitos municípios, a secretaria de assistência social) passa para concluir o 
cadastramento da entidade,

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