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AO2_ Literatura Norte-Americana

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AO2
Entrega 16 jun em 23:59 Pontos 6 Perguntas 10
Disponível 7 jun em 0:00 - 16 jun em 23:59 10 dias Limite de tempo Nenhum
Instruções
Este teste não está mais disponível, pois o curso foi concluído.
Histórico de tentativas
Tentativa Tempo Pontuação
MAIS RECENTE Tentativa 1 6.163 minutos 5,4 de 6
 As respostas corretas estão ocultas.
Pontuação deste teste: 5,4 de 6
Enviado 14 jun em 16:59
Esta tentativa levou 6.163 minutos.
Importante:
Caso você esteja realizando a atividade através do aplicativo "Canvas Student", é necessário que
você clique em "FAZER O QUESTIONÁRIO", no final da página.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 1
Leia o texto abaixo:
 
“Enquanto residia na Inglaterra, a ainda Anne Dudley passava seus
dias na biblioteca do conde. Uma leitora ávida, Anne leu autores
clássicos e contemporâneos tais como Virgílio, Plutarco, Tito Lívio,
Plínio, Suetônio, Homero, Hesíodo, Ovídio, Sêneca, e Tucídides, assim
como Spencer, Sidney, Milton, Raleigh, Hobbes e Du Bartas, poeta
francês quem Anne admirava. Devido ao seu repertório de leitura,
podemos supor que Bradstreet incorporou em sua escrita padrões da
cultura retórica elisabetana, o que levou seus contemporâneos a
https://famonline.instructure.com/courses/12626/quizzes/42690/history?version=1
acusarem-na de copiar poetas masculinos. O fato é que não existia
tradição feminina, portanto Bradstreet incorporava elementos da
tradição masculina em seus poemas. Apesar de estar inserida em tal
tradição, em alguns de seus poemas Bradstreet deixa clara a sua
defesa à capacidade das mulheres de escrever e argumentar assuntos
que, até então, eram exclusivamente tratados pelos homens, como por
exemplo política e religião.”.
Fonte: THOSI, Aline Fernandes. Vozes poéticas e elementos protofeministas na
poesia de Anne Bradstreet. Disponível em:
https://abralic.org.br/anais/arquivos/2018_1547747415.pdf. Acesso em: 17 nov. 2020.
 
Refletindo sobre a condição de escrita da escritora naquele período
dos Estados Unidos, avalie as asserções abaixo.
 
I. O conjunto da literatura clássica, quando lido e absorvido junto com
a contemporânea, gera erros epistemológicos.
 
PORQUE
 
II. A construção intelectual passa pela apreensão de ideias afins, não
atingindo bons resultados a partir de ideias contrárias.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma
justificativa da I.
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição
verdadeira.
 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição
falsa.
 As asserções I e II são ambas proposições falsas. 
A alternativa está correta, pois as asserções I e II são ambas
proposições falsas.
A asserção I é falsa, pois não há nenhum entrave que impeça a
leitura da literatura clássica e da contemporânea ao mesmo
tempo, muito pelo contrário, esse movimento torna a leitura ainda
mais rica.
A asserção II é falsa, pois o pensamento é construído e
fortalecido a partir de ideias atritantes, que levam o pleno
funcionamento do pensamento. 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 2
Leia o texto abaixo:
 
“Além disso, meu pai acreditava piamente no que vendia, o que era
outra fonte de angústia e lhe consumia as energias ainda mais. Não
estava apenas salvando a própria alma quando vestia o paletó e
punha o chapéu após o almoço e saía para retomar o trabalho – não,
estava também tentando salvar algum pobre-diabo cuja apólice de
seguro estava prestes a vencer, o que poria em risco a segurança de
sua família ‘se acontecer alguma coisa’. ‘Alex’, ele costumava me
explicar, ‘a gente tem que ter uma rede de proteção. A gente não pode
deixar a mulher e o filho na corda bamba, sem uma rede de proteção
embaixo!’ Mas se, para mim, o que ele dizia fazia sentido, era até
comovente, essa história da rede de proteção, ao que parecia, nem
sempre era bem recebida pelos poloneses broncos, irlandeses
truculentos e negros analfabetos que moravam nos bairros pobres
onde ele era obrigado a fazer suas rondas em nome d’A Instituição
Financeira Mais Benévola dos Estados Unidos.
Lá nos cortiços, as pessoas riam de meu pai. Não lhe davam atenção.
Quando ele tocava a campainha, jogavam latas vazias na porta e
gritavam: ‘Vai embora, tem ninguém em casa não’. Mandavam o
cachorro cravar os dentes na bunda daquele judeu insistente. E no
entanto, ano após ano, ele acumulava placas, diplomas e medalhas
com que a Companhia reconhecia seu talento de vendedor, numa
quantidade tal que chegavam a cobrir toda uma parede do longo
corredor sem janelas em que os pratos que usávamos na Páscoa
eram guardados em caixotes e nossos tapetes ‘orientais’, embrulhados
em papel alcatroado, como múmias, passavam todo o verão. Se meu
pai era capaz de arrancar leite das pedras, quem sabe a Companhia
não haveria de compensá-lo com um milagre de igual quilate? Quem
sabe ‘o Presidente’, lá n’ ‘A Sede’, não ficaria sabendo de suas
proezas e o promoveria, da noite para o dia, de agente, com salário
anual de cinco mil dólares, para gerente regional, ganhando quinze?
Entretanto, ele ficava onde sempre estivera. Quem mais conseguiria
arrancar tantos frutos de uma terra tão estéril? Além disso, nenhum
judeu jamais fora promovido a gerente regional em toda a história da
Boston & Northeastern (‘Não É Bem Da Nossa Classe, Meu Caro’,
como se dizia a bordo do Mayflower), e meu pai, que só tinha o
secundário completo, não era exatamente o homem perfeito para se
tornar o Jackie Robinson do mercado de seguros”.
Fonte: ROTH, Philip. O Complexo de Portnoy. São Paulo: Cia. das Letras, 2016.
p.12-13.
 
Considerando o texto acima, avalie as afirmações abaixo:
 
I. Através de um humor corrosivo, numa narrativa clara e objetiva,
Philip Roth perscruta camadas psicológicas densas, repletas de
conflitos e contradições, onde sofisticação escrita e o patético
convivem.
II. Sua escrita é marcada por um evidente tom autoficcional, onde os
dados biográficos se misturam à ficção, criando um ambiente ambíguo,
em que as fronteiras de realidade e fantasia são abolidas.
III. O trabalho psicológico investido na escrita de O Complexo de
Portnoy envolve técnicas do realismo do século XIX, colocando em
xeque teorias aventadas por estudiosos de seu tempo.
 
É correto o que se afirma em:
 I e III, apenas. 
 II, apenas. 
 II e III, apenas 
 I e II, apenas. 
A alternativa está correta, pois apenas as afirmações I e II são
verdadeiras.
A afirmação I é verdadeira, pois a literatura de Roth possui um
ácido humor, que chegou a incomodar em sua época, tratando de
tensões psicológicas através de uma linguagem trabalhada e
acessível.
A afirmação II é verdadeira, pois seu trabalho literário é marcado
pelo tom autobiográfico misturado à ficção, criando a dimensão
autoficcional.
A afirmativa III está incorreta, pois não há nada de realismo do
século XIX no trabalho de Roth, que, muito pelo contrário,
absorve as questões do contemporâneo.
 I, apenas. 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 3
Leia o poema de Anne Bradstreet abaixo:
 
Antes do nascimento de uma de suas crianças
Neste mundo inconstante tudo morre,
E um dia ao riso a adversidade ocorre.
Nenhum laço tão forte ou amizade
Fica, se a morte chega de verdade.
As coisas do passado não se cassam,
Coisas comuns que, oh!, sempre, sempre passam.
Cedo que a mim a morte desintegre,
Mais cedo é que ela ceife quem te alegre.
Nós somos ignorantes, mas o amor
Me manda que isto eu venha a te compor,
Pra que quando o nó que nos fez só uma
Se desfaça, em ti eu viva, embora eu suma.
Se eu viver nem metade da existência,
Que o resto Deus te dê de recompensa.
As faltas que tu sabes que possuo,
Enterrem-nas na cova onde me incluo;
E se alguma virtude houver em mim,
Vívida viva em tua alma e, afim,
Quando não mais sentires dor, como eu,
Ama quem antes já te protegeu.
Se tuas perdas com ganhos se atestam,
Olha esses bebezinhos que me restam.
E se amares a ti mesma, ou me amares,Guarda-os das detrações dos mais vulgares.
E se o acaso te mostrar meu verso,
Dê tristes honras a meu fim adverso
E beija este papel por bem dos teus
E receba este último e amargo Adeus.
Fonte: ALMEIDA, Matheus de Souza. In: Formas Fixas. Disponível em:
http://formasfixas.blogspot.com/2015/08/anne-bradstreet-1612-1672.html. Acesso
em: 12 nov. 2020
 
Considerando o poema apresentado, assinale a opção correta.
 
No poema, o hermetismo da linguagem usada pela autora nubla o
sentido emocional dos versos, onde a tragédia é, assim, amenizada.
 
É um poema onde o eu lírico feminino versa sobre a probabilidade de
uma mãe morrer na hora do parto de seu filho e a voz é dirigida ao
marido.
A alternativa é a correta, pois o poema realmente trata, em
linguagem clara e rimada, onde a emoção tem relevo, da
possibilidade da morte no parto do ponto de vista da esposa que
se expressa a seu marido, pai da criança. 
 
Dividido em duas longas estrofes todas compostas com versos
rimados, o poema retoma, na linguagem, os momentos dramáticos do
parto.
 
Dentro da trajetória literária norte-americana, ainda que seja um poema
da fase colonial, é um trabalho que abre caminhos para novas
estéticas.
 
De todos os poemas de Anne Bradstreet, este é o de tom mais
pessoal, já que sua escrita é sempre calcada no impessoal e na
objetividade.
0 / 0,6 ptsPergunta 4IncorretaIncorreta
Leia o poema de Louise Glück abaixo:
 
Gratidão
 
Não pense que não sou grata por tuas pequenas
gentilezas.
Gosto de pequenas gentilezas.
De fato as prefiro à gentileza mais
substancial, que está sempre a te cravar os olhos,
feito um grande animal sobre o tapete,
até que tua vida inteira se reduza
a nada além de levantar manhã após manhã
embotada, e o sol luminoso rebrilhando em seus caninos.
Fonte: GLÜCK, Louise. Disponível em: https://www.hypeness.com.br/2020/10/quem-
e-louise-gluck-a-vencedora-do-nobel-de-literatura-2020/. Acesso em: 19 nov. 2020.
 
Refletindo sobre o poema de Louise Glück, avalie as seguintes
asserções e a relação proposta entre elas.
 
I. A temática da poeta parte quase sempre do confessional, das
pequenas e muitas vezes banais minudências do dia a dia, através de
uma linguagem clara e acessível, sempre em busca de uma essência
reflexiva.
 
PORQUE
 
II. Como autora pós-moderna, Glück propõe, em sua escrita
econômica, uma releitura de temas clássicos, como o mundo natural
ou o diálogo com personagens como Penélope e Eurídice, dando-lhe
aspectos universais.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição
verdadeira.
 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição
falsa.
 As asserções I e II são proposições falsas. 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma
justificativa da I.
A alternativa está incorreta, pois as asserções I e II são
proposições verdadeira, mas a II não é uma justificativa da I.
A asserção I é verdadeira, pois a temática da poeta é intimista,
mergulhando nos detalhes da vida em busca de uma beleza e,
através de uma linguagem límpida, tateando as profundezas do
pensamento.
A asserção II também é verdadeira, pois, sendo uma poeta pós-
moderna, com um estilo sintético, mescla o agora e o antigo em
busca de um diálogo universalizante.
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 5
Leia o fragmento de “As vinhas da ira” (1939), de John Steinbeck
abaixo:
“As últimas chuvas lavaram suavemente as terras vermelhas e parte
das terras pardas de Oklahoma, sem conseguir amolecer-lhes a crosta
petrificada. Os arados deixavam cicatrizes nas terras encharcadas. As
últimas chuvas fizeram murchar as hastes de trigo e espalharam
lençóis verdes à margem dos caminhos, sob os quais sumiam as
terras vermelhas e as terras pardas. Era fim de maio e a primavera
varria as pesadas nuvens cinzentas que durante o longo inverno
penderam do céu de chumbo. O sol crestava dia após dia cada haste
que crescia, delineando um contorno bronzeado em suas verdes
baionetas. As nuvens voltavam, tornavam a desaparecer e por algum
tempo desistiam de ressurgir. As ervas daninhas cresciam e
espalhavam-se até estacarem, satisfeitas com a sua expansão. A
superfície da terra enrijeceu-se com uma crosta fina, e vestiu a palidez
do céu; era rósea nas terras vermelhas e quase branca nas terras
pardas.
Fios de poeira fina desciam dos sulcos abertos pela água e aqui e
acolá roedores provocavam pequenas avalanches. E quanto mais forte
brilhava o sol, menos rijas e eretas ficavam as hastes, inclinando-se
sob o próprio peso. Chegou junho e o sol queimava com mais
intensidade. Douravam-se os grãos sazonados. O ar era transparente
e o céu cada vez mais pálido, e dia a dia mais se descorava a terra.
Pelos caminhos em que juntas de bois e veículos transitavam, o peso
das rodas e das patas dos animais rompera a crosta transformando-a
num leito de poeira seca. Agora, qualquer movimento levantava essa
poeira; um homem erguia uma camada até a cintura, uma carroça, até
suas bordas, um automóvel deixava para trás uma nuvem espessa. E
a poeira ficava flutuando muito tempo ainda após a sua passagem".
Fonte: STEINBECK, John. As vinhas da ira. Rio de Janeiro: Record, 2012. p.7.
Considerando o trecho apresentado, assinale a opção correta.
 
A narrativa retrata um aspecto natural do meio-oeste sem que com isso
se interfira no desenrolar da história, deixando, deste modo, os densos
aspectos sócio-políticos de seu tempo para o segundo plano, onde
aparece como emergência menor em relação à história do romance.
 
O início do romance retrata o seco meio-oeste norte-americano,
trazendo para o interior da narrativa a metáfora da aridez que
representa as enormes dificuldades econômicas pelas quais o país
passou após a Grande Depressão de 1929, com muito desemprego,
miséria e fome.
A alternativa está correta, pois na perspectiva da narrativa e
também de seu tema, o livro retrata, e a metáfora da aridez é uma
de suas estratégias, as dificuldades econômicas do país depois
da Quebra da Bolsa de 1929, o que gerou imenso desemprego e
mazelas sociais.
 
De maneira geral, descrições deste tipo, de fôlego longo e com
exatidão detalhista, estão vinculadas ao movimento romântico, que
buscava, na subjetividade e nos fulgores do eu, sua potência artística
abrindo caminhos para o entendimento do mundo, onde o homem era,
então a medida.
 
O trecho retrata uma paisagem detalhista do meio-oeste onde, em
muito pouco tempo, as demarcações de terra indígena tomariam seu
lugar dentro de solo norte-americano, fazendo com que, desta maneira,
haja, dentro da nação, uma maior e mais efetiva integração nacional.
 
O livro representa, desde seu início descritivo, uma aceitação do
american way of life e sua escrita busca indicar soluções narrativas que
seguem nesse sentido, isto é, mostrar que, ainda com as agruras da
Grande Depressão, ainda era possível encontrar um lugar no sonho
americano.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 6
Leia o texto a seguir:
 
“No Romantismo, a visão Romântica tendia a expressar-se na forma
que Hawthorne denominou ‘Romance’, um tipo elevado, emocional e
simbólico de romance. Os ‘Romances’ não eram histórias de amor,
mas obras sérias que usavam técnicas especiais para comunicar
significados complexos e sutis.
[...]
O romancista americano sério tinha que inventar novos modelos
também [...]. Ao invés de tomar emprestado modelos literários já
experimentados, os americanos tendem a inventar novas técnicas
criativas. Na América, não basta ser uma unidade social tradicional e
definível, pois o velho e o tradicional são deixados para trás; a força
nova e inovadora é o centro das atenções”.
Fonte: VANSPANCKEREN, Kathryn. Perfil da Literatura Americana. São Paulo:
Corpo Editorial, 1994. p.38.
 
Considerando as informações apresentadas, aponte qual alternativa
indica os romancistas norte-americanos do período romântico. 
 
Herman Melville, Mark Twain, HenryJames, Jack London, Booker T.
Washington
 
Nathaniel Hawthorne, Herman Melville, Edgar Allan Poe, Mark Twain,
Sarah Orne Jewett
 
Nathaniel Hawthorne, Herman Melville, Harriet Beecher Stowe,
Frederick Douglass, Mark Twain
 
Nathaniel Hawthorne, Herman Melville, Edgar Allan Poe, Harriet
Jacobs, Frederick Douglass
Sua resposta está correta. A alternativa onde há apenas
escritores do romantismo norte-americano é a que aponta os
nomes de Nathaniel Hawthorne, Herman Melville, Edgar Allan
Poe, Harriet Jacobs, Frederick Douglass. 
 
Herman Melville, Edgar Allan Poe, Frederick Douglass, Henry James,
James Weldon Johnson
0,6 / 0,6 ptsPergunta 7
Leia o texto a seguir:
 
Bem, não há um momento exato que determine onde começa
exatamente e onde termina aquilo conhecido por literatura norte-
americana contemporânea. Alguns críticos apontam para a literatura
produzida no pós-guerra, outros, a literatura produzida a partir dos
anos de 1960. A literatura contemporânea é caracterizada por ser pós-
moderna, isto é, que assumem e absorvem as realidades múltiplas,
híbridas, pluralidade e liberdade de expressão, fragmentação, alta
tecnologia, cultura de massas, espetacularização de todas as camadas
da vida, produção fordista, em série, desconstrução de valores sociais
arcaicos, lutas de minorias e pluralização de gêneros, anti-hierarquia,
hiper-realidade, internet etc. em sua estrutura literária. Desta maneira,
dentre inúmeras características dentre a infinita pluralidade da
produção contemporânea, podemos notar algumas como a
intertextualidade, o questionamento de normas e cânones, a busca
pela diversidade, o hedonismo, a metalinguagem, a fragmentação
voraz, as vozes múltiplas etc. As possibilidades são infinitas.
Qual alternativa indica apenas os escritores que estão dentro do que é
conhecido por literatura contemporânea?
 
Maya Angelou, Alurista, Stephen King, F. Scott Fitzgerald, Gertrude
Stein
 
Maya Angelou, Stephen King, F. Scott Fitzgerald, Gertrude Stein,
Vachel Lindsay
 
Maya Angelou, Alurista, Herman Melville, Stephen King, F. Scott
Fitzgerald.
 
Maya Angelou, Alurista, Lawson Fusao Inada, Lyn Hejinian, Stephen
King.
Sua resposta está correta.
A alternativa que aponta apenas escritores que se enquadram no
que ficou conhecido como literatura norte-americana
contemporânea é aquela que diz Maya Angelou, Alurista, Lawson
Fusao Inada, Lyn Hejinian, Stephen King. Nas outras alternativas,
há escritores de outras épocas. 
 
Stephen King, F. Scott Fitzgerald, Gertrude Stein, Lyn Hejinian, Vachel
Lindsay
0,6 / 0,6 ptsPergunta 8
Leia o fragmento do poema “O corvo”, de Edgar Allan Poe abaixo:
 
O corvo
 
Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu, caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho,
E disse estas palavras tais:
“É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais.”
[...]
“Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: existe acaso um bálsamo no mundo?”
E o corvo disse: “Nunca mais”.
[...]
Fonte: ASSIS, Machado de. Disponível em:
https://pt.wikisource.org/wiki/O_Corvo_(tradu%C3%A7%C3%A3o_de_Machado_de_A
Acesso em: 11 nov. 2020.
 
Analisando o poema de Poe acima, avalie as seguintes asserções.
I. A entidade maléfica, que é de imediato irreconhecível pelo eu lírico,
representada pelo corvo, supõe a ideia de encontro com o bestial, o
horror aterrorizante, que é uma das características da escrita de Poe.
 
PORQUE
 
II. O eu lírico não tem certeza do que se trata, profeta, ave ou
demônio, mas, em seu terror, grafado com letra maiúscula, imprimindo
intensidade, clama pela cura de sua apavorante dor.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição
verdadeira.
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
A alternativa está correta, pois as asserções I e II são proposições
verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
O encontro do sujeito do poema com o corvo é de início
irreconhecível e, de algum modo, se mantém até o fim, sendo
essa tensão constante uma das características da escrita de Poe
e, ainda que visto como um corvo, o eu lírico não reconhece a
natureza da figura e, ainda assim, busca nela alguma justificativa
de seu horror. 
 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição
falsa.
 As asserções I e II são ambas proposições falsas. 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma
justificativa da I.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 9
Leia o texto abaixo:
 
“Talvez não tenha havido na história mundial outro grupo de colonos
tão intelectualizados quanto os Puritanos. Entre 1630 e 1690, havia
tantos colonos diplomados em universidades no nordeste dos Estados
Unidos, na região da Nova Inglaterra, quanto no país mãe – fato
notável, considerando-se que a maioria das pessoas educadas da
época eram aristocratas pouco dispostos a arriscar suas vidas em
condições primitivas. Os Puritanos autodidatas, que venceram por
seus próprios méritos, constituíam notável exceção. Eles queriam a
educação para compreender e executar a vontade de Deus no
processo de colonização da Nova Inglaterra.
A definição puritana de boa leitura era aquela que transmitia a plena
consciência da importância de se adorar a Deus e os perigos
espirituais enfrentados pela alma na Terra. O estilo puritano variava
muito da poesia metafísica e complexa até diários caseiros e relatos
históricos religiosos tremendamente pedantes. Mas a despeito do
estilo ou gênero, certos temas eram constantes. A vida era vista como
prova; o fracasso levava à condenação eterna e ao fogo do inferno e o
sucesso, recompensado com o êxtase celestial. O mundo era a arena
de combate constante entre as forças de Deus e as hostes de
Satanás, inimigo terrível com vários disfarces. Muitos Puritanos
aguardavam ansiosamente a chegada do “milênio”, quando Jesus
voltaria à Terra, acabaria com a miséria humana e inauguraria 1000
anos de paz e prosperidade".
 
Considerando as informações apresentadas, avalie as afirmações
abaixo:
 
I. Os puritanos que chegaram do Velho Mundo com uma garra muito
grande, em pouco tempo já havia mais formados na colônia que na
metrópole.
II. Os puritanos, pensando na construção do país, ao se dedicar
duramente aos estudos pretendiam criar uma nação laica.
III. A vida ainda muito ligada ao campo fazia com que a poesia daquele
período projetasse a nova vida porvir.
 
É correto o que se afirma em:
Fonte: VANSPANCKEREN, Kathryn. Perfil da Literatura Americana.
São Paulo: Corpo Editorial, 1994. p.7.
 I, apenas. 
A alternativa está correta, pois apenas a afirmação I é verdadeira.
A afirmação I é verdadeira, pois realmente os puritanos chegaram
à América com um projeto de construir uma nação forte.
A afirmação II é falsa, pois, como o próprio nome diz, os puritanos
eram extremamente religiosos e não buscavam uma nação laica.
A afirmação III é falsa, pois a poesia daquele período não
projetava uma nova vida, mas uma reprodução do paraíso na
Terra. 
 III, apenas. 
 I e II, apenas. 
 II e III, apenas. 
 II, apenas. 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 10
Leia o trecho de “O Grande Gatsby” (1925), de F. Scott Fitzgerald,
abaixo:
“Mais ou menos na metade do caminho entre West Egg e Nova York, a
rodovia rapidamente se une à linha férrea e corre ao longo dela por
uns quatrocentos metros, de modo a afastar-se de uma certa área
desolada. É o vale de cinzas, uma fazenda fantástica em que as
cinzas crescem como trigo em sulcos, colinas e jardins grotescos; em
que as cinzas assumem a forma de casas e chaminés de onde sobe a
fumaça; e em que, finalmente,por meio de um esforço transcendental,
tomam o aspecto de homens cinzentos, que se movem devagar, como
se até mesmo eles estivessem se desfazendo no ar empoeirado. Por
vezes, surge uma linha de vagões cinzentos que se arrasta ao longo
de trilhos invisíveis, produzindo um barulho apavorante, e então para;
imediatamente, o enxame de homens cinzentos, carregando pás de
chumbo, levanta uma nuvem impenetrável de poeira, que esconde por
inteiro sua ação obscura da visão dos transeuntes.
Mas, acima da terra acinzentada e dos espasmos da poeira soturna
que pairam infindavelmente sobre ela, pode-se perceber, após um
momento, os olhos do Doutor T. J. Eckleburg. Os olhos do doutor são
azuis e gigantescos: as retinas têm um metro de diâmetro. Eles não
surgem de nenhum rosto, mas de trás de um par de enormes óculos
amarelos apoiados em um nariz inexistente. É evidente que algum
oculista espertalhão colocou-os ali a fim de engrossar sua clientela no
bairro de Queens e então ele próprio afundou-se em uma cegueira
eterna ou esqueceu-se de que havia colocado os olhos ali e se mudou
para longe. Mas seus olhos, um pouco desbotados pelo passar do
tempo, suportando o sol e a chuva por muitos anos, continuam a
contemplar com melancolia o terreno coberto de escória.
O vale das cinzas é limitado de um dos lados por um rio estreito e
imundo; e, quando a ponte móvel é erguida para deixar passar as
barcaças, os passageiros que estão nos trens à espera podem
contemplar por até meia hora a desolada paisagem. Há sempre uma
parada de pelo menos um minuto junto ao rio, e foi por isso que
encontrei pela primeira vez a amante de Tom Buchanan. O fato de ele
ter uma amante era público e notório e comentado com insistência em
todos os lugares onde era conhecido. Seus amigos e conhecidos o
criticavam por aparecer com ela nos cafés da moda, onde deixava-a
sozinha à mesa e saía a passear pelo salão, conversando com todas
as pessoas que conhecesse. Embora eu tivesse curiosidade de vê-la,
não tinha desejo algum de encontrá-la, mas acabou por acontecer.
Uma tarde, fui a Nova York com Tom, de trem, e quando paramos junto
aos montes de cinzas ele ergueu-se de repente e, segurando meu
cotovelo, literalmente obrigou-me a descer”.
Fonte: FITZGERALD, F. Scott. O Grande Gatsby. Porto Alegre: L&PM, 2011. p.19.
Considerando o texto do clássico romance de Fitzgerald e também o
contexto literário específico norte-americano, avalie as afirmações
abaixo:
 
I. O trecho mostra tanto o aspecto miserável do sonho americano, com
seus lugares de cinzas e rios poluídos, que é impossível esconder,
quanto o banal da vida aristocrática que vivia o narrador.
II. Através de uma narrativa ao mesmo tempo altamente descritiva e
fluida, o narrador consegue tatear os mais intrincados meandros da
sociedade norte-americana do começo do século XX.
III. Dentro do modernismo norte-americano, a linguagem de Fitzgerald
traz para dentro do tecido narrativo um tipo de construção intrincada e
densa, que dificulta sua popularidade.
IV. Porta-voz de uma realidade decadente, porém ainda glamorosa, o
narrador coloca sua memória a serviço de mostrar o quão importante,
edificante e fundamental é o american way of life.
 
É correto o que se afirma apenas em: 
 II e III 
 I e III 
 II e IV 
 III e IV 
 I e II 
A alternativa está correta, pois apenas as afirmações I e II são
verdadeiras.
A afirmação I é verdadeira, pois o fragmento, em sua síntese
narrativa, realmente coloca em relevo os aspectos decadentes e
também o glamour decadente.
A afirmação II é verdadeira, pois a escrita de característica tem,
entre outras características, a descrição detalhista e a fluidez,
numa linguagem clara que perscruta a sociedade do seu tempo.
A afirmação III é falsa, pois a linguagem de Fitzgerald não é
intrincada e densa, mas, ao contrário, coloquial e fluida.
A afirmação IV é falsa, pois o livro segue justamente o caminho
contrário, isto é, denuncia o fracasso e a hipocrisia do sonho
americano. 
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