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Atividade Objetiva 2_ Literaturas Africanas em Língua Portuguesa

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Atividade Objetiva 2
Entrega 17 de out de 2021 em 23:59 Pontos 1 Perguntas 5
Disponível 10 de ago de 2021 em 0:00 - 17 de out de 2021 em 23:59 2 meses
Limite de tempo Nenhum Tentativas permitidas 2
Instruções
Este teste não está mais disponível, pois o curso foi concluído.
Histórico de tentativas
Tentativa Tempo Pontuação
MANTIDO Tentativa 2 3 minutos 1 de 1
MAIS RECENTE Tentativa 2 3 minutos 1 de 1
Tentativa 1 16 minutos 1 de 1
Pontuação desta tentativa: 1 de 1
Enviado 16 de out de 2021 em 12:41
Esta tentativa levou 3 minutos.
Importante:
Caso você esteja realizando a atividade através do aplicativo "Canvas Student", é necessário que
você clique em "FAZER O QUESTIONÁRIO", no final da página.
0,2 / 0,2 ptsPergunta 1
Leia o texto abaixo: 
 
Filha de mãe negra, Noémia transfere a maternidade biológica para a
simbólica, elegendo a pele africana como o seu sinal: no poema
“Negra”, o corpo feminino, diverso, mas sintetizado numa única
palavra, MÃE, acaba por representar o corpo do continente africano; e
no poema “Sangue negro”, estabelecida também a homologia entre
“África” e “Mãe” pelo possessivo comum, “minha”, o eu poemático
https://famonline.instructure.com/courses/15970/quizzes/57675/history?version=2
https://famonline.instructure.com/courses/15970/quizzes/57675/history?version=2
https://famonline.instructure.com/courses/15970/quizzes/57675/history?version=1
assume o seu sangue negro-escravo e a sua ancestralidade
originária: 
E nada mais foi preciso, que o feitiço ímpar dos teus tantãs de guerra
chamando, dundundundun-tã-tã-dun-dun-dun-tã-tã, nada mais que a
loucura elementar dos teus batuques bárbaros, terrivelmente belos –
para que eu vibrasse, – para que eu gritasse, – para que eu sentisse,
funda, no sangue, a tua voz, Mãe! 
E, vencida reconhecesse os nossos elos... E regressasse à minha
origem milenar. (FERREIRA, 1985, p.92)
(Fonte: GOMES, Simone Caputo. Poesia moçambicana e negritude:
caminhos para uma discussão. In: Revista Via Atlântica. Número: 16.
Universidade de São Paulo, p.31) 
A poesia da escritora Noémia de Sousa, segundo a crítica Simone
Caputo, ambienta uma experiência que se assemelha aos preceitos da
negritude. Nesse sentido, analise as afirmações abaixo: 
I. A proposta artística da escritora se relaciona com a negritude visto o
diálogo entre os negros de todo o mundo em união. Sua poesia, além
disso, traz as imagens do feminino, a partir da simbologia da “mãe”
como metáfora dessas relações de solidariedade. 
II. Os poemas da escritora têm características que dialogam com o
discurso da negritude, principalmente quanto à união entre todos os
seres humanos, independentemente de suas nacionalidades. 
III. Os seus discursos trazem as perspectivas da construção dos
nacionalismos africanos em diálogo com os discursos de solidariedade
entre as comunidades negras de todo o globo. Logo, tanto os africanos
como os afrodescendentes são parte de um projeto de solidariedade
uno. 
 
É correto o que se afirma em: 
 II e III, apenas. 
 I e III, apenas. Correto!Correto!
A alternativa está correta, pois apenas as afirmações I e III são
verdadeiras. 
As produções poéticas da escritora têm como proposta discursiva
a união entre os povos negros do mundo. Há diversos poemas
que trazem um diálogo entre os africanos e as comunidades
afrodescendentes americanas, por exemplo. 
A afirmação II é falsa, pois os poemas da escritora não propõem a
união entre todos os povos do globo.
 I e II, apenas. 
 III, apenas. 
 I, apenas. 
0,2 / 0,2 ptsPergunta 2
Leia o texto abaixo: 
(...) sai em Luanda a revista Mensagem (1951-1952) com o subtítulo
«A voz dos naturais de Angola». Consequência do projecto cultural e
político do citado Movimento dos Novos Intelectuais de Angola, dela se
publicaram apenas quatro números, os dois últimos num só caderno
19. É com Mensagem que se projecta a viragem definitiva no caminho
da literatura e cultura angolanas: «o marco iniciador de uma Cultura
Nova, de Angola, e por Angola, fundamentalmente angolana, que os
jovens da Nossa Terra estão construindo». A consciência, a
determinação e o sentido da mensagem desses jovens estão inscritos
na forma como grafam com maiúsculas «Cultura Nova» e «Nossa
Terra». 
Fonte: FERREIRA, Manuel. Literaturas africanas de expressão
portuguesa. Lisboa: Instituto de Cultura Portuguesa, 1977, P.15. 
A produção literária africana de língua portuguesa, a partir da década
de 40, marca uma nova fase na historiografia desses cinco países.
Nesse sentido, a revista Mensagem
 exemplifica a discussão sobre a literatura contemporânea. 
 
é exceção entre os grupos de revistas do período, visto a perspectiva
colonial imposta.
 
tornou-se exemplo de contravenção discursiva no período pós-
independências.
 
é parte de um projeto político salazarista, como resultado da política
descolonial.
 
é um dos exemplos de produção literária que corrobora com o período
de construção do Nacionalismo Africano.
Correto!Correto!
A alternativa está correta. A revista Mensagem foi um dos
materiais mais importantes na produção discursiva e literária do
período de construção do Nacionalismo Africano nos territórios
africanos de língua portuguesa. 
0,2 / 0,2 ptsPergunta 3
Leia o poema abaixo: 
SURGE ET AMBULA
Dormes! e o mundo marcha, ó pátria do mistério.
Dormes! e o mundo avança, o tempo vai seguindo... 
O progresso caminha ao alto de um hemisfério 
E no outro tu dormes o teu sono infindo... 
A selava faz de ti sinistro eremitério, 
onde sozinha, à noite, a fera anda rugindo... 
A terra e a escuridão têm aqui o seu império 
E tu, ao tempo alheia, ó África, dormindo... 
Desperta. Já no alto adejam negros corvos 
Ansiosos de cair e beber aos sorvos 
Teu sangue ainda quente, em carne de sonâmbula... 
Desperta. O teu dormir já foi mais que terreno... 
Ouve a voz do Progresso, este outro Nazareno 
Que a mão te estende e diz: - África surge et ambula!
(Fonte: Rui de Noronha (1936). In: Pires Laranjeira. Literaturas
africanas de expressão portuguesa. São Paulo: Universidade Aberta,
1995, p.257)
 
De acordo com as reflexões propostas e pela análise do poema, é
possível observar que a poesia do poeta moçambicano Rui de
Noronha:
I. Prepara o discurso literário para a próxima fase que se inicia a partir
da década de 40, com a construção dos Nacionalismos nos territórios. 
II. Ambienta, através do soneto, o diálogo entre a oralidade africana e
a lírica clássica. 
III. Apropria-se dos recursos estéticos da lírica clássica para a
composição de um discurso inovador quanto às problemáticas
africanas. 
IV. Distancia-se do discurso do período, visto trazer apenas traços
estéticos europeus em sua poesia. 
 
É correto o que se afirma apenas em: 
 IV e I 
 I e III Correto!Correto!
A alternativa está correta, pois apenas as afirmações I e III são
verdadeiras. 
A afirmação I é verdadeira, pois ainda que o poema seja da
década de 30, o seu discurso já inicia um processo de busca
autônoma que favoreceu os movimentos políticos nacionais,
principalmente a partir da década de 40. 
A afirmação III é verdadeira, porque o artista se apropria de
alguns recursos da lírica clássica (construção em soneto,
esquemas rimáticos e vocábulos rebuscados) para a construção
de um discurso que inova quanto à perspectiva libertária sobre o
continente africano. 
A afirmação II é falsa, pois não há traços de oralidade na poesia
do autor. 
A afirmação IV é falsa, pois a estética do poema não se distancia
das propostas do período.
 I e II 
 II e IV 
 III e II 
0,2 / 0,2 ptsPergunta 4
Leia o poema a seguir:
 
Grito Negro 
 
Eu sou carvão! 
E tu arrancas-me brutalmente do chão 
e me fazes tua mina, patrão. 
Eu sou carvão! 
E tu acendes-me, patrão, 
para te servir eternamente como força motriz 
mas eternamente não, patrão. 
Eu sou carvão e tenho que arder sim; 
queimar tudo com a força da minha 
combustão.
Eu sou carvão; 
tenho que arder na exploração 
arder até às cinzas da maldição 
arder vivo como alcatrão, meu irmão, 
 até não ser maisa tua mina, patrão. 
Eu sou carvão. 
Tenho que arder 
Queimar tudo com o fogo da minha 
combustão.
Sim! 
Eu sou o teu carvão, patrão.
(Fonte: José Craveirinha. Karingana Ua Karingana. Lisboa: Edições
70, 1982.)
 
O escritor moçambicano José Craveirinha é um dos nomes mais
importantes das literaturas africanas de língua portuguesa. A partir da
análise do poema e dos seus conhecimentos sobre a literatura do
período de construção nacional, analise as afirmações abaixo: 
I. Os versos “Tenho que arder / Queimar tudo com o fogo da minha
combustão” apresentam um eu-lírico nada resignado com a sua
condição colonial imposta. 
II. A escrita em primeira pessoa possibilita que o eu-lírico apresente ao
leitor a sua indignação perante à condição colonial, mas em sintonia
com as perspectivas do período, coletivizando, assim, a luta política.
III. O poema se assemelha à estética clássica, visto trazer inúmeras
figuras de linguagem, no rebuscamento discursivo pouco característico
do período em que o poema foi escrito, na década de 60. 
IV. O interlocutor do poema, a que o eu-lírico se reporta, é o patrão, o
qual acaba por compreender a situação de exploração visibilizada por
seu funcionário. 
 
É correto o que se afirma apenas em: 
 I e II Correto!Correto!
A alternativa está correta, pois apenas as afirmações I e II são
verdadeiras. A afirmação I é verdadeira, pois os versos
apresentam um eu-lírico contrário à submissão colonial imposta. 
A afirmação II é verdadeira, pois apresenta a indignação quanto
ao contexto, atitude ativa ao período. 
A afirmação III é falsa, pois o poema não se assemelha à estética
clássica, na construção fixa, com esquemas rimáticos específicos
e a partir da apropriação de palavras eruditas. 
A afirmação IV é falsa, pois não há nenhuma alusão à
compreensão do patrão no poema, pelo contrário, o que há é a
luta do explorado contrário ao explorador.
 II e III 
 II e IV 
 IV e I 
 III e IV 
0,2 / 0,2 ptsPergunta 5
Leia o poema abaixo: 
Testamento
 
À prostituta mais nova 
Do bairro mais velho e escuro, 
Deixo os meus brincos, lavrados 
Em cristal, límpido e puro... 
E àquela virgem esquecida 
Rapariga sem ternura, 
Sonhando algures uma lenda, 
Deixo o meu vestido branco, 
O meu vestido de noiva, 
Todo tecido de renda... 
Este meu rosário antigo 
Ofereço-o àquele amigo 
Que não acredita em Deus... 
E os livros, rosários meus 
Das contas de outro sofrer, 
São para os homens humildes, 
Que nunca souberam ler. 
Quanto aos meus poemas loucos, 
Esses, que são de dor 
Sincera e desordenada... 
Esses, que são de esperança, 
Desesperada mas firme, 
Deixo-os a ti, meu amor... 
Para que, na paz da hora, 
Em que a minha alma venha 
Beijar de longe os teus olhos, 
Vás por essa noite fora... 
Com passos feitos de lua, 
Oferecê-los às crianças 
Que encontrares em cada rua... 
(Fonte: Alda Lara. Poemas. Porto: Vertente, 1984, p.25)
 
A partir da análise do poema da escritora angolana Alda Lara, e
considerando as características da produção literária africana das
décadas de 40 e 50, assinale a opção correta: 
 
Quanto ao discurso, este apenas reproduz uma perspectiva
colonialista.
 
Tanto o discurso como a experiência estética do poema estão
completamente distanciados das perspectivas nacionais do período.
 
A escritora teve como projeto artístico a retomada de uma
característica discursiva encontrada na poesia africana do século XIX.
 
O poema não traz inovações estéticas ou discursivas, entretanto,
ambienta a perspectiva do período.
 
Ainda que o poema não traga inovações estéticas que dialoguem com
as culturas africanas, o discurso de solidariedade do eu-lírico
demonstra uma característica importante do momento, visto que afirma
a necessidade de pensar nos sujeitos explorados e em suas condições
precarizadas. O poema traz algumas inovações estéticas que serão
mais bem compreendidas no período pós-independência.
Correto!Correto!
A alternativa está correta, porque o poema traz algumas
inovações discursivas que se relacionam com as perspectivas do
período nacional, a exemplo do olhar sobre os mais explorados e
suas vivências colonizadas. 
Pontuação do teste: 1 de 1

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