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Atividade Objetiva 3 Entrega 23 de nov de 2021 em 23:59 Pontos 1 Perguntas 5 Disponível 10 de ago de 2021 em 0:00 - 23 de nov de 2021 em 23:59 4 meses Limite de tempo Nenhum Tentativas permitidas 2 Instruções Este teste não está mais disponível, pois o curso foi concluído. Histórico de tentativas Tentativa Tempo Pontuação MANTIDO Tentativa 2 16 minutos 0,6 de 1 MAIS RECENTE Tentativa 2 16 minutos 0,6 de 1 Tentativa 1 17 minutos 0,6 de 1 Pontuação desta tentativa: 0,6 de 1 Enviado 17 de out de 2021 em 10:57 Esta tentativa levou 16 minutos. Importante: Caso você esteja realizando a atividade através do aplicativo "Canvas Student", é necessário que você clique em "FAZER O QUESTIONÁRIO", no final da página. 0,2 / 0,2 ptsPergunta 1 Observe a figura abaixo: https://famonline.instructure.com/courses/15970/quizzes/57585/history?version=2 https://famonline.instructure.com/courses/15970/quizzes/57585/history?version=2 https://famonline.instructure.com/courses/15970/quizzes/57585/history?version=1 (Fonte: Capa da Revista Meridiano (1953), Boletim da Casa dos Estudantes do Império. Delegação de Coimbra. In: SOUZA, Larissa da S. Lisboa. Corpos ultrajados e suas representações em crônicas de Ana Paula Tavares. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, 2015, p.32.) A partir da observação da capa da revista Meridiano, um dos boletins culturais da Casa dos Estudantes do Império, e considerando os seus estudos sobre o período, assinale a opção correta. A imagem da capa não reflete a experiência do período, mas sim o desejo futuro de união entre nações diversas. As três pessoas retratadas na capa da revista se relacionam com a perspectiva do período, visto que ambientam as vitórias da luta colonial, nos acordos de união entre africanos e portugueses. A revista Meridiano, diferentemente de outras produções da CEI, seria o único material com uma proposta diferente das demais, e a imagem de capa ilustra essa particularidade. A imagem da capa da revista ilustra a perspectiva do período, visto que, a mulher ao centro é a única que está com vestimentas tradicionais, enquanto os homens estão com roupas “ocidentais”. Desse modo, ainda que se evidencie uma perspectiva de união entre todos os africanos, há uma relação hierárquica que condiciona a mulher apenas aos espaços tradicionais, não aos intelectuais. Correto!Correto! A alternativa está correta porque a imagem evidencia questões progressistas, mas ainda sim problemáticas, quanto ao feminino. É possível compreender, pela posição das três pessoas, a perspectiva anticolonial consoante com a proposta da CEI, contudo, a mulher é a única com vestimentas tradicionais, demonstrando, assim, certa hierarquização entre os três, em que a mulher é a figura mais distanciada das construções intelectuais, por exemplo. A mulher ao centro do desenho representa o poder feminino que se instaura neste período, como resultado de políticas públicas anticoloniais que inseriram as mulheres nos exercícios de poder. 0,2 / 0,2 ptsPergunta 2 Leia o excerto abaixo: Exige-se a um escritor africano aquilo que não se exige a um escritor europeu ou americano. Exigem-se provas de autenticidade. Pergunta- se até que ponto ele é etnicamente genuíno. Ninguém questiona quanto José Saramago representa a cultura de raiz lusitana. É irrelevante saber se James Joyce corresponde ao padrão cultural desta ou daquela etnia europeia. Porque razão os autores africanos devem exibir tais passaportes culturais? Isso acontece porque se continua a pensar a produção destes africanos como algo do domínio antropológico ou etnográfico. O que eles estão produzindo não é literatura, mas uma transgressão ao que é tido como tradicionalmente africano. (Fonte: Mia Couto. Que África escreve o escritor africano. Pensatempos. Lisboa: Caminho, 2005, p.26.) Observando o excerto do ensaio do escritor Mia Couto, e refletindo sobre a produção artístico-literária dos países africanos de língua portuguesa nessas primeiras duas décadas do século XXI, analise as afirmações abaixo: I. O escritor africano tem consigo se desvencilhar das amarras essencialistas sobre o que é ser africano para produzir uma literatura mais desgarrada de estéticas e mesmo de discussões que seriam consideradas categoricamente africanas. II. O exercício contemporâneo do escritor africano é complexo e desafiante, visto que é preciso que ele volte à essência africana para encontrar a sua identidade como partícipe da historiografia do continente. III. Tanto os escritores como os artistas africanos como um todo têm um compromisso ético com o continente, logo, suas obras espelham essas preocupações. É correto afirmar o que se afirma em: I e II, apenas. III, apenas. I, apenas. Correto!Correto! A alternativa está correta, pois apenas a afirmação I é verdadeira. A afirmação I é verdadeira porque os escritores africanos contemporâneos têm produzido uma literatura diversa, por vezes discutindo questões categoricamente africanas, por vezes não, demonstrando, assim, o desvencilhamento com as proposições essencialistas sobre o exercício artístico. A afirmação II é falsa, pois não se trata, exclusivamente, de uma discussão do escritor africano uma imaginária voltada à essência africana. A afirmação III é falsa, pois não são todos os escritores africanos que levam aos seus textos um compromisso ético com o continente. II, apenas. II e III, apenas. 0,2 / 0,2 ptsPergunta 3 Leia um trecho das obras abaixo: Texto I Carrasco igual nunca se viu por estas terras. Hábil. Não é preciso ser marinheiro para ser sanguinário. A resistência morreu de vez. Os condenados rendem-se de vez. Para matar um povo é preciso abatê-lo pelas entranhas. Quer uma preta, uma virgem, patrão. Mandei preparar uma. Preta autêntica, carvão puríssimo, de primeira, para o senhor inaugurar (...) (Fonte: CHIZIANE, Paulina. O Alegre Canto da Perdiz. Lisboa: Caminho, p.135) Texto II Dobrado sobre o ventre e com as mãos pendentes para o chão, Madala ouviu a última das doze badaladas do meio-dia. Erguendo a cabeça, divisou por entre os pés de milho a brancura esverdeada das calças do capataz, a dez passos de distância. Não ousou endireitar-se mais porque sabia que apenas devia largar o trabalho quando ouvisse a ordem traduzida num berro. Apoiou os cotovelos aos joelhos e esperou pacientemente (Fonte: HONWANA, 2008, p. 76-81). A partir da leitura do trecho do romance e o comparando com o trecho conto de Luís Bernardo Honwana “Dina”, como os indivíduos explorados experienciavam o processo colonial? Ambos os textos mostram as dificultosas experiências desses indivíduos, visto a necessidade de aceitar certas condições complexas a eles, simplesmente como forma de sobrevivência. Correto!Correto! A alternativa está correta, porque ambos os textos mostram as complexas relações dos indivíduos colonizados no contexto de violência e exploração, aceitando, assim, condições adversas justamente como forma de sobrevivência. Em nenhum dos textos é possível afirmar passividade ou atitude revolucionária entre os explorados. Os textos trazem a passividade do homem colonizado, aceitando todas as ações do colonizador, inclusive, no desejo de ser tornar, um dia, um colonizador. Enquanto o conto Dina traz indivíduos explorados que jamais aceitavam a sua condição de escravizados, no trecho do romance de Paulina é possível compreender que esses são passivos. A condição do colonizado brasileiro é explorada em ambas as narrativas, como crítica à condição explorada em que esses indivíduos viviam. 0 / 0,2 ptsPergunta 4 Leia o trecho abaixo: Caminharam a direito, atravessando constantemente o rio, para encurtar caminho. Os primeiros minutos foram o inferno para Teoria. Agora ia melhor. Vencera o primeiro combate, o mais duro. Sabia que vencera mesmo todo o combate. Avançaram distanciados uns dos outros, em fila indiana, por entre as folhas largas de xikuanga, onde vivem os elefantes.O cheiro de elefante era persistente. Pena que não viemos caçar, pensou Ekuikui, o caçador; daria comida para muito tempo. E, ao atravessarem de novo o rio, depararam com uma manada de elefantes. Instintivamente, Ekuikui levantou a arma. — Ninguém dispara! — gritou o Chefe de Operações. Ekuikui contemplava os elefantes que se afastavam calmamente, agitando as trombas e as enormes orelhas, nada alarmados por aquela fila de homens de verde que saíam do verde imenso do Mayombe. O Comissário bateu-lhe no ombro: — Viemos procurar o tuga. Se fazemos fogo, o tuga pode ouvir e ficar de prevenção. Ekuikui, o caçador do Bié, abanou tristemente a cabeça. (Fonte: PEPETELA. Mayombe. Lisboa: Dom Quixote, 1993. p. 11.) A romance Mayombe, do angolano Pepetela, foi publicado após a Independência, mas escrito enquanto o escritor era militante do Movimento Pela Libertação de Angola no período colonial. Observando esse trecho da obra, analise as asserções abaixo e a relação proposta entre elas: I. A apropriação tanto da língua portuguesa como das línguas locais angolanas se deu no exercício artístico de alguns escritores. PORQUE II. A apropriação das variedades linguísticas foi uma estratégia discursiva usada durante grande parte do período colonial. A partir das asserções, assinale a alternativa correta: As asserções I e II são proposições falsas. As asserções I e II são proposições verdadeira, e a II é uma justificativa da I. ocê respondeuocê respondeu A alternativa está incorreta, pois a asserção I é uma proposição verdadeiras e asserção II é uma proposição falsa. Alguns escritores angolanos se apropriaram do hibridismo linguístico como estratégia discursiva, porém, em maior número no período final da colonização e no pós-independências. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições verdadeira, mas a II não é uma justificativa da I. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. esposta corretaesposta correta 0 / 0,2 ptsPergunta 5 Leia o texto abaixo: A escrita literária feminina, vale lembrar, fosse africana ou não, historicamente imergiu em uma zona de profunda exclusão, habitando o sombreado das fímbrias. Como indica Lucia Guerra (1995), a mulher ocupou sempre uma posição subordinada, sendo privada, na organização patriarcal, “de sua própria História e das histórias que modelizam sua própria experiência” (p. 26-27; traduzi) (...) Ao todo, em tais antologias (africanas), aparecem: 31 poetas angolanos; seis santomenses e 57 moçambicanos nomeados, além de dois desconhecidos. No conjunto assim formado, 94 poetas, há 11 poetisas, isto porque Vera Micaia é pseudônimo de Noémia de Sousa. Portanto, em um universo de 94 poetas nomeados, apenas, e aproximadamente, 12% são mulheres. (Fonte: PADILHA, Laura Cavalcanti. “Bordejando a margem (escrita feminina, cânone africano e encenação de diferenças)”, SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 8, n. 15, p. 256-257, 2º sem. 2004.) Em seu ensaio sobre a autoria feminina, Laura Padilha nos alerta sobre a dificultosa experiência desse exercício. A partir desse complexo quadro exposto devido a alguns problemas, avalie as afirmações abaixo: I. O dificultoso processo de inclusão da mulher nas instituições de ensino desses países. II. O preconceito arraigado, seja da sociedade colonial como das comunidades nativas, no cerceamento da mulher. III. Os complexos processos de descolonização que não ofereceram nenhum benefício às mulheres. IV. Os lugares que as mulheres decidiram ocupar após as Independências, afastando-as dos cenários literários. É correto o que se afirma apenas em: III e IV I e III I e IV II e III ocê respondeuocê respondeu A alternativa está incorreta, pois apenas as afirmações I e II são verdadeiras. A afirmação I é verdadeira, pois o quadro escasso de autoras no cenário literário se deve pelos dificultosos processos educacionais nesses países. A afirmação II é verdadeira, pois os preconceitos as cerceavam, seja na esfera colonial, como nas culturas tradicionais. A afirmação III é falsa, pois os processos de descolonização propuseram sim algumas benesses às mulheres, inclusive, na inclusão educacional. A afirmação IV é falsa, porque as mulheres ocuparam, após as Independências, também os espaços intelectuais, como os literários. I e II esposta corretaesposta correta Pontuação do teste: 0,6 de 1