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Gabriel Sousa DIAGNÓSTICO - É o reconhecimento de uma doença pela aparência de seus sinais e sintomas. - Analisar as causas fisiológicas bioquímicas subjacentes da doença. TIPOS DE DIAGNÓSTICO 1. Diagnóstico sindrômico (ou clínico) Sabendo-se que síndrome é um conjunto de sinais e sintomas que se apresentam para definir uma entidade mórbida que pode, entretanto, ser produzida por causas muito diversas. Entende-se por diagnóstico sindrômico o reconhecimento de uma síndrome. Por ex. síndrome urêmica, síndrome febril, síndrome de derrame pleural, síndrome do desconforto respiratório agudo, síndrome de mononucleose infecciosa etc. Para facilitar, o diagnóstico sindrômico é “o que há de errado?” O que o paciente com apendicite tem? Ele tem abdômen agudo inflamatório. O que o paciente com uma placa na coronária tem? Tem uma síndrome coronariana aguda. Esse é o raciocínio, o sindrômico é amplo mesmo, não é definitivo, além disso, é sensível. Após a anamnese quando você formar um diagnóstico sindrômico, sem querer já dá um a reduzida nas possibilidades. Cervicalgia é um diagnóstico clinico e topográfico. 2. Diagnóstico anatômico ou topográfico “Onde está o problema?” É o reconhecimento de uma alteração morfológica. Por ex: hepatomegalia, megaesôfago, estenose mitral etc.). 3. Diagnóstico funcional Os dados propedêuticos indicam o mal funcionamento de órgão ou sistema. Exemplos são a insuficiência renal crônica, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência hepática, etc. 4. Diagnóstico diferencial Os dados propedêuticos indicam diversas doenças potencialmente capazes de serem responsáveis pelos sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Exemplo: Paciente com dor abdominal e icterícia pode ser portador de: hepatite viral, hepatite transinfecciosa, hepatite medicamentosa, doença da via biliar calculosa ou não, doença pancreática, tumor de papila, anemia hemolítica, anemia falciforme, etc. 5. Diagnóstico etiológico “O que causou o problema?” Após o correto processo propedêutico chega-se ao diagnóstico da causa da doença. Geralmente é acompanhado do melhor tratamento disponível para o caso. É verdade que muitas doenças ainda têm etiologia desconhecida, a mostrar que o caminho percorrido pela medicina está ainda em seu princípio. 6. Diagnóstico presuntivo O clínico sempre procurará chegar a um diagnóstico de certeza, ou seja, determinar qual a enfermidade que está causando a ocorrência do distúrbio funcional ou a lesão. Porém, nem sempre se dispõe de elementos suficientes para afirmar com certeza qual o diagnóstico. Estas situações ocorrem pelos mais distintos motivos, estejam eles ligados a complexidade do caso ou mesmo pela impossibilidade de colher informações suficientes para que seja gerado um diagnóstico. Neste caso pode ser determinado um diagnóstico presuntivo ou mesmo um diagnóstico desconhecido, quando todas as possibilidades de esclarecimento estiverem esgotadas (FEITOSA et al., 2008). RACIOCÍNIO CLÍNICO 1- Coleta dos dados que alimentarão o raciocínio. Ou seja, a capacidade de fazer a anamnese e de executar o exame físico do paciente, para o que se tenha informações e um conjunto de habilidades intelectuais e psicomotoras. 2- Sistematização da coleta de dados. Com o objetivo de fornecer a mente os elementos que irão se articular entre si e com conhecimentos previamente adquirido. 3- A organização mental dos dados obtidos, que culminará na elaboração do diagnóstico. Gabriel Sousa 4- A última etapa começa no momento em que se encontra uma conclusão capaz de sintetizar todo o processo iniciado no primeiro contato com o paciente. FORMAS DE RACIOCÍNIO CLINICO É o conjunto de processos que ocorrem dentro da mente do médico para a formulação do diagnóstico e proposta terapêutica. Ele começa no primeiro contato com o paciente. Os pilares do raciocínio clínico são: coleta de dados, conhecimento médico e processo de raciocínio. O raciocínio pode ser dividido em sistemas: • Sistema 1: raciocínio rápido e intuitivo (atalho mental); “já vi isso antes”; reconhecimento de alterações ao exame físico → para chegar a esse sistema é importante o estudo e a experiência • Sistema 2: é um método hipotético-dedutivo, em que ocorre um diagnóstico anterógrado (parte dos dados para chegar a um diagnóstico); apresenta um raciocínio fisiopatológico a partir dos dados da anamnese → análise da informação → diagnóstico sindrômico e anatômico → lista de hipóteses → novas perguntas → exames físicos → exames complementares → diagnóstico etiológico • Sistema 3: é um diagnóstico retrógrado (do diagnóstico para os dados); parte-se de um sintoma ou de uma síndrome e segue-se um fluxograma para ver os possíveis diagnóstico; conta com algoritmos e diretrizes OBS! Coisas importantes a se fazer são: fazer uma anamnese minuciosa, formular diagnósticos diferenciais; pensar na epidemiologia das doenças no momento do diagnóstico. SINTOMA-SINAL-SÍNDROME-DOENÇA Sintoma é a sensação subjetiva referida pelo paciente, como dor, mal estar, ansiedade, sensação de vertigem, etc. É um fenômeno só por ele percebido. Por ex: dor, má digestão, tontura, náuseas Sinal é a manifestação objetiva da doença, física ou química, diretamente observada pelo médico, que pode ser notado pelo examinador mediante inspeção, palpação, percussão, ausculta ou evidenciado por meios subsidiários. Por ex: tosse, vômito, edema, cianose, presença de sangue na urina. Sinais ou sintomas patognomônicos são aqueles exclusivos de uma doença determinada e indicam, de maneira quase absoluta sua existência. Síndrome é o conjunto de sintomas e/ou sinais que ocorrem associadamente e que podem ser determinados por diferentes causas. Por ex: síndrome urêmica, síndrome febril, síndrome de derrame pleural. Doença é definido como a ausência de saúde. Por ser algo muito subjetivo, podemos citar alguma alteração no organismo que leva à sintomas específicos e apresenta causas determinadas; PIRÂMIDE DIAGNÓSTICA 1° andar: Informações padrões sobre exame clínico, alterações encontradas e queixas citadas. 2° andar: Acrescentar exames complementares, relatar alterações de parâmetros fisiológicos, relacionar sinais e sintomas que possam ser interligados e anotar eventuais novos eventos. 3º andar: Adicionar resultados relevantes do andar anterior, sinais clínicos permanentes e outros sinais que possam estar relacionados. 4º andar: Selecionar sinais e sintomas pertinentes e correlacionar com novos dados, conforme andar anterior. Obs: ao longo do atendimento o paciente pode fornecer novos dados que antes foram omitidas. 5º andar/topo: Sinais e sintomas patognomônicos e diagnóstico presuntivo ou de certeza.
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