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Pneumonias - Pediatria

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MED – Pediatria - Letícia Bittencourt Castro Vieira
SÍNDROMES RESPIRATÓRIAS NA INFÂNCIA II
PNEUMONIAS
· Com taquipneia, sem estridor
· 3 tipos: 
- Bacteriana agudo/grave
- Atípica insidioso
- Viral (bronquiolite) sibilos
PneumOnia bacteriana
· Quadro agudo/grave
ETIOLOGIA
· < 2 meses: 
- Streptococcus agalactiae (grupo B)
- GBS e Gram-negativos entéricos 
· > 2 meses: 
- Streptococcus pneumoniae (causa + comum de pneumonia bacteriana típica em todas as fases da vida, exceto no período neonatal) 
- Staphylococcus aureus (grave; complicações derrame, pneumatoceles; pode surgir a partir de porta de entrada cutânea e disseminação hematogenica )
QUADRO CLÍNICO
· Pródromos catarrais
· Febre alta e tosse
· Taquipneia
· Sinais clássicos: estertores, aumento do FTV, submacicez, broncofonia, pectorilóquia afônica 
 Sinais de gravidade:
· Tiragem (principal: tiragem subcostal)
· Batimento de asa/aleta nasal (BAN)
· Gemência
· Cianose / SatO2 <92%
DIAGNÓSTICO
· Clínico
 Radiografia de tórax:
· Não é obrigatória, não afasta o diagnóstico e não é usada para controle de cura
· Indicada nas hospitalizações
· Pode “sugerir” etiologia e identifica complicações 
Achados no RX: 
· Consolidação
· Broncograma aéreo (aerobroncograma)
· Pneumonia redonda – S. pneumoniae
Complicações no RX:
· Pneumatoceles (cavitação com parede fina única ou múltipla) – S. aureus
· Abscesso (cavitação com parede espessa e nível hidroaéreo) – S. aureus, anaeróbios
 Não confundir com o timo (sinal da vela do barco)
 
 Pneumonia 
Aerobroncograma Pneumonia redonda
 Pneumatoceles Abscesso
TRATAMENTO
Indicações de hospitalização:
· Idade < 2 meses
· Sinais de gravidade (tiragem, BAN, gemência, cianose, sat < 92%)
· Sinal geral de perigo (incapaz de beber líquido, vomita tudo)
· Doença de base
· Complicações (ex.: complicações radiológicas)
	AMBULATORIAL
	< 2 meses: 
- Não há tratamento ambulatorial para crianças < 2 meses, apenas tratamento hospitalar
> 2 meses: 
- Amoxicilina VO 7-10 dias 
Obs.: Reavaliar em 48h
	HOSPITALAR
	< 2 meses: 
- Ampicilina + Aminoglicosídeo
> 2 meses: 
- Penicilina cristalina IV / Ampicilina IV 
- Se muito grave: Oxacilina + Ceftriaxona 
Cobertura: 
- Ampicilina S. agalactiae 
- Aminoglicosídeos Gram (-) entéricos
- Penicilina cristalina S. pneumoniae
- Oxacilina S. aureus 
- Ceftriaxona Gam-negativos (ex.: Haemophilus)
 Se falha terapêutica:
· Considerar complicação: Derrame pleural
- O derrame pleural parapneumônico é sempre um exsudato
- Avaliar se é um exsudato inflamatório ou um empiema
 Sem melhora após 48-72h Realizar RX ou USG à beira do leito Há derrame pleural?
· Sim: 
- Realizar toracocentese (se derrame > 1cm)
- Derrame purulento; pH < 7,2; glicose < 40; bactérias: Empiema Fazer pleuroscopia + drenagem + manter ATB
· Não: troca ATB (provavelmente a causa da falha terapêutica é resistência bacteriana)
PneumOnia ATÍPICA
· Quadro insidioso
· Manifestações extrapulmonares
· Sem melhora com penicilina
ETIOLOGIA
· Myoplasma pneumoniae Pneumonia atípica
· Chlamydia trachomatis Pneumonia afebril do lactente
QUADRO CLÍNICO
	PNEUMONIA ATÍPICA
- Mycoplasma pneumoniae, Chlamydophila pneumoniae
	· > 5 anos
· Início gradual
· Cefaleia, odinofagia, rouquidão, tosse + taquipneia
· Laboratório: crioaglutininas (> 1:64)
	PNEUMONIA AFEBRIL DO LACTENTE 
- Chlamydia trachomatis
	· Parto vaginal colonização da conjuntiva, nasofaringe e, eventualmente, da mucosa vaginal
· Conjuntivite (no final da 1ª semana de vida) 
· Pneumonia (as manifestações aparecem entre 1-3 meses de vida curso insidioso + tosse + taquipneia + afebril)
· Laboratório: eosinofilia
DIAGNÓSTICO 
· Clínico
 Radiografia de tórax:
· Infiltrado intersticial
TRATAMENTO
· Macrolídeos 
- Azitromicina, Eritromicina, Claritromicina
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
	COQUELUCHE - Bordetella pertussis
	· 3 fases: 
1) Fase catarral
2) Fase paroxística: acessos de tosse seguidos de guincho/vômitos criança assintomática entre os acessos de tosse
3) Fase de convalescência
Obs.: < 3m: tosse + apneia + cianose
Obs.2: Em geral, não há taquipneia!
· Laboratório: Leucocitose com linfocitose
· RX de tórax: Infiltrado peri-hilar (“coração felpudo”)
· Tratamento: Macrolídeos (Azitromicina – 1ª escolha – ou claritromicina) + isolamento por 5 dias
· Profilaxia: Azitromicina (<1 ano sempre, 1-7 anos não vacinados)
PneumOnia VIRAL (Bronquiolite)
· Sibilância grande marcador clínico da bronquiolite viral aguda
· < 5 anos: As infecções virais do trato respiratório inferior são as causas mais comuns de pneumonia comunitária
ETIOLOGIA
· Vírus sincicial respiratório (VSR)
QUADRO CLÍNICO
· < 2 anos (bronquiolite viral aguda)
· Pródromos catarrais
· Febre e tosse
· Taquipneia
· Sibilos
· Tempo expiratório prolongado
DIAGNÓSTICO
· Clínico
Antígenos virais no ANF (aspirado nasofaríngeo):
· (+) para VSR
 Radiografia de tórax: 
· Pode estar normal
· Sinais de hiperinsuflação
- Hipertransparência pulmonar, retificação de arcos costais e retificação diafragmática
· Atelectasias
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Lactente sibilante: 3 episódios de sibilância/ano nos primeiros 2 anos de vida
· Sibilante transitório precoce: Sibilo com 2-3 anos e nunca mais infecção de repetição
· Sibilante persistente: sibilo com 2-3 anos e que mantém até 6 anos asma
· Sibilante de início tardio: iniciou sibilo com 6 anos asma
	ASMA
	
IPA – índice preditivo de asma:
· Episódios de sibilância recorrentes
· História familiar positiva
· Sensibilização a alérgenos (aeroalérgenos ou alérgenos alimentares)
· Eczema atópico (dermatite atópica)
· Eosinofilia (≥ 4%) na ausência de parasitoses
TRATAMENTO
· Internar se:
- < 12 semanas (3 meses)
- Nasceu prematuro (< 32 semanas)
- Gravidade
· Suporte:
- Oxigenioterapia (CNAF – cateter nasal de alto fluxo) se satO2 < 90-92%
- Nutrição / Hidratação venosa com solução isotônica se sinais de gravidade que não permitem que a criança seja alimentada por VO
- NBZ com solução hipertônica (NaCl 3%) se criança hospitalizada (questionável)
Nao fazer:
· B2-agonista, corticoide, fisioterapia respiratória
PREVENÇÃO
· Lavagem das mãos
· Crianças com risco de formas + graves de bronquiolite: Palivizumab (anticorpo monoclonal específico para o VSR) 1x/mês por 5 meses a depender da sazonalidade
	< 6m (SBP)
	Prematuro < 29-32 semanas
	< 1 ano (MS)
	Prematuro < 29 semanas
	< 2 anos (MS)
	- Criança com cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica 
- Criança com doença pulmonar da prematuridade que recebeu tratamento há < 6 meses

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