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SEMIOLOGIA - Anamnese Psiquiátrica - Parte 2

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SEMIOLOGIA: ANAMNESE PSIQUIÁTRICA
Parte 2
4 pontos da anamnese na psiquiatria: quantidade de informantes variada; informante principal é aquele que fornece uma confiabilidade maior no quadro; queixas principais no plural, pois mais de uma perspectiva irá existir de acordo com cada informante; existem situações de risco que colocam o sigilo médico em segundo plano.
Fator de alívio: substituir o termo fator de melhora por esse em casos tipo uso de drogas, pois não melhora o sintoma, apenas alivia de certa forma.
Perguntar sobre tratamentos: muitas vezes o paciente não vai contar certas coisas que virão à tona quando questionado sobre tratamentos atuais; ex: fui parar na urgência pq tentei cometer suicídio.
Uso de substâncias psicoativas: importante investigar pois o uso geralmente se inicia devido a um problema pregresso.
· Investigar sempre sobre idealização suicida, pois estatisticamente os pacientes psiquiátricos possuem mais risco para suicídio.
· Perguntar ativamente sobre psicoses e alucinações em todos os casos, hipomania também.
Lembre-se de buscar síndromes.
História Médica Pregressa: faz-se a geral (foco na neurológica) e psiquiátrica (diagnósticos e tratamentos pregressos e atuais; uso de substâncias psicoativas; internações psiquiátricas ou outros tratamentos psiquiátricos). 
Histórico Familiar: geral (principalmente neurológico) e psiquiátrico. Deve-se investigar parentes de 1° grau (pai, mãe, irmãos e filhos) com maior foco; geralmente recebemos informações de sintomas; pesquisar internações, asilos e tratamentos; uso de substâncias psicoativas.
Exame físico: inspeção geral, ausculta, abdome, extremidades e neurológico.
· Neurológico: estado mental (MEEM); postura e marcha, sensibilidade, reflexos, tônus, força e nervos cranianos.
Exame do estado mental:
A-C-A-S-O-M-I-A-Pe-Ju-Co-L
Aparência: é como o paciente se porta na sua frente na chegada; é roupa, maquiagem, nível de higiene, conduta do paciente com a recepção e, quando chamado, a forma que levanta, por exemplo; importante salientar que essa parte deve ser posta de maneira descritiva e sem julgamentos, não dizer vestes curtas e sim descrever o tamanho da roupa; muitas vezes é de importância para identificar o quadro que o paciente apresenta, quadros de mania podem ser identificados por vestes mais extravagantes e curtas que o habitual.
Consciência: é referente ao nível de consciência; lúcido, sonolento, obnubilado, torporoso e comatoso.
Atenção: é dividida em dois pontos principais, alerta (ou vigilância – atenção ao ambiente) e tenacidade (atenção sustentada; quando uma está com alguma alteração usamos hipo, hiper e normo (hipovigil, hipertenal por ex).
Sensopercepção: é referente a duas habilidades do sistema nervoso, o sensitivo (receber o estímulo) e a percepção (o processamento cerebral); é utilizado os sentidos como visão, audição e tato; na psiquiatria temos ilusão e alucinação como exemplo de distúrbios da sensopercepção; na ilusão os órgãos do sentido estão captando bem entretanto o cérebro está interpretando errado a informação (você vê um objeto e confunde com outro por exemplo); já na alucinação 100% do conteúdo é criado (não há nenhum estímulo mas o paciente escuta uma voz por exemplo).
Orientação: pode ser alopsíquica e autopsíquica; a autopsíquica é relacionada as informações pessoais; a alopsíquica é referente ao ambiente – como tempo e espaço.
Memória: existem diversas classificações referente à memória, tempo de duração, tipo de memória por ex; a gente usará o critério temporal – imediata (memória de trabalho), recente (dias a semanas) e remota (meses a anos).
Inteligência: é inferida na avaliação clínica através da linguagem, postura, prosódia (tonalidade/musicalidade na fala), vestimenta (combinação e adequação).
Afeto/humor: o humor é a percepção do conjunto de sentimentos do paciente no momento da consulta; o afeto é aquilo que ele demonstra; o humor e o afetos devem estar congruentes (modulado); um afeto abaixo do humor do paciente é hipomodulado; um afeito exacerbado para o humor é hipermodulado; o afeto embotado ou plano é aquele paciente que não demonstra sentimento nenhum (apático); existe também o afeto indiferente.
Pensamento: existem 3 pontos importantes a linha de raciono, velocidade de raciocínio e conteúdo desse raciocínio; o pensamento pode ser agregado ou desagregado; o pensamento arborizado é aquele que não consegue seguir um raciocínio; o pensamento tangencial é aquele em que o paciente não responde aquilo que foi perguntado; a velocidade pode ser normo, taqui (pode se refletir na fala acelerada) e bradi (se reflete em um delay na resposta; pode ser lógico ou mágico (patológico – delírio – ou não – religião, superstição).
Juízo crítico: é a nossa percepção em relação principalmente a que temos sintomas, que preciso ser tratado e que queremos seguir o tratamento; o juízo crítico parcial é aquele que por exemplo tema consciência de que precisa ser tratado mas não quer tratar.
Conduta (psicomotricidade): velocidade (taquicinese, bradicinese e normocinese), intensidade, amplitude e objetivo dos movimentos da pessoa; fala muito em relação ao contexto daquele movimento.
Linguagem: na linguagem verbal se observa a velocidade, amplitude e vocabulário; a linguagem não verbal também é avaliada.
Exames complementares não fazem diagnóstico em psiquiatria. As escalas podem servir para rastreamento, monitoração de sintomas e estimativa de prognóstico. Ajuda na busca de comorbidades e diagnósticos diferenciais não psiquiátricos. 
Para o diagnóstico psiquiátrico a clínica é soberana e o diagnóstico é sindrômico. O diagnóstico nosológico na psiquiatria sofre bastante alteração, enquanto o sindrômico é relativamente fixo.
O diagnóstico sindrômico é resultado da conta: queixa principal + HDA + estado mental.
Já o diagnóstico nosológico é: o que foi utilizado no sindrômico + história pessoal + história familiar + psicossocial + exames complementares.

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