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Artrite Reumatoide • Distúrbio inflamatório sistêmico que pode afetar diversos tecidos e órgãos: pele, vasos sanguíneos, coração, pulmões e músculos, mas ataca principalmente as articulações, produzindo uma sinovite proliferativa e inflamatória não supurativa que em geral progride para a destruição da cartilagem articular e anquilose das articulações • Predisposição genética, ambiental e autoimunidade PATOGENIA • Resposta imune exacerbada que leva a inflamação e destruição da arquitetura articular; • Ativação de células T auxiliares, liberação de citocinas, indução de inflamação, produção de anticorpos (fator reumatoide), formação de imunocomplexo; • Hipersensibilidade tipo III • O exame histológico da sinóvia revela hiperplasia sinovial, um infiltrado linfoplasmocitário acentuado e exsudação fibrinosa; • O tecido inflamatório sinovial em proliferação é chamado de “pannus”: espessamento inflamatório (hiperplasia e hipertrofia) da membrana sinovial, abundante em células, citocinas e enzimas ativas; • Após a cartilagem ter sido destruída, o pannus une os ossos apostos para formar uma anquilose fibrosa, que eventualmente ossifica e resulta em anquilose óssea. Espessamento inflamatório (hiperplasia e hipertrofia) da membrana sinovial, abundante em células, citocinas e enzimas ativas. • AUTOIMUNE o A perda da auto tolerância em indivíduos geneticamente predispostos resulta em ativação aberrante de respostas imunes inata e adaptativa, o que resulta em hiperplasia sinovial e destruição óssea • GENÉTICA o Vários genes estão relacionados com a AR, com evidências mais estabelecidas para a doença soropositiva [fator reumatoide (FR) ou anticorpos contra proteínas e peptídios citrulinados [CPA)]. o Os principais fatores genéticos de risco para a AR são as variantes alélicas no gene que codifica a cadeia beta do HLA-DR (HLA-DRB1). O HLA-DR é um receptor da família de moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (major histocompatibility complex – MHC) de classe II, presente nas células apresentadoras de antígenos (macrófagos, células dendríticas e linfócitos B), e responsável por apresentar epítopos antigênicos às células T (via receptor de células T – TCR). • AMBIENTAL - PRINCIPALMENTE O TABAGISMO E A INTERAÇÃO COM O MICROBIOMA o A exposição pulmonar a agentes tóxicos, entre eles fumaça do cigarro e partículas da sílica, bem como agentes microbianos ativam os receptores Toll, em particular TLR4 (toll like receptor – TLR). Isso induz a expressão da enzima peptidil-arginina deiminase tipo 4 (PAD4). Outro evento relacionado é a contribuição dos agentes nocivos ao pulmão para o acúmulo e ativação das APC no próprio pulmão, incluindo células dendríticas e células B. O resultado da ação dos agressores brônquicos seria a transformação de resíduos de arginina em citrulina, evento denominado citrulinização, mediado pela PAD4. Comportando-se como um neoepítopo, esse “novo” aminoácido, por perda de tolerância, favorece uma reação contra proteínas citrulinadas, dando origem aos anticorpos antiproteínas e peptídeos citrulinados (ACPA), que podem ser identificados pela pesquisa de anticorpos antipeptídio citrulinado (anti-CCP). A sinovite associada à artrite reumatoide (AR) é caracterizada por hiperplasia da camada de revestimento (setas), infiltração de células imunes no sublinho e hipervascularidade (pontas de setas) Muitos sinoviócitos semelhantes a macrófagos e sinoviócitos semelhantes a fibroblastos superexpressam o fator de necrose tumoral (coloração marrom) Osteoclasto (seta) com origem na sinóvia invadindo o osso. Acumulação de células inflamatórias no “pannus”. Seguida, a angiogênese é acentuada para suporte metabólico. A provisão excessiva de ligando do receptor ativador do fator nuclear kappa B(RANKL) a partir das células acumuladas no “pannus” aumenta a osteoclastogénese Destruição óssea pelo “pannus” Revestimento por osteoclastos maduros. As várias células inflamatórias e estromais compreendem o “pannus” Pannus NÓDULOS REUMATOIDES • São as lesões cutâneas mais comuns. • Ocorrem em cerca de 25% dos indivíduos afetados, geralmente aqueles com doença grave, e surge em regiões da pele sujeitas a pressão; • Os nódulos reumatoides são firmes, indolores e arredondados; na pele eles surgem no tecido subcutâneo. • Microscopicamente, possuem uma zona central de necrose fibrinoide circundada por um bordo proeminente de histiócitos epitelioides e inúmeros linfócitos e plasmócitos Lúpus Eritematoso Sistêmico • O LES é uma doença autoimune que envolve múltiplos órgãos, caracterizada por uma grande quantidade de autoanticorpos, particularmente anticorpos antinucleares (ANAs) ou fatores antinúcle (FAN), nos quais a lesão é causada principalmente pela deposição de complexos imunes e ligação dos anticorpos a várias células e tecidos. • Doença crônica, remitente e recidivante, caracterizada principalmente por lesões da pele, das articulações, do rim e das serosas CRITÉRIOS DE 1997 REVISADOS PARA A CLASSIFICAÇÃO DO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO Nódulo reumatoide composto por necrose central margeada por histiócitos em paliçada. PATOGENIA Os anticorpos ou fatores antinucleares são dirigidos contra antígenos nucleares (FANs) e podem ser agrupados em quatro categorias: 1. Anticorpos contra o DNA 2. Anticorpos contra histonas 3. Anticorpos contra proteínas não histonas ligadas ao RNA 4. Anticorpos contra antígenos nucleolares. O método mais amplamente usado para detectar FANs é a imunofluorescência indireta, que pode identificar anticorpos que se ligam a vários antígenos nucleares, inclusive DNA, RNA e proteínas. Especificidade do autoanticorpo % positiva Associação com a característica da doença DNA com dupla fita 40-60 Nefrite; específica do LES U1-RNP 30-40 Antígeno (Sm) Smith (proteína central das pequenas partículas RNP) 20-30 Específico do LES Nucleoproteínas Ro (SS-A)/La (SS-B) 30-50 Bloqueio cardíaco congênito; lúpus neonatal Complexos fosfolipídio-proteína (anti-PL) 30-40 Síndrome antifosfolipídio (em ∼10% dos pacientes com LES) Múltiplos antígenos nucleares (“ANAs genéricos”) 95-100 Encontrados em outras doenças autoimunes, não específicos PADRÃO DE FLUORESCÊNCIA O padrão de fluorescência nuclear sugere o tipo de anticorpo presente no soro do paciente. São reconhecidos quatro padrões básicos: • COLORAÇÃO NUCLEAR HOMOGÊNEA OU DIFUSA geralmente reflete anticorpos contra cromatina, histonas e, ocasionalmente, DNA de cadeia dupla. • PADRÕES DE COLORAÇÃO NA ORLA OU PERIFÉRICA são mais frequentemente indicativos de anticorpo contra DNA de cadeia dupla. • PADRÃO PONTILHADO “SALPICADO” refere-se à presença de pontilhados uniformes ou com tamanhos variáveis. Este é um dos padrões de fluorescência mais comumente observados. Reflete a presença de anticorpos contra constituintes nucleares não DNA, como o antígeno Sm a ribonucleoproteína e antígenos reativos SS-A e SS-B • PADRÃO NUCLEOLAR refere-se à presença de alguns pontos distintos de fluorescência no interior do núcleo e representa anticorpos contra o RNA. Este padrão é relatado mais frequentemente em pacientes com esclerose sistêmica. A coloração homogênea ou difusa dos núcleos é típica de anticorpos reativos contra dsDNA, nucleossomos e histonas, e é comum no LES. O padrão pontilhado é visto com anticorpos contra vários antígenos nucleares, incluindo o Sm e os RNPs. O padrão nucleolar é típico de anticorpos contra proteínas nucleolares O padrão de coloração dos anticorpos anticentrômeros é visto em alguns casos de esclerose sistêmica, síndrome de Sjögren e outras doenças. MORFOLOGIA • As lesões mais característicasdecorrem de imunocomplexos depositados nos vasos, rins, tecido conjuntivo e pele. • Pode estar presente uma vasculite necrosante aguda envolvendo capilares, pequenas artérias e arteríolas em qualquer tecido. • A arterite caracteriza-se por depósitos fibrinoides nas paredes dos vasos. Em estágios crônicos, os vasos sofrem espessamento fibroso com estreitamento do lúmen. • Rim - são reconhecidos cinco padrões: mesangial mínimo (classe I); proliferativo mesangial (classe II); proliferativo focal (classe III); proliferativo difuso (classe IV); e membranoso (classe V). • Eritema característico em borboleta afeta a área facial (zigomático, dorso do nariz e faces). Também podem ocorrer urticária, bolhas, lesões maculopapulares e ulcerações. A exposição à luz do sol incita ou acentua o eritema • Histologicamente, as áreas envolvidas mostram degeneração vacuolar da camada basal da epiderme Deposição do anticorpo IgG em padrão granular, detectado por imunofluorescência. Um corte corado pela H&E exibe degeneração liquefativa da camada basal da epiderme e edema na junção dermoepidérmica. Uma microfotografia imunofluorescente com coloração para IgG revela depósitos de Ig ao longo da junção dermoepidérmica Caso 1 e 2 LÚPUS ERITEMATOSO AGUDO • Ocorre invariavelmente no contexto de um flare de doença extracutânea e pode manifestar-se o Forma localizada inclui o clássico eritema malar em asa de borboleta distribuído simetricamente pelas regiões malares e ponte nasal, com edema associado. Estas lesões podem estender-se à região frontal, orelhas, mento, pescoço e V do decote, mas poupam, caracteristicamente, a pele foto protegida das pregas nasogenianas e da região submentoniana o Forma generalizada consiste num exantema morbiliforme com predileção pela pele das áreas foto expostas, dorso dos braços e mãos, poupando a das articulações inter-falângicas, de modo inverso ao que sucede na dermatomiosite. As lesões, em regra, são precipitadas ou exacerbadas pela exposição à radiação ultravioleta e resolvem rapidamente, em horas a semanas, sem cicatriz. • HISTOLOGICAMENTE o Caracteriza-se por alterações subtis, incluindo escasso infiltrado inflamatório mononucleado focal na junção dermo-epidérmica, com exocitose de linfócitos e discretas alterações de tipo degenerativo/vacuolar nos queratinócitos basais, ou seja, dermite de interface pauci-inflamatória o A epiderme, que habitualmente é focalmente acantótica, pode exibir áreas de adelgaçamento suprajacente às alterações vacuolares dos queratinócitos. o A necrose de queratinócitos é rara na fase inicial. o As ectasias vasculares presentes na derme superficial relacionam-se com o aspeto clínico eritematoso das lesões, com pouca ou nenhuma infiltração à palpação o O habitual tom basofílico da derme profunda resulta da presença de depósitos mucinosos, que podem ser evidenciados pela coloração pelo ferro coloidal ou azul de Alcian. o A membrana basal epidérmica, em regra, não está espessada, mas pode apresentar reduplicação linear, mais evidente na coloração pelo ácido periódico de Schiff (PAS). Nas lesões mais recentes podem observar-se neutrófilos na junção dermo-epidérmica, que provavelmente estão envolvidos no processo inflamatório estimulado pelo sistema imune inato Caso 3 Lúpus eritematoso subagudo • Caracteriza-se por lesões cutâneas eritematosas não infiltradas, geralmente simétricas, não cicatriciais,e recidivantes, mais frequentes em áreas foto expostas, especialmente nas áreas laterais da face, V do decote, dorso superior, ombros e superfície extensora dos membros, embora alguns casos possam ser generalizados. Focos de infiltrado inflamatório mononucleado na junção dermo-epidérmica associado a exocitose linfocitária e ectasias vasculares na derme superficial Esboço de reduplicação da membrana basal da epiderme FORMA LOCALIZADA FORMA GENERALIZADA Focos de acantose com alterações da maturação epidérmica compatíveis com recidiva de LE agudo, dermite de interface pauci-inflamatória e tom basofílico da derme reticular (depósitos mucinosos). • Variantes clínicas: a anular ou policíclica e a papular-escamosa ou psoriasiforme, embora alguns doentes desenvolvam características de ambas. • Os achados serológicos típicos do LE subagudo incluem, para além da positividade dos ANA em 60-80% dos casos,4 a elevação dos anticorpos anti-Ro/SSA (70-90%) e anti-La/SSB (30-50%), embora estes não sejam essenciais para o diagnóstico. • HISTOLOGICAMENTE o As alterações do tipo degenerativo dos queratinócitos basais são mais acentuadas do que no LE agudo, com a presença de queratinócitos apoptóticos (corpos citoides) em níveis suprabasais. A exocitose de linfócitos com satelitose ao redor dos corpos citoides é uma alteração característica o Habitualmente, o infiltrado inflamatório é superficial e a dermite de interface pode conter um padrão híbrido: alternância de áreas pauci-inflamatórias com áreas de infiltrado denso em banda. o Cursa frequentemente com atrofia epidérmica, com diminuição ou mesmo ausência da camada de células granulares o Em geral, a membrana basal está moderadamente espessada e a identificação dos depósitos de mucopolissacarídeos ácidos na derme é útil no diagnóstico diferencial, sobretudo com dermatoses liquenóides. Caso 4 Lúpus eritematoso subagudo induzido pela terbinafina • A terbinafina foi recentemente implicada como o fármaco causal mais frequente de LE subagudo num estudo Sueco Histologicamente, aparente atrofia e esboço de retilinização da epiderme, com redução ou ausência da camada de células granulares. Hialinização da derme papilar. Em pormenor, alterações do tipo degenerativo da interface associadas a infiltrado inflamatório mononucleado intersticial e perivascular na derme superficial. Histologicamente, dermite de interface com acentuadas alterações degenerativas e derme com infiltrado inflamatório mononucleado denso em banda. Corpos citoides proeminentes e em localização suprabasal. Pormenor da exocitose de linfócitos com satelitose (círculos azuis) em redor de corpos citoides. • Os achados histopatológicos incluem características do LE subagudo idiopático, nomeadamente dermite de interface com corpos citoides a vários níveis da epiderme e depósitos mucinosos na derme. No entanto, nesta forma induzida por fármacos observa-se, frequentemente, hiperqueratose orto e paraqueratósica focal, infiltrado inflamatório perivascular na derme profunda e a presença de ocasionais eosinófilos intersticiais e perivasculares Caso 5 Lúpus eritematoso discóide clássico • Trata-se do subtipo mais comum de LE cutâneo crónico e caracteriza-se por placas arredondadas, eritematosas, infiltradas, por vezes, com discromia periférica e escama aderente, que quando removida exibe, tipicamente, espículas queratósicas na superfície inferior, denominadas como “carpet tack” na literatura anglo-saxónica. • As lesões evoluem, tipicamente, para cicatrizes atróficas21, estando descrita a ocorrência de carcinoma espinhocelular em lesões de longa duração4. Na sua forma localizada, atingindo apenas a cabeça e o pescoço, associa-se a um risco de aproximadamente 5% de LE extracutâneo, que aumenta para 20% na forma generalizada • O envolvimento facial é comum, com predileção pelas áreas peri-orificiais. O couro cabeludo, as sobrancelhas e a pele da barba podem ser atingidos com risco de evolução para alopécia cicatricial secundária à destruição dos folículos pilosos; pode cursar com envolvimento ungueal. • Histologicamente observa-se hiperqueratose ortoqueratósica, atrofia epidérmica e dilatação dos orifícios foliculares, com queratose folicular que, em regra, é exuberante e responsável pelo sinal clínico “carpet tack”. A dermite de interface envolve,preferencialmente, a unidade pilossebácea, com atrofia ou mesmo perda das glândulas sebáceas. Erupção cutânea em placas, anulares, assintomáticas dispersas pelo tronco e membros superiores com aparecimento 7 dias depois do início de terbinafina (250mg/dia, p.o.), devido lesão única de tinha do corpo (seta preta), confirmada por cultura com isolamento de Trichophyton rubrum. Analiticamente, elevação dos ANA, anti-Ro e anti-La. Histologicamente, epiderme com hiperqueratose orto- e paraqueratósica focal (*), dermite de interface e matriz basofílica entre as fibras de colagénio da derme, resultante de depósitos mucinosos. Corpos citoides dispersos, num padrão de tipo citotóxico das lesões de LE subagudo, acompanhada de normalização das alterações serológicas. Caso 6 Lúpus eritematoso túmido • É uma das variantes mais fotossensíveis, em que as alterações da interface específicas de LE cutâneo são escassas ou virtualmente ausentes; na maioria dos casos não há evidência de doença extracutânea ou positividade de auto-anticorpos, sendo controverso se este é um verdadeiro subtipo de LE cutâneo ou uma entidade independente • Caracteriza-se clinicamente por pápulas e placas eritemato-violáceas, urticariformes e edematosas, não cicatriciais, sem evidência de escama suprajacente. • Histologicamente o Consiste em alterações na derme (papilar e reticular), que incluem infiltrado inflamatório mononucleado perivascular e perianexial e depósitos abundantes de mucina, num padrão que pode lembrar o LE discóide foliculotrópico, embora sem espessamento da membrana basal da epiderme, nem dermite de interface perifolicular • Esta histopatologia típica, associada à fotossensibilidade e à resposta excelente aos antimaláricos, configura esta entidade no espetro do LE cutâneo A - Epiderme retilinizada, com hiperqueratose ortoqueratósica, infiltrado inflamatório mononucleado denso, perivascular e perianexial, na derme superficial e profunda. Em pormenor, queratose folicular, dermite de interface envolvendo, predominantemente, as unidades pilossebáceas, e ectasias vasculares na derme superficial. B - Orifícios foliculares dilatados com hiperqueratose folicular e atrofia das glândulas sebáceas. Dermite de interface peri folicular e tom basofílico da derme reticular (depósitos mucinosos). sebáceas. Dermite de interface peri folicular e tom basofílico da derme reticular (depósitos mucinosos). C - Espessamento irregular da membrana basal da epiderme Caso 7 Paniculite lúpica • A paniculite lúpica cursa com nódulos subcutâneos firmes, 1 a 3 cm de maior diâmetro, que regridem ao longo do tempo, com atrofia da derme e do tecido celular subcutâneo, causando depressões cutâneas características, com infiltração, mais frequentes na cabeça, raiz dos membros, mamas e nádegas. • A superfície cutânea pode ser normal ou associar-se a alterações de LE discóide, nomeadamente eritema, atrofia, hiperqueratose, nestes casos designa-se por LE profundo. Estas lesões, em regra, são assintomáticas, mas podem calcificar ou ulcerar, provocando dor • A pesquisa de auto-anticorpos é, frequentemente, negativa e os sintomas sistémicos de LE, raramente presentes, são de gravidade reduzida • Histologicamente o É predominantemente lobular, com infiltrado inflamatório mononucleado denso, por vezes com esboço de folículos linfóides, constituído por linfócitos, histiócitos e plasmócitos. Pode observar-se infiltração da parede dos vasos por linfócitos, com apagamento do contorno das células endoteliais e obliteração parcial do lúmen vascular, contendo ocasionalmente fibrina, um padrão de tipo “vasculite linfocítica” o A identificação ocasional de depósitos de mucina na derme pode ser útil no diagnóstico o A necrose hialina dos adipócitos é gradualmente substituída por tecido fibroso nos estadios mais avançados da progressão das lesões subcutâneas Infiltrado inflamatório mononucleado, exclusivamente perivascular e perianexial, na derme superficial e profunda. A abundância de depósitos de mucopolissacarídeos ácidos na derme realçada pelo ferro coloidal Epiderme e membrana basal sem alterações valorizáveis Depressões crateriformes na raiz dos membros superiores Histologicamente, paniculite, predominantemente lobular, com infiltrado inflamatório mononucleado denso Infiltrado inflamatório constituído por linfócitos, histiócitos e plasmócitos Linfócitos na parede dos vasos com estenose do lúmen • A espondilite anquilosante provoca a destruição da cartilagem articular e anquilose óssea, especialmente das articulações sacroilíacas e apofisárias (entre tuberosidades e processos vertebrais). • É também conhecida como espondilite reumatoide e doença de Marie-Strümpell. • A doença que envolve as articulações sacroilíacas e as vértebras se torna sintomática na 2ª e 3ª décadas de vida, como dor lombar e imobilidade da coluna vertebral. • O envolvimento das articulações periféricas, como os quadris, joelhos e ombros, ocorre em pelo menos um terço dos pacientes. • Aproximadamente 90% dos pacientes são positivos para HLA-B27; associações também foram encontradas com o gene do receptor de IL-23. • A inflamação da inserção tendinoligamentar leva às suas ossificações, produzindo fusão de corpos vertebrais e projeções ósseas que resultam em imobilidade espinal grave. • Geralmente se torna sintomática na segunda e terceira décadas de vida. • Os indivíduos afetados apresentam de modo característico a dor lombar, que frequentemente segue um curso progressivo crônico. O envolvimento das articulações periféricas também pode acontecer. • A fratura da coluna, uveíte, aortrite e amiloidose são outras complicações reconhecidas.
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