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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CAMILA PINHEIRO PINZ RA:165303 SÍNTESE DO ÁCIDO CLORIDRICO TOLEDO 2022 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CAMILA PINHEIRO PINZ RA:165303 SÍNTESE DO ÁCIDO CLORIDRÍCO Relatório apresentado ao professor Adonilson R. Freitas para a obtenção de nota na disciplina de Química Inorgânica I Experimental, no curso de Química Bacharelado. TOLEDO 2022 Sumário Introdução .......................................................................................................... 4 Objetivos ............................................................................................................ 6 Materiais ............................................................................................................. 6 Métodos ............................................................................................................. 7 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 8 Conclusão ........................................................................................................ 11 Referencias ...................................................................................................... 12 Introdução O ácido clorídrico é um composto proveniente do gás cloreto de hidrogênio em água. É conhecido por ser um gás inorgânico forte, onde em soluções aquosas, seu íon H3O+ é facilmente ionizável, o que dá a característica de um pH baixo. Seu pKa é de -6,3. Normalmente, é um líquido incolor, ou até mesmo levemente amarelado por conta da contaminação de ferro III. Este é bastante irritante para os olhos e nariz, já que libera um vapor com odor. Ele absorve água da atmosfera, sendo higroscópio. Antigamente, esse gás era obtido pelo método de “salt cake”, onde o sal cloreto de sódio (NaCl) é tratado com ácido sulfúrico concentrado (H2SO4). Nesse método, o solido reage com o ácido e forma uma camada protetora insolúvel, de NaHSO4, onde é impedida a continuação da reação. E então, essa mistura era aquecida novamente a 550 ºC, formando o cloreto de hidrogênio. (LEE) 𝑁𝑎𝐶𝑙 + 𝐻2𝑆𝑂4 → 𝐻𝐶𝑙(𝑔) + 𝑁𝑎𝐻𝑆𝑂4 𝑁𝑎𝐶𝑙 + 𝑁𝑎𝐻𝑆𝑂4 → 𝐻𝐶𝑙(𝑔) + 𝑁𝑎2𝑆𝑂4 Normalmente, soluções de ácido clorídrico são encontradas com 38% de massa/volume. O cloro, um dos átomos presente no ácido, é um gás amarelo esverdeado, onde sob uma pressão de aproximadamente 6 atm. se torna líquido. (GLINKA) Sua cor é proveniente da absorção de luz, quando o elétron vai do seu estado fundamental de energia para um maior estado energizado. Esse gás é altamente tóxico, e foi usado na Primeira Guerra Mundial. Na natureza, é encontrado na sua forma molecular Cl2, uma molécula diatômica. Assim como os outros halogênios, o cloro apresenta 7 elétrons na camada de valência, precisando apenas de 1 elétron para atingir sua estabilidade. Já o outro átomo, o hidrogênio, é o elemento que possui a mais simples das estruturas atômicas, tendo apenas 1 elétron. Em ligações com não metais, como o cloro, sua ligação é covalente, onde os átomos compartilham o elétron para atingirem a estabilidade. O hidrogênio é o elemento mais abundante do universo, onde os outros elementos vieram a partir do decaimento radioativo. Assim como o cloro, seu gás é encontrado na natureza em uma molécula diatômica, e tem a menor densidade, sendo o gás mais leve conhecido. Sua reação com o cloro é lenta no escuro, mas a luz pode agir como um catalisador na reação, acelerando-a significativamente. Sendo assim, nesta prática vamos realizar a síntese do ácido clorídrico, usando um método que não é usado em indústrias por conta do seu alto custo e baixo benefício. Outrossim, vamos analisar as propriedades do ácido, e caracterizar o mesmo para concluir se chegamos ao resultado esperado. Objetivos A prática tinha como um objetivo a preparação do ácido clorídrico, através de reações químicas que foram propostas no roteiro, que induzem a produção do ácido e seus compostos. Materiais Materiais Reagentes Kitassato Ácido sulfurico concentrado (HCl) Mangueira Cloreto de sódio (NaCl) Béquer Água destilada Funil Nitrato de prata (AgNHO3) (0,1 M) Proveta Balança semi-analítica Pipeta de Pauster Pipeta Graduada Pera Papel tornassol (Indicador Universal) Métodos Pesou-se 15 g de cloreto de sódio e transferido para um kitassato. Foi adicionado 40 ml de ácido sulfúrico concentrado em funil de separação e 50 ml de água destilada em uma proveta de 50 ml. Gotejou-se o ácido sulfúrico sobre o cloreto de sódio controlando o fluxo de gás pelo borbulhamento dele na água contida na proveta. a) Teste de pH: colocou-se o papel Indicador Universal dentro da solução. b) Teste da presença de cloro: Colocou-se 1 ml da solução obtida num tubo de ensaio e acrescentou-se algumas gotas de solução de nitrato de prata 0,1 M. c) Determinou-se o rendimento da reação. RESULTADOS E DISCUSSÃO Para a síntese do ácido clorídrico, adicionamos 10g de cloreto de sódio a um kitassato. Ao gotejar ácido sulfúrico a esse sal, houve a reação dada pela equação (1), onde há a formação de ácido clorídrico e sulfato de sódio. 2 𝑁𝑎𝐶𝑙 + 𝐻2𝑆𝑂4 → 𝑁𝑎2𝑆𝑂4 + 2 𝐻𝐶𝑙 (1) A reação que ocorreu é conhecida como dupla troca, ou metátese. Nesse tipo de reação, existem dois compostos iônicos, onde seus íons são trocados, formando novos compostos. Podemos observar esse tipo de reação com a seguinte equação geral. 𝐴+𝐵− + 𝐶+𝐷− → 𝐴+𝐷− + 𝐶+𝐵− O ácido clorídrico formado estava em sua forma gasosa. Isso pode ser observado através do borbulhamento da água, que caracterizou o desprendimento do gás cloreto de hidrogênio. Também, houve um cheiro forte característico do ácido clorídrico. É um gás corrosivo e incolor, e altamente irritante para os olhos, trato respiratório e nariz. Quando o gás entrou em contato com a água, houve o aquecimento dela. A reação dada pela equação (2) tem uma variação de entalpia negativa, ou seja, ela libera calor quando reage, o que justifica o aquecimento da água. Chamamos esse tipo de reação de exotérmica. 𝐻𝐶𝑙 (𝑔) + 𝐻2𝑂 (𝑙) → 𝐻𝐶𝑙 (𝑎𝑞, 1 𝑚𝑜𝑙 𝐻2𝑂) (2) Onde temos essa variação de entalpia sendo igual a -29,24 kJ mol L-1. Na equação (1), pelos cálculos de reagentes limitantes, temos que o cloreto de sódio é o nosso reagente limitante. a) Teste de pH Quando inserido o papel tornassol a solução, ele foi da uma coloração amarelada para rosada, e olhando na escala de pH do papel, indicava um pH de aproximadamente 1,00. Uma solução com caráter ácido tem maior concentração de íons hidrônio do que íons hidróxido. Em soluções aquosas, os ácidos se dissociam liberando seus íons, mas principalmente, o íon H3O+. Quanto mais forte um ácido, maior a dissociação dos seus íons, sendo assim, maior concentração de íons hidrônio, que dão a característica ácida a solução. O ácido clorídrico é considerado um ácido forte, porque quando colocamos em solução aquosa, nenhuma das moléculas de HCl permanece intacta, onde as moléculas do HCl e da água tem forte atração. (PORTAL SÃO FRANCISCO). b) Teste da presença de cloro: Ao adicionar o nitrato de prata na solução presente no béquer, houve a formação de um precipitado branco, o cloreto de prata (AgNO3), o que indica a presença do íon cloreto (Cl-) na solução. A prata (Ag) possui grande afinidade eletrônica com cloro (Cl), o que possibilita a facilidade da reação. Seguindo a equação (3). AgNO3+ HCl → AgCl3+ HNO3 (3) Assim como no caso da formação do cloreto de hidrogênio, esta reação é conhecida como dupla troca. O produto formado, o cloreto de prata, é um sal muito importante na química inorgânica. Este é insolúvel em água e em ácido, por isso quando fizemos essa reação, ele se precipitou, já que o outro produto formado é o ácido nítrico. (GLINKA) É amplamente utilizado na confecção de papel fotográfico. c) Rendimento da síntese A reação teve perda em seu rendimento. Pois como a solução que estava armazenada no funil foi perdida, porque com a abertura da tampa do funil, o gás acabou saindo pelo bucal da vidraria. Conclusão Podemos concluir, que os experimentos realizados em sala tiveram suas respectivas propostas atendidas, e as observações satisfizeram os pedidos introduzidos em roteiro. Conseguimos visualizar a formação do ácido cloridrico. Além disso, obtivemos a identificação do íon cloreto na solução, por conta da sua reação com a prata. e também o íon hidrônio, com a medição de um pH ácido. Referencias LEE, J. D.. Química Inorgânica Não Tão Concisa. 5. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1999. GLINKA, N.. General Chemistry. : Peace Publishers, 1991. RUSSEL, John Blair. Química Geral: volume II. 2. ed. São Paulo: Makron Boos, 1994. PORTAL SÃO FRANCISCO. Ácidos Fortes. Disponível em: https://www.portalsaofrancisco.com.br/quimica/acidos-fortes. Acesso em: 05 fev. 2022.
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