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NEUROLOGIA – LARISSA MENEZES EXAME NEUROLÓGICO ESTADO MENTAL A. Coleta da história: • Logica e coerente? • Desconexa e/ou desarmônica? Explorar funções corticais superiores: o Nível de consciência (Escala de Coma de Glasgow): o Atenção: déficits generalizados (delirium), difusos e lesões cerebrais focais (pacientes com lesão no hemisfério direito – heminegligencia do lado contralateral/esquerdo) o Linguagem: observar a capacidade do paciente de se expressar (fluência), compreender, repetir e nomear objetos ALTERAÇÕES NO HEMISFÉRIO ESQUERDO: ✓ Lesões temporais: Afasia de Wernick (comprometimento da compreensão) ✓ Lesões frontais: Afasia de Broca (comprometimento da fluência) MOTOR • O objetivo é avaliar o tônus e a força proximal e distal das extremidades • Escala de força do Medical Research Council: SENSORIAL A. Sensibilidade exteroceptiva: • Sensibilidade dolorosa: Instrumento pontiagudo (ex: agulha); comparar um lado com o outro e também a extremidade distal e proximal • Sensibilidade térmica: tubos de ensaio contendo água fria (5-10º) e quente (40-45º) • Sensibilidade tátil superficial: chumaço de algodão, lenços de papel, pincel macio NEUROLOGIA – LARISSA MENEZES B. Sensibilidade proprioceptiva • Palestesia/Sensibilidade vibratória: diapasão metálico sobre uma eminência óssea (articulações interfalângicas dos dedos dos pés e mãos, maléolos mediais e laterais, tuberosidade da tíbia e cristas ilíacas) • Artrestesia: é a capacidade de reconhecer a posição das partes do corpo no espaço, sem necessidade de aferencia visual, podendo ser por: o Testagem direta: movimentos passivos da articulação interfalangica dos dedos dos pés e mãos, para cima e para baixo, com fixação na falange proximal o Presença do Sinal de Romberg: perda da referência espacial do corpo após fechamento dos olhos, sem lado preferencial e imediato REFLEXOS MIOTÁTICOS A. Vivos/exaltados: • Comprometimento do neurônio motor superior (lesões centrais – encéfalo/medula) associadas à presença do sinal de Babinski B. Hipoativos/abolidos: • Afecções que interferem na via aferente ou eferente do arco reflexo FUNÇÃO CEREBELAR A. Alterações de grupos musculares axiais: • Marcha • Incoordenação da marcha, com passos dismétricos e de base alargada, com tendencia a queda (marcha ebriosa) B. Alterações de grupos musculares apendiculares • Prova index-nariz • Dismetria das extremidades, decomposição dos movimentos, tremor intencional (ao final do movimento) e dificuldade de realizar movimentos alternados C. Outros: • Prova calcanhar-joelho e movimentos alternados rápidos (disdiadococinesia) Alterações cerebelares não pioram ou pioram pouco com os olhos fechados SINAIS MENÍNGEOS A. Rigidez de nuca: • Dor e/ou dificuldade na flexão da cabeça sobre o tronco (enrijecimento e espasmo) NEUROLOGIA – LARISSA MENEZES B. Sinal de Brudzinski: • Flexão involuntária dos membros inferiores na tentativa de flexão forçada da cabeça sobre o tórax C. Sinal de Kernig: • Testa 1 perna por vez • Flexão da coxa em direção ao tronco e da perna em direção à coxa (ângulo de 90º em ambos) → Extensão da perna em relação à coxa, abaixando um pouco o joelho → Perna esticada e em ângulo de cerca de 70º em relação à maca • Presença de dor lombar com ou sem irradiação radicular = Sinal positivo D. Sinal de Laségue: • Sinal radicular mais importante • Testa 1 perna por vez • Elevação passiva do membro inferior • Presença de dor lombar com ou sem irradiação radicular = Sinal positivo NERVOS CRANIANOS A. I/Nervo olfatório: • Questionar ao paciente B. II/Nervo ótico: • Avaliar acuidade visual, campo de confrontação e fundo de olho C. III, IV, VI/Motricidade ocular extrínseca: • Avaliar as 9 posições do olhar • III: Inerva o reto medial, superior, inferior e obliquo inferior • IV: Inerva o obliquo superior • VI: Inerva o reto lateral D. Avaliação da pupila • As pupilas devem ser iguais quanto ao tamanho, regulares, centradas na íris e com diâmetro de 2-6mm • Na anisocoria fisiológica o grau de desigualdade permanece o mesmo na claridade e no escuro • O reflexo fotomotor com tem como aferencia o II par e como eferencia o III par (parte parassimpática) • A incidência da luz em uma pupila leva a miose bilateral, pois a eferencia é bilateral • O reflexo deve ser testado com cada olho separadamente • Pupila na Sd de Horner → Anisocoria por miose ipsilateral à lesão da via simpática • Pupilas mediofixas → 4-5mm de diâmetro e são fixas à luz, refletindo lesão ventral do mesencéfalo, com lesão tanto do sistema simpático como do parassimpático • Pupilas tectais → Levemente dilatas (5-6mm), com reflexo motor ausente, apresentando variações em seu diâmetro; devido a lesões do tecto do mesencéfalo • Pupilas pontinhas → Extremamente mióticas, reflexo fotomotor presente, ocorrem em lesões da ponte. Há lesão completa do sistema simpático • Pupila uncal ou do III nervo → Midriática, com reflexo fotomotor ausente. Pode ser unilateral (uncus temporal comprime o III nervo) ou bilateral (herniação bilateral ou encefalopatia anóxica) E. V/Nervo trigêmeo: • Avaliar a sensibilidade da face • Ramo V1 → Oftálmico • Ramo V2 → Maxilar NEUROLOGIA – LARISSA MENEZES • Ramo V3 → Mandibular F. VII/Nervo facial: • Avaliar a mímica da face • Periférica → Quando há comprometimento do andar superior da face • Central → Quando há o comprometimento apenas do andar inferior da face G. VIII/Nervo vestibulococlear: • Ramo vestibular → Lesões levam a quadro de vertigem, zumbido, desequilíbrio e nistagmo horizontorrotatório. Se nistagmos horizontais com alternância para direções verticais, deve avaliar a possibilidade de lesão do SNC • Ramo coclear → Questionar o paciente sobre alteração auditiva H. IX, X/Nervos glossofaríngeo e vago: • Avaliar disfagia, motricidade do palato e reflexo nauseoso I. XI/Nervo acessório: • Avaliar força dos músculos esternocleidomastoideo e trapézio J. XII/Nervo hipoglosso: • Avaliar motricidade da língua
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