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ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 1 Título do Instrumento Nº DOCUMENTO MATERIAL DE TREINAMENTO MT 001.007.001 ÁREA DE TREINAMENTO: ASPECTOS DE OPERAÇÃO E SEGURANÇA DO TRABALHO ASSUNTO: Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras – NR.13 Material de uso exclusivo em treinamentos internos. Proibida a reprodução para uso comercial. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 2 CAPÍTULO 1 – NOÇÕES DE GRANDEZAS FÍSICAS E UNIDADES. Carga horária: 4 horas 1.1. Pressão. 1.1.1. Pressão atmosférica. 1.1.2. Pressão interna de um vaso. 1.1.3. Pressão manométrica, relativa e pressão absoluta. 1.1.4. Unidades de pressão. 1.2. Calor e temperatura. 1.2.1. Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura. 1.2.2. Modos de transferência de calor. 1.2.3. Calor específico e calor sensível. 1.2.4. Transferência de calor a temperatura constante. 1.2.5. Vapor saturado e vapor superaquecido. 1.2.6. Tabela de vapor saturado. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 3 �1. NOÇÕES DE GRANDEZAS FÍSICAS E UNIDADES. Alguns conhecimentos são fundamentais para que se possa estudar de forma adequada a Segurança na Operação de Caldeiras. É necessário conhecer as correlações existentes entre medidas muito utilizadas na Indústria, como é o caso das medidas de temperatura, de pressão, de energia, de massa, de área, de volume, e outras variáveis que estão sempre sendo correlacionadas. É necessário também o conhecimento básico de alguns conceitos da Física como: Força atuante, Resistência, Atrito, Inércia, Pressão, Energia (Cinética e Potencial), Trabalho e Potência. Além do estudo da Física e da Química, como ciências básicas, o conhecimento dessas grandezas depende de outras áreas do conhecimento humano: Termodinâmica, Estática dos fluídos, Dinâmica dos fluídos, etc. Esta apostila que está redigida de uma forma simples, sem muitas formulações matemáticas, acessível aos diversos níveis de conhecimento do treinando, e faz parte do treinamento para operadores de caldeira, atendendo ao disposto na NR-13. Antes de iniciar o currículo mínimo exigido pela NR-13 convém relembrar alguns aspectos de interesse do tema. 1.1 - Conceito de Pressão. Pressão – Pressão e capacidade de produção de vapor são as duas características básicas das caldeiras. Quando uma força F atua sobre uma área temos o que chamamos de pressão. A força F é aplicada perpendicularmente à área A. A pressão é uma propriedade termodinâmica: Razão da força sobre área (p) = Pressão é a força (F) exercida por unidade de superfície (A). No caso mais simples a força (F) é perpendicular à superfície (A) e a equação fica simplificada: Pressão: p = F / A F - Força aplicada a uma superfície. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 4 S = A – Superfície de área conhecida No caso mais geral: Nível de pressão - As pressões são medidas por meio de manômetros, por essa razão são chamadas de pressões manométricas. Podemos ter situações de pressão baixa, média ou alta pressão. O conceito de pressão também é valido para os materiais fluidos e o ar da atmosfera. Como por exemplo, a água e o vapor. Graficamente, a pressão é representada por vários vetores menores. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 5 1.1.1 - Pressão atmosférica. Forças da natureza - No estudo da Física, podemos classificar a ação à distância em três tipos de forças: • Força elétrica - Força de origem atômica devido à propriedade dos prótons e elétrons chamada carga elétrica. • Força magnética - Força que tem a ver com as cargas elétricas em movimento. • Força gravitacional – Força que ocorre entre duas massas quaisquer. O peso de um corpo é uma força gravitacional. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 6 Força gravitacional - Em 1687, Isaac Newton formulou a hipótese de que todos os corpos se atraem mutuamente. Um corpo na superfície ou nas proximidades da Terra está submetido a uma força de atração gravitacional também chamada força peso, exercida pelo nosso planeta sobre esse corpo. A pressão atmosférica vem da força gravitacional que representa uma interação existente entre a Terra e os objetos que estão sobre ela: Qualquer corpo ou objeto que possua massa m sofre ação da força de gravidade da terra. Pressão atmosférica – Já vimos que uma pressão é produzida por uma força. Quando falamos em pressão atmosférica, estamos falando da pressão exercida pelo peso de ar que paira sobre nós e que é produzida pela força gravitacional. Pressão atmosférica = Força gravitacional / Área Considera-se que a atmosfera exerce uma força de cerca de 1,0 x 105 N em cada metro quadrado na superfície da terra. É um valor representativo, mas não é notado, porque geralmente, existe ar tanto dentro quanto fora dos objetos, de modo que as forças exercidas pela atmosfera em cada lado do objeto são contrabalançadas. A pressão atmosférica diminui à medida que aumenta a altitude. Isso ocorre porque o ar fica mais rarefeito. Como a pressão atmosférica é a pressão exercida pela camada de ar atmosférico é natural que esta pressão diminua na medida em que vamos afastando do nível do mar. Quanto maior a altitude, menor será a pressão atmosférica. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 7 Exemplo: No Monte Kilimanjaro (Tanzania) a 5895 metros de altitude a pressão atmosférica é de p = 350 mmHg. Ao nível do mar é de 760 mm/HG ou 1.033 bar ou 1,013 x 105 Pa. Valor da Pressão atmosférica ao nível do mar: O seu valor pode ser medido e tabelado, pois depende da altura topográfica da cada região do planeta. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 8 1.1.2 - Pressão interna de um vaso. O vapor é constituídode partículas que possuem a sua própria pressão interna que decorre da energia das partículas. A pressão no interior de um vaso pode ser igual, menor ou maior do que a pressão atmosférica. Sòmente quando existem diferenças de pressão em ambos os lados é que a pressão atmosférica se torna importante. Enquanto a pressão manométrica é obtida pelo manômetro, a pressão atmosférica é medida pelo barômetro. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 9 Se o vaso é aberto a pressão sobre um fluido é igual à pressão atmosférica. Se o vaso contendo vapor está fechado a pressão interna do vaso dependerá da temperatura deste fluído. Na figura seguinte, a pressão p1 do vaso aberto é igual à pressão atmosférica. A pressão p2 no fundo do liquido é maior do que p1 pelo efeito do peso da altura h de água. A pressão p3 no interior do vaso com vapor pode ser maior ou menor do que a pressão atmosférica, dependendo da energia contida no vapor. Quanto maior a temperatura aplicada maior será a pressão interna do vaso, constituída de duas parcelas: Pressão final = pressão atmosférica + pressão da energia do vapor. Pelo feito dos vasos comunicantes as pressões em todos os pontos são iguais. Porém as pressões podem ser transferidas de um ponto para o outro, e podem ser multiplicadas ou transferidas de um ponto para outro. A transferência ocorre do ponto de maior pressão para o ponto de menor pressão. Multiplicação de pressões - Em recipientes fechados as pressões podem ser multiplicadas de um ponto para outro. Em um elevador hidráulico uma pequena força aplicada a uma pequena área de um pistão é transformada em uma grande força aplicada em uma grande área de outro pistão. Se um carro está sobre um grande pistão, ele pode ser levantado aplicando-se uma força F1 relativamente pequena, de modo que a razão entre a força peso do ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 10 carro (F2) e a força aplicada (F1) seja igual à razão entre as áreas dos pistões. Em sistemas abertos de vasos comunicantes as colunas de vapor com a mesma altura possuem a mesma pressão. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 11 1.1.3. Pressão manométrica, relativa e pressão absoluta. A Mecânica dos Fluidos utiliza uma escala absoluta ou uma escala efetiva ou relativa para estabelecer os valores das pressões. A escala Efetiva ou Relativa adota como valor zero a pressão atmosférica local, existindo, portanto pressões negativas (depressões ou vácuos técnicos), nulas e positivas. A escala absoluta adota como zero, o vácuo absoluto, existindo neste caso somente pressões positivas. Teoricamente poderíamos ter a pressão igual à zero, que representaria a pressão do vácuo absoluto. Pressão manométrica – Chamamos de pressão relativa ou pressão manométrica, a pressão medida, tomando-se como referência a pressão atmosférica local. Ou seja, o elemento sensor mede a diferença entre a pressão desconhecida e a pressão atmosférica local. Quando se fala em uma pressão negativa, em relação à pressão atmosférica chamamos pressão de vácuo. Pressão absoluta - É a pressão medida acima do vácuo absoluto, isto é: a soma da pressão atmosférica local mais a pressão relativa ou manométrica. Em outras palavras é a pressão positiva a partir do vácuo perfeito. Mas quando representamos pressão abaixo da pressão atmosférica por pressão absoluta, esta é denominada grau de vácuo ou pressão barométrica. Pabsoluta - Patmosférica = Pmanométrica. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 12 Pressão diferencial ou diferencial de pressão - Quando um sensor mede a diferença entre duas pressões desconhecidas, nenhuma delas sendo a pressão atmosférica, então essa pressão é conhecida como pressão diferencial. Essa diferença de pressão normalmente é utilizada para medir vazão, nível, pressão, etc. Pressão total: É a pressão resultante da somatória das pressões estáticas e dinâmicas exercidas por um fluido que se encontra em movimento. 1.1.4 - Unidades de pressão A pressão é frequentemente medida em outras unidades (atmosferas, libras por polegada quadrada, milibars, etc.). Mas o pascal é a unidade apropriada no sistema MKS (metro-quilograma-segundo). ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 13 ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 14 1.2. Calor e temperatura 1.2.1. Noções gerais: calor e temperatura. As caldeiras ou geradores de vapor são considerados máquinas térmicas que se destinam a gerar e acumular vapor sob uma pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia e processando uma troca térmica entre um combustível e a água. Isto é feito por um equipamento construído com chapas e tubos cuja finalidade é fazer com que as partes metálicas se aqueçam, transferindo calor para a água, fazendo-a passar do estado líquido para o gasoso, ou seja, produzindo o vapor, pelo aproveitando o calor liberado pelo combustível. Por essa razão é necessário rever alguns conceitos básicos, para melhor compreensão dos estados em que um líquido, um vapor e uma mistura de líquido e vapor possam existir. A Pressão interna da caldeira é maior do que a pressão atmosférica. Propriedades Termodinâmicas das Substâncias - O estado de uma substância pode ser descrito por certas propriedades macroscópicas observáveis, como temperatura, pressão e densidade. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 15 Uma propriedade de uma substância é qualquer característica observável dessa substância. Um número suficiente de propriedades termodinâmicas independentes permite uma definição completa do estado de uma substância qualquer. As propriedades termodinâmicas mais comuns são: temperatura (T), pressão (p), e volume (V). São grandezas fundamentais: ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 16 Calor: Da termodinâmica, ciência que estuda o calor e os processos que o envolvem, podemos estabelecer as definições de Calor e Temperatura. Calor é uma forma de energia térmica em trânsito, ou seja, está sempre se transferindo de um corpo com maior temperatura para um corpo de menor temperatura.ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 17 O calor não pode ser armazenado; o que pode ser feito é apenas facilitar ou dificultar sua transferência. Temperatura - É uma medida da energia cinética, isto é, a energia da vibração das moléculas que compõem certo corpo. Caracteriza a existência e o sentido do fluxo de calor. Quanto maior é a vibração das moléculas, maior será a temperatura do corpo em questão. (T) - Indica o potencial de troca de calor de um corpo. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 18 1.2.2 - Modos de transferência de calor Trata-se do fluxo de energia entre um meio a alta temperatura a outro meio com temperatura menor, quando em contato ou proximidade. Os modos de transferência são as operações de troca térmica entre fluidos. Transferência de Calor em Caldeiras - Os principais equipamentos utilizados para a realização da Transferência de Calor são: Trocadores de Calor e Evaporadores. A transferência de calor em geradores de vapor é um complexo conjunto de fenômenos que envolvem troca de calor por radiação, convecção e condução térmica. Equilíbrio térmico -. Quando se coloca um corpo quente em contato com um corpo frio, nota-se, depois de certo tempo, que eles atingem um equilíbrio térmico, ou seja, passam a ter a mesma temperatura. Há uma transferência de energia térmica do mais quente para o mais frio. Sempre do corpo de maior temperatura (mais quente) para o de menor temperatura (mais frio). ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 19 ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 20 ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 21 1.2.3 - Calor específico e calor sensível Calor específico – É a capacidade que uma substância possui para absorver ou transferir calor por unidade de massa de um corpo. Para a água Isso representa dizer que se houver uma transferência de calor de 1 kcal para uma massa de 1 kg de água, ocorrerá um aumento de 1°C na temperatura. A unidade é Joules. O calor específico da água é 4,186 kJ/kg °C ou 1 kcal/kg °C. O calor específico depende da natureza da substância e muda com a variação da temperatura. Calor sensível – É o tipo de calor relacionado apenas com o aumento ou diminuição da temperatura da substancia quando adicionada ou retirada energia térmica. O calor sensível pode ser medido pela equação: Qs = m C AT Onde: Qs - Quantidade de calor medida em cal m - Massa do corpo medida em g T - Variação da temperatura em ºC C - Calor específico, característico da substância que compõe o corpo, medido em cal/gºC. Calor total - É a soma do calor sensível com o calor latente. A energia necessária à operação, isto é, o fornecimento de calor sensível à água até alcançar a temperatura de ebulição, mais o calor latente a fim de vaporizar a água e mais o calor de superaquecimento para transformá-la em vapor superaquecido, é dada pela queima de um combustível. Calor total = calor sensível + calor latente. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 22 1.2.4 - Transferência de calor a temperatura constante. Do ponto de ebulição até o ponto de início do superaquecimento a transferência de calor ocorre sem que exista um aumento da temperatura. Nesta fase existe água + vapor chamada de vapor saturado com umidade. Quando não existir umidade o vapor é chamado de vapor 100% saturado. Calor Latente: É a Energia térmica adicionada ou liberada na transformação de fase de uma substância (líquido-vapor; sólido-líquido). A troca de calor não produz uma alteração na temperatura do corpo. Produz uma alteração no estado de agregação do corpo. Para a água é a quantidade de calorias necessárias para converter 1 kg de água líquida em 1 kg de vapor seco à mesma temperatura e pressão (o calor latente decresce com o aumento da pressão absoluta do vapor). Se, atingida a temperatura de 100°C na pressão atmosférica, a água continuar a receber calor, passará a ocorrer à transformação da água em vapor, à temperatura constante. O calor latente pode ser medido pela equação: QL = mL ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 23 Onde: QL - Quantidade de calor medida em cal m - Massa do corpo medida em g L - Calor latente, característico da substância que compõe o corpo e da mudança de fase, medido em cal/g. 1.2.5 - Vapor saturado e vapor superaquecido. Estados termodinâmicos da água-vapor: Para cada pressão, antes da formação de um gás propriamente dito, tomando como base a temperatura de vaporização, há cinco situações diferentes definidas para retratar a terminologia que acabamos de definir para os diversos estados termodinâmicos em que se pode encontrar uma substância pura: 1. Líquido sub-resfriado; 2. Líquido saturado; 3. Líquido + vapor 4. Vapor saturado; 5. Vapor superaquecido. Título (x) - Quando uma substância se encontra parte líquida e parte vapor (vapor úmido), utilizamos o conceito de título. Para o estado de mistura líquido-vapor é comum definir-se o título (x) do vapor, que é a fração em massa (ou percentual em massa) do vapor em relação à massa total da mistura. Isso significa dizer, por exemplo, se o vapor que sai de uma caldeira tem uma qualidade (título) de 97%, significa que 3% é umidade (água líquida). título x m m m vap liq vap = = + 1 - Líquido Sub-resfriado - Se a temperatura do líquido é menor que a temperatura de saturação para a pressão existente, o líquido é chamado de líquidos sub-resfriado (significa que a temperatura é mais baixa que a temperatura de saturação para a pressão dada), ou líquido comprimido, (significando ser a pressão maior que a pressão de saturação para a ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 24 temperatura dada). A água, a p = 1atm, vaporiza a 100ºC. Qualquer temperatura abaixo desta define o estado sub-resfriado, desde que ela permaneça líquida. Ex.: Água p = 1 atm t = 30ºC.T<Ts: a substância está na região de líquido comprimido 2. Líquido Saturado - Início da vaporização a uma determinada pressão. Está na temperatura e na pressão de saturação. Água totalmente no estado líquido, sendo que qualquer quantidade adicional de energia provocará mudança de fase. Ex: Águap = 1 atm t = 100ºC. T=Ts e a substância estão no estado de saturação e título = 0. 3. Líquido + vapor: Fase mista. Ex.: Líquido e Vapor saturado vapor de água a 1 atm e t = 100ºC. T=Ts e a substância estão em fase de vaporização e devemos obter o título. 4. Vapor saturado - É um vapor “úmido”, contendo pequenas gotículas de água, sendo obtido da vaporização direta da mesma. A substância se encontra completamente com o vapor na temperatura de saturação, à sua ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 25 pressão absoluta. Quando este tipo de vapor se condensa, cede calor latente. Final da vaporização na mesma pressão em que se iniciou. Ex.: Vapor d’água a 1atm e t = 100ºC. 5. Vapor superaquecido - Vapor a uma temperatura maior do que a temperatura de saturação. T>Ts e a substância estão na região de vapor superaquecido geralmente na faixa de 400ºC a 560ºC Neste caso o título é igual a 1 ou 100% pois a massa total (MT) é igual à massa de vapor (mv). Frequentemente, usa-se o termo “vapor saturado seco”. Grau de superaquecimento: É a diferença de temperatura entre o vapor superaquecido e o vapor saturado, ou seja, a diferença entre a temperatura de saturação e a temperatura em que se encontra o vapor superaquecido, para uma determinada pressão. Aplicações do Vapor saturado: Composto por uma mistura de água e vapor, cuja temperatura se mantém constante, em relação a sua pressão, sendo justamente esta característica que lhe confere maior facilidade no controle da temperatura nos processos industriais. È o mais utilizado na maioria das aplicações industriais, para aquecimento direto ou indireto. O vapor saturado se condensa rapidamente quando em contato com superfícies frias, isto é, cede seu calor latente de forma rápida Maiores temperaturas são possíveis à custa do aumento da pressão de saturação, o que implica num maior custo de investimento devido à necessidade de aumento da resistência mecânica e requisitos de fabricação e inspeção do gerador de vapor. Aplicações do Vapor superaquecido – É aquele que possui temperaturas mais elevadas faixa de 400ºC a 560ºC que o vapor saturado. Na geração do vapor superaquecido a limitação de temperaturas de trabalho fica por conta dos materiais de construção empregados. Para obtê-lo é necessário aquecer o vapor saturado, mantendo inalterada a sua pressão resultando em um vapor seco. É isento de umidade e comporta-se nas tubulações como um gás. A pressão e a temperatura do vapor superaquecido são propriedades independentes, e neste caso, a temperatura pode ser aumentada sob uma condição de pressão constante. Em verdade, as substâncias que chamamos de gases são vapores altamente superaquecidos. O vapor superaquecido, quando em contato com superfícies frias, cede, primeiramente, parte de seu ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 26 calor sensível, fazendo diminuir sua temperatura. A condensação só ocorrerá quando sua temperatura atingir o valor da temperatura de saturação. O fluxo de energia, neste caso, é menor do que o alcançado com o vapor saturado. Por essa razão é utilizado em grandes complexos industriais e na geração de energia elétrica ou mecânica em ciclos termodinâmicos. 1.2.6. Tabela de vapor saturado. Obtenção das propriedades na Termodinâmica aplicada - Na Termodinâmica Aplicada às propriedades termodinâmicas, para uso prático na engenharia, são apresentadas em várias formas, incluindo gráficos, tabelas e equações. Com o advento da computação os valores das propriedades termodinâmicas para um crescente número de substâncias estão disponíveis em programas para microcomputadores. • Entalpia do líquido • Entalpia do vapor • Entalpia de vaporização • Volume específico do líquido • Volume específico do vapor • Volume específico de vaporização • Entropia do líquido • Entropia do vapor • Entropia de vaporização Uso de tabelas práticas – O comportamento pressão, volume e temperatura, que para os chamados Gases Perfeitos é expresso pela equação pv = RT, para o vapor, que é considerado um gás real, essa equação não representa muito bem comportamento mencionado. As equações de estado utilizadas para expressar o comportamento dos gases reais são em geral muito complexas, inviabilizando de forma rápida os seus usos. De modo que a utilização de tabelas obtidas através das equações de estado ainda é muito mais frequente. Existem diagramas e as tabelas termodinâmicas que são úteis na maioria das aplicações em engenharia para todas as substâncias de interesse. Em geral, todas as tabelas são apresentadas da mesma forma, em função da temperatura ou pressão e em função de ambas. Entramos com valor da pressão ou temperatura ou ambas e achamos as propriedades desejadas. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 27 Composição das tabelas – A composição das tabelas visa à determinação das quatro propriedades restantes, considerando que qualquer estado termodinâmico pode ser especificado por duas propriedades termodinâmicas independentes. As tabelas termodinâmicas apresentam as seguintes propriedades: • T, temperatura; • p, pressão; • v, volume específico; • u, energia interna específica; • h, entalpia específica; • s, entropia específica. Tabelas práticas de vapor - Quando a substância é a água, chamamos a tabela de Tabela de Vapor. Nas tabelas de vapor, encontramos as propriedades termodinâmicas da água e do vapor. As tabelas de propriedades termodinâmicas da água estão divididas em três categorias de tabelas: • Tabelas de líquido comprimido ou sub-resfriado - Podemos determinar a pressão e o volume específico no estado fornecido. Duas propriedades intensivas são suficientes para definir o estado, por exemplo, pressão e temperatura. Os dados de líquido comprimido são mais dependentes da temperatura do que da pressão. Propriedades independentes: p e T. • Tabelas de Líquido e vapor saturado – Ou tabelas de saturação onde as propriedades intensivas de cada fase podem ser tabuladas em função sejam da pressão ou temperatura de saturação. Bastam conhecer apenas uma propriedade para obter as demais, que pode ser temperatura ou pressão, propriedades diretamente mensuráveis. Uma terceira propriedade intensiva é necessária para definir o estado. As propriedades independentes podem ser: p (Vapor: A2) ou T (Vapor: A3) • Tabelas de vapor superaquecido – Para as condições de vapor superaquecido e líquido comprimido é necessário conhecer duas ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 28 propriedades para se obtiver as demais. Os dados começam com estado de saturação (vapor saturado) e continuam mantendo a pressão constante e mudando a temperatura. A pressão e a temperatura são propriedades independentes na região de vapor superaquecido e, portanto, para cada pressão é fornecido um grande número de temperatura, e para cada temperatura são tabeladas quatro propriedades termodinâmicas, das quais a primeira é o volume específico. Propriedades independentes: p e T;ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 29 ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 30 CAPÍTULO 2 – CALDEIRAS CONDIÇÕES GERAIS. Carga horária: 8 horas 2.1. Tipos de caldeiras e suas utilizações. 2.2. Partes de uma caldeira. 2.2.1. Caldeiras flamotubulares. 2.2.2. Caldeiras aquotubulares. 2.2.3. Caldeiras elétricas. 2.2.4. Caldeiras a combustíveis sólidos. 2.2.5. Caldeiras a combustíveis líquidos. 2.2.6. Caldeiras a gás. 2.2.7. Queimadores. 2.3. Instrumentos e dispositivos de controle de caldeira. 2.3.1. Dispositivo de alimentação. 2.3.2. Visor de nível. 2.3.3. Sistema de controle de nível. 2.3.4. Indicadores de pressão. 2.3.5. Dispositivos de segurança. 2.3.6. Dispositivos auxiliares. 2.3.7. Válvulas e tubulações. 2.3.8. Tiragem de fumaça. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 31 �2. CALDEIRAS CONDIÇÕES GERAIS. Máquina térmica - É um sistema que, funcionando cíclica e continuamente, somente troca calor e trabalho com o exterior. Geradores de Vapor – São máquinas térmicas que produzem vapor a partir do aquecimento de um fluido vaporizante. Na prática recebem outros nomes, conforme as suas aplicações específicas: • Geradores Reatores Nucleares. • Caldeiras de Recuperação. • Caldeiras de Água Quente. • Caldeiras de Vapor: São os geradores de vapor (caldeiras = “boilers” do inglês) mais simples, queimam algum tipo de combustível como fonte geradora de calor e é destinada a produção de vapor saturado ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 32 ou superaquecido a diversas pressões de trabalho, utilizando-se da energia térmica. Existem outros equipamentos de aquecimento e transferência de calor sem produção de vapor que também são chamados de caldeiras, tais como aquecedores que empregam fluidos térmicos, geradores de água quente, etc. É um recipiente metálico formado por um conjunto de equipamentos, tubulações e acessórios, construído com chapas e tubos cujo mecanismo consiste em fazer a troca térmica entre o combustível e a água, que ao ser aquecido passa do estado líquido para o gasoso, aproveitando o calor liberado pelo combustível. Ou seja, partes da mesma são aquecidas e o calor é transferido para a água produzindo o vapor. As caldeiras são definidas, pela NR-13, como “equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de processo”. Processo de vaporização - A preferência pelo vapor de água como fluido de trabalho é justificada pelo seu elevado calor específico e pela ampla disponibilidade da água no meio industrial. Em termos práticos, a vaporização é obtida pelas caldeiras através do o fornecimento de calor sensível à água até alcançar a temperatura de ebulição, mais o calor latente a fim de vaporizar a água e mais o calor de superaquecimento para transformá-la em vapor superaquecido, é dada pela queima de um combustível. A energia para a vaporização pode ser obtida através da queima de um combustível sólido, líquido ou gasoso, ou por conversão de energia elétrica – e até a fissão nuclear: • Queima de combustível com oxigênio do ar (caldeiras convencionais) • Energia elétrica (caldeiras elétricas) • Reação nuclear (reator nuclear) Aplicações do vapor - A finalidade de se gerar o vapor veio da revolução industrial. No inicio aplicava-se na movimentação de máquinas e locomotivas. Atualmente, o vapor é também utilizado para a movimentação de equipamentos rotativos, na geração de trabalhos mecânicos. É uma importante na área industrial, presente em uma infinidade de processos e ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 33 segmentos. Em muitas regiões, o uso de vapor é imprescindível na geração de energia elétrica. a) Aquecimento; b) Acionamento de máquinas motrizes (turbinas e máquinas alternativas); c) Em processos industriais (indústrias de alimentos, bebidas, papel e celulose, têxtil, metalúrgica, Química); d) Esterilização; e) Geração de energia elétrica, etc. A aplicação do vapor é bastante abrangente, atendendo necessidades diversas em indústrias, hotéis e similares. Como exemplo, podemos citar: • Geração de energia elétrica nas usinas termelétricas e nucleares • Papel e Celulose • Açúcar e Álcool • Indústrias químicas e petroquímicas em geral • Refinarias de petróleo • Indústrias de suco de laranja e derivados • Frigoríficos abatedouros e laticínios; • Indústrias têxteis e de tintas/ vernizes; • Cervejarias e bebidas em geral; • Indústrias de processamento de madeira e borracha; • Navegação marítima, fluvial e submarina; • Diversas indústrias alimentícias e farmacêuticas, entre muitos outros. Tipos de vapores - O vapor é a água no estado gasoso. Existem basicamente dois tipos de vapor: • Vapor saturado: É um vapor “úmido”, contendo pequenas gotículas de água, sendo obtido da vaporização direta da mesma. Quando este tipo de vapor se condensa, cede calor latente. É usado para aquecimento direto ou indireto. • Vapor superaquecido: É obtido através do aquecimento conveniente do vapor saturado, resultando em um vapor seco. É usado para transferência de energia cinética, ou seja, para geração de trabalho mecânico (turbinas). ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 34 Combustível das caldeiras - Diversos combustíveis são usados para queima em caldeiras de produção de vapor. Os combustíveis utilizados são sólidos líquidos ou gasosos. E podem ser de origem fóssil, ou resíduos, ou ainda renováveis (bio gás, bio massa, etc.). • Combustível sólido; • Combustível líquido gasóleo; • Combustível gasoso gás natural, butano e propano; • Fontes elétricas; • Fontes de recuperação de calor. Critérios de projeto – O projeto de uma caldeira é o resultado de critérios específicos de estudos (Número de passes da caldeira; Compatibilidade caldeira/queimador; Superfície de aquecimento; etc.), principalmente quanto aos materiais de fabricação. As especificações de materiais para caldeiras são bastante rígidas, em função dos esforços a que estão sujeitos os equipamentos. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 35 • Tubos: Geralmente de aço carbono comum, quando o meio não é agressivo.Conforme a agressividade do meio, empregam-se : aços liga (4 - 6% Cr); aços inoxidáveis (Cr-Ni ou Cr -Ni-Mo); latões (Cu-Zn), bronze (Cu-Sn);ligas de Cu-Ni, aluminio, duplex. • Casco: Geralmente é feito de aço carbono, em chapas, que são calandradas e soldadas, no caso de não haver tubo nas dimensões desejadas. Identificação das caldeiras - O equipamento e auxiliares devem ser identificados com uma placa de aço inoxidável. A caldeira deve ter gravado em sua placa os seguintes dados mínimos: a) Tipo; b) Fabricante (nome e endereço); c) Modelo/tipo e número de ordem dado pelo fabricante; d) Identificação do equipamento (TAG); e) Ano de fabricação; f) Norma: ”ASME-Seção I”; g) Máxima produção contínua de vapor (kg/h); h) Pressão normal de trabalho (kg/cm2man); i) Temperatura normal de trabalho (ºC); j) PMTA - pressão máxima de trabalho admissível (kg/cm2 man); l) Pressão de projeto (kg/cm2 man); m) Temperatura de projeto (ºC); n) Pressão de teste hidrostático (kg/cm2 man); o) Peso vazio (ton.); p) Peso cheio (ton.); q) Combustível principal; r) Superfície de aquecimento (m2). 2.1. Tipos de caldeiras e suas utilizações. Há muitas são as formas de se classificar as caldeiras, tais como os vários aspectos indicados: • Classes de pressão ou pressão de serviço; • Grau de automação; • Tipo de energia empregada; • Tipo de troca térmica. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 36 • Finalidade ou uso; • Fonte de aquecimento, • Conteúdo nos tubos, • Princípio de funcionamento, • Tipo de fornalha etc. • Tipo de montagem, • Modo de circulação de água, • Sistema de tiragem • Tipo de sustentação • Etc. Quanto à pressão de regime (Pressão de trabalho) - De acordo com as pressões de trabalho utilizado, as caldeiras podem ser classificadas, segundo a American Boiler Manufacturer and Affiliated Industries Association, em: • Baixa pressão: 100 - 400 psi ou 7 – 28 kg/cm2 • Média pressão: 400 - 800 psi ou 28 – 57 kg/cm2 • Alta pressão: 800 - 3.000 psi ou 57 – 212 kg/cm2 Para os propósitos da NR 13, as caldeiras são classificadas em 3 categorias, conforme segue: • Caldeiras da categoria A - são aquelas cuja pressão de operação é igual ou superior a 1960 kPa (19,6 bar = 19,98 kgf/cm2). • Caldeiras da categoria C - são aquelas cuja pressão de operação é igual ou inferior a 58 kPa (5,8 bar = 5,9 kgf/cm2) e o volume interno é igual ou inferior a 100 litros. • Caldeiras da categoria B - são todas aquelas que não se enquadram nas categorias anteriores. Quanto à concepção do conteúdo que passa nos tubos - A classificação mais usual de caldeiras de combustão refere-se à localização de água/óleo/gases, conforme o que circula dentro dos tubos: • Flamotubulares (Fogotubulares, Pirotubulares) ou Tubos de água (ou de óleo) - A água anda dentro dos tubos e os gases quentes da combustão por fora. Os gases da combustão (gases quentes) circulam ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 37 no interior dos tubos que atravessam o reservatório de água a ser aquecida para produzir vapor, e a água fica por fora sendo aquecida e posteriormente vaporizada, no lado externo das tubulações. • Aquatubulares (Aquotubulares) ou Tubos de fumo ou Parede D'água - Os gases quentes da combustão circulam por dentro dos tubos e a água está por fora, circulando entre dos tubos. • Mistas – Há ainda caldeira de concepção mista, associando o conceito de flamutubular com o conceito de aquatubular. Setores de uma caldeira - Usualmente, podemos dividir os sistemas geradores de vapor em três setores distintos, que compreendem: • Seção pré-caldeira ou de pré-combustão: Seção que seção inclui todos os equipamentos e tubulações destinados ao acondicionamento da água antes da sua entrada na caldeira. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 38 • Caldeira propriamente dita ou de combustão: Seção que é responsável pela geração de vapor pelo sistema. Parte do gerador de vapor que é responsável, propriamente dita, pela geração de vapor pelo sistema. Ex: A câmara de combustão é a região onde se dá a queima do combustível, com produção dos gases de combustão que fornecem calor à água. • Seção pós-caldeira ou de pós-combustão: Seção que seção inclui todos os equipamentos e tubulações após a caldeira, com exceção do aquecedor-desaerador. Os condutos para descarga dos gases e a chaminé não formam parte integral da caldeira, pois constituem construções independentes que são adicionadas ao corpo resistente da mesma, não estando expostas à pressão do vapor. Os condutos para descarga dos gases e a chaminé não formam parte integral da caldeira; constituem construções independentes que são adicionadas ao corpo resistente da mesma, não estando expostas à pressão do vapor. Lados de uma caldeira - Podemos também dividir as caldeiras em dois lados conforme a fase de operação: • Lado fogo: Lado que trabalha com combustível-ar-gás da combustão, também chamado de lado de fogo da caldeira. As entradas do lado de fogo da caldeira são o combustível e o ar de combustão necessário à queima deste combustível. Neste lado o combustível e o ar de combustão necessário à queima deste combustível são completa e cuidadosamente misturados, sendo em seguida queimados na câmara de combustão. A combustão converte a energia química do combustível em energia térmica. Este calor é transferido para o lado vapor-água para a geração de vapor. • Lado vapor-água: Lado que trabalha com vapor-água, também chamado de lado de água da caldeira. A entrada do sistema vapor- água ou lado de água da caldeira é a água. Esta água recebe o calor de uma barreira de metal sólido, é aquecida, convertida em vapor e deixa o subsistema nesta forma de vapor. Subsistemas funcionais de uma caldeira – Uma unidade compacta de uma caldeira propriamente dita forma, geralmente, é apoiada sobre uma ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 39 única estrutura metálica adequada, do tipo “skid-mounted”, onde ficam dispostos também todos os equipamentos auxiliares. Tanto as caldeiras compactas ou não, o conjunto da caldeira propriamente dita e seus equipamentos auxiliares pode se subdivididas em subsistemas de acordo com a função que exercem: a) Corpo (costado, fornalha, espelho, tubos, isolantes, refratário); b) Sistema de partida; c) Sistemas de combustão; d) Sistemas de segurança e controle; e) Sistemas de alimentação de água; f) Sistemas de emergência; a) Sistemas elétricos de comando; b) Sistemas de tiragem forçada; c) Sistemas de escape de gases (dutos e chaminés); d) Acessórios; e) Equipamentos opcionais. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 40 A caldeira pode ainda ter equipamentos de limpeza dos gases, tais como filtros, ciclones ou precipitadores eletrostáticos para captação de material particulado ou ainda lavadores de gases para captação de gases ácidos: SOx, NOx, etc. Componentes essenciais de uma caldeira - As unidades geradoras de vaporsão construídas de acordo com normas ou códigos vigentes no país e de forma a melhor aproveitar a energia liberada pela queima de um determinado tipo de combustível. As caldeiras de menor porte possuem apenas três partes essenciais que são: • Fornalha ou câmara de combustão; • Câmara de líquido; • Câmara de vapor. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 41 Componentes gerais de uma caldeira – As caldeiras mais modernas ou de maior porte são constituídos de uma associação de componentes mais complexa, cujos equipamentos a ela acoplados exercem outras funções, tais como: Superaquecedores, Economizadores, Aquecedor de ar, etc. Com a finalidade didática apresentamos a seguir uma relação geral de equipamentos que podem constituir um sistema gerador de vapor, não somente as partes indispensáveis ao processo fundamental de aquecimento de água suficiente para transformá-la em vapor, bem como os acessórios, equipamentos ou dispositivos que tenham por finalidade aumentar o rendimento, melhorar as condições de segurança, facilitar a continuidade de operação e o controle de regulação. Trajeto dos fluidos em uma caldeira – O ar, os combustíveis sólidos, os gases, e os vapores tem um percurso particular, característico dentro de cada caldeira: • Ar: Atmosfera → VENTILADOR → AQUECEDOR DE AR → FORNALHA • Combustível sólido: Estocagem → SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO → FORNALHA (queima) → gases quentes • Gases: FORNALHA → VAPORIZADOR → SUPERAQUECEDOR → ECONOMIZADOR → AQUECEDOR DE AR → EXAUSTOR → CHAMINÉ → atmosfera • Água: TANQUE DE CONDENSADO → BOMBA → ECONOMIZADOR → VAPORIZADOR → vapor saturado • Vapor: BALÃO DE VAPOR → SUPERAQUECEDOR → aplicação Escolha do tipo de caldeira – A partir das características de cada aplicação faz-se a opção da caldeira ideal. A escolha da caldeira adequada é baseada nas características de pressão e produção da caldeira, bem como das exigências da aplicação do vapor. Via de regra, instalações de pequeno porte para vapor saturado ou uso exclusivamente para processo podem ser usadas caldeiras flamotubulares por serem mais baratas. Já para Unidades ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 42 de médio e grande porte ou acionamento de turbinas utilizam-se caldeiras aquotubulares, devido à necessidade de vapor superaquecido. Definição de caldeiras flamotubulares: São aquelas em que os gases provenientes da combustão "fumos" (gases quentes e/ou gases de exaustão) atravessam a caldeira no interior de tubos que se encontram circundados por água, cedendo calor à mesma. Abrange um grupo de caldeiras também conhecidas como Fumotubulares, Pirotubulares, Gás- tubulares, Fogotubulares ou ainda, Tubos de Fumaça. São equipamentos derivados das caldeiras antigas. Capacidade de produção - Constitui a da grande maioria das caldeiras flamutubulares são utilizadas para pequenas capacidades de produção de vapor (da ordem de até 10 ton./h) e baixas pressões (até 10bar), chegando algumas vezes a 15 ou 20 bar. Modernamente podemos encontrar caldeiras deste tipo com capacidade superiores atingindo cerca de 30 40toneladas de vapor por hora e pressões próximas de 20 kg/cm2. Principais vantagens - As principais vantagens das caldeiras deste tipo são: Baixo custo de aquisição; São bastante robustas; De construção fácil, simples, com pouca alvenaria, de custo de montagem relativamente baixo; Baixo custo de manutenção, as quais se limitam a etapas de limpeza e troca de tubos. Exige tratamento de água menos apurado. Fácil manutenção ao que se refere limpeza e substituição dos dutos; Permitem tamanhos compactos para pequenas aplicações e fácil transporte desde a fábrica até o local de uso ou em futuras relocalizações. A operação é simples, com reduzido número de instrumentos de supervisão e de controle. Utilizam qualquer tipo de combustível, líquido, gasoso ou sólido; Melhor eficiência na troca de calor por área de troca térmica; Pelo grande volume de água que encerram, atendem também as cargas flutuantes, ou seja, aos aumentos instantâneos na demanda de vapor. Principais desvantagens - Como desvantagens, apresentam: baixo rendimento térmico; partida lenta devido ao grande volume interno de água; limitação de pressão de operação (máx. 15 kgf./cm² a 20 kgf./cm²); baixa taxa de vaporização específica (12 a 16 kg de vapor gerado/m²); capacidade de produção limitada; e dificuldades para instalação de economizador, superaquecedor e pré-aquecedor. O rendimento térmico da caldeira ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 43 flamotubular é normalmente mais baixo e o espaço ocupado por ela é proporcionalmente maior, embora atualmente já existam modelos compactos desse tipo de caldeira. São construídas para operar com pressões limitadas, pois as partes internas submetidas à pressão são relativamente grandes, inviabilizando o emprego de chapas de maiores espessuras. Sua aplicação é restrita apenas as operações que admitem o uso de vapor saturado. Aplicações - Apesar dessas restrições, seu emprego pode ser indicado de acordo com as necessidades particulares de cada processo industrial, sendo adequado para pequenas instalações industriais ou para pequenas para pequena capacidade produção toneladas por hora e baixa pressão superior à atmosférica. E, quando se quer apenas vapor saturado de baixa pressão. O uso das caldeiras flamotubulares é bastante utilizado em pequenas indústrias, hospitais, hotéis, para aquecimento interno, etc., em razão do seu baixo valor de investimento e da facilidade de manutenção, se comparada com as caldeiras aquatubulares. Configuração básica - A configuração básica é de um cilindro externo que contém água e um cilindro interno destinado à fornalha. Sua tiragem ou saída de gases é normal. A carcaça é construída de chapas que variam de espessura de acordo com o porte da caldeira, e a sua pressão pode variar entre 5 a 20 kgf./cm2. Constituem de um vaso de pressão cilíndrico horizontal, com dois tampos planos (os espelhos) onde estão afixados os tubos e a fornalha As principais caldeiras horizontais apresentam tubulões internos: unitubulares ou multitubulares, nos quais ocorre a combustão e através dos quais passam os gases quentes. Podem ter de 1 a 4 tubulões por fornalha. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 44 Podem ser de geradores de chama direta ou de chama de retorno. Os modelos mais modernos têm diversos passes de gases, sendo mais comum uma fornalha de dois passes de gases. A saída da fornalha é chamada câmara de reversão e pode ser revestida completamente de refratários ou constituída de paredes metálicas molhadas. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 45 ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No daRevisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 46 Tipos de Caldeiras Flamutubulares - As caldeiras flamutubulares existentes no mercado abrangem vários modelos, desde as caldeiras de menor porte e até as modernas unidades compactas de maior porte. São vários os métodos de classificação das caldeiras flamotubulares (segundo o uso, a capacidade, a pressão, a posição da fornalha, a posição dos tubos, os tamanhos, etc.). Vamos considerar os a classificação mais comum: Caldeiras verticais e Caldeiras horizontais As caldeiras Verticais podem ser: • Com fornalha externa • Com fornalha interna As caldeiras Horizontais podem ser: • Com fornalha interna • Com fornalha externa • Unitubulares ou Multitubulares • Com uma tubulação central (Cornovaglia) • Com duas ou mais tubulações (Lancashire) ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 47 • Locomotivas e Locomoveis • Escocesas • Marítimas • Estacionárias/ Compactas As caldeiras flamotubulares apresentam as seguintes partes principais: corpo, espelhos, feixe tubular ou tubos de fogo e caixa de fumaça. O corpo da caldeira, também chamado de casco ou carcaça, é construído a partir de chapas de aço carbono calandradas e soldadas. Seu diâmetro e comprimento estão relacionados à capacidade de produção de vapor. As pressões de trabalho são limitadas (normalmente máximo de 20 kgf./cm²) pelo diâmetro do corpo destas caldeiras. Os espelhos são chapas planas cortadas em forma circular, de modo que encaixem nas duas extremidades do corpo da caldeira e são fixadas através de soldagem. Sofrem um processo de furação, por onde os tubos de fumaça deverão passar. Os tubos são fixados por meio de mandrilamento ou soldagem. O feixe tubular, ou tubos de fogo, é composto de tubos que são responsáveis pela absorção do calor contido nos gases de exaustão usados para o aquecimento da água. Ligam o espelho frontal com o posterior, podendo ser de um, dois ou três passes. A caixa de fumaça é o local por onde os gases da combustão fazem a reversão do seu trajeto, passando novamente pelo interior da caldeira (pelos tubos de fogo). Exemplo de uma caldeira flamutubular. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 48 01 - Base de aço pesada tipo Skid; 02 - Queimador pressurizado com base própria; 03 - Painel do queimador vedado para proteger o controlador de chama; 04 - Queimador com versões a óleo, gás ou dual; 05 - Portas dianteiras com isolação térmica/dobradiças capaz de acesso fácil para inspeção e limpeza dos tubos; 06 - Construção de acordo com o código ASME; 07 - Combinação de coluna d água, controle da bomba e sensor de nível baixo de água; 08 - Dois pressostatos, um de operação e outro de segurança; 09 - Tubos de 2½" para os modelos 300-1200, e 2”. 10 - Ampla área de evaporação assegurando vapor seco de alta qualidade; 11 - Jaqueta de aço bitola 22 com isolação espessa de fibra mineral para diminuir a perda de calor por radiação e proporcionando economia de combustível; 12 - Duas válvulas de segurança no mínimo, de acordo com o código ASME e com a norma ABNT. 13 – Olhais de içamento na parte superior da caldeira; 14 - Saída dos gases em forma circular, com flange, localizado na parte superior trazeira da caldeira; 15 – Sistema de 3 passes, com espaço e eficiência otimizados: 16 - Câmara traseira 100% submersa em água, com aumento da área de transferência de calor. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 49 Definição de caldeiras aquatubulares - As Caldeiras Aquatubulares surgiram no final do século XIX e são também chamadas caldeiras de paredes de água ou de tubos de água. São as mais comuns em se tratando de unidades termoelétricas ou geração de energia elétrica em geral, exceto em unidades de pequeno porte. As aquatubulares surgiram da necessidade de caldeiras com maior rendimento, menos consumo, rápida geração e grandes quantidades de vapor. Baseados nos princípios da transferência de calor e na experiência com os tipos de caldeiras existentes, os fabricantes inverteram a forma de geração de calor, ou seja, os tubos de fogo foram trocados por tubos de água, o que aumentou muito a superfície de aquecimento, surgindo a caldeira aquatubular. Capacidade de produção - O projeto de caldeiras aquotubulares mostrou um ou mais coletores unidos por uma grande quantidade de tubos através dos quais circulava a mistura de água e vapor. O calor flui do exterior dos tubos para a mistura. Esta subdivisão das partes sob pressão tornou possível a obtenção de grandes capacidades e altas pressões. Com isso operam a ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 50 média e alta pressão, resultando em alta produção de vapor. A produção de vapor varia desde pequenos valores até capacidades da ordem de 800 ton. vapor/h, pressões de 150 a 200 kgf./cm2 e temperaturas de 450 a 500 oC. Existem também algumas unidades com pressões supercríticas, acima de 250 kgf./cm2. Principais vantagens – Como vantagens, apresentam: • Alto rendimento térmico; • Altas pressões de operação; • Relativa facilidade de inspeção; • Relativa facilidade para instalação de economizador, superaquecedor e pré-aquecedor. Principais desvantagens – As principais desvantagens das caldeiras deste tipo são: • Custo de aquisição mais alto; • Custo de manutenção alto; • Exigem muita alvenaria; • Demorada a partida e a parada do equipamento. Aplicações - Possuem as mais variadas aplicações industriais sendo também usado para caldeiras de recuperação e aplicações marítimas, tipo este estudado com maiores detalhes por Engenheiros Navais, porém destacamos sua utilização em centrais térmicas onde trabalham com elevadas pressões de ate 200 kg/2 e capacidades atingindo valores de aproximadamente 800 t.v/h. Com respeito às grandes centrais térmicas, não e raro um alto consumo de combustível e por isto qualquer aumento de rendimento, por menor que seja, torna-se econômico mesmo se os investimentos aplicados forem grandes. Configuração básica - Estas caldeiras nada mais são que um feixe de tubos, constituindo a principal superfície de absorção de calor, ligados a dois tambores ou tubulões. Há vários tipos e tamanhos de caldeiras aquatubulares e variedades, tais como: caldeiras de passe único, sem tubulões; caldeiras de um tubulão com tubos retos; caldeiras com um, dois, ou três tubulões e tubos curvos. Os tubos estão dispostos na forma de paredes de água na fornalha da caldeira de modo a permitir a obtenção de ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 51 grandes superfícies de transferência de calor. A circulação da água no interior dos tubos pode ser do tipo natural, assistida ou forçada. Um cuidado especial deve ser tomado neste tipo de caldeiras com o tratamento da água devido à possibilidadede gerar incrustações no interior dos tubos e comprometer o funcionamento da caldeira. Podem ser do tipo compacto, podem ser do tipo montadas em campo, quando seu porte justificar sua construção no local de operação. Tipos de Caldeiras Aquatubulares - As caldeiras aquatubulares existentes no mercado abrangem vários modelos, desde as caldeiras de menor porte e até as modernas unidades compactas de maior porte. São vários os métodos de classificação das caldeiras aquatubulares. Vamos considerar quatro tipos básicos: • Com arranjo de tubos retos; • Com arranjo de tubos curvos; • De circulação natural; • De circulação forçada. As partes principais de uma caldeira aquatubular são: tubulão superior (ou tambor de vapor), tubulão inferior (ou tambor de lama), feixe tubular, parede de água, fornalha e superaquecedor, Outros equipamentos denominados como auxiliares ou periféricos ajudam a boa operação de uma caldeira, são eles: economizador, pré-aquecedor e soprador de fuligem. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 52 ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 53 CALDEIRAS MISTAS - A necessidade de utilização de combustíveis sólidos para caldeiras de pequena capacidade fez surgir uma solução híbrida que são as caldeiras mistas. Basicamente são caldeiras flamotubulares com uma antecâmara de combustão com paredes revestidas de tubos de água. Na antecâmara se dá a combustão de sólidos através de grelhas de diversos tipos possibilitando assim o espaço necessário para os maiores volumes da câmara de combustão necessários à combustão de sólidos, principalmente em grandes tamanhos, tais como lenha em toras, cavacos, etc., além da possibilidade de retirada de cinzas por baixo das grelhas (o cinzeiro). As caldeiras mistas não reúnem todas as vantagens da aquatubular, como a segurança, maior eficiência térmica, etc., porém, é uma solução prática e eficiente quando se tem disponibilidade de combustível sólido a baixo custo. Podem usar combustível líquido ou gasoso, com queimador apropriado. São equipamentos que apresentam relativa facilidade na construção e operação. Apresentam uma média produção de vapor de cerca de 3 até 25 ton./h sob pressão de operação – variando entre 15kgf/cm² a 30kgf/cm². 2.2.3 - Caldeiras elétricas. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 54 2.2.4. Caldeiras a combustíveis sólidos. 2.2.5. Caldeiras a combustíveis líquidos. Os combustíveis líquidos podem ser minerais ou não minerais. Os minerais são obtidos pela refinação do petróleo, destilação do xisto betuminoso ou hidrogenação do carvão. Dentre eles estão a gasolina, o óleo diesel e o óleo combustível. Os combustíveis líquidos são amplamente utilizados na indústria pela facilidade de armazenamento, operação e transporte, e os derivados de petróleo praticamente estão presentes na maioria das aplicações. Normalmente são os derivados de petróleo. São obtidos segundo uma destilação fracionada de petróleo. Em geradores de vapor normalmente são utilizados: • Óleo Diesel • Gasóleo • Óleo combustível ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 55 2.2.6. Caldeiras a gás. Os combustíveis gasosos têm aumentado sua aplicabilidade na indústria nacional, respondendo a demanda por fontes de energia mais limpas e eficientes. A limitação de seu crescimento está na disponibilidade e distância dos centros consumidores pela sua maior dificuldade de transporte, apesar de hoje este problema começa a ser solucionado. São pouco utilizados na geração de vapor em caldeiras. Temos como exemplo o gás natural de petróleo e o chamado gás natural, de resíduos orgânicos. Dentre os combustíveis gasosos artificiais, podemos citar os gás de iluminação, gás de água, gás de gasogênio, o gás liquefeito de petróleo e o gás de coque. 2.2.7. Queimadores. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 56 2.3. Instrumentos e dispositivos de controle de caldeira. 2.3.1. Dispositivo de alimentação. Dispositivos necessários – Há diversos dispositivos de alimentação que são importantes para o funcionamento de uma caldeira. Alimentação de água – Recomenda-se adotar, no mínimo, um sistema de bombeamento de água da caldeira deve ser composto de duas unidades independentes: • Unidade de funcionamento normal: Esta unidade é comandada automaticamente pelo nível de água da caldeira, caso necessário poderá ser ligado manualmente. Conforme o tamanho e o tipo de sua caldeira, ela será composta de uma ou duas bombas ligadas em paralelo. Na sucção da bomba teremos um filtro de água, a tubulação de alimentação de água deverá ser ligada a este filtro. • Unidade de emergência: Esta unidade só entrará em funcionamento, por ser inteiramente manual, para substituir, em caso de necessidade, a primeira. É composta de um injetor e uma bomba, dependendo do tamanho e da pressão da caldeira. O sistema de alimentação de água deve ser através de bomba centrífuga (sistema principal) e de injetor a vapor (sistema de emergência) e possuir controlador de nível máximo e mínimo de água de caldeira. Deve ser fornecida uma bomba para cada caldeira. A rede geral de alimentação de água – É uma tubulação que interliga o tanque geral de água à bomba de água, sempre que possível instalando um tanque de serviço entre os dois, para uma possível queda de pressão e aproveitamento do condensado. Esta rede deve possuir um número bastante reduzido de curvas e atender somente a este equipamento. O circuito de Convecção da Água pode ser por circulação forçada ou circulação natural. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 57 Alimentação de combustível – Na maioria das caldeiras de pequeno porte, que utilizam combustíveis sólidos o abastecimento é feito de forma manual. Nas caldeiras a óleo, para evitar flutuação de carga, baixa temperatura de bombeamento, etc., a rede geral de óleo combustível não deve ser ligada diretamente à bomba de óleo e sim a um tanque de serviço que deverá ficar bem próximo à mesma, tendo antes do filtro da bomba uma válvula de gaveta e a linha de retorno com instalação livre. A finalidade da instalação do tanque de serviço é o aproveitamento do retorno do óleo pré-aquecido, não deixando que o mesmo resfrie. Quando o bombeamento é o do óleo diesel, o mesmo é feito sem que precise aquecer o óleo, pois já é fluido o bastante para pulverizar e queimar. Alimentação de energia elétrica – O sistema elétrico de comando é muito importante para as caldeiras que atuam sob comando automático. Para iniciar a operação, basta adicionar a chave de comando automático, ficando a caldeira apartir deste momento, operando automaticamente, segundo as necessidades. De forma geral recebe e colhem os impulsos fotoelétricos, mecânicos, elétricos e térmicos, determinando a sequencia das operações a serem mantidas. Em caldeiras mais simples a alimentação é manual. Alimentação para aproveitamento de condensado - Quando há aproveitamento de condensado, instala-se um tanque de serviço que é tanque próprio para receber condensado. 2.3.2. Visor de nível. Conceito de nível - Chamamos de Nível é a altura do conteúdo de um reservatório que pode ser sólido ou líquido. O nível de água em uma caldeira é um dos principais parâmetros que garante o seu correto funcionamento. Se as superfícies metálicas expostas ao contato dos gases quentes estiverem banhadas pela água, nenhum dano ocorre ao equipamento, mas se o nível ultrapassar o limite mínimo ao estabelecido cria-se condições de ruptura das paredes metálicas ou, mesmo, de explosões, devido o superaquecimento da placa metálica, comprometendo a segurança da unidade. Recursos para medição de nível - Há três maneiras ou métodos de medição de nível: Direto, Indireto e Método Descontínuo. ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 58 • Medição direta - é a medição que tomamos como referência a posição do plano superior da substância medida que pode ser feita por meio de: a. Réguas ou gabaritos, b. Visores de nível, c. Boia ou flutuador. Visor de nível – Na maioria das aplicações costuma-se utilizar indicadores de nível/bloqueio que tem por objetivo indicar o nível de água dentro do tubulão de evaporação. Em geral, são constituídos por um vidro tubular ou uma garrafa de nível que através de sensores (eletrodos) internos, comandam os níveis alto e baixo no interior da caldeira, ligando e desligando a reposição de água. A primeira opção são os visores de nível que são constituídos por um vidro tubular. • Visor de nível - Em geral, são constituídos por um vidro tubular. É um tubo de vidro fixado na coluna de nível d’água cuja finalidade é determinar a altura exata em que se encontra a água da caldeira, está situado na faixa de separação vapor / água. Periodicamente, devemos acionar a válvula de dreno, para constatarmos que a altura marcada é a correta, servindo também para remover a sílica acumulada que costuma danificar os vidros. • Controle de nível com boia - É geralmente uma câmara ligada à caldeira e uma boia que por sua vez está ligada a uma chave que comanda o circuito elétrico da bomba de alimentação de água. Indicador de nível de água – é o aparelho que serve para indicar o nível de água tanto dos tanques de alimentação de reserva como da caldeira. De acordo com o seu posicionamento na instalação pode designar-se por: Indicador de nível local e Indicador de nível à distância ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 59 2.3.3 - Sistema de controle de nível. Descarga de fundo - Cada caldeira deve ser dotada de uma válvula de descarga de fundo do tipo “descarga rápida” e sistema para amostra (análise d’água) composto de válvula e recipiente com serpentina para resfriamento. A descarga de fundo da caldeira deve ser feita geralmente sobpressão. A pressão e a temperatura da água (acima da ebulição) poderão destruir o sistema de esgoto, por isso, recomenda-se instalar um tanque de descarga entre a caldeira e o esgoto, onde os golpes e a temperatura elevada da água serão eliminados. Em muitas caldeiras, principalmente as de menor porte, é suficiente instalar uma válvula de descarga rápida (válvula de fundo de caldeira) para se obtiver a extração de lodo e sais. Mas as caldeiras de maior porte requerem um dispositivo adicional para a dessalinização contínua e a automatização da válvula de descarga periódica. 2.3.5. Dispositivos de segurança. Toda caldeira deve possuir dispositivos de segurança para proteger o pessoal e os equipamentos de possíveis falhas que ocorram durante seu funcionamento. Um dispositivo de segurança pode se apresentar de diversas formas, como um simples alarme, um bloqueio de algum componente da ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 60 caldeira, ou mesmo um desarme de toda a caldeira, parando de forma imediata a geração de vapor. Todos os dispositivos de segurança de uma caldeira devem estar em serviço durante a operação. A retirada de um dispositivo de segurança de serviço só poderá ser autorizada após minucioso estudo dos riscos envolvidos e da colocação em prática de técnicas que substituam temporariamente a proteção desativada. Há vários dispositivos de segurança obrigatórios ou opcionais que podem ser utilizados numa caldeira. • Proteção Contra a Pressão Elevada na Fornalha; • Proteção Contra Baixa Pressão ou Alta pressão do combustível; • Dispositivo de Proteção contra Baixa Vazão de Ar; • Proteção Contra Pressões Elevadas do Vapor; • Proteção contra o retorno do condensado; • Proteção contra perda de Nível das Caldeiras. Proteção Contra a Pressão Elevada na Fornalha - Algumas caldeiras possuem dispositivos para supervisão da pressão da fornalha e em alguns casos eles são calibrados para desarmarem a queima. A pressão da fornalha é um parâmetro muito importante para a qualidade da queima. Seu aumento pode ser causado por deficiência do sistema de tiragem da caldeira, variação muito brusca na taxa de queima sem a devida reação da cadeia de controle, bloqueio do fluxo de saída dos gases da fornalha, ruptura de tubos da parede de água. Proteção Contra Baixa Pressão ou Alta pressão do combustível - O controle da pressão adequada do combustível introduzido na caldeira é importante para que a reação de queima se processe de forma adequada. Os combustíveis líquidos quando em pressões demasiadamente baixas não atomizam totalmente, combustíveis gasosos em pressões muito elevadas provocam a perda de chama na saída do queimador. Em todas estas situações os riscos são grandes e a caldeira ou se for o caso o queimador, deve dispor de dispositivo de alarme e desarme. Dispositivo de Proteção contra Baixa Vazão de Ar - O fluxo de ar enviado para a caldeira deve ser adequado à quantidade de combustível a ser queimado. A insuficiência de vazão de ar fará com que parte do combustível saia da fornalha sem queimar provocando perda da eficiência do processo, depósitos, poluição ambiental, e riscos de explosões em dutos. As caldeiras ÁREA INDUSTRIAL - MÁQUINAS TÉRMICAS www.colunaengenharia.com.br MT - 001.007.001 Página: No da Revisão: 01 Data:01.10.2012 Contato: Roberval Luna da Silva robervalluna@yahoo.com.br /www.colunaengenharia.com.br 61 possuem dispositivos que poderão alarmar ou provocar o seu desarme. Caso isto ocorra, quer seja por falha no controle da vazão ou por falha no equipamento de insuflação de ar como os ventiladores forçados. Proteção Contra Pressões Elevadas do Vapor - Especificamente para este caso, todas as caldeiras devem possuir válvulas de segurança instaladas tanto no tambor superior, como nas saídas de vapor para os sistemas como, linhas de vapor principal, linha de vapor auxiliar, linha de vapor para os sopradores, etc. Proteção contra o retorno do condensado - Todas as caldeiras necessitam de sistema de purga que impede seu retorno
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