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1 Lahyse Oliveira 2020.1 Proposta de Código de Ética dos Estudantes de Medicina da Bahia Esse código não é valido para todos os estudantes de medicina em todos os lugares, diferente do código de ética médica. Essa é válido para a região da Bahia. Frans Krajcberrg (1921/2017): foi um artista plástico polonês que a partir do seu trabalho no brasil ele fez uma denúncia as queimadas e o desmatamento, no museu ecológico, em nova viçosa – BA. Ele tirava fotos e usa o material restantes das queimadas para fazer intervenções artísticas. Esse trabalho foi publicado na Gazeta Médica da Bahia, 2005/ 75 (2); jul-dez: 133-142, que é uma revista da USP. INTRODUÇÃO A formação ética dos estudantes de medicina, já que não basta ter só o Código de Ética Médica, porque existem aspectos peculiares dos estudantes durante sua formação acadêmica. ACADEMÉTICA (Associação de Acadêmicos de Medicina para Estudo da Ética Médica e Bioética) apresenta esta proposta de Código de Ética do Estudante de Medicina (CEEM) da Bahia. MATERIAIS E MÉTODOS Houve uma revisão e análise da literatura e dos CEEM de outros estados e universidades brasileiras, daquela época. Anteprojeto foi construído com base no modelo atual do CEM de 1988 com a colaboração dos professores da disciplina de Ética Médica e Bioética da UFBA e da EBMSP, membros e consultores jurídicos do CREMEB. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS O código estabelece a importância da formação científica e ética na prática dos estudantes, assim como o papel do estudante de medicina perante a sociedade. Dessa forma, o estudante não médico tem um respeito da sociedade e a cobrança de atitudes e comportamentos, ambas comprometidas com a confiança ao médico. ATOS MÉDICOS PRATICADOS POR ESTUDANTES DE MEDICINA Determina a necessidade de supervisão médica na prática de atos médicos por estudantes, a qual deve estar de acordo com a sua capacidade técnico-científica, sendo proibido de exercer atos médicos até a finalização do curso. No entanto, isso é diferente do residente, pois ele é médico então ele já tem o dever de obedecer ao código de ética médica. Veta o recebimento de honorários e a prática não supervisionada, caso isso não seja cumprido, ele responderá na justiça e não no conselho. Quem responderá no conselho é o direto da unidade que permitiu que o estudante trabalhasse sozinho. Caso haja algum problema entre o estudante supervisionado e um paciente, com a efetuação de uma denúncia, o estudante não responderá nada, somente o médico. Diferente do residente, que já responde como médico. DIREITOS DO ESTUDANTE Tem direito de receber treinamento adequado Livre de qualquer forma de discriminação Apontar falhas nas normas da instituição em que estuda Participar de movimentos da categoria – não deve haver retaliação Recusar a participar de práticas contrárias aos ditames de sua consciência o Exemplo: participar de uma atividade, na qual o estudante é obrigado a matar os ratinhos, mas como isso contraria sua consciência, você pode se recusar a realizá-la. DEVERES E LIMITAÇÕES DO ESTUDANTE Estabelece como deveres do estudante de medicina o respeito absoluto pela vida humana, bem como os cadáveres e animais de experimentação. Trata da responsabilidade do estudante nos atos necessários ao aprendizado, e isso se estende a questão do respeito ao paciente – quem permite o aprendizado do estudante de medicina. PROÍBE AO ACADÊMICO: A prática não supervisionada o A prática é necessária; Assinar prescrição e atestado médico Deixar de assumir responsabilidade sobre seus atos Praticar atos médicos desnecessários ou proibidos pela legislação do país o Exemplo: aborto é proibido pela lei, e o estudante realiza. 2 Lahyse Oliveira 2020.1 Acumpliciar-se com a prática ilegal e com a mercantilização da medicina o Mercantilização não é cobrar a consulta, mas sim priorizar o ganho financeiro antes de outras questões. o O ganho médico é legal, porém, tornar um mercado que não é permitido → competição de consulta mais barata Exercer a função de perito Usar seus conhecimentos para corromper os costumes, cometer ou favorecer o crime ou realização de tortura ou procedimentos degradantes RELAÇÃO COM PACIENTES Obriga o estudante ao respeito físico, psicológico e social do paciente, enfatizando a questão do pudor e não o considerando como mero objeto de estudo, nem banalizando o seu sofrimento. Estabelece a necessidade de prudência e respeito com os compromissos assumidos. Deve registrar suas observações de forma legível no prontuário VEDA: O abandono ao acompanhamento do paciente; o Exemplo: abandonar o paciente em estado terminal O desrespeito à sua autonomia; o “Da pele para dentro o sujeito manda e o médico sugere.” o O paciente só perde a autonomia quando há risco de morte. O fornecimento de substâncias ou meios que antecipem sua morte o A eutanásia não é permitida no brasil A obtenção de vantagens a partir da relação com o paciente RELAÇÃO COM PROFESSORES, PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE E COLEGAS Estabelecer o respeito, consideração e solidariedade com professores, colegas e funcionários das instituições, bem como em relação aos movimentos legítimos da categoria. Chama atenção à questão do “trote”, proibindo o estudante em promover qualquer tipo ou constrangimento aos colegas calouros ou infringir lhes violência física e/ou psicológica. O SEGREDO EM MEDICINA Obriga a guarda do segredo profissional mesmo como testemunha, regulamentando as situações em que são admitidas a quebra deste sigilo. O estudante é coadjuvante daquela ação. RELAÇÃO COM AS INSTITUIÇÕES Obriga o estudante ao respeito às normas das instituições onde realiza as suas atividades e ao zelo pelo patrimônio moral e material destas. Veta a utilização de meios ilícitos para obtenção de resultados nas avaliações de aprendizagem ou outras vantagens pessoais Não só a de ensino, mas aonde o estudante presta o seu trabalho de aprendizado (as práticas). Exemplo: pesca. PARTICIPAÇÃO EM PESQUISA E PUBLICAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS: Regulamenta a participação do estudante em pesquisas científicas, ressaltando a necessidade de um docente orientador e do respeito aos princípios éticos. DISPOSIÇÕES GERAIS Estabelece a abrangência deste código a todos os estudantes de medicina da Universidade, o zelo à observância e aplicação de suas normas e a sua entrada em vigor a partir da aprovação pelas instâncias superiores das universidades. DISCUSSÃO A criação de um CEEM representa uma tentativa de aplicação antecipada dos princípios inseridos no CEM. É como se ele já pudesse se adaptar o código de ética medica. O CEEM não tem caráter punitivo, apenas uma orientação. Não se constitui em um conjunto de obrigações, mas sim de recomendações Normas indispensáveis para o exercício diário de interação com professores, colegas, pacientes e familiares e práticas de cidadania que consolidam a formação moral do futuro médico CONCLUSÕES Outros códigos de ética para estudantes de medicina já são adotados em algumas faculdades do país, se mostrando de alto valor didático para formação de uma consciência ética durante a graduação Este tipo de iniciativa deve ser estimulado CEEM enfatizado e abordado em diversos momentos do curso ATIVIDADE Sugestões para o CEEM apresentado.
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