Buscar

DIREITO DO CONSUMIDOR por artigo - introdução

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Passei Direto | Brenda Alves 
DIREITO DO CONSUMIDOR por artigo 
 
INTRODUÇÃO 
Conceito 
 Para o professor Landolfo Andrade, o direito do consumidor é um 
conjunto de normas e princípios que regula a tutela de um sujeito especial 
de direitos, a saber, o consumidor, como agente privado vulnerável, nas suas 
relações frente a fornecedores. 
 
Finalidade 
 Essencialmente é a proteção do consumidor, que é considerado a parte 
mais frágil da relação de consumo. 
 A relação consumerista, por natureza, o fornecedor está numa situação 
superior, é o lado mais forte da balança. 
 O CDC surge com um conjunto de regras para tentar 
reestabelecer o equilíbrio na relação consumerista. 
 
Previsão constitucional 
 A CF/88 em seu art. 5º, inciso XXXII, prevê que o estado 
promoverá na forma da lei, a defesa do consumidor. 
 Conclui-se que o direito do consumidor é um direito fundamental, 
porque está previsto no rol de direitos fundamentais trazidos pelo artigo 5º, 
e mais ainda, é uma clausula pétrea, do qual não pode ser abolido ou reduzido 
por meio de emendas constitucionais. Assim, qualquer norma ou lei que retire 
ou reduza direitos do consumidor é uma norma inconstitucional. 
 De acordo com a teoria da eficácia horizontal dos direitos 
fundamentais, devem ser observados no âmbito das relações privadas. Ou 
seja, particular de um lado e particular do outro. 
 Ademais, o artigo 170 da CF em seu inciso V, prevê a defesa do 
consumidor como um princípio da ordem econômica. Isso significa que 
o estado é autorizado a intervir na economia para assegurar a proteção dos 
consumidores. 
 
Competência para legislar 
 É uma competência concorrente nos termos do artigo 24 da CF, em 
que a união dita as normas gerais sobre o tema e os estados e o DF editam 
as normas especificas de cada localidade. 
Passei Direto | Brenda Alves 
O município também pode legislar sobre direito do consumidor, só que 
legislam com base do artigo 30, inciso I da CF. Inclusive tem julgado do STF, 
entendendo que os municípios podem legislar sobre fila e tempo de espera 
dos estabelecimentos bancários. Além disso, lei municipal também pode 
tratar sobre bebedouros e banheiros disponibilizados aos clientes. 
 
Evolução histórica do movimento consumerista 
- Recortes da antiguidade: 
Código de Hamurabi = A lei 233 no Código de Hammurabi dizia que 
o construtor de paredes se revelassem deficientes teria obrigação de 
reconstruir essas paredes ou repara-las na sua própria dispensa. 
Se viesse a desabar essa construção, e tivesse vítima fatal, esse 
empreiteiro estaria obrigado a reconstruir, teria que indenizar a família da 
vítima e receberia a pena capital, seria executado. 
Se esse desabamento, vitimasse o filho do dono da casa, o 
procedimento seria o mesmo, e o filho do construtor receberia a pena capital 
e seria executado. 
Também possuía outro dispositivo que dizia que o construtor de barcos 
estava obrigado a refazer em caso de defeito estrutural dentro do prazo de 1 
ano. (Seria o berço do que conhecemos hoje por vício redibitório). 
A lei 235 do CH tratava de que o médico cirurgião que operasse uma 
pessoa com bisturi de bronze e causasse a morte por imperícia, teria que 
indenizar a família da vítima e também receberia a pena capital. 
 
Código de Manu = Século VIII a.c. Índia. 
A Lei 697 do Código de Manu previa multa e punição, além de 
ressarcimento dos danos causados aos consumidores, para aqueles que 
adulterasse gêneros alimentícios. 
A Lei 698 cobrava punição para quem entregasse algo ou coisa 
diferente do que foi acertasse, seja em espécie diferente ou qualidade 
inferior, ou ainda se houvessem bens de igual natureza vendidos por preços 
diferentes. 
 
Grécia antiga = constituição de Atenas, mais organização. Com 
figuras de fiscais, os inspetores. Surgem os fiscais de mercado, inspetores do 
comércio, fiscais das medidas, guardiões do trigo. Já tem a figura do agente 
de fiscalização. 
 
Passei Direto | Brenda Alves 
Roma = Pela vastidão do Império Romano, no período do imperador 
de Auglessiano, adotou-se controle de abastecimento principalmente nas 
regiões conquistadas, por todo o império. O grande alimento da antiguidade 
era o trigo, nesse período além de implementar o controle de abastecimento, 
teve congelamento de preço. 
 
França = Em 1481, existia as penas vexatórias, penas rigorosas, onde 
o estado resolve punir severamente quem desrespeite regras. O Rei Luiz XV 
baixa decreto que previa a punição com banho escaldante para quem era 
flagrado fraudando seus clientes. 
Por exemplo: colocar pedra pra ter mais peso, ou água com leite para 
aumentar o volume. 
 
Espanha = No século XVI, tem a obrigatoriedade de ser declarada a 
procedência do vinho. Os infratores que eram pegos comercializando vinho 
falso ou adulterado com água ia receber o suplício de beber todo o estoque 
até a morte. 
 
Brasil colônia = Salvador foi sede da colônia durante muito tempo. 
Em 1625, uma lei municipal de Salvador, trazia uma obrigação aos vendeiros, 
a fixaram na porta os escritos de almoçataria para que todos lessem, tratava-
se de uma tabela de preços organizada pelo governo local, cuja punição era 
multa de 6 mil réis se não tivesse. 
- Vendeiros eram correspondentes a restaurantes. 
- Escrito de almoçataria seria os cardápios. 
 
Em 1652, tem outra lei que traz a adoção de penas mais severas, pois 
as multas não mostravam mais suficientes. Se o comerciante que fosse pego 
vendendo uma medida de vinho cujo deveria ser 800 reis, e vendesse acima 
de 800 reis, esse infrator seria preso e seria colocado a pior cela da cidade 
(enxovia) e depois açoitado na rua da cidade, perderia tudo, banido da 
capitania, nem podia voltar e nem comerciar. 
 
Esses recortes acima não é direito do consumidor. 
 
O direito do consumidor surge de um movimento consumerista, esse 
movimento, inicialmente, não nasce exclusivamente como movimento 
consumerista, na verdade se teve o chamado dos frigoríficos de Chicago. 
Assim, nasceu em conjunto com a luta dos trabalhadores dos referidos 
estabelecimentos frigoríficos, os quais fizeram uma paralização que 
Passei Direto | Brenda Alves 
reivindicavam por melhores salários e, sobretudo, as melhorias nas suas 
condições de trabalho, pois era bastante comum os trabalhos em condições 
insalubres, por longas horas e ainda sem o adequado pagamento de horas 
extras trabalhadas. Esses trabalhadores se uniram e criaram uma entidade 
em 1891, chamada a liga de consumidores norte americano. 
Mais tarde, essa entidade se fortalece e evolui para uma entidade mais 
poderosa e temida, a chamada união de consumidores norte-americanos. Isto 
porque a referida entidade, chega a adquirir quase todos os produtos que são 
lançados no mercado norte-americano para análise e, em seguida, por 
intermédio de sua revista própria, aponta vantagens e desvantagens relativas 
aos produtos analisados, cumprindo um papel de conscientização dos 
consumidores. No Brasil, no mesmo sentido, tem órgãos que realizam esses 
testes e informam aos consumidores, mas não assim como EUA, como 
exemplo: o IDEC – Instituto Brasileiro e Defesa do Consumidor, e o INMETRO 
– Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e qualidade industrial. 
Esse movimento surge nos EUA, mas ainda o grande marco, foi o dia 
15 de março de 1962 quando o presidente John Kennedy na época, profere 
que a ONU passe a se interessar em desenvolver políticas públicas em defesa 
dos consumidores. Segundo ele, defende que devia proteger o consumidor 
quanto aos prejuízos a sua saúde e segurança; fomentar a proteger seus 
interesses econômicos; fornecer informações adequadas para fazer escolhas 
acertáveis de acordo com as necessidades e desejos individuais; educa-lo; 
criar possibilidade de real ressarcimento; garantir a liberdade para formação 
de grupos de consumidores e outras orgânicos de relevância; e oportunidade 
paraque essas organizações possam intervir nos processos decisórios a ela 
referentes. 
Vinte e três anos depois da sua intervenção, a resolução da ONU nº 
39/248 de 9 de abril de 1985, é o ponta pé inicial para que os países membros 
da ONU passem a elaborar suas leis próprias de proteção aos consumidores. 
 
Surgimento do Direito do Consumidor 
 Começou a perceber uma nova categoria de sujeito estava aparecendo, 
os consumidores. Inicialmente enfrentavam muitos problemas porque não 
havia uma legislação específica para tratar das relações de consumo, para 
proteger o consumidor enquanto parte mais fraca da relação no meio 
econômico. 
 O direito do consumidor surge como uma necessidade de 
proteger os consumidores dentro das relações jurídicas. 
 Os ramos do direito privado, que já existiam até então, entre eles: 
direito civil, empresarial, trabalho. Esses ramos se mostraram inadequados 
na proteção do consumidor, por isso que com o passar do tempo concluiu que 
haveria necessidade de um ramo, conjunto de normas e princípios, 
especificamente voltado para os consumidores. 
Passei Direto | Brenda Alves 
 
 No plano mundial, o direito do consumidor começa a ser discutido no 
ano de 1972 na chamada Conferência de Estocolmo. A partir desse marco 
histórico, é que se começa a ter a discussão do direito do consumidor a nível 
mundial. 
 Vários países utilizaram na época a resolução 39.248 do fórum da ONU, 
como diretriz para a criação das suas legislações consumeristas.

Outros materiais