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DIREITO DO CONSUMIDOR por artigo - Título 1, capítulo 1

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Passei Direto | Brenda Alves 
DIREITO DO CONSUMIDOR por artigo 
 
TÍTULO I – DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR 
 
CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1º, CDC 
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do 
consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5°, 
inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas 
Disposições Transitórias. 
• As normas de proteção e defesa do consumidor, são normas de 
ordem pública e interesse social, porque elas tratam de interesses e afetam 
a coletividade. 
 
O CDC é o que chamamos de microssistema jurídico, dentro desse 
microssistema se tem a previsão de princípios, regras gerais que se aplicam 
a todas as relações de consumo. 
Dentro do CDC tem normas multidisciplinares, pois tem normas de 
caráter processual, material, crimes. Ou seja, o CDC serve como base não 
somente para as ações consumeristas, mas também é utilizado como base 
para as ações coletivas de maneira geral. 
 
Extra: Tem uma posição na doutrina, minoritária, defendida pela professora 
Claudia Lima Marques: Defende que as normas do CDC podem retroagir para 
atingir relações consumeristas anteriores a entrada em vigor do CDC. 
O STJ discorda dessa posição, porque dentro do CDC não existe 
nenhuma disposição neste sentido. Portanto, não retroagem. Elas têm 
aplicação do momento em que ele entra em vigor para frente. 
 
Art. 2º, CDC 
CONCEITO DE CONSUMIDOR 
 
Relação jurídica de consumo 
- Toda e qualquer relação de consumo está abrangida pelo CDC. 
Para que consiga identificar quando uma relação jurídica será de consumo, 
tem-se os seguintes elementos: 
Passei Direto | Brenda Alves 
 Elementos subjetivos = são as partes da relação de consumo: o 
consumidor e o fornecedor. 
 Elementos objetivos = objeto da relação de consumo: produto ou 
serviço. 
 
• Consumidor = tem-se várias espécies de consumidor: 
a) Consumidor em sentido estrito ou standard: previsto no art. 2º. 
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza 
produto ou serviço como destinatário final. 
 - Consumidor pode ser pessoa física ou jurídica 
 - O consumidor pode adquirir o produto ou usá-lo 
 - Destinatário final: para tentar explicar o que é destinatário final do 
artigo se tem 3 teorias 
1. Teoria Maximalista ou Objetiva = o consumidor é a pessoa física ou jurídica 
que retira o bem do mercado de consumo, sem levar em conta o destino final 
da coisa. O destino da coisa não importa, basta retirar o bem do mercado de 
consumo. É uma teoria que maximiza o conceito de consumidor, na prática 
pode gerar desigualdades. Teoria não é aceita. 
2. Teoria Finalista ou Subjetiva = é uma teoria mais restritiva. Consumidor é 
a pessoa que é destinatária fática do bem, sem usá-lo para atividade 
profissional. Nesse caso, o destino final da coisa interessa, porque se usar 
esse produto para atividade profissional, não é consumidor. Nessa teoria, 
precisa retirar o bem do mercado de consumo e ter finalidade de uso pessoal. 
Essa pessoa que utiliza para atividade profissional, na verdade seria um 
intermediador na cadeia de consumo. Essa teoria é adotada pelo STF e STJ. 
3. Teoria Finalista Mitigada ou Aprofundada = em alguns casos, o 
intermediador da cadeia de consumo poderá ser tido como consumidor, desde 
que, no caso concreto, seja provada sua vulnerabilidade. STJ já usou em 
alguns julgados. 
 
b) Consumidor equiparado = divide-se em 3: 
(1º) - Consumidor coletivo: previsto no art. 2º, p.u. 
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda 
que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. 
 - Serve como uma regra de proteção ao consumidor. 
 - O CDC resolveu equiparar a coletividade de pessoas ao consumidor 
para fins de instrumentalização da tutela dos interesses dos consumidores. 
 
Passei Direto | Brenda Alves 
Exemplo: certo grupo de pessoas utiliza um determinado remédio, e acaba 
descobrindo que este remédio é prejudicial a saúde. Todas essas pessoas que 
compraram aquele remédio, e sofreram com efeitos, toda essa coletividade, 
será considerada consumidor. 
 
(2º) - Consumidor “Bystander”: previsto no art. 17 
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas 
as vítimas do evento. 
 - São equiparados aos consumidores todas as vítimas do evento. 
 - Protege as pessoas que ainda que não participem da relação de 
consumo, mesmo assim elas são protegidas, acabam sendo vítima de um 
dano oriundo de uma relação de consumo. 
 
Exemplo: vítimas de acidente aéreo. Entre os passageiros e o avião, são 
consumidores em sentido estrito, se sofreram danos, as vítimas serão 
indenizadas por força do conceito do art. 2º caput. Mas se esse avião causar 
danos as pessoas que estavam no solo, que não tinham nada a ver com a 
relação, também serão equiparadas ao consumidor por força do art. 17, e 
fará jus a indenização. 
 
(3º) - Consumidor potencial ou virtual = previsto no art. 29 
Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos 
consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas 
nele previstas. 
 - Todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas 
abusivas (práticas comerciais). 
 - Quando se tem um grupo de pessoas que estão expostas a uma 
prática comercial ou contratual abusiva, serão equiparadas a consumidores 
também, desde que, apresentem vulnerabilidade. 
 
Art. 3º, CDC 
CONCEITO DE FORNECEDOR, PRODUTO E SERVIÇO 
 
• Fornecedor = conceito previsto no art. 3º 
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, 
nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que 
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, 
Passei Direto | Brenda Alves 
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de 
produtos ou prestação de serviços. 
 - Pode ser uma pessoa física ou pessoa jurídica de direito público ou 
privado. 
 - Rol de atividades exemplificativo. 
 - Esse fornecedor tem que desenvolver uma atividade profissional, ou 
seja, terá que ter os seguintes elementos: habitualidade, especialização(tem 
que ter um conhecimento técnico), e vantagem econômica(lucro ou 
remuneração). 
 - Essa atividade profissional deve ser praticada dentro do mercado de 
consumo. Se for praticada fora do mercado de consumo, não será abrangida 
pelo CDC. 
Mercado de consumo = é o ambiente próprio para desenvolver atividades 
econômicas voltadas à circulação de produtos e serviços. 
 
Segundo o STJ, não incide o CDC em: 
 - serviços advocatícios 
 - contratos de créditos educativos 
 - relações condominiais 
 - locação predial urbana 
 - previdência privada complementar fechada 
 
• Produto = previsto no art. 3º, p. 1º 
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
 - Utiliza o CC para esclarecer os conceitos dos bens. 
 - O produto na relação de consumo não precisa ser remunerado, por 
isso pode responsabilizar empresas por amostras grátis. 
 
• Serviço = previsto no art. 3º, p. 2º 
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, 
mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de 
crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. 
 - É preciso remuneração! 
 - Essa remuneração pode ser direta ou indireta. 
Passei Direto | Brenda Alves 
Exemplo: um transporte por mera cortesia (carona). Por mais que seja um 
serviço, esse serviço não é remunerado, nem direta e nem indireta, está fora 
do CDC. 
Agora, serviços aparentemente gratuitos, podem sofrer a incidência do CDC, 
se tiver uma remuneração indireta, como acontece com os estacionamentos 
de shopping. Ele pode ser gratuito, não se paga um preço, mas talvez esteja 
embutido nos preços dos demais produtos que você vai comprar. 
 
- Súmula 297 STJ, diz expressamenteque o CDC é aplicado as 
instituições financeiras. 
 
ATENÇÃO!! É possível a aplicação do CDC nos serviços públicos, DESDE QUE, 
sejam divisíveis, ou seja, desde que consiga identificar quem são os usuários 
daquele serviço e que seja possível mensurar o consumo. Chamados “uti 
singuli”. Para que consiga aplicar o CDC, precisa ser remunerado mediante 
tarifas ou preço público. 
Se estiver diante de serviços públicos “uti universi”, imensuráveis, 
remunerados por meio de tributos, não se tem aplicação o CDC. Exemplos: 
serviços de saúde, educação, segurança. 
 
ATENÇÃO!! Serviços notariais >> Possuem natureza tributária e excluem a 
incidência do CDC.

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