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DIREITO DO CONSUMIDOR por artigo - Título 1, capítulo 4

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Passei Direto | Brenda Alves 
DIREITO DO CONSUMIDOR por artigo 
 
TÍTULO I – DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR 
 
CAPÍTULO IV – DA QUALIDADE DE PRODUTOS E SERVIÇOS, DA 
PREVENÇÃO E DA REPARAÇÃO DE DANOS 
 
SEÇÃO II – DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DO 
SERVIÇO 
 
• Responsabilidade civil nas relações de consumo 
 - A regra geral é que a responsabilidade seja OBJETIVA, ou seja, aquela 
responsabilidade que independe da análise de culpa. 
 
Introdução 
 - o CDC adota para a o regime de responsabilidade a chamada TEORIA 
DO RISCO DA ATIVIDADE. 
 - A pessoa que se põe como fornecedora diante mercado de consumo, 
que escolhe colocar produtos e serviços, naturalmente colherá os frutos dessa 
atividade. Mas em contrapartida, precisa arcar com os ônus dessa atividade. 
 - O CDC adota a chamada da TEORIA DA QUALIDADE, que impõe um 
dever ao fornecedor, que é o dever de qualidade. Se divide em 2 espécies: 
 
 a) Qualidade-segurança = o fornecedor tem dever de colocar no 
mercado de consumo, produtos/serviços que sejam seguros ao consumidor. 
Não pode causar danos a saúde, integridade física ou psíquica do consumidor. 
Quando se tem o descumprimento do dever de qualidade-segurança, tem-
se a responsabilidade pelo fato do produto/serviço. 
 
 b) Qualidade-adequação = o fornecedor tem de colocar no mercado de 
consumo, produtos/serviços adequados ao fim a que se destinam. 
Quando se tem o descumprimento do dever de qualidade-adequação, tem-
se um regime de responsabilidade pelo vício do produto/serviço. 
- Subdivide em 2 espécies: 
 • Adequação – desempenho = o produto precisa desempenhar 
as funções as quais ele se propõe. 
Passei Direto | Brenda Alves 
Exemplo: se eu compro uma tv, ela precisa transmitir som e imagem. Na 
falta de algum, tem-se um produto na qualidade-adequação, mais 
especificamente adequação-desempenho, porque aquele produto não se 
presta ao fim a qual ele se propõe. 
 • Adequação – durabilidade = o produto deve ter uma duração 
minimamente esperada. 
Exemplo: uma tv com grandes tecnologias não pode durar apenas 1 ano, mas 
também não se pode esperar que ela dure uns 20 anos ou mais. 
 
EXTRA: Defeito x vício 
 • Defeito = é a falha de segurança do produto/serviço. O qual acaba 
gerando no produto/serviço uma potencialidade danosa que normalmente 
não se espera que ele tenha. 
Exemplo: o celular que explode na orelha do consumidor. 
Nesse caso, tem-se, portanto, um fato do produto/serviço. O fornecedor 
descumpriu com o dever de qualidade-segurança, gerando um fato do 
produto. 
 
 • Vício = é a inadequação daquele produto/serviço ao fim a que se 
destina. 
Tem-se, portanto, um descumprimento no dever de qualidade-adequação. 
Exemplo: o celular cuja câmera não funciona, porque ele não se destina 
exatamente ao papel que se presta. 
 
EXTRA: Técnica de responsabilização de fornecedores 
 As vezes o CDC utiliza a expressão “fornecedor”, está 
responsabilizando todas as pessoas que participam da cadeia de 
fornecimento, ou seja, desde o fabricante até o comerciante. 
 Quando o CDC utilizar especificamente uma nomenclatura: “produtor”, 
“importador”, “fabricante”, e não a expressão fornecedor, o CDC está 
atribuindo a responsabilidade apenas aquela pessoa que está sendo 
nomeada. 
 
Art. 12, CDC 
RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO 
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o 
importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela 
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes 
Passei Direto | Brenda Alves 
de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, 
apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por 
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. 
 
- FATO > estamos lidando com um produto com defeito, e se ele 
tem um defeito, tem-se uma falha no dever de segurança que é imposto ao 
fornecedor. 
 
- Conceitos 
a) Fabricante = é aquele que participa de forma ativa na fabricação do 
produto, e também vai ser fabricante quem produzir apenas uma 
pela ou componente do produto. 
OBS.: o montador do produto é também considerado como fabricante. 
 
b) Produtor = é aquela pessoa que coloca no mercado de consumo, 
produtos não industrializados, ou seja, produtos de origem animal 
ou vegetal. Aquele que não passou pela indústria. 
 
c) Importador = é aquele que coloca no mercado de consumo 
nacional, um produto importado. 
 
d) Construtor = é aquele que coloca no mercado de consumo bens 
imóveis: construtor de casa/prédios. 
 
- Espécies de fornecedor 
a) Fornecedor real = é aquele que participa de forma efetiva do 
processo de fabricação do produto. Produz e comercializa. 
b) Fornecedor presumido = não participa do processo de fabricação, 
mas funciona como um intermediário entre a pessoa que fabricou o 
produto e o consumidor. 
Exemplo: importador 
c) Fornecedor aparente = é aquele que coloca uma marca no produto 
e acaba gerando uma confiança naquele produto. 
Exemplo: franqueador 
 
- Pressupostos da responsabilidade 
 - Se vai responsabilizar um fornecedor pelo fato do produto, por 
apresentar um defeito, deve demonstrar: 
• 1º - Conduta = provar a conduta: o consumidor deve provar que o 
fornecedor colocou o produto no mercado de consumo. 
Passei Direto | Brenda Alves 
Exemplo: Compro um óculos da ray-ban na praia falsificado, depois de um 
tempo danifica meu olho. Entro com uma ação dizendo que um produto dele 
causou um dano. A ray-ban em sua defesa vai alegar que está ausente um 
dos pressupostos da responsabilidade: a conduta, porque este óculos é 
falsificado e não foi a mesma que colocou no mercado de consumo. 
Caso em que se exclui a conduta, portanto, exclui responsabilidade. 
• 2º - dano = ao se falar em indenização, ressarcimento, precisa-se 
provar um dano. Esse dano tem que ser um dano extrínseco ao produto, ou 
seja, o dano tem que extrapolar os limites do produto e atingir o patrimônio 
do consumidor. Pode-se ter dano material, estético ou moral, mas esse dano 
precisa gerar uma diminuição do patrimônio do consumidor. 
O CDC adota o princípio da reparação integral dos danos, a mais completa 
possível. 
• 3º - nexo causal = precisa provar que a ação do fornecedor gerou 
um dano ao consumidor. 
• 4º - defeito = é falha da segurança do produto. Todo produto possui 
uma potencialidade danosa normal. A responsabilidade vai ocorrer quando 
esse defeito for inesperado, ou seja, quando esse defeito extrapolar os 
defeitos normais desse produto. 
O CDC não exige um sistema de segurança absoluto. 
 
OBS.: produto de melhor qualidade. O fato de existir outro produto de 
melhor qualidade no mercado é o suficiente para caracterizar um defeito? 
Não, por si só não é suficiente para capacitar um defeito. 
Art. 12 § 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de 
melhor qualidade ter sido colocado no mercado. 
 
- Causas de exclusão da responsabilidade 
 - previsto no art. 12, §3º 
Art. 12 § 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só 
não será responsabilizado quando provar: 
I - que não colocou o produto no mercado; 
 • 1º - Quando esse sujeito provar que não foi ele que colocou o produto 
no mercado. 
II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste; 
 • 2º - O fornecedor até coloca o produto no mercado, mas o fornecedor 
consegue provar que não existe defeito. 
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 
Passei Direto | Brenda Alves 
 • 3º - Aqui ocorre um rompimento no nexo de causalidade, exclusão 
da culpa do fornecedor. 
 
OBS.: Culpa concorrente da vítima. Nesse caso, não exclui a 
responsabilidade. 
O STJ entende que se caracterizar uma culpa concorrente, pode ter uma 
atenuação da culpa do fornecedor. 
Muitos entendem que não teria que ter atenuação da culpa do fornecedor 
pela culpa concorrenteda vítima, em razão da ausência de previsão legal 
neste sentido. 
 
Outra hipótese > 4º - caso fortuito e a força maior 
 • Caso fortuito = evento totalmente imprevisível 
 • Força maior = evento previsível, mas inevitável 
 • São fatos necessários cujos efeitos não era possível evitar ou impedir. 
Classificação doutrinária: 
a) Fortuito interno = guarda relação com a atividade do fornecedor. É um 
fato anterior a introdução do produtor no mercado de consumo. Não 
exclui a responsabilidade do fornecedor. 
Exemplo: ônibus coletivo, o pneu estoura; hacker que invade a conta de um 
banco e transfere dinheiro. Nesses casos, a empresa responde. 
b) Fortuito externo = estranho a atividade do fornecedor. É posterior a 
entrada do produto no mercado de consumo. Pode afastar a 
responsabilidade, quando comprovar o rompimento do nexo causal. 
Exemplo: roubo com emprego de arma no interior de transporte coletivo, 
porque não é parte da organização da empresa de ônibus garantir a 
segurança dos passageiros nestes casos. 
 
OBS.: CDC não adota a teoria do risco integral, isso porque o mesmo admite 
causas excludentes da responsabilidade do fornecedor. 
 
- Risco de desenvolvimento 
 - É aquele risco que não podia ser conhecido cientificamente no 
momento em que o produto foi colocado no mercado de consumo. 
 - Esse risco vem a ser descoberto, depois de um certo tempo de uso. 
 
Exemplo: um remédio novo, cujo efeitos colaterais são descobertos depois. 
Passei Direto | Brenda Alves 
 
ATENÇÃO!! Nesses casos, o risco de desenvolvimento seria uma excludente 
da responsabilidade do fornecedor? 
- Majoritariamente, a doutrina entende que não exclui a responsabilidade do 
fornecedor. 
 
- Classificações do defeito 
a) Defeito de concepção = é o defeito na criação do produto, no 
projeto, na fórmula, a matéria-prima mal escolhida, erro na 
montagem. É um defeito inevitável e universal, pois afeta todos os 
produtos. O problema está no nascimento do produto. 
b) Defeito de fabricação = é um defeito que se verifica durante o 
processo de produção do bem. Existe uma fabricação errada, 
manipulação do produto errada. É defeito inevitável e pontual, pois 
afeta alguns produtos. 
c) Defeito de comercialização ou de informação = são defeitos que se 
manifestam na apresentação do produto. O fornecedor falhou no 
dever de informação. 
 
Art. 12, § 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que 
dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias 
relevantes, entre as quais: 
I - sua apresentação; 
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; 
III - a época em que foi colocado em circulação. 
 
Art. 13, CDC 
RESPONSABILIDADE DO COMERCIANTE 
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo 
anterior, quando: 
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser 
identificados; 
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, 
produtor, construtor ou importador; 
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis. 
 
 • Para a doutrina majoritária, a responsabilidade do comerciante seria 
uma responsabilidade subsidiária, ou seja, somente seria 
responsabilizado nos casos de defeitos dos produtos, quando aqueles sujeitos 
previstos pelo art. 12, não puderem responder. 
Passei Direto | Brenda Alves 
Primeiro, o consumidor deverá demandar contra os sujeitos do art. 12, mas 
se presente uma hipótese presente no art. 13, ai sim o comerciante 
poderá ser responsabilizado de forma subsidiária. 
 
 - HIPÓTESES: 
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser 
identificados; 
 • Produto anônimo = são produtos que não se consegue identificar 
quem é seu produtor. 
Quando não se sabe quem é, nessa hipótese, pode responsabilizar o 
comerciante. 
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, 
produtor, construtor ou importador; 
 • Produto mal identificado = o produto foi colocado no mercado de 
consumo sem a identificação clara, que apesar de está informado, não se 
sabe ainda quem é o produtor. 
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis. 
 • Má conservação do produto = produto que foi conservado 
indevidamente. 
Nesse caso, também de pode responsabilizar o comerciante pela má 
conservação do produto. 
 
+ parágrafo único 
Art. 13, Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado 
poderá exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo 
sua participação na causação do evento danoso. 
- Esse artigo do CDC determina que o comerciante que ressarcir o dano 
ao consumidor pode exercer o seu direito de regresso contra os demais. 
- Vale para os comerciante para os fornecedores. 
- Esse direito de regresso também é válido entre os próprios 
fornecedores. 
 
+ Art. 88, CDC 
OBS.: direito de regresso. Art. 88. Esse direito de regresso pode ser 
exercido através de uma ação autônoma ou nos mesmos autos em que se 
deu a reparação do dano ao consumidor. Todavia, esse dispositivo proíbe 
aquela forma de intervenção de terceiros chamada denunciação da lide. 
Passei Direto | Brenda Alves 
Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste código, a ação de 
regresso poderá ser ajuizada em processo autônomo, facultada a 
possibilidade de prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a denunciação da 
lide. 
 
Art. 14, CDC 
RESPONSABILIDADE PELO FATO DO SERVIÇO 
 Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da 
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores 
por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações 
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
 
- Agora, o que causa o dano ao consumidor é o serviço prestado pelo 
fornecedor. 
 - FATO > estamos lidando com um serviço com defeito, e se ele 
tem um defeito, tem-se uma falha no dever de segurança que é imposto ao 
fornecedor. 
 
- Pontos em comum com a responsabilidade de fato do produto 
 - Tem-se uma responsabilidade objetiva, independe da análise de 
culpa, seguindo a regra geral. 
 - Adoção da teoria do risco da atividade. No caso, não adota a teoria 
do risco integral, ou seja, também terá excludentes da responsabilidade. 
 - O dano ao consumidor será causado por um defeito, nesse caso, no 
serviço. 
 - Mesmos pressupostos da responsabilidade: conduta, dano e nexo 
causal. 
 - Será responsabilizado pelo dano todo fornecedor que participar da 
cadeia de fornecimento de serviço. 
 - Classificação dos defeitos: 
a) defeito de concepção = a falha no projeto. O problema está na raiz no 
projeto. 
Exemplo: X desenvolve um sistema bancário cheio de falhas, e os hackers 
invade muito fácil, o projeto foi concebido de maneira equivocada. 
b)defeito na prestação de serviço = defeito se manifesta no momento em que 
o serviço é prestado. 
Exemplo: enfermeira que aplica o remédio errado no paciente. 
Passei Direto | Brenda Alves 
c)defeito de informação = o serviço não tem defeito, a falha está na 
informação, o serviço acaba se tornando defeituoso por conta da falha da 
informação. 
Exemplo: uma piscina que não traga a informação da profundidade. No 
primeiro momento, a piscina está perfeita, sem rachadura, mas não trouxe a 
informação da profundidade. 
 
- Excludentes da responsabilidade 
 - previsto no art. 14, §3 
Art. 14 § 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando 
provar: 
 I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; 
 • Inexistência do defeito. O fornecedor consegue provar a inexistência 
do defeito. 
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 
 
OBS.: Quanto ao fortuito > aplica-se a mesma regra: só o fortuito externo 
pode excluir a responsabilidade. 
 
- Responsabilidade do profissional liberal 
 - previsto no art. 14, §4 
Art. 14 § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionaisliberais será apurada 
mediante a verificação de culpa. 
 - Profissional liberal = é aquele que desempenha atividade profissional 
com especialidade, autonomia, sem subordinação e de forma pessoal. 
 - Peculiaridade: caso de responsabilidade pessoal e subjetiva, ou 
seja, que é aquela que depende da comprovação de culpa. 
 - Responsabilidade subjetiva é caracterizada pelo atendimento 
personalizado. 
Exemplo: Faço um procedimento estético com um médico dermatologista 
muito famoso, porque eu quero aquele médico especializado, vou na clinica 
dele para ser atendido por ele. Eventualmente, se esse profissional liberal 
vier a ser responsabilizado por alguma coisa, essa responsabilidade será 
subjetiva porque eu tive um atendimento personalizado. 
Agora, se eu eventualmente, me socorro de uma sociedade de médicos, 
perdendo, portanto, o caráter de atendimento personalizado, a 
responsabilidade volta a ser objetiva. 
Passei Direto | Brenda Alves 
 
EXTRA: O tipo de contrato influencia na espécie da responsabilidade: 
Imagine que o consumidor celebra com o profissional liberal, um 
contrato de meio. 
Contrato de meio = é um contrato que o fornecedor se compromete a 
empregar todo o seu conhecimento e esforço para produzir um resultado, 
embora esse resultado não possa ser garantido. Exemplo: advogado. 
Se o profissional liberal não atingir o resultado, pode ser responsabilidade? 
- Apenas com a demonstração de culpa. 
Exemplo: comprova que se agiu com negligência – perdeu prazos, não foi a 
audiências, peças meia-boca. 
 
O consumidor também pode celebrar um contrato de resultado. 
Contrato de resultado = é aquele que o fornecedor garante que o resultado 
desejado será atingido. 
Exemplo: procedimento estético que não saiu conforme esperado. 
Nesse caso, pode responsabilizar o médico pelo não sucesso do resultado. 
Porém aqui não tem análise de culpa, terá uma responsabilidade objetiva. 
 
Outros: 
Art.14, § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o 
consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias 
relevantes, entre as quais: 
I - o modo de seu fornecimento; 
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; 
III - a época em que foi fornecido. 
 
Art. 14, § 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas 
técnicas. 
 
Art. 15, CDC 
VETADO!! 
 
Art. 16, CDC 
VETADO!! 
Passei Direto | Brenda Alves 
 
Art. 17, CDC 
 Já visto > art. 2º, CDC 
 
SEÇÃO III – DA RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO E DO 
SERVIÇO 
 
- VÍCIO > a segurança do consumidor não está ameaçada, mas o 
produto possui um vício de qualidade ou quantidade. 
Qualidade = tem qualidade abaixo daquela esperada pelo consumidor. 
Quantidade = problema em sua quantidade. Vem no produto anunciando X 
quantidade e quando abre o produto tem menos. 
 - Regra: responsabilidade objetiva, além disso é solidária. Exceção: 
responsabilidade subjetiva. 
 
Art. 18, CDC 
RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DE QUALIDADE DO PRODUTO 
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis 
respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os 
tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes 
diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com 
a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou 
mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua 
natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. 
 
- O vício de qualidade gera: 
• impropriedade 
• diminuição do preço 
• disparidade(incongruência) em relação as características e a informação 
que é dada 
 
Exemplo: compra um carro zero, e a porta está amassada; uma tv que não 
tem som; um anel de ouro, mas na verdade era uma bijuteria. 
 
OBS.: Pontas de estoque, é uma comercialização de produtos com 
pequenos vícios. O CDC não proíbe as pontas de estoque, desde que o 
consumidor seja devidamente alertado sobre o que ele está comprando. 
Passei Direto | Brenda Alves 
OBS.: Produtos usados. Também é permitido a comercialização de 
produtos usados, desde que o consumidor seja avisado. 
 
- Prazo para sanar o vício 
 - Art. 18, §1 
Art. 18 § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, 
pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: 
 - O CDC coloca um prazo máximo de 30 dias para o fornecedor sanar 
o vício. É relativizado com mínimo de 7 dias. 
Art. 18, § 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação 
do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete 
nem superior a cento e oitenta dias (...) 
 
OBS.: Contratos de adesão. Nesses contratos é preciso ter uma clausula 
específica separado tratando sobre a flexibilização dos prazos. 
Art. 18 §2. (...) Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser 
convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do 
consumidor 
 
O que o consumidor pode fazer quando adquire um produto com vício? 
 
 - Naturalmente, fará uma reclamação, não precisa de formalidade. 
 - Julgado do STJ: Recurso especial 1.411.136/RS. Decidiu que o 
comerciante não tem o dever de receber e encaminhar o produto viciado a 
assistência técnica, desde que a mesma esteja localizada no mesmo 
município. 
 - Alternativas: art. 18,§1 
Art. 18 § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode 
o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: 
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas 
condições de uso; 
 • mesma espécie, marca e modelo 
 • o produto não precisa ser novo, mas que esteja em perfeitas 
condições de uso 
 
E se não for possível a substituição do produto? 
 
Passei Direto | Brenda Alves 
Art. 18 § 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° 
deste artigo, e não sendo possível a substituição do bem, poderá haver 
substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos, mediante 
complementação ou restituição de eventual diferença de preço, sem prejuízo 
do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo. 
 - É possível substituir por outra espécie, marca ou modelo. 
 - Se o produto for mais caro, o consumidor que paga a diferença. 
 - Se o produto for mais barato, o consumidor tem direito de receber 
de volta a diferença. 
Art. 18, §1º, II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente 
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
 • o consumidor pode exigir a restituição imediata pela quantia paga 
 • em relação as perdas e danos, cabe em todas as alternativas. 
Art. 18, §1º, III - o abatimento proporcional do preço 
 • o consumidor fica com o produto viciado do preço, mas se pede o 
abatimento do preço e cabe perdas e danos 
 
- Uso imediato das alternativas do §1º 
Art. 18 § 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do 
§ 1° deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição 
das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do 
produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial. 
 - Entenda: Você constatou que o produto tem um vício e faz uma 
reclamação, o fornecedor teria de 7 a 30 dias para sanar esse vício. Ao final 
do prazo poderia exercer uma das 3 alternativas do artigo anterior (art.18 
§1). Mas o §3 diz que em alguns casos, não precisa esperar o prazo do 
fornecedor, o consumidor de imediato poderá exercer essas alternativas: 
 • substituição das partes viciadas comprometer o produto 
 • diminui o valor do produto 
 • produto essencial. Exemplo: remédio 
 
- Excludentes da solidariedade 
a) art. 18, §5 
Art. 18 § 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável 
perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado 
claramente seu produtor. 
Passei Direto | Brenda Alves 
 - Produto “in natura” = é aquele produto que não passoupor nenhum 
processo de industrialização. 
 - Caso tenham algum vício, o responsável será apenas o fornecedor 
imediato do produto, aquele que vendeu o produto. SALVO, quando o 
produtor estiver claramente identificado, dai vou poder responsabiliza-lo. 
 
b) Art. 19, §2 
Art.19 § 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem 
ou a medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os 
padrões oficiais. 
 - Se a balança estiver adulterada, também será de responsabilidade 
exclusiva do fornecedor imediato. 
 
- São impróprios ao uso e consumo 
Art. 18, § 6° São impróprios ao uso e consumo: 
I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; 
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, 
falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, 
perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas 
regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação; 
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados 
ao fim a que se destinam. 
 
Art. 19, CDC 
RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DE QUANTIDADE DO PRODUTO 
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de 
quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de 
sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do 
recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo 
o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: 
 • Não existe prazo para o fornecedor reparar o vício, nesse caso, o 
consumidor pode aplicar imediamente: 
I - o abatimento proporcional do preço; 
II - complementação do peso ou medida; 
 • Exemplo: um refrigerante que tem muito gelo. 
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, 
sem os aludidos vícios; 
 • Se não for possível a substituição, aplica-se por analogia, o §4 do 
artigo anterior 
Passei Direto | Brenda Alves 
IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem 
prejuízo de eventuais perdas e danos. 
 
+ Paragráfo 1 e 2 
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo anterior. 
 • §4 já visto no artigo anterior. Aplica-se o mesmo!! 
§ 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a 
medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões 
oficiais. 
 • Já visto no artigo anterior: excludentes da solidariedade. 
 
Art. 20, CDC 
RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DE QUALIDADE DO SERVIÇO 
 - VÍCIO > a segurança do consumidor não está ameaçada, mas um 
serviço que foi prestado de maneira inadequada. 
 
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os 
tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por 
aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta 
ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e 
à sua escolha: 
• O fornecedor do serviço prestado viciado responde por esse vício 
 • Não há prazo legal para sanar o vício 
 • Alternativas reparatórias: 
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; 
 • Prestar novamente o serviço sem custo 
 • Pode ser confiada a um terceiro devidamente capacitado 
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem 
prejuízo de eventuais perdas e danos; 
III - o abatimento proporcional do preço. 
 
RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DE QUANTIDADE DO SERVIÇO 
O CDC não previu regras especificas para responsabilidade pelo vício 
de quantidade do serviço. Acontece quando houver uma disparidade 
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quantitativa entre o serviço que foi ofertado e aquele serviço que foi 
executado. 
Exemplo: contrato um pintor para pintar a casa inteira, mas ele só pinta a 
casa apenas por dentro. 
Dessa forma, pode-se aplicar por analogia os artigos 19 e 20. 
 - Alternativas: 
 • complementação do serviço 
 • restituição da quantia paga 
 • abatimento proporcional do preço 
 
Art. 21, CDC 
(...) 
 
Art. 22, CDC 
(...) 
 
Art. 23, CDC 
(...) 
 
Art. 24, CDC 
GARANTIA LEGAL 
Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço independe de 
termo expresso, vedada a exoneração contratual do fornecedor. 
 • Serve como uma espécie de proteção ao consumidor contra virtuais 
vícios relacionados a adequação do produto. 
• Possui prazos decadenciais de 90 ou 30 dias (+art. 26) 
 
ATENÇÃO!! Garantia legal possui um prazo que independe de termo 
expresso, está relacionada a proteção do consumidor. 
Pelo contrário, há a garantia contratual (+art.50), em que o fornecedor de 
livre e espontânea vontade, se dá de forma escrita. 
Assim, o consumidor possui: garantia legal + garantia contratual dada pelo 
fornecedor. 
 
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Art. 25, CDC 
(...) 
 
 
SEÇÃO IV – DA DECADÊNCIA E DA PRESCRIÇÃO 
 
A responsabilidade civil influencia na prescrição e na decadência. 
É necessário analisar se é um caso de VÍCIO do produto ou serviço, ou 
se é um caso de FATO (defeito) do produto ou serviço. 
VÍCIO> tem um prazo decadencial 
FATO> tem um prazo prescricional. 
 
Art. 26, CDC 
DECADÊNCIA – VÍCIO DO PRODUTO/SERVIÇO 
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação 
caduca em: 
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não 
duráveis; 
 • O produto ou serviço não durável tem um prazo de 30 dias para 
reclamar. Se passar o prazo, se perde o direito de reclamar. 
Exemplo: produtos alimentícios. 
 
 II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos 
duráveis. 
 • O produto ou o serviço durável tem um prazo de 90 dias para 
reclamar. Se passar o prazo, se perde o direito de reclamar. 
Exemplo: uma geladeira que veio amassada. 
 
- Regra de contagem para os prazos decadenciais 
• Vícios aparentes: são aqueles de fácil constatação, o início do prazo 
será da entrega do produto ou fim da execução do serviço. 
Art. 26, § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega 
efetiva do produto ou do término da execução dos serviços. 
 
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• Vícios ocultos: são aqueles que não consegue ser percebidos 
imediatamente pelo consumidor, o inicio do prazo se dá a partir do momento 
em que o vício ficar evidenciado. Nos vícios ocultos, a vida útil do produto 
limita o prazo. 
Art. 26, § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no 
momento em que ficar evidenciado o defeito. 
 
- Suspende/interrompe a decadência 
Art.26, § 2º - Obstam a decadência: 
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o 
fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, 
que deve ser transmitida de forma inequívoca; 
 • a reclamação perante o Procon não serve para obstar a decadência 
II - (VETADO). 
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. 
 • a instauração de inquérito civil é utilizado para embasar a propositura 
de uma ação coletiva, no MP dos Estados que arquiva o inquérito civil é o 
Conselho Superior do MP. Mas se estiver diante do MP Federal, esse 
arquivamento se dá por uma Câmera de Coordenação e Revisão. 
 
Art. 27, CDC 
PRESCRIÇÃO – FATO DO PRODUTO/SERVIÇO 
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos 
causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste 
Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento 
do dano e de sua autoria. 
Parágrafo único. (Vetado). 
 • Prescreve em 5 anos a pretensão à reparação pelos danos causados 
por fato do produto/serviço 
 • Inicia-se a contagem do prazo: a partir do conhecimento do dano e 
de sua autoria. 
 • Hipóteses de suspensão e interrupção: utilizasse os arts. 197 e 204 
do CC. 
• O prazo de 5 anos pode ser aplicado a todas as presenções 
consumeristas, por analogia!! Mas, a que costuma prevalecer é a posição que 
os prazos prescricionaisprevistos pelo CC também devem ser aplicados ao 
CDC. 
 
Passei Direto | Brenda Alves 
- Algumas jurisprudências do STJ: 
✓ Resp. 1591223/PR- o prazo prescricional em relação aos atrasos em voo 
ou entrega de imóveis é de 5 anos. (art. 205 CC) 
✓ Súmula 412- repetição de cobrança para indébito de água, esgoto e 
telefonia. O prazo é de 10 anos. (art. 205 CC) 
✓ Resp. 1238737/SC- 3 anos (art. 206, § 3°,IV,CC). 
✓ A ação de indenização do segurado contra seguradora, 1 ano. (art. 206, 
§ 1°, CC) 
 
 
SEÇÃO V – DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 
 
Art. 28, CDC 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 
 - Previsto tanto pelo CC, como pelo CDC em seu artigo 28 
 - No CC > é criado para ser aplicado as relações civis. 
 - No CDC > é criado pra ser aplicado nas relações de consumo. 
 
 Em seu artigo 28, adotou a chamada Teoria Menor da Desconsideração. 
Significa que para que esse instituto seja utilizado basta que haja prova do 
prejuízo ao consumidor, ou seja, basta que prove que o consumidor sofreu 
algum tipo de prejuízo e o consumidor esteja buscando o ressarcimento desse 
prejuízo, e esse ressarcimento está encontrando um obstáculo: a 
personalidade jurídica de uma pessoa jurídica. 
 
Exemplo: uma PJ lesou um consumidor. O consumidor ingressa com uma 
ação visando a reparação desse dano, só que essa PJ não tem bens e 
patrimônio, não tem condição de saldar suas dívidas. Assim, o consumidor 
comprovando que ele sofreu prejuízo, ele pode requerer ao juiz que o juiz 
desconsidere a personalidade jurídica daquela PJ e vá direto aos bens 
particulares dos sócios daquela PJ. 
 
O juiz pode decretar a desconsideração de ofício? 
 
 SIM!! O juiz pode verificar no curso da ação que a personalidade 
jurídica está sendo um óbice a reparação do dano, o próprio juiz pode 
desconsiderar a personalidade jurídica. 
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Art. 28 § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre 
que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de 
prejuízos causados aos consumidores. 
 
Hipóteses que o juiz pode desconsiderar a personalidade jurídica da 
sociedade 
 
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade 
quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso 
de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos 
ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando 
houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade 
da pessoa jurídica provocados por má administração 
 
RESPONSABILIDADE SOCIETÁRIA 
• Grupos societários 
 - Art. 28, §2 
Art. 28 § 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades 
controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes 
deste código. 
 - As sociedades que integram grupos societários respondem de forma 
subsidiária pelas obrigações decorrentes das relações de consumo. 
 
• Sociedade consorciadas 
 - Lei 6.404/76 
 - De acordo com essa lei, os consórcios não possuem personalidade 
jurídica, e as sociedades consorciadas respondem pelas obrigações. 
 
ATENÇÃO!! Não há solidariedade entre as sociedades via de regra. Exceção: 
Art. 28,§3, prevê uma responsabilidade entre as empresas consorciadas 
naquelas obrigações referentes as relações de consumo 
Art. 28 § 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis 
pelas obrigações decorrentes deste código. 
 - o consumidor pode demandar com uma ou todas as empresas do 
consórcio 
Passei Direto | Brenda Alves 
 - Não existe solidariedade segundo a lei 6.404/76, entre as sociedades 
consorciadas para as demais obrigações fora da relação de consumo, porque 
se houver relação de consumo, o CDC prevê solidariedade. 
 
• Sociedade coligadas 
 - Art. 28, §4, CDC 
 - Uma sociedade se associa a outra sociedade, participando com no 
mínimo 10% do respectivo capital social. 
 - Não há controle de uma sobre a outra. 
 - O CDC, portanto, prevê a responsabilização só nos casos que 
envolvem CULPA, ou seja, responsabilidade subjetiva 
Art. 28, § 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.

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