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Neoplasias de mama

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MEDCURSO 2021 
NEOPLASIAS DE MAMA 
ANATOMIA 
• Lobo: conjunto de lóbulos. 
• Tecido adiposo e conjuntivo adjacentes. 
• Ductos: drenagem dos lobos. 
 
Tecido de importante drenagem linfática. 
• 90% para região axilar. 
• Importante drenagem também para cadeia supra e infraclavicular. 
 
Irrigação: principal artéria é a mamária interna/torácica interna (60%). 
 
MASTALGIA 
CÍCLICA ACÍCLICA 
Piora na fase lútea tardia (período pré-menstrual). 
 
Tende a doer mais em região glandular (quadrante 
superior externo). 
 
Bilateral: maior chance de benignidade. 
 
Alteração funcional benigna da mama: 
• Mastalgia cíclica 
• Adensamentos (“grãos” em mama) 
• Cistos mamários 
 
USG de cistos mamários: imagens anecoicas, 
redondas, com reforço acústico posterior (bom 
achado na mama). 
 
Conduta: NÃO vira e NÃO é risco de câncer! 
• Melhor sustentação das mamas. 
• Evitar medicação. 
• Se grave: tamoxifeno! 
Sem relação com ciclo. Comumente unilateral. 
 
Mastite puerperal 
Agente: Staphylococcus aureus 
Causa: fissura mamária por má pega 
Conduta: corrigir pega, não interromper a 
amamentação, expor brevemente a mama ao sol, 
melhorar a sustentação da mama, deixar a região 
hidratada com próprio leite, ATB (cefalexina) e 
sintomáticos. 
 
Abscesso 
Pode amamentar, exceto se descarga purulenta ou 
incisão cirúrgica próxima ao mamilo. 
Conduta: drenagem, esvaziar mama e usar ATB. 
 
• Esteatonecrose (traumas) 
• Outros 
ECZEMA 
ECZEMA AREOLAR ECZEMA DE PAGET 
Descamação bilateral, pruriginosa 
Não destrói papila 
Melhora c/ corticoide 
Descamação unilateral, pouco prurido 
Destrói papila 
Não melhora c/ corticoide 
Conduta: biópsia (incluir a pele no material)! 
DERRAME PAPILAR 
BENIGNO MALIGNO 
Conteúdo lácteo 
(causas de hiperprolactinemia: avaliar beta-HCG, 
TSH, medicamentos, prolactinoma) 
 
Conteúdo sanguíneo/serosanguíneo 
(maior causa: papiloma intraductal!) * 
 
* questão comum de prova. 
Multicolor (verde/amarelo/marrom) 
Relação com alteração funcional benigna da mama 
e ectasia ductal 
 
Quando investigar? 
Descarga espontânea, uniductal, unilateral, “água de 
rocha” ou sanguinolento → ressecar o ducto 
(citologia negativa não exclui diagnóstico)! 
NÓDULO PALPÁVEL 
BENIGNO MALIGNO 
Móvel Aderido 
Regular Irregular 
Fibroelástico Pétreo 
INVESTIGAÇÃO 
Exame clínico + PAAF (checar se sólido ou líquido, tipo do líquido, se lesão residual) + USG/MMG 
 
Conforme a idade avança, a mama se torna lipossubstituída e mais visível à mamografia. 
 
Atenção na PAAF para malignidade: conduzir com USG/MMG/Bx. 
• > 2 recidivas 
• Sanguinolento 
• Massa residual 
• Nódulo sólido 
 
OBS: se o exame de imagem é disponível, a PAAF pode ser dispensada – exceto se a sua indicação for 
terapêutica (e não diagnóstica). 
 
Atenção na USG para malignidade: 
• Misto 
• Mal delimitado 
• Sombra acústica 
 
 
 
FATORES DE RISCO 
1. Sexo feminino 
2. Idade > 40 anos 
3. História familiar do 1º grau 
4. Nuliparidade (tempo de ação hormonal) 
5. Menacme longo (tempo de ação hormonal) 
6. Mutação BRCA 1 e 2 (bons preditores) 
7. Hiperplasias atípicas 
8. CA in situ: ductal e lobular* 
 
RASTREAMENTO 
Mamografia bienal: mulheres entre 50-69 anos (MS) 
Mamografia anual: mulheres de baixo risco a partir de 40 anos e de alto risco* antes de 40 (Febrasgo) 
 
*Alto risco: mutações BRCA1/BRCA2, hiperplasia atípica (precursora). 
MS (2015): contraindicou o autoexame (eleva incidência de exames invasivos desnecessários) e exame clínico 
passou a ter benefício incerto para rastreio de câncer de mama. 
Mamografia diagnóstica (MS): permitida em mulheres fora da faixa etária de rastreamento, mas com 
apresentação clínica suspeita. 
CLASSIFICAÇÃO DA MAMOGRAFIA 
BI-RADS 0: MMG inconclusiva (ex.: densa) → conduta: USG ou RM. 
BI-RADS 1: nenhuma alteração! → conduta: repetir de acordo com a idade. 
BI-RADS 2: alteração benigna! → conduta: repetir de acordo com a idade. 
BI-RADS 3: duvidosa, porém provavelmente benigna! → conduta: repetir com 6 meses e acompanhar por 3 
anos. 
BI-RADS 4: suspeita → conduta: biópsia. 
BI-RADS 5: altamente suspeita → conduta: biópsia. 
BI-RADS 6: MMG de acompanhamento quando já se sabe que há câncer. 
 
 
 
Microcalcificações malignas: pleomórficas e agrupadas. 
OBS: BI-RADS discordantes, considerar a pior! 
HISTOPATOLÓGICO 
BIÓPSIA AMBULATORIAL BIÓPSIA CIRÚRGICA (Padrão-ouro) 
Core biopsy (punção com agulha grossa): 
• Mais barata e mais disponível. 
• Precisa de mais fragmentos. 
• Nódulos palpáveis. 
 
Mamotomia: 
• Menos disponível. 
• Precisa de poucos fragmentos. 
• Melhor indicada em caso de 
microcalcificações pleomórficas agrupadas. 
 
Biópsia incisional: retira parte do tumor. 
• Melhor indicada em lesões maiores. 
 
Biópsia excisional: retira todo o tumor. 
• Melhor indicada em lesões menores. 
 
Se impalpável → estereotaxia: marcação da lesão 
com “fio-guia” metálico. 
LESÕES BENIGNAS LESÕES MALIGNAS 
Fibroadenoma: lesão sólida regular e bem 
delimitado mais comum em jovens. 
• Retirar se grande (> 3/4 cm) ou > 35 anos. 
 
Tumor filoides: crescimento rápido e em mulheres 
com > 35 anos. 
• Tendência a ser removido. 
 
Esteatonecrose: nódulo após trauma. Tendência a 
desaparecer. 
 
Alteração funcional benigna da mama: mastalgia 
clínica e bilateral. 
Indicadores de risco: 
• Lesão ductal e/ou lobular in situ 
• Hiperplasia com atipia 
 
Ductal infiltrante: CA invasor mais comum! 
 
Lobular infiltrante: tendência à bilateralidade e 
multietnicidade. Mais agressivo. 
 
CA inflamatório: localmente avançado. Assemelha-se 
a mastite: pele em casca de laranja, hiperemia local, 
etc. 
IMUNO-HISTOQUÍMICA 
Receptor hormonal (RE e RP), superexpressam HER: 
• Luminal A: RE+ / RP + / HER – (melhor resposta terapêutica!) 
• Triplo negativo: RE - / RP - / HER – 
• HER +: superexpressam HER 
 
TRATAMENTO 
1) Tipos de cirurgia: 
a) CONSERVADORA: avaliar relação tumor/mama (ideal < 20% da mama). 
• Setorectomia/segmentectomia. 
• Quadrantectomia: retira mais pele. 
• OBS: obrigatória a RT pós-operatória! 
 
b) RADICAL: mastectomia. 
• Halstead: tira os 2 peitorais. 
• Patey: tira o menor. 
• Madden: não tira. 
 
Tumor infiltrante: avaliar linfonodo! 
• Quanto maior o tamanho do tumor, maior a chance de comprometimento linfonodal. 
• Esvaziamento completo x Linfonodo sentinela: injeção de corante azul e/ou tecnécio na área 
tumoral no início da cirurgia. Ao fim, checa-se a área axilar e observa qual linfonodo captou maior 
contraste. Realiza-se, então, a ressecção com envio para histopatologia. 
✓ Histopatologia negativa do linfonodo sentinela: evita-se esvaziamento completo. 
✓ Se poucos linfonodos captam, alguns estudos já consideram linfadenectomia restrita a eles. 
✓ Não fazer se axila clinicamente positiva! 
 
2) Quimioterapia adjuvante: controle sistêmico. 
• Tumores > 1 cm. 
• Linfonodo positivo. 
• Expressão do HER2. 
• Receptor hormonal negativo. 
• OBS: QT neoadjuvante – realizada antes da cirurgia em tumor localmente avançado para reduzir 
tumor e depois operar. 
 
3) Radioterapia adjuvante: controle local. 
• Cirurgia conservadora. 
• Tumores > 4 cm. 
• OBS: se indicada a QT, a RT deve ser realizada após. 
 
4) Hormonioterapia: 
• Receptor Estrogênio +: usar tamoxifeno (jovem) ou inibidores de aromatase (pós-menopausa). 
• Útil para recidiva! 
 
5) Terapia alvo-dirigida (menos efeitos adversos): Trastuzumabe → para tumores que 
superexpressam HER2 (relação com pior prognóstico e maior agressividade).

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