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UNIVERSO UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA GRADUAÇÃO MEDICINA VETERINÁRIA 3º PERÍODO - N2 Lavínia dos Santos Amaral Alfano RESENHA DO ARTIGO A TELOMERASE E A MANUTENÇÃO DOS TELÓMEROS NO CANCRO: APLICAÇÃO TERAPÊUTICA JUIZ DE FORA - MG 2021 Abreviaturas ALT – Alongamento alternativo dos telômeros BRIT1 - Microcefalia 1 Cadeia - G – cadeia G-enriquecida G – Guanina hTER – RNA da telomerase humana hTERT – subunidade catalítica da telomerase humana mRNA – RNA mensageiro RT – transcriptase reversa SIRNA\ ARnip - O ARN interferente pequeno Introdução Os telômeros funcionam como estruturas protetoras dos cromossomos, eles trabalham na manutenção da estabilidade dos cromossomas são responsáveis pela senescência celular (envelhecimento humano) e sua manutenção é um ponto importante no desenvolvimento de tumores, se ocorre uma falha nesse processo dos telômeros a que as células ultrapassem o limite replicativo e desenvolvam a capacidade de proliferar indefinidamente. O cancro é um tumor maligno incurável, e seu tratamento se limita na remoção do tumor e no tratamento paliativo. No decorrer dos anos surgiram vários tratamentos como a quimioterapia e radioterapia que até um certo ponto foram consideradas bem-sucedidas, porém nos trouxe uma série de reações adversas devido à elevada toxicidade que apresentam, tanto para as células malignas como para as células saudáveis. Sendo assim, a procura de novas estratégias terapêuticas para o tratamento das doenças malignas, devem ser estudas afim de reduzir a toxicidade e os efeitos secundários das terapêuticas criadas. RESENHA CRÍTICA SOBRE O ARTIGO - A TELOMERASE E A MANUTENÇÃO DOS TELÓMEROS NO CANCRO: APLICAÇÃO TERAPÊUTICA Lavínia dos Santos Amaral Alfano Mogadouro, Cindy Fonte. A TELOMERASE E A MANUTENÇÃO DOS TELÓMEROS NO CANCRO: APLICAÇÃO TERAPÊUTICA. Monografa realizada no âmbito do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, à Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. Coimbra, Portugal, Julh.2016 Em A Telomerase e a manutenção dos Telômeros no Cancro: aplicação terapêutica, a autora Cindy Fonte Mogadouro aborda a estrutura e função dos telômeros e da telomerase e o desenvolvimento em novas terapêuticas para o cancro. A autora recorda que os telômeros foram identificados pela primeira vez no século XX, os telômeros são estruturas nucleoproteínas heterocromáticas possuem um comprimento variável nas extremidades dos cromossomos, sua função é muito importante pois ele que protege os cromossomos impedindo a degradação e faz manutenção de estabilidade genômica. Como o telômero é constituído por repetições de DNA eles formam uma cadeia a rica em guanina (G), em nós humanos a sequência repetitiva é TTAGGG. porem o número de repetições irá variar entre telômeros de diferentes células de um mesmo indivíduo. As proteínas associadas aos telômeros contam com um complexo denominado ‘shelterin’, formado por seis proteínas que se ligam ao DNA telemérico, ele que permite a formação do T-loop e D-loop, a estrutura T-loop se forma quando a cadeia G invade a região de cadeia dupla de DNA. Ele funciona como uma capa protetora contra a ação da maquinaria, reparação de danos no DNA e elongação dos telômeros, e o D-loop equivale no deslocamento sofrido por uma das cadeias simples da cadeia dupla de DNA. A manutenção dos telômeros é importante pois ela que irá garantir que passe a adiante e complete a informação genética ao longo dos ciclos de divisão celular. Este processo de manutenção dos telômeros ocorre em células normais e células tumorais. A capacidade de divisão das células malignas depende da manutenção da estabilidade dos cromossomas durante a replicação e da estabilidade dos telômeros. A autora reforça que fatores como o porquê na maior parte das vezes quando a tumores, a manutenção dos telômeros é garantida pela telomerase. E o restante que não expressa a telomerase mantêm os telômeros através do (ALT). E mesmo que os adenocarcinomas (tumor maligno) apresentem a telomerase e que o ALT ocorra principalmente em sarcomas mesmo assim a razão do porquê essa diferença da telomerase ocorre ainda é desconhecida. A telomerase é uma enzima transcriptase reversa, que contém na sua propria estrutura um modelo de RNA que utiliza como molde para sintetizar o DNA telomérico. A telomerase age basicamente na manutenção dos telômeros, pois eles passam pelo processo de encurtamento quando ocorre o ciclo de divisão celular, ou seja, sem a telomerase os cromossomos se tornam cada vez menores a cada ciclo de replicação, por perder uma parte da região telomérica. Então com o encurtamento do telômero, tem como consequência a senescência da célula (envelhecimento humano). Como dito pela autora no artigo, existe presença da telomerase em células cancerígenas, e sua envolvência no desenvolvimento de cancro. A telomerase tem a capacidade de interferir com a dinâmica telomérica e imortalizar a celula. O cancro é uma doença maligna conhecida por ter um crescimento anormal de divisão e sem controle de células, ele obtém inúmeras mutações e capacidade de driblar dos mecanismos de reparação e apoptose celular, além de ser uma doença sem cura. Porém à ausência da telomerase contradiz com o desenvolvimento do cancro, por proporcionar a perda de sequências teloméricas e consequente a morte celular. Com a presença da telomerase analisada em múltiplas linhagens de células cancerígenas feitas em um estudo eram telomerase-positivas essas células representavam alguns tipos de cancro, já nas linhagens de células somáticas não- cancerígenas não foi detectada nenhuma telomerase. Então foi observado que os telómeros das células tumorais apresentavam um tamanho totalmente inferior ao dos telómeros das células normais. E para isso ocorrer foram usadas celulas normais nas quais se inibram os mecanismos de sinalização, que desencadeiam a apoptose após os telômeros atingirem um comprimento crítico. As células em que os mecanismos de sinalização estavam inibidos, continuaram a proliferar, como se os mecanismos de apoptose estivessem ativos e a maioria apresentasse a telomerase, houve um grande encurtamento dos telômeros contudo, algumas dessas células continuavam a se proliferar, até adquir a imortalidade. Portanto essas células imortais tinham seus telômeros curtos e a telomerase ativa. E por fim foi apontado que a telomerase seria capaz de tornar-se ativa após os mecanismos de contenção da replicação celular estarem comprometidos. Alguns estudos foram realizados com portadores de cancro e um grande número de metástases é antecipado de um período de dormência, sendo assim a telomérica da senescência e imortalização celular. Portando, a autora confirma que os telômeros são responsáveis pela senescência celular e a sua manutenção será o ponto crucial no desenvolvimento de tumores. Afinal são eles que protegem e separam os cromossomos, e com o ciclo celular as células se replicam, e ele acaba se encurtando a cada mitose e assim resultando na senescência celular. Dito isso, atelomerase acabou se mostrando capaz de induzir a imortalidade célular e, por isso, se tornou relevante perceber os mecanismos que regulam a atividade da enzima, surgindo assim uma possibilidade a se aplicar no desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para o tratamento do cancro. A “shelterinas” como mencionado no início da resenha, são proteínas associadas aos telômeros, e seu papel é muito importante para a atividade da telomerase, tanto negativamente como positivamente, ela ajuda na manutenção do comprimento dos telómeros, e pode permitir ou não o acesso da telomerase às estruturas cromossómicas. Para compreender a ligação delas, e os fatores relacionados a atividade da telomerase na manutenção dos telômeros. Deverá haver mais pesquisas nessa área e assim poderá iniciar novas alternativas terapêuticas contra o cancro. Alguns tipos de cancro, no carcinoma da mama e ovários, a quantidade de BRIT1 (Microcefalina 1) é menor comparadas às células não-cancerígenas. E em alguns estudos com as células, mostraram uma diminuição no efeito do gene que codifica para a proteína, e isso nos mostra em como a ausência da proteína está relacionada com uma maior suscetibilidade para o desenvolvimento de cancro e ele se mostrou ser dependente da proteína p53 que está envolvida nas vias de sinalização celular e na morte celular. Mesmo com a deficiência em BRIT1, ela não aumenta a suscetibilidade para o cancro. Hoje a terapêutica anticancerígena se basea em fármacos que apresentam uma alta toxicidade, por falta de seletividade para as células malignas. Isso tem mostrado que a inibição da telomerase evita a proliferação descontrolada das células malignas e pode induz a apoptose, sem interferir com as células saudáveis. O desenvolvimento com a HTERT e o RNA HTER, como proteínas envolvidas na regulação da elongação dos telômeros e os fatores associados a eles mostrou um grande interesse com o HTERT ao ser encontradas nas células cancerígenas. Foram realizados ensaios com oligo desoxiribonucleótidos antisense (RNA de fita simples) e moléculas de SIRNA, que são capazes de ligar a sequências específicas de mRNA, e se mostraram totalmente eficaz na inibição da atividade da telomerase. Com essa mesma estratégia acabou sendo testada na inibição de HTER e o sistema oligoadenilato antisense (2-5A) que foi capaz de inibir o HTER, por um mecanismo de ativação de RNases, que quebra o HTER, e assim podendo reduzir e eliminar a atividade total da telomerase . Outro fato que a autora consta é que a inibição da cinase seria algo interessante a ser usado contra o combate ao cancro, já que houve uma diminuição da expressão da subi divisão de unidade da telomerase e a inibição da proliferação celular. E que a imunoterapia tem demonstrado resultados favoráveis na eliminação de células cancerígenas telomerase-positivas. E essas técnicas são utilizadas peptídeos derivados da hTERT que por fim desencadeiam uma resposta imune pelos linfócitos T citotóxicos. Sendo assim a procura de novas estratégias terapêuticas para o tratamento das doenças malignas, ajudariam bastante a reduzir a toxicidade, e o controle de fatores de crescimento tumorais. Conclusão O cancro vem trazendo muitas preocupações para a humanidade, e vários estudos foram feitos afim de descobrir o que causa esse tumor maligno, como diminuir a intensidade de danos que ele causa e uma provável cura, esses estudos foram desde a manutenção dos telômeros e a telomerase, em como eles podem agir no desenvolvimento do tumor, dentro disso foi mostrado que a ausência da telomerase contraria o desenvolvimento do cancro, por promover a perda de sequências telomérica, a quimioterapia e radioterapia como tratamento para o cancro, porém esse tratamento nos mostrou uma série de problemas como reações adversas, cada descoberta vemos o quão o cancro é um tumor complexo e precisa ser estudado cada vez mais, afim de descobrir um tratamento eficaz a uma cura permanente. Referencias Mogadouro, Cindy Fonte , A TELOMERASE E A MANUTENÇÃO DOS TELÓMEROS NO CANCRO: APLICAÇÃO TERAPÊUTICA, Universidade de Coimbra. Coimbra Portugal. 16 Julh. 2016 ENTENDA O QUE SÃO E PARA QUE SERVEM OS TELÔMEROS. Delboni Auriemo, 2020. Disponivel em: < https://delboniauriemo.com.br/saude/entenda-o- que-sao-e-para-que-servem-os- telomeros#:~:text=Os%20Tel%C3%B4meros%20s%C3%A3o%20sequ%C3%AAnci as%20repetitivas,de%20todos%20os%20cromossomos%20humanos.&text=Com%2 0a%20fun%C3%A7%C3%A3o%20de%20proteger,estrague%20e%20perca%20sua %20fun%C3%A7%C3%A3o. > Acesso em: 08/03/2021 https://delboniauriemo.com.br/saude/entenda-o-que-sao-e-para-que-servem-os-telomeros#:~:text=Os%20Tel%C3%B4meros%20s%C3%A3o%20sequ%C3%AAncias%20repetitivas,de%20todos%20os%20cromossomos%20humanos.&text=Com%20a%20fun%C3%A7%C3%A3o%20de%20proteger,estrague%20e%20perca%20sua%20fun%C3%A7%C3%A3o https://delboniauriemo.com.br/saude/entenda-o-que-sao-e-para-que-servem-os-telomeros#:~:text=Os%20Tel%C3%B4meros%20s%C3%A3o%20sequ%C3%AAncias%20repetitivas,de%20todos%20os%20cromossomos%20humanos.&text=Com%20a%20fun%C3%A7%C3%A3o%20de%20proteger,estrague%20e%20perca%20sua%20fun%C3%A7%C3%A3o https://delboniauriemo.com.br/saude/entenda-o-que-sao-e-para-que-servem-os-telomeros#:~:text=Os%20Tel%C3%B4meros%20s%C3%A3o%20sequ%C3%AAncias%20repetitivas,de%20todos%20os%20cromossomos%20humanos.&text=Com%20a%20fun%C3%A7%C3%A3o%20de%20proteger,estrague%20e%20perca%20sua%20fun%C3%A7%C3%A3o https://delboniauriemo.com.br/saude/entenda-o-que-sao-e-para-que-servem-os-telomeros#:~:text=Os%20Tel%C3%B4meros%20s%C3%A3o%20sequ%C3%AAncias%20repetitivas,de%20todos%20os%20cromossomos%20humanos.&text=Com%20a%20fun%C3%A7%C3%A3o%20de%20proteger,estrague%20e%20perca%20sua%20fun%C3%A7%C3%A3o https://delboniauriemo.com.br/saude/entenda-o-que-sao-e-para-que-servem-os-telomeros#:~:text=Os%20Tel%C3%B4meros%20s%C3%A3o%20sequ%C3%AAncias%20repetitivas,de%20todos%20os%20cromossomos%20humanos.&text=Com%20a%20fun%C3%A7%C3%A3o%20de%20proteger,estrague%20e%20perca%20sua%20fun%C3%A7%C3%A3o https://delboniauriemo.com.br/saude/entenda-o-que-sao-e-para-que-servem-os-telomeros#:~:text=Os%20Tel%C3%B4meros%20s%C3%A3o%20sequ%C3%AAncias%20repetitivas,de%20todos%20os%20cromossomos%20humanos.&text=Com%20a%20fun%C3%A7%C3%A3o%20de%20proteger,estrague%20e%20perca%20sua%20fun%C3%A7%C3%A3o
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