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AD1 - TAP Pública

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AD1 – Teoria da Administração pública 
1. (2,5 pontos). "Clientelismo nada mais é do que uma forma de fazer política". Explique 
tal afirmação com base na reportagem acima e na forma de prestação de serviço 
característica do clientelismo. Ainda em sua resposta, apresente um exemplo de 
clientelismo do município de Poço Fundo-MG. 
Resposta: 
 Tal afirmação busca explicar que a partir do clientelismo, indivíduos, eleitores, eles viam 
na política uma forma de resolução de seus problemas pessoais, através dos políticos. E 
nisso, os políticos ou seus representantes, criavam vínculos com os eleitores, visando 
oferecer assistências para resolverem seus problemas, ou oferecendo-lhes serviços ou 
soluções de problemas pessoais e em troca os políticos, teria a esperança que como 
consequência disto, lhe traga dividendos eleitorais, ganhando voto desse eleitor que 
adquiriu o serviço. 
 
 
2. (2,5 pontos) Com base no material para a realização da atividade (podcast e o artigo), 
disserte sobre o fenômeno do clientelismo. Em sua resposta, apresente a compreensão 
desta prática sociopolítica, sua origem na história política nacional e o papel do eleitor 
em tal prática. 
 
Resposta: 
 Simplesmente olhar para o passado e observamos que o clientelismo é uma prática desde 
anos atrás e que talvez perdure até os dias de hoje. 
 Com origens do estudo de sociedades rurais, o clientelismo, que é uma forma de relação 
entre políticos e eleitores para troca de favores, almejando obter-se votos do eleitor a 
quem foi concedido esse favor. 
 Esse fenômeno, visa troca de favores entre político e eleitor, aonde o político proverá o 
favor em bem ou serviço para o eleitor, que por sua vez ao receber o favor, o votante irá 
garantir seu voto naquele político ou por intermédio do representante deste. 
Historicamente na política Nacional, essa prática se mostrava presente na época da 
República Velha, onde o termo " voto de cabresto", uma forma de manipulação de voto, 
onde o coronelismo monitoravam e manipulavam votos de seus dependentes econômicos 
em troca de favores e esse fenômeno evoluiu, gerando um novo conceito de clientelismo. 
No olhar do eleitor essa prática é vista com bons olhos, pois ser uma certa forma os 
eleitores mais pobres de acessarem esses bens e serviços porém está prática de favores 
para solucionar problemas pessoais em detrimento de voto, é considerada ilegal e 
dependendo da gravidade da situação pode ter sanções e até ter mandato cassado. 
 
3. (2,5 pontos). Apresente a compreensão de Patrimonialismo e discorra sobre as 
características da Administração Pública Patrimonial. 
Resposta: 
Patrimonialismo, termo usado primeiramente por Weber, pautado em estudos sobre o 
nosso país, referindo-se, a falta de diferenciação por parte daqueles que tinha o poder 
(líderes políticos) entre bens públicos e privados, ou seja, aqueles que detinham o poder 
dentro do Estado, acaba usando a máquina estatal para seu próprio benefício. Uma de 
suas características marcantes é justamente isso, que refere-se a falta de desordenação, 
distinção entre o que é patrimônio público e privado, ou seja, como já mencionei acima, 
não havia essa diferenciação entre o que era bens públicos e privados, tudo que se 
localizava num certo território, era tido com dominação estatal, é nisto a autoridade 
considerava que podia usufruir livremente sem limitação os bens sem antes sequer fazer 
uma prestação de contas aos administradas. Nepotismo também, uma característica, na 
qual eram nomeados pessoas voltadas aos parentescos, amigos da família, e Cargos 
públicos usados como moeda de troca, entre outros. 
4. (2,5 pontos) Quais os aspectos negativos do clientelismo mencionados pelos 
professores entrevistados no podcast? Com base no artigo, identifique práticas e/ou ações 
presentes na gestão pública que detém o potencial de se contrapor as lógicas 
patrimonialista e clientelista. 
Resposta: 
Aspectos negativos segundo Mariana Borges: 
" Tem a ver com o conceito de Estado patrimonial. Quando o político, ele usa a máquina 
do estado para beneficiar sua própria base eleitoral, muitas vezes ele faz isso, burlando as 
regras estabelecidas por lei para a distribuição de recursos". 
Outro ponto de vista da entrevistada aborda que: 
Tem a ver como isso afeta a competição eleitoral. Como o clientelismo depende 
do acesso à máquina pública para acontecer, quem já está dentro da máquina 
pública, acaba tendo mais vantagens de quem não tem acesso à máquina pública. 
Isso dá vantagem enorme a quem já está na competição eleitoral. 
 
Outro aspecto relacionado de acordo com BORGES, é: 
 
Como isso afeta a competição eleitoral, é que os eleitores estão muito 
interessados em saber quais são os candidatos que vão ter chances de ganhar as 
eleições, já que só os candidatos que ganharam as eleições, terá acesso à máquina 
pública. E como a compra de voto, a capacidade da compra de votos é muitas 
vezes interpretadas pelos eleitores como sinônimo de chance de ganhar uma 
eleição, a prática da compra de voz, acaba se tornando generalizada. 
 
Para MIGNOZZETTI, ao definir aspectos negativos que: 
 Se um eleitor ou uma eleitora julgar todo trabalho que um político fez durante 
quatro anos no poder, simplesmente, por favores contextuais que ele ou ela tenha 
recebido, você distorce toda ideia de responsabilização na democracia, ou seja, 
esse político (ele ou ela), tinha uma plataforma que está sendo negligenciada, 
não está sendo olhada na hora de votar ou não nessa pessoa, fez promessas que 
também perdem a importância quando você só está olhando para favores entre 
outras coisas que geram uma qualidade muito baixa para um regime 
democrático. . Mignozzetti, 2018. 
 
Em meados de 1990 em diante, surgiram processos institucionais e sociais com grande 
potencial de contraposição às lógicas patrimonialista e clientelista foram deflagrados. São 
estes: a) a consolidação de garantias constitucionais à descentralização de políticas 
públicas e à participação cívica e b) a retomada do vigor associativo da sociedade civil. 
.No entaanto, eles convivem com a inércia de antigos males – em movimentos de força e 
contraforça que dão forma à democracia brasileira. 
A Constituição Federal de 1988 promoveu transformações em vários cenários da 
sociedade. Dentre as mudanças mais importantes destaca-se o reconhecimento de direitos 
universais (que inspirou a estruturação de sistemas de políticas públicas), a 
descentralização de recursos e atribuições para as unidades federadas e a consolidação de 
instrumentos democráticos de participação social. 
O destaque em descentralização e participação buscou oferecer respostas as duas faces de 
uma crise. A primeira, era associada à incapacidade de governança do Estado 
centralizador. A segunda, era relacionado ao déficit de transparência nas relações entre 
Estado e sociedade. Ao aproximar a gestão pública dos cidadãos e ao incrementaram a 
contabilização democrática, a Constituição Federal de 1988, produziu importantes meios 
de combate ao patrimonialismo e clientelismo. 
 Pelo fato de existir, na Constituição Federal e nas diversas legislações, a exigência de 
implementação da descentralização e municipalização dos conselhos gestores no processo 
de deliberação e contra da sociedade, não é suficientemente para garantia da 
democratização da. Administração pública, fazendo-se necessário também que esse 
aparato constitucional seja acompanhado de uma mudança na cultura política brasileira, 
capaz de redefinir e modificar as relações entre Estado e Sociedade. 
 
 
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