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LINGUAGENS ARTÍSTICAS 1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR Linguagens Artísticas Ninguém sabe ao certo qual foi a primeira linguagem criada pelo ser humano, mas o fato é que pintar, desenhar, dramatizar, cantar, dançar, batucar… São ações realizadas por nós muito antes do surgi- mento da escrita. Podemos dizer então, que a arte é a nossa primeira forma de linguagem, a nossa primeira forma de nos expressarmos e nos comunicarmos uns com os outros. Mas, o que é arte? Pra que serve? Esta não é uma pergunta de resposta fácil e vários artistas e estudiosos lançaram esta questão ao longo dos séculos. Na contemporaneidade, vemos diversas formas de criar arte, que está em constante movimento, em fluxos de pensamentos, gostos e valores. O papel da arte muda a cada época, lugar ou cultura, assim como a maneira com a qual nos relacionamos com ela. A concepção de arte na antiguidade: Para os gregos antigos, as musas eram seres mitológicos, que segundo a lenda, inspiravam o ser hu- mano na realização das artes. A cada musa era atribuído um talento. Calíope era a do canto e da po- esia épica; Clio, à história; Polímnia, à retórica e à música cerimonial; Euterpe, à música; Terpsícore, à dança; Érato, ao canto e à poesia lírica; Melpômene, à criação de textos e à atuação de atores nas tragédias; Tália, à comédia; e Urânia, à astronomia. Na antiguidade a concepção de arte não é como a de hoje. Além da estética e da poética, arte podia significar uma técnica bem executada, como grandes feitos, não só artísticos, mas científicos e milita- res também. Os gregos antigos, relacionavam a escultura, a pintura e a arquitetura a trabalhos bra- çais, realizados por escravos e pessoas simples e não aos talentos dados pelas musas. A música era tida pelos gregos antigos como a mais importante dentre todas as formas artísticas. Era tão importante que era um saber necessário na formação de um indivíduo educado. Na Idade Média: Na idade média as tradições artísticas eram divididas entre liberais e mecânicas. As liberais eram atri- buídas às pessoas que sabiam ler e escrever textos e poemas. Como nesta época não existiam os meios de comunicação atuais, a oralidade era importante tanto como estética como forma de comuni- cação e conhecimento, transmitidos de geração em geração. O canto na Idade Média ainda era con- siderado nobre, principalmente o canto gregoriano, um gênero musical vocal monofônico, em que to- dos cantam em uma só melodia. A partir do século XV: Durante o Renascimento Italiano, os artistas eram aqueles que criavam obras únicas e artesão, aquele que fazia a mesma peça repetidas vezes. Deste modo percebia-se uma diferenciação entre arte e artesanato. Foi neste período que pinturas e esculturas, antes vistas como menos importantes, passaram a ter um reconhecimento maior da sociedade, sendo consideradas artes plásticas nobres até o início do século XX. A partir do século XV a figura do artista ganho status e este passou a ser requisitado para a produção em várias linguagens, classificadas a partir de então como belas artes: música, dança, pintura escul- tura, teatro e literatura. No final do século XIX: No final do século XIX temos a criação de dois adventos que serão fundamentais para o desenvolvi- mento e as mudanças da arte no século XX: o cinema e a fotografia, considerados a sétima e a oitava arte, respectivamente. Estas duas técnicas que visavam a pesquisa da imagem por meio de outros processos que utilizavam a luz e produtos químicos, libertaram, por assim dizer, os artistas da obriga- toriedade da cópia da realidade. LINGUAGENS ARTÍSTICAS 2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR A história em quadrinhos também entra nesta lista, sendo considerada por muitos, a nona arte. Al- guns defendem o vídeo-game como a décima e a arte digital (artes gráficas computadorizadas em 2D e 3D e programação de computadores), feita com softwares, a décima primeira. Gravura e desenho são atualmente consideradas linguagens próprias e não mais técnicas à serviço de outras linguagens, como a pintura. Na contemporaneidade: Hoje, as linguagens artísticas estão muito mais híbridas, ou seja, utilizam diversas linguagens, como é o caso das performances, intervenções artísticas e happenings, multimídias, que são as instala- ções e performances que utilizam muitos recursos, e artes tecnológicas, com suas videoartes, video- danças e outras mais, criadas com recursos tecnológicos. A expressão em arte pode ser por meio de várias linguagens artísticas. Linguagens artísticas são as diversas maneiras de expressões por meio das artes. Que podem ser: música, poesia, dança, teatro, cinema, pintura, desenho, música, dança, cinema, literatura, história em quadrinho, escultura, vídeo game, grafite, fotografia… Muitas Artes! A amplitude da arte e a importância de abordá-la na educação Na história da arte você estuda o conceito do termo, aprende sobre os diferentes movimentos artísti- cos que surgiram ao longo do tempo, as linguagens de expressão e descobre como a arte representa a sociedade em aspectos sociopolíticos e até econômicos. Arte e educação: uma conexão necessária Existe quem veja a arte apenas como algo divertido ou subversivo, porém seu conceito é muito mais amplo. Quem estuda arte aprende questões estéticas, expressão criativa, mas, acima de tudo, desco- bre como observar o mundo com um olhar crítico que analisa política, sociedade e as transformações de cada época. O que é arte A arte tem como função expressar a realidade levando em conta a perspectiva de mundo de quem a faz e de quem a observa. Ela pode ser compreendida como uma forma de comunicação que inter- preta, questiona e desafia a realidade. Sendo assim, arte é algo fluído. Na verdade, para o professor em História da Arte da UNI- CAMP, Jorge Coli, qualquer tentativa de definição clara e estática vai gerar decepção. Isso, pois as expressões artísticas "são contraditórias e divergentes". Então, quando você ouvir alguém dizer "mas isso não é arte" em um determinado contexto é preciso questionar. Pode não ser uma expressão válida para o observador, mas e o artista? Só é possível fa- zer uma avaliação completa quando se procurar compreender o conceito que ele queria transmitir. Linguagens artísticas Assim como o conceito de arte é algo amplo, as forma como ela se manifesta também o são. Na ver- dade existem diferentes linguagens artísticas que podem ser divididas em: Artes visuais: aqui se pode incluir pintura, escultura, gravura, fotografia, cinema, grafitagem, video- arte, moda, arquitetura, entre outros; Artes cênicas: são as expressões que envolvem o movimento do corpo e incluem dança e teatro; Literatura: abrange os romances, poemas e outras formas de histórias produzidas em texto; Música: canto e música instrumental. LINGUAGENS ARTÍSTICAS 3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR Elementos fundamentais da linguagem artística Existem alguns elementos que são fundamentais para a construção das diferentes liguagens artísti- cas. São eles que fazem uma obra conseguir ser estudada e conceituada como arte. Logo abaixo você visualiza quais são eles de acordo com cada categoria de linguagem: Melodia, harmonia e ritmo: música; Ator, texto, encenação e plateia: artes cênicas; Ponto, linha, forma, plano, superfície, textura e cor: artes visuais; Autor, tempo, espaço, personagem: literatura. Movimentos artísticos A partir das linguagens, diversas obras são desenvolvidas e elas recebem influência, em grande parte, da sociedade da época em que são produzidas. Sendo assim, os estilos de pintura, as formas de se expressar, os tipos de peças e os questionamentos dentro da arte variam dependendo do perí- odo. É isso que origina os chamados movimentos artísticos e cria uma linha do tempo da história da arte. Esta pode ser compreendida da seguinte maneira: Arte pré-história: entre 5 milhões a.C. e 5 mil a. C. (você pode querer conferir nosso postArte ru- pestre no Brasil: descubra o passado em parques nacionais); Arte egípcia: entre 3.200 a.C. e 1.085 a.C.; Arte grega: entre 1.000 a. C. e 30 d.C.; Arte romana: entre 753 a.C. e 330 d.C.; Arte paleocristã: entre os séculos II e V; Arte bizantina: entre os séculos IV e XV; Renascimento: entre os séculos XIV e XVI; Maneirismo: entre os séculos XVI e XVII; Barroco: entre os séculos XVI e XVIII (você pode querer conferir o nosso artigo Arquitetura barroca no Brasil: descubra locais incríveis para visitar); Neoclassicismo e Romantismo: entre os séculos XVIII e XIX; Realismo: entre 1850 e 1900; Impressionismo: entre meados do século XIX e início do século XX; Arte moderna: ocorreu entre meados do século XIX até mais ou menos o ano de 1960, compreen- dendo os compreende os movimentos de vanguarda; Arte contemporânea: é o movimento atual e inclui os diversos tipos de expressões artísticas. Se quiser entender melhor cada uma dessas etapas pode conferir o nosso Curso Online História da Arte. Com ele você faz seu próprio horário de estudo. Arte na escola Até aqui você, provavelmente, já percebeu que a arte sempre se faz presente na sociedade, expres- sando-se por meio de diferentes linguagens. Mesmo assim muitas pessoas só têm um conhecimento superficial sobre o tema e isso pode ser modificado com o ensino da arte nas escolas. LINGUAGENS ARTÍSTICAS 4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR Atualmente, o Ministério da Educação (MEC) percebe a importância do conhecimento artístico para a formação do cidadão e, por isso, inseriu o conteúdo nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Com isso, crianças e adolescente vão poder estudar: Os movimentos artísticos e como eles influenciaram e sofreram influência das diferentes épocas; Os tipos de linguagens; Os principais artistas de cada período; O trabalho com a imaginação e a expressão de sentimentos; As técnicas e os elementos fundamentais da arte, entre outros. A questão é que a arte tem uma função sociopolítica e ela trabalha no ser humano a sensibilidade, percepção, reflexão e a criatividade. É uma forma de entender o mundo além do óbvio. Como ensinar arte na escola O MEC diz que a disciplina deve ser dividida em três eixos: o ensino da história da arte, a apreciação de obras e a produção de trabalhos. Sendo assim, não basta ensinar as técnicas nem somente incen- tivar a livre expressão. No cotidiano os educadores podem se utilizar de diferentes ferramentas para trabalhar com as crian- ças. É possível: Procurar filmes para assistir (veja algumas sugestões de títulos no nosso artigo 10 filmes para as- sistir que te ajudam a entender história da arte); Fazer visitas a museus; Realizar pesquisas sobre a arte rupestre no Brasil — afinal, temos muitos sítios arqueológicos; Observar a arquitetura barroca que permeia grande parte das cidades, entre outros. Outro ponto interessante é mostrar que uma obra de arte nem sempre representa o ambiente físico e você consegue inventar cores ou formas criando sua própria interpretação da realidade. Todas as linguagens Artes visuais, dança, teatro e música devem ser abordados no ensino dessa disciplina, que se baseia na reflexão, na apreciação e na produção Foi-se o tempo em que a aula de Arte só tinha ênfase nas artes plásticas e se resumia a desenhos e pinturas. Hoje, o bom currículo da disciplina deve contemplar as quatro linguagens: artes visuais, mú- sica, teatro e dança - o que nem sempre é cumprido em virtude da formação dos professores, muitos deles especialistas em apenas uma das áreas. Assim, se o educador estudou Música, por exemplo, essa linguagem acaba enfatizada no currículo. Para os especialistas, o ideal é trabalhar as quatro de forma integrada. O fazer pedagógico na disciplina é baseado na chamada metodologia ou proposta triangular, defen- dida por Ana Mae Barbosa, da Escola de Comunicação e Arte da Universidade de São Paulo (USP), que contempla três eixos norteadores: reflexão, apreciação e produção. Priscila de Souza, professora da EE Gabriela Mistral, em São Paulo, trabalha dentro dessa abordagem. "Por meio desse tripé, o ser humano vivencia a arte em todas as suas dimensões, independentemente da linguagem escolhida." No Ensino Fundamental, cada conteúdo deve ser ensinado levando em consideração os três eixos. A aprendizagem de temas como o Modernismo, o Barroco e o Expressionismo requer do estudante re- construir esses conceitos em interações sucessivas, além de pesquisar, escutar narrativas, participar da fruição de obras, executar trechos de peças musicais compostas nesses períodos e ler e redigir textos, entre outras atividades. LINGUAGENS ARTÍSTICAS 5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR Língua artística Uma língua artística (ou artlang em inglês) é uma língua artificial (ou conlang) desenvolvida por puro prazer estético. Diferentemente das linguagens projetadas ou linguagens auxiliares, línguas artísticas geralmente têm sistemas irregulares de gramática, o que é muito semelhante à linguagem natural. Muitas são projetadas com mundos ficcionais, tais como a Terra Média de J. R. R. Tolkien e Al- mea de Mark Rosenfelder. Outras representam línguas minoritárias fictícias num mundo não manifes- tamente diferente do mundo real, ou sem conexão com um cenário ficcional em particular. Gêneros de línguas artísticas Vários gêneros diferentes de línguas artificiais são classificados como "artísticos". Uma língua ar- tística pode recair em qualquer um destes grupos, dependendo do escopo do seu uso ou do escopo do seu não uso. Línguas ficcionais De longe, o maior grupo de línguas artísticas é composto pelas línguas ficcionais (algumas vezes também referenciadas como "línguas artísticas profissionais"). Línguas ficcionais são pensadas para serem as línguas de um mundo ficcional, e são freqüentemente projetadas com a intenção de dar maior profundidade e uma aparência de plausibilidade para os mundos ficcionais com os quais estão associadas, e para que seus personagens se comuniquem numa forma que seja tanto alienígena quanto deslocada. Línguas alternativas 'História alternativa e tentam reconstruir como uma família de línguas naturais teria evoluído se as coisas tivessem ocorrido de modo diferente (por exemplo, o que aconteceria se a civilização grega houvesse prosperado sem a existência de um Império Romano, fazendo com que o grego e não o la- tim desenvolvesse vários descendentes modernos?). A língua que teria sido originada é então se- guida passo a passo em sua evolução, até alcançar a forma final. Línguas micronacionais Línguas micronacionais são línguas criadas para uso em micronações. Fazer com que os cidadãos aprendam a língua é tão parte do envolvimento numa micronação quanto a cunhagem de moedas, impressão de selos ou participação no governo. Os membros destas micronações se encontram e fa- lam a língua que aprenderam quando participaram destes encontros. Eles cunham novas palavras e construções gramaticais quando necessário. O talossano, do Reino de Talossa de R. Ben Madison, é de longe o exemplo mais conhecido de uma língua micronacional. Línguas pessoais A expressão língua pessoal se refere a línguas que são, em última análise, criadas para deleite pró- prio. Além do criador, não se espera que mais alguém realmente venha a falá-la. A língua existe como uma obra de arte. A língua pode ser inventada pelo propósito de ter uma língua bela, para auto- expressão, como um exercício de compreensão de princípios lingüísticos, ou talvez como uma tenta- tiva de criar uma língua com um inventário fonêmico ou sistema de verbos extremos. Línguas humorísticas (jokelangs) O termo língua humorística (ou jokelang, em inglês) é por vezes aplicado às línguas artificiais criadas com fins humorísticos. Elas podem ser línguas pensadas preponderantemente para soarem divertidas ou para algum tipo de sátira, freqüentemente uma sátira sobrealgum aspecto das línguas artificiais. _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________
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