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TIREOTOXICOSE É qual quer estado clinico resultante do excesso de hormônio da tireoide nos tecidos. Quando este excesso de hormônio é produzido pela própria glândula tireóide, este quadro é chamado de hipertireoidismo. A tireotoxicose pode ter varias causas: · Excesso de hormônio da tireoide exógeno. · Tireoidites · Adenoma · Hipertireoidismo HIPERTOREOIDISMO O hipertireoidismo é um problema na tireoide (glândula que regula a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins), que se caracteriza pela produção excessiva dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). A Doença de Graves é principal causa de hipertireoidismo Acomete muito mais mulheres do que em homens. A frequência cardíaca e a pressão arterial podem aumentar, os ritmos cardíacos podem estar alterados e a pessoa pode suar excessivamente, sentir nervosismo e ansiedade, ter dificuldade para dormir e perder peso sem estar tentando. DOENÇA DE GRAVES A doença de Graves é uma doença da tireoide caracterizada pelo excesso de hormônios dessa glândula no corpo, causando hipertireoidismo. A causa da doença de Graves é autoimune. Assim, o sistema imunológico do paciente deixa de funcionar corretamente e acaba atacando sua tireoide, fazendo com que ela fique hiperativa. É mais comum em mulheres entre 20-50 anos de idade Patogênese da doença de graves É uma doenças autoimune onde os limfócitos B sintetizam anticorpos contra os receptores de TSH da membrana da celular folicular da tireoide. Esses anticorpos estimulam a produção de hormônios T4 e T3 da tereioide gerando assim um hipertireoidismo. Este anticorpo é chamado de imunoglobulina estimuladora da tireoide ou anticorpo antirreceptor de TSH, ou simplesmente TRAb. O TRAb toma a função do TSH e provoca: · Hipertrofia da glândula tireoide · Aumento da vascularização da glândula · Aumento da secreção de hormônios. Existe outro anticorpo produzido chamado de anticorpo anti TPO, também encontrado em outra doença chamado Hashimoto. O anti TPO é um anticorpo marcador de doença autoimune na tireoide. Está presente tanto em Doença de Graves quanto em Doença de Hashimoto. Os anticorpos são formados dentro da própria tireoide pelos limfocoitos B que formam o infiltrado inflamatório nas glândulas. Existe fatores que indicam um fator genético em caso de doença de Graves. FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA DE GRAVES. As glândulas tireoides apresentam simetricamente aumentada devido a hipertrofia e hiperplasia das células foliculares. Ela pode chegar até 80 gramas (normal é entre 12-20 g) Ocorre a presença de infiltrado inflamatório e de fibrose no tecido da glândula. Ocorre a deposição de glicopolissacarídeos com afinidade a agua em alguns tecidos causando edema (EDEMA PERIORBITÁRIO) Ocorre também o mixedema pré-tibial O mixedema pré-tibial é uma manifestação da doença de Graves caracterizada pelo acúmulo de glicosaminoglicanos na derme reticular. A dermopatia é autolimitada, mas em alguns casos pode levar a prejuízos cosméticos e funcionais. Fatores que podem desencadear a doença de Graves. · Fatores genéticos · Infecções · Estresse · Sexo feminino · Gravidez · Medicamentos com iodo · Radiação Na gravidez · A doença de graves é menos comum que a doença de Hashimoto. · Existe o risco de aborto e complicações devido o efeito toxico do iodo sobre o feto. · Pode haver piora após o parto, sento esta apresentação muito mais comum devido a imunossupressão fisiológica causada pela gravidez. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO HIPERTIREOIDISMO · Aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial · Palpitações devido a ritmos cardíacos anormais (arritmias) · Sudorese excessiva e sensação de calor (pele quente e úmida) · Tremores nas mãos (tremor) · Nervosismo e ansiedade · Dificuldade para dormir (insônia) · Perda de peso, apesar do aumento do apetite. · Aumento do nível de atividade apesar da fadiga e fraqueza MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA DOENÇA DE GRAVES Bócio difuso e simétrico Oftalmia bilateral (olhar fixo, exposição da esclera, edema e hiperemia conjuntiva, piora com tabagismo. A oftalmia unilateral deve ser pesquisada através de um exame de imagem para descartar outras causas.) Dermopatia: Baqueteamento digital e o mixedema pré-tibial. Por que ocorre a oftalmia na doença de Graves? · Os receptores de TSH são estimulados pelos anticorpos TRAb provocando uma reação inflamtoria · A inflamação ativa os fibroblastos a produzirem os glicosaminogicanos. · Os glicosaminogicanos altera a pressão osmótica · A pressão osmótica aumenta o acumulo de liquido periórbital · Os músculos oculares ficam mais espessos · Ocorre a diminuição da drenagem venosa gerando edema e ptose. Dermopatia mais comuns: · Espessamento da pele na região pré-tibial devido o acumulo de glicosaminogicanos Acropatia: · Ocorre o Baqueteamento das digitais. ACHADOS LABORATORIAIS. Hipertireoidismo subclínica: TSH baixo e T3L e T4L normais. Hipertireoidismo subclínica: TSH baixo e T3L e T4L Altos No inicio do tratamento é normal que os primeiros exames fiquem com o resultado subclinico e evoluam para o normal. Há detecção de Anti-TPO indicando que a doença é autoimune. A detecção de TRAb fecha diagnóstico para a doença de Graves. (hipertireoidismo) A captação de iodo radioativo é usado para fins diagnóstico e indica uma captação excessiva de iodo pelo tecido tireoide hiperfuncionante. Normal é entre 5-20% em 24 horas. A captação elevada e difusa fecha o diagnóstico de doença de Graves. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Betabloqueadores · Os mais usados: atenolol e propranolol. · Propranolol é indicado no tratamento paliativo do hipertireoidismo, para melhorar rapidamente sintomas adrenérgicos, como taquicardia, tremor e ansiedade. · É usado em casos de hipertireoidismo com taquicardia associada à insuficiência cardíaca. · Eles determinam a melhora do quadro hemodinâmico. · Caso o paciente tenha alguma contraindicação absoluta aos Betabloqueadores ele pode usar o Antagonista de canais de cálcio para diminuir a FC. Antitireoidianos · Atua na tireoide inibindo a união de iodo necessária para formar tiroglobulina, o precursor da T3 e T4. · São usados para tratar hipertireoidismo e crise tireotóxica. · Propiltiuracil (PTU), metimazol e o carbimazol são os antitireoidianos mais utilizados. Metimazol: · É o medicamento de 1ª escolha. · 40 mg/dia em 1-2 tomadas. Propiltiuracil PTU · 300-600 mg/ dia em 3 tomadas · Primeira escolha em caso de gestação (1º trimestre), crise tireotoxica e em pacientes contraindicados ao uso do metizol. Iodo: · A administração de iodo em excesso provoca a diminuição temporária de produção de hormônios pelo efeito wolff-chaikoff. · desvantagem: Piora o hipertireoidismo quando o esquema terapêutico é suspenso. Radioablação Consiste em radiofrequência utiliza ondas de rádio de alta energia para aquecer o tumor. Uma sonda fina, tipo agulha, é inserida através da pele até atravessar totalmente o tumor. A inserção da agulha é guiada por tomografia computadorizada. Pode gerar hipotireoidismo em 80% dos casos. ] Neste caso é feito a reposição com levotiroxina 50-200 mg/dia. É aconselhado antes da radioablação descartar a possibilidade de neoplasias da tireoide. TRATAMENTO CONTRA A OFTALMIA · Colírio de metilcelulose · Pomadas oftálmicas · Uso de óculos · Elevação da Cabaceira durante o sono. · Em caso de quemose, ulceração córnea e compressão do nervo optico: Uso de glicocorticoides que tem efeito antinflamatórios e diminuem a produção de glicosaminogicanos (diminuição do edema periórbital) TRATAMENTO CONTRA A DERMOPATIA Uso de glicocorticoide de alta potencia tópica. Dipropionato de betametasona está indicado para o tratamento de doenças agudas e crônicas que respondem aos corticoides. DOENÇA DE GRAVES NA GRAVIDEZ Não é tão comum como a doença de Hashimoto. A doença de Graves é causa mais comum de hipertireoidismo em grávidas O TRAb pode ultrapassara placenta e causar hipertireoidismo no feto e consequentemente deformações ósseas e retardo mental. O tratamento é feito com drogas antitireoidianas em baixas doses. O PTU é a droga mais usada por ter menores efeitos adversos que o metimazol. O aleitamento materno é seguro em doses baixas Os betabloqueadores não são aconselhados devidos o risco de abortamento ou retardo no crescimento fetal. O hipertireoidismo descompensado durante a gravidez pode provocar complicações para a mãe e o bebe. O objetido do tratamento é manter o T4L no limite superior da normalidade ou discretamento elevado. Pode haver hipertireoidismo transitório entre a 5-12 semanas devido a produção de hcg pela mae que estimula os receptores de TSH. é automlimitado e, neste caso, deve-se repetir exames de função tireoidiana após 2 semanas. OUTRAS CAUSAS DE HIPERTIREOIDISMO Bocio multinodular toxico: · A tireoide apresenta nódulos com funcionamento autônomo, resultando em hipertireoidismo. · Esses nódulos funcionam de forma independente do hormônio estimulante da tireoide e, quase sempre, são benignos. Doença de plummer · Também conhecida como Adenoma Tireoidiano Tóxico · É um tumor benigno ocasionado pelo crescimento excessivo e a transformação estrutural/funcional de uma área do parênquima tireoidiano. Hipertireoidismo secundário · É causado pelo o aumento da produção do TSH por um Adenoma hipofisário. Geralmente macroadenoma hipersecretor. · São chamados de TSHomas e representam menos de 1% dos casos de adenomas. · Há presença de bócio devido a hipertrofia da glândula tireoide. · Pode haver sintomas como diplopia e cefaleia devido o tamanho do adenoma. · O diagnostico é feito pela RM da sela túrcica.
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