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AD2-2021 2-EstágioEJA

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ / Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD
Avaliação a Distância (AD2) – 2021.2
Disciplina: Estágio em Educação de Jovens e Adultos
Aluno (a): Matrícula: Polo: 
A DIVERSIDADE DOS ESTUDANTES DA EJA
 O público que compõem as turmas da EJA varia de acordo com a região do Brasil em relação a idade e o sexo dos alunos, mas é formado em sua maioria por pessoas que por alguma razão não tiveram acesso à escola na idade considerada adequada ou tiveram que interromper os estudos - gravidez na adolescência, violência, pobreza, difícil acesso à escola, falta de estrutura familiar etc. - e agora buscam a sala de aula não apenas para aprender a ler e escrever, mas sim para conseguirem de fato exercer o papel de cidadão ativo na sociedade.
Prova disso são as histórias contadas no vídeo “Histórias de um Brasil Alfabetizado”. O primeiro caso que eu gostaria de abordar é o de Ana Novaes, moradora de Belém do Pará que não estudou porque, como ela mesma afirma, “não teve direito à infancia, pois teve que começar a trabalhar aos sete anos na roça”, e quis voltar a estudar para se sentir uma cidadã, pois não vai depender de ninguém para tarefas onde seja preciso ler e escrever. Infelizmente é comum o caso de adultos moradores de zonas rurais que precisaram abandonar a escola durante a juventude para ajudar a famíllia no trabalho no campo ou nas tarefas domésticas. O que realmente me chamou a atenção nessa história é que hoje ella enfrenta um outro tipo de problema: o machismo, por parte do filho, que não queria que a mãe fosse estudar, e só “permitiu” isso depois que a professora o procurou e conversou com ele. 
O segundo caso que gostaria de abordar é o das irmãs Flavia Elias e Paula Elias, moradoras da comunidade da Maré, no Rio de Janeiro. Ambas pararam de estudar porque, devido à violência – dois irmãos se envolveram com o tráfico de drogas; um morreu e o outro está preso - , tiveram que se mudar diversas vezes. Depois, veio a gravidez na adolescência. O retorno à sala de aula veio após uma professora que não é moradora da comunidade e vive uma realidade totalmente diferente da deles aceitou o cargo, levando a uma troca de experiências e o choque de culturas. 
Ambos os casos mostram a necessidade da educação voltada para jovens e adultos trabalhar com a política de diversidade, devido ao público atendido – adolescentes, idosos, mães solteiras, oriundos de zonas rurais ou de áreas de risco etc – e instigando os estudantes a “pensar fora da caixa”, ou seja, abrir a mente e pensar além do que está nos manuais e materiais didáticos, adaptando as aulas de acordo com o perfil, realidade e necessidades da turma, qual o conhecimento aquela turma realmente precisa naquele momento e, a partir daí, desenvolver outras habilidades que envolvem o currículo. Além disso, precisamos lembrar que esse público pertence a classe trabalhadora, muitas vezes vão chegar às aulas exaustos por conta da rotina, e tanto o currículo quanto o plano de aula debe ser flexível e não pode ser extenso, caso contrário o aluno não vai assimilar o conteúdo nem construir o seu conhecimento.
Sendo assim, entendo que, mesmo com a demora na diminuição dos índices de analfabetismo no Brasil, os investimentos e ações por parte do poder público e da população não podem parar, pois para as pessoas que buscam o ensino de jovens e adultos, a alfabetização não serve apenas para aprender a ler e escrever, mas também permite que elas deixem de ser indivíduos dependentes da ajuda de terceiros e sejam os protagonistas em suas vidas, tanto pessoal quanto na profissional, promovendo assim a emancipação do indivíduo, o exercício da cidadania e a igualdade social.
REFERÊNCIAS:
Histórias de um Brasil alfabetizado. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=n6q0cH2SEwM – Acesso em 02/11/2021

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