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Resumo Anatomia- Coluna vertebral

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A coluna vertebral, também chamada coluna espinal 
ou espinha dorsal, consiste de 26 ossos articulados em 
uma estrutura curva e flexível. Suporte principal do 
eixo do corpo, a coluna vertebral estende -se a partir 
do crânio até a pelve, onde transmite o peso do tronco 
para os membros inferiores. Ela também envolve e 
protege a delicada medula espinal e fornece pontos de 
articulação para as costelas, e de inserção para os 
músculos do pescoço e do dorso. 
No feto e na criança, a coluna vertebral consiste de 33 
ossos separados, ou vértebras. No segmento inferior, 
nove delas eventualmente se fundem para formar dois 
ossos, o sacro e o pequeno cóccix. Os 24 restantes 
permanecem como vértebras individuais que se unem 
através dos discos intervertebrais. 
 
A coluna vertebral, que em média tem 
aproximadamente 70 cm de comprimento em um 
adulto, apresenta cinco regiões. As 7 vértebras do 
pescoço são as vértebras cervicais, as 12 seguintes são 
as vértebras torácicas e as 5 que apoiam a parte inferior 
do dorso são as vértebras lombares. 
As vértebras tornam-se progressivamente maiores da 
região cervical para a região lombar, pois o peso que 
devem suportar aumenta progressivamente. No 
segmento inferior às vértebras lombares está o sacro, 
que se articula com os ossos do quadril, na pelve. O 
segmento mais inferior da coluna vertebral é o 
pequeno cóccix. 
 
 
 
Todas as pessoas (e na verdade a maioria dos 
mamíferos) têm sete vértebras cervicais. Variações no 
número de vértebras nas outras regiões ocorrem em 
cerca de 5% da população. 
A partir de uma vista lateral, são visíveis quatro 
curvaturas que dão à coluna vertebral uma forma de S. 
As curvaturas cervical e lombar são côncavas 
posteriormente, enquanto as curvaturas torácica e 
sacral são convexas. Essas curvaturas aumentam a 
resistência da coluna, permitindo que funcione como 
uma mola, em vez de uma haste rígida, reta. 
Só as curvaturas torácica e sacral são bem 
desenvolvidas no momento do nascimento. Essas duas 
curvaturas primárias são convexas posteriormente, de 
modo que a coluna de uma criança se curva (tem a 
forma da letra C) como a de um animal de quatro 
patas. As curvaturas secundárias, as curvaturas cervical 
e lombar, são côncavas posteriormente e desenvolvem-
se durante os dois primeiros anos da infância, à medida 
que os discos intervertebrais são remodelados. A 
curvatura cervical está presente antes do nascimento, 
mas não se pronuncia até que o bebê começa a levantar 
sua cabeça, aos 3 meses de idade, e a curvatura lombar 
desenvolve -se quando o bebê começa a andar, com 
aproximadamente 1 ano de idade. A curvatura lombar 
posiciona o peso da parte superior do corpo sobre os 
membros inferiores, proporcionando um equilíbrio 
perfeito quando o corpo está na posição vertical (em 
pé). 
 
Coluna vertebral 
Regiões e curvaturas normais 
 
Ligamentos da coluna 
A coluna vertebral não se autossustenta e é mantida em 
posição por um elaborado sistema de suportes, 
propiciado por diversos ligamentos do dorso e 
músculos do tronco. Os principais ligamentos de 
suporte são os ligamentos longitudinais anteriores e 
posteriores, que correm verticalmente ao longo das 
superfícies anterior e posterior dos corpos das 
vértebras, desde o pescoço até o sacro. 
O ligamento longitudinal anterior é amplo e fixa-se 
bem tanto às vértebras ósseas como aos discos 
intervertebrais. No decorrer de sua função de apoio, 
esse ligamento anterior espesso impede a 
hiperextensão do tronco (flexão muito longa para trás). 
O ligamento longitudinal posterior, que é estreito e 
relativamente fraco, fixa-se apenas aos discos 
intervertebrais. Esse ligamento ajuda a evitar a 
hiperflexão (flexão muito longa da coluna vertebral 
para frente). 
Vários outros ligamentos posteriores conectam cada 
vértebra àquelas imediatamente superior e inferior. 
Entre eles está o ligamento amarelo (“flavo”), que 
conecta as lâminas de vértebras adjacentes. Ele contém 
tecido conjuntivo elástico e é especialmente forte: 
estira-se à medida que nos curvamos para frente, e em 
seguida retrocede (encurta-se), à medida que voltamos 
para uma posição ereta. 
 
Cada disco intervertebral é uma almofada de 
amortecimento composta de uma esfera interna, o 
núcleo pulposo, e um colar externo com cerca de 12 
anéis concêntricos, o anel fibroso. 
Cada núcleo pulposo é gelatinoso e age como uma 
bola de borracha, permitindo à coluna a absorção de 
estresse compressivo. No anel fibroso, as camadas 
exteriores consistem de ligamento e as internas 
consistem de fibrocartilagem. A função principal 
desses anéis é conter o núcleo pulposo, limitando a sua 
expansão quando a coluna é comprimida. No entanto, 
os anéis também funcionam como uma cinta, 
mantendo as vértebras adjacentes juntas, resistindo à 
tensão sobre a coluna e absorvendo forças de 
compressão. 
As fibras de colágeno das camadas adjacentes dos 
anéis fibrosos cruzam como um X, permitindo que a 
coluna resista à torção. Esse arranjo cria a mesma 
estrutura antitorção provida pelas lamelas ósseas nos 
ósteons. 
Os discos intervertebrais agem como amortecedores 
durante uma caminhada, saltos e corridas. Em pontos 
de compressão, os discos achatam-se formando uma 
pequena saliência ao longo do perímetro entre os 
corpos de vértebras adjacentes. Os discos são mais 
espessos nas regiões lombar (parte inferior do dorso) e 
cervical (pescoço) da coluna vertebral. Coletivamente, 
os discos intervertebrais constituem cerca de 25% da 
altura da coluna vertebral. Como resultado da 
compressão e perda de fluido do núcleo pulposo 
gelatinoso, eles achatam-se um pouco ao final de cada 
dia. Provavelmente, à noite você deve medir entre 1 e 
2 centímetros a menos, em comparação a quando 
acorda, pela manhã. 
Discos intervertebrais 
 
 
As seguintes características são comuns a todas as 
vértebras: 
 A parte anterior da vértebra é um corpo em 
forma de disco. O corpo é a região que suporta 
peso na vértebra. 
 O arco vertebral forma a parte posterior da 
vértebra, e está composto de dois pedículos e 
duas lâminas. Os pedículos (“pequenos pés”) 
são paredes ósseas curtas que se projetam 
posteriormente ao corpo vertebral, e formam 
os lados do arco. As duas lâminas (“folhas”) 
são placas ósseas planas que completam o arco 
posteriormente, estendendo-se a partir dos 
processos transversos ao processo espinhoso. 
O arco vertebral protege a medula espinal e 
nervos espinais localizados no forame 
vertebral. 
 O grande orifício cercado pelo corpo e arco 
vertebral é o forame vertebral. Sucessivos 
forames vertebrais das vértebras articuladas se 
superpõem para formar o longo canal 
vertebral, através do qual a medula espinal e o 
nervos espinais passam. 
 O processo espinhoso é a projeção posterior, 
mediana, resultante da junção de duas lâminas. 
É um local de inserção para músculos e de 
fixação de ligamentos que movem e 
estabilizam a coluna vertebral, 
respectivamente. 
 Um processo transverso projeta-se 
lateralmente de cada junção pedículo-lâmina. 
Tal como acontece com o processo espinhoso, 
o processo transverso são locais de inserção 
para músculos e fixação de ligamentos. 
 Processos articulares projetam-se superior e 
inferiormente das junções pedículo-lâmina e 
formam articulações móveis entre vértebras 
adjacentes: os processos articulares inferiores 
de cada vértebra articulam-se aos processos 
articulares superiores da vértebra 
imediatamente inferior. Vértebras adjacentes 
são unidas tanto pelos discos intervertebrais 
como pelos processos articulares. As 
superfícies articulares lisas desses processos 
são facetas (“pequenas faces”) denominadas 
face articular. 
 Incisuras nas margens superior e inferior dos 
pedículos formam aberturas laterais entre as 
vértebras adjacentes, os forames 
intervertebrais (de conjugação). Nervos 
espinaisda medula espinal passam através 
desses forames. 
 
 
Em geral, os tipos de movimentos que podem ocorrer 
entre as vértebras são (1) flexão e extensão (flexão 
anterior e estiramento posterior da coluna vertebral); 
(2) flexão lateral (flexão da parte superior do corpo 
para a direita ou para a esquerda) e (3) rotação, em que 
as vértebras fazem um movimento de rotação uma 
sobre a outra no longo eixo da coluna vertebral. 
 
Estrutura geral das vértebras 
 
Características das vértebras 
 
 
 
 
As sete vértebras cervicais, identificadas como C I - C 
VII são as vértebras menores e mais leves. As duas 
primeiras vértebras cervicais são o atlas (C I) e o áxis 
(C II). Essas duas vértebras são incomuns: não existe 
disco intervertebral entre elas e têm estrutura única, 
além de características funcionais. 
 Atlas, C I 
O atlas carece de um corpo e de um processo 
espinhoso. Essencialmente, é um anel de osso 
consistindo de arcos anterior e posterior, além de uma 
massa lateral em cada lado. Cada massa lateral tem 
faces articulares em ambas às superfícies superior e 
inferior. As faces articulares superiores recebem os 
côndilos occipitais do crânio. Essas articulações 
participam da flexão e extensão da cabeça sobre o 
pescoço, como quando você acena com um “sim”. As 
faces articulares inferiores articulam-se com o áxis. 
 Áxis, C II 
O áxis, que tem um corpo, um processo espinhoso e os 
outros processos vertebrais típicos, não é tão 
especializado como o atlas. Sua única característica 
incomum é o dente do áxis, projetando superiormente 
a partir do seu corpo. Esse processo é realmente o 
corpo “ausente” do atlas que se funde com o áxis 
durante o desenvolvimento embrionário. Articulado 
com arco anterior do atlas, o dente do áxis atua como 
um pivô para a rotação do atlas e do crânio. Assim, 
esse conjunto participa na rotação da cabeça de um 
lado para o outro para indicar “não”. Áxis é um bom 
nome para a segunda vértebra cervical porque seu 
dente permite que a cabeça gire sobre o eixo do 
pescoço. 
 
 
Vértebras cervicais 
 
Vértebras cervicais típicas, C III -C VII As vértebras 
cervicais comuns, C III -C VII, têm as seguintes 
características distintivas: 
 O corpo é mais largo lateralmente do que na 
dimensão anteroposterior. 
 Exceto na C VII, o processo espinhoso é curto, 
projeta-se diretamente posteriormente e é 
bífido, isto é, ele é dividido em sua 
extremidade. 
 O forame vertebral é grande e geralmente 
triangular. 
 Cada processo transverso contém uma 
abertura, um forame transversário, através do 
qual as artérias vertebrais passam. Esses vasos 
sobem através do pescoço para ajudar a suprir 
o encéfalo. 
 As faces articulares superiores estão 
posicionadas superoposteriormente, e as faces 
articulares inferiores, inferoanteriormente. 
Assim, essas articulações encontram-se em um 
plano oblíquo. A orientação dessas 
articulações permite que o pescoço realize uma 
gama extremamente ampla de movimentos: 
flexão e extensão, flexão lateral e rotação. 
O processo espinhoso da C VII não é bifurcado, e 
é muito maior do que aqueles das outras vértebras 
cervicais. Como seu grande processo espinhoso 
pode ser visto e sentido através da pele, a C VII é 
chamada vértebra proeminente e é utilizada como 
um ponto de referência para a contagem das 
vértebras em pessoas vivas. Para localizar esse 
marco, deslize seus dedos na direção inferior ao 
longo da parte posterior do seu pescoço, na linha 
mediana, onde você pode sentir os processos 
espinhosos das vértebras cervicais. O da vértebra 
C VII é especialmente saliente. 
 
Característic
a 
Cervical 
(III -VII) 
Torácica Lombar 
Corpo Pequeno; 
largo látero- 
lateralmente
. 
Maior que 
o da 
cervical; 
em 
formato de 
coração; 
fóveas 
costais 
superior e 
inferior 
próximas 
do 
pedículo. 
Maciço, em 
forma de rim. 
Processo 
espinhoso 
Curto; 
bifurcado; 
projeta-se 
posteriorme
nte. 
Longo; 
forte; 
projeta-se 
inferiorme
nte. 
Curto; 
achatado; 
retangular; 
projeta-se 
posteriormen
te. 
Forame 
vertebral 
Triangular Circular Triangular 
Processos 
transversos 
Contém 
forames 
Fóveas 
para os 
tubérculos 
das 
costelas 
(exceto T 
XI e T 
XII) nas 
superfícies 
anteriores 
Delgados e 
cônicos 
Características regionais das vértebras cervical, 
torácica e lombar 
Processos 
articulares 
superior e 
inferior 
Faces 
superiores 
direcionadas 
supero – 
posteriorme
nte 
 
Faces 
inferiores 
direcionadas 
inferoanterio
rmente 
Faces 
superiores 
direcionad
as 
posteriorm
ente 
 
Faces 
inferiores 
direcionad
as 
anteriorme
nte 
Faces 
superiores 
direcionadas 
postero - 
mediamente 
(ou 
medialmente) 
 
Faces 
inferiores 
direcionadas 
anterolateral
mente ou 
lateralmente 
Movimentos 
permitidos 
Flexão e 
extensão; 
flexão 
lateral; 
rotação; 
região da 
coluna com 
movimento 
Rotação; 
flexão 
lateral 
possível, 
mas 
restringida 
pelas 
costelas; 
Flexão e 
extensão; 
alguma 
flexão lateral; 
rotação 
impedida 
máximo flexão e 
extensão 
limitadas 
 
 
 
 
 
 
 
As 12 vértebras torácicas, T I –T XII, articulam -se com 
as costelas. Suas outras características únicas são: 
Lateralmente, cada um dos lados do corpo vertebral 
possui duas pequenas depressões. A fóvea costal 
superior e a fóvea costal inferior. As cabeças das 
costelas articulam-se com essas fóveas. Para a maioria 
das costelas, a cabeça da costela está articulada aos 
corpos de duas vértebras adjacentes: a fóvea costal 
inferior da vértebra superior e a fóvea costal superior 
da vértebra inferior. A vértebra T I difere desse padrão 
geral, pois seu corpo apresenta uma fóvea completa 
para a primeira costela e uma meia-fóvea para a 
segunda costela; além disso, os corpos da T X –T XII 
têm apenas fóveas únicas para receber suas respectivas 
costelas. 
 O processo espinhoso é longo e dirige-se 
inferiormente. 
 O forame vertebral é circular. 
 Com exceção de T XI e T XII, os processos 
transversos têm fóveas que se articulam com 
os tubérculos das costelas chamadas facetas 
costais dos processos transversos. 
 As faces articulares superiores e inferiores, 
que articulam vértebras adjacentes, encontram-
se principalmente no plano frontal, ou seja, as 
faces articulares superiores posicionam-se 
posteriormente, enquanto as faces articulares 
inferiores posicionam-se anteriormente. Tais 
articulações limitam a flexão e a extensão, mas 
permitem a rotação entre as vértebras 
adjacentes. Grande parte da habilidade de girar 
o tronco vem da região torácica da coluna 
vertebral. A flexão lateral também é possível, 
mas é limitada em virtude das costelas. 
 
A região lombar da coluna vertebral, a área 
comumente referida como a menor do dorso, recebe o 
maior estresse. A função maximizada para o suporte de 
peso das cinco vértebras lombares (L I –L V) reflete-se 
em sua estrutura robusta: em vista superior, seus 
corpos são maciços e reniformes. Suas outras 
características são as seguintes: 
 Os pedículos e as lâminas são mais curtos e 
mais espessos do que de outras vértebras. 
 Os processos espinhosos são curtos, planos e 
em forma de um pequeno machado e 
projetam-se diretamente na direção posterior. 
Esses processos são robustos para a inserção 
dos grandes músculos do dorso 
 O forame vertebral é triangular. 
 As faces articulares superiores estão voltadas 
posteromedialmente (ou medialmente), 
enquanto as faces articulares inferiores estão 
voltadas anterolateralmente (ou lateralmente), 
orientadas aproximadamente no plano sagital. 
Tais articulações proporcionam estabilidade 
por evitar rotação entre as vértebras lombares, 
enquanto permitem flexão e extensão. A 
região lombar flexiona, por exemplo, quando 
você faz abdominais ou curva-se para pegar 
uma moeda nochão. Além disso, também a 
flexão lateral é permitida por essa região da 
coluna vertebral. 
 
O sacro, triangular e curvo, molda a parede posterior 
da pelve. Ele é formado por cinco vértebras fundidas 
(S I – S V); assim, a maioria das características do 
sacro são modificações das características vertebrais 
Vértebras torácicas 
 
Vértebras lombares 
Sacro 
típicas. Na região superior, o sacro articula-se com a L 
V através de um par de processos articulares superiores 
e um disco intervertebral. Inferiormente, articula-se 
com o cóccix. 
A margem anterossuperior da primeira vértebra sacral 
forma uma protuberância na posição anterior dentro da 
cavidade pélvica definida como promontório. Quatro 
linhas transversas atravessam a superfície anterior do 
sacro, definindo as linhas de fusão das vértebras do 
sacro. Os forames sacrais anteriores permitem a 
passagem das divisões ventrais (ramos ventrais) dos 
nervos espinais sacrais. 
A grande região lateral a esses forames é simplesmente 
chamada parte lateral. Essa parte expande-se 
superiormente nas asas que se desenvolvem a partir de 
elementos fundidos das costelas de S 1 -S 5 (elementos 
embrionários das costelas desenvolvem-se em 
associação com todas as vértebras, embora eles só se 
tornem verdadeiras costelas no tórax. Em outros locais, 
eles se fundem nas superfícies ventrais dos processos 
transversos). As asas articulam-se através de suas faces 
auriculares com os dois ossos do quadril (ilíacos) para 
formar as articulações sacroilíacas da pelve. 
Na superfície posterior, na linha mediana, encontra-se 
a crista sacral mediana, irregular, que representa os 
processos espinhosos fundidos das vértebras sacrais. 
Lateralmente a ela estão os forames sacrais posteriores, 
que permitem a passagem dos ramos dorsais dos 
nervos espinais sacrais. Lateralmente a eles estão às 
cristas sacrais laterais, representando as extremidades 
dos processos transversos das vértebras sacrais a cada 
lado. 
O canal vertebral continua dentro do sacro como canal 
sacral. As lâminas da quinta (e, por vezes, da quarta) 
vértebra sacral não conseguem fundir-se medialmente, 
deixando uma abertura externa alargada chamada hiato 
sacral (hiato = lacuna) na extremidade inferior do canal 
sacral. 
 
 
 
O cóccix é pequeno e triangular, composto de três a 
cinco vértebras fundidas juntas. Exceto pelo pequeno 
apoio que proporciona aos órgãos pélvicos, ele é quase 
um osso inútil. A lesão do cóccix, como a causada por 
queda abrupta, é extremamente dolorosa. 
 
A estrutura óssea do tórax (peito), chamada caixa 
torácica, tem aproximadamente a forma de um barril e 
inclui as vértebras torácicas posteriormente, as costelas 
lateralmente e o esterno e as cartilagens costais 
anteriormente. A caixa torácica forma uma caixa de 
proteção em torno do coração, pulmões e outros órgãos 
e também suporta os ombros e membros superiores, 
bem como fornece pontos de inserção para muitos 
músculos do dorso, pescoço, tórax e ombros. Além 
Caixa torácica 
Cóccix 
disso, os espaços intercostais são ocupados pelos 
músculos intercostais, que elevam e deprimem o tórax 
durante a respiração. 
 Esterno 
O esterno está localizado na linha média anterior do 
tórax. Semelhante a um punhal, é um osso plano, com 
aproximadamente 15 cm de comprimento, composto 
de três partes: o manúbrio, o corpo e o processo 
xifoide. O manúbrio (“cabo da faca”) é a parte superior 
e tem a forma de um nó de gravata. Suas incisuras 
claviculares articulam-se com as clavículas súpero 
lateralmente. Imediatamente abaixo, o manúbrio 
articula-se com a primeira e segunda costelas. O corpo, 
ou parte média, compõe a maior parte do esterno. 
É formado a partir de quatro ossos separados, um 
abaixo do outro, que se fundem após a puberdade. As 
laterais do esterno são entalhadas para articulação com 
as cartilagens costais da segunda à sétima costelas. O 
processo xifoide forma a extremidade inferior do 
esterno. Esse processo em forma de língua é uma 
lâmina de cartilagem hialina na juventude e não se 
ossifica totalmente até aproximadamente os 40 anos de 
idade. Em algumas pessoas, o processo xifoide projeta-
se posteriormente. Golpes no peito podem empurrar 
esse processo para a região do coração ou fígado, 
causando forte hemorragia. 
O esterno tem três pontos anatômicos importantes que 
podem ser palpados: a incisura jugular, o ângulo do 
esterno e a articulação xifoesternal. 
A incisura jugular, também chamada fúrcula 
supraesternal, é a incisura central na margem superior 
do manúbrio. Se você deslizar o dedo para baixo, na 
superfície anterior de seu pescoço, ele vai pousar na 
incisura jugular, que se situa geralmente no mesmo 
plano horizontal que o disco entre a segunda e terceira 
vértebras torácicas. 
Imediatamente abaixo está o ângulo do esterno, uma 
crista horizontal na superfície anterior do esterno, onde 
o manúbrio se articula ao corpo. Essa articulação de 
fibrocartilagem age como uma dobradiça, permitindo 
que o corpo do esterno desloque-se anteriormente 
quando inspiramos. O ângulo do esterno está alinhado 
com o disco entre a quarta e quinta vértebras torácicas. 
Anteriormente, ele se situa no nível da segunda 
costela. É um ponto de referência útil para encontrá-la. 
Uma vez que a segunda costela está localizada, você 
pode fazer uma contagem para baixo para identificar 
todas as outras costelas (exceto a primeira e, por vezes, 
a décima segunda, que são muito profundas para serem 
palpadas). Ao localizar as costelas individuais, você 
identifica uma série de linhas horizontais de “latitude”, 
pelas quais pode localizar as vísceras da cavidade 
torácica. 
A articulação xifoesternal é onde o corpo do esterno e 
o processo xifoide fundem-se. Ela está localizada no 
nível da nona vértebra torácica. Profundamente a essa 
articulação está o coração, sobre o diafragma. 
 Costelas 
Doze pares de costelas formam os lados da caixa 
torácica. Todas as costelas articulam-se às vértebras 
torácicas posteriormente e projetam-se 
anteroinferiormente no tórax. Os sete pares superiores, 
que se fixam diretamente ao esterno por suas 
cartilagens costais, são as costelas verdadeiras, ou 
costelas vertebrosternais. Os cinco pares inferiores, 
costelas VIII a XII, são chamados costelas falsas 
porque eles se fixam ao esterno indiretamente ou não 
se fixam. As costelas VIII a X fixam-se ao esterno 
indiretamente, já que cada uma se une à cartilagem 
costal acima dela; estas são chamadas costelas 
vertebrocondrais. 
As costelas XI e XII são chamadas costelas flutuantes, 
ou costelas vertebrais, porque elas não têm articulações 
anteriores. Em vez disso, suas cartilagens costais 
encontram-se embutidas nos músculos da parede 
lateral do corpo. As costelas aumentam em 
comprimento dos pares I ao VII, e depois diminuem 
dos pares VIII ao XII. A margem inferior da caixa 
torácica, ou arco costal, é formada pelas cartilagens 
costais das costelas VII a X. As margens costais direita 
e esquerda divergem a partir da região da articulação 
xifoesternal, onde formam o ângulo infraesternal. 
Uma costela típica é um osso plano curvado (também 
classificado como osso alongado). A parte principal de 
uma costela é chamada de haste ou corpo. Sua margem 
superior é lisa, mas a sua margem inferior é forte e 
afilada e tem um sulco da costela na sua face interna, 
onde se localizam vasos e nervos intercostais. Além do 
corpo, cada costela tem uma cabeça, um colo e um 
tubérculo. A cabeça em forma de cunha articula-se 
com os corpos vertebrais por duas faces articulares: 
uma face une-se ao corpo da vértebra torácica de 
mesmo número; a outra une-se ao corpo da vértebra 
imediatamente superior. O colo de uma costela é uma 
região pequena, constrita à parte lateral da cabeça. 
Exatamente na lateral do colo, na superfície posterior, 
o tubérculo (como um botão) articula-secom o 
processo transverso da vértebra torácica de mesmo 
número. 
Lateral ao tubérculo, no ângulo da costela, o corpo 
curva-se acentuadamente para frente e estende-se até a 
cartilagem costal anteriormente. As cartilagens costais 
fornecem uniões seguras, mas flexíveis, das costelas ao 
esterno, e contribuem para a elasticidade da caixa 
torácica. 
A primeira costela é atípica, pois é achatada de 
superior para inferior, e é bem larga. Os vasos 
subclávios, a grande artéria e veia que suprem os 
membros superiores, correm em um sulco ao longo de 
sua superfície superior. Há outras exceções ao padrão 
de costela típica: a primeira e as costelas X-XII 
articulam-se somente com um corpo vertebral; as 
costelas XI e XII não se articualm com os processos 
transversos das vértebras. 
 
 
 
 Distúrbios do esqueleto axial 
Fenda palatina 
Várias anomalias congênitas podem afetar o crânio. A 
mais comum é a fenda palatina, na qual as metades 
direita e esquerda do palato não se juntam 
medialmente. Esse defeito deixa uma abertura entre a 
boca e a cavidade nasal que interfere na sucção e na 
habilidade de mamar do bebê. A fenda palatina pode 
levar à aspiração (inalação) de alimento para dentro da 
cavidade nasal e para os pulmões, resultando em 
pneumonia. Muitas vezes acompanhada por lábio 
leporino, é reparada cirurgicamente. Recentemente, 
descobriu-se que a probabilidade de fenda palatina é 
minimizada se a mãe tomar multivitaminas contendo 
ácido fólico durante o início da gravidez. 
 O esqueleto axial ao longo da vida 
Os ossos membranosos do crânio começam a se 
ossificar ao final do segundo mês do desenvolvimento. 
Nesses ossos planos, o tecido ósseo cresce para fora a 
partir de centros de ossificação dentro das membranas 
mesenquimais. No momento do nascimento, os ossos 
do crânio permanecem incompletos e são separados 
por remanescentes das membranas, e ainda não 
ossificados, chamados fontículos (fontanelas). Os 
principais fontículos — anterior, posterior, 
anterolateral e posterolateral — possibilitam que o 
crânio seja levemente comprimido quando a criança 
passa pelo estreito canal do parto e permitem o 
crescimento do encéfalo do bebê. O grande fontículo 
anterior, em forma de diamante, ainda pode ser sentida 
de um ano e meio a dois depois do nascimento. As 
outras são geralmente substituídas por osso até o final 
do primeiro ano. Enquanto os ossos da calvária e da 
face formam-se diretamente do mesênquima por 
ossificação intramembranosa, aqueles na base do 
crânio desenvolvem-se a partir da cartilagem, por 
ossificação endocondral. Mais especificamente, os 
ossos endocondrais do crânio são o occipital (exceto o 
extremo da sua parte posterossuperior), a parte petrosa 
do temporal, a maior parte do esfenoide e do etmoide. 
No momento do nascimento, os ossos do crânio são 
delgados. O osso frontal e a mandíbula começam como 
ossos pares que se fundem medialmente durante a 
infância. A parte timpânica do osso temporal é 
meramente um anel em forma de C em recém-
nascidos. O crânio muda ao longo da vida, mas as 
mudanças são mais drásticas durante a infância. Ao 
nascer, o crânio do bebê é enorme em relação a sua 
face pequena. As maxilas e a mandíbula são 
comparativamente pequenas, e os contornos da face 
são planos. Aos 9 meses de idade, o crânio já está na 
metade do seu tamanho adulto. Aos 2 anos, é três 
quartos de seu pleno tamanho, e aos 8 ou 9 anos o 
crânio já terá quase atingido o seu tamanho total. 
Entre as idades de 6 e 13 anos, no entanto, a cabeça 
parece ampliar substancialmente porque a face 
literalmente cresce a partir do crânio, assim como a 
mandíbula, as bochechas e o nariz tornam-se mais 
proeminentes. O alargamento da face está relacionado 
com uma expansão do nariz, dos seios paranasais e dos 
músculos da mastigação, além do desenvolvimento de 
grandes dentes permanentes. Os problemas com a 
coluna vertebral tais como lordose ou escoliose, podem 
aparecer durante os primeiros anos escolares, quando o 
crescimento rápido dos ossos longos dos membros 
alonga muitos músculos. 
As crianças normalmente têm uma ligeira lordose 
porque seguram o abdome na posição anterior para 
contrabalançar o peso de suas cabeças relativamente 
grandes, mantidas levemente na posição posterior. 
Durante a infância, o tórax fica mais largo, mas a 
postura adulta verdadeira (cabeça erguida, ombros para 
trás, abdome para dentro e queixo para fora) não se 
desenvolve até a adolescência. 
O envelhecimento afeta muitas partes do esqueleto, 
especialmente a coluna vertebral. O teor de água dos 
discos intervertebrais diminui. Como os discos se 
tornam mais estreitos e menos elásticos, o risco de 
hérnia aumenta. Um encurtamento adicional do tronco 
pode ser causado por osteoporose da coluna vertebral 
que leva à cifose, que é às vezes chamada de 
“corcunda da viuvez” em adultos mais idosos. Com o 
aumento da idade, o tórax torna-se mais rígido, 
principalmente porque as cartilagens costais se 
ossificam. Essa perda de elasticidade da caixa torácica 
leva a uma respiração superficial, que por sua vez 
conduz à troca gasosa menos eficiente nos pulmões. 
Lembre-se de que todos os ossos perdem massa com a 
idade. Os ossos do crânio perdem menos massa que a 
maioria, mas perdem o suficiente para alterar os 
contornos faciais da pessoa idosa. Como o tecido ósseo 
da mandíbula e das maxilas diminui, esses ossos 
parecem pequenos e ficam, novamente, com aspecto 
infantil. Se uma pessoa idosa perde seus dentes, a 
perda óssea na região das maxilas é acelerada porque o 
osso da região alveolar (soquetes dos dentes) é 
reabsorvido.

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