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Colecistite Aguda - Etiologia multifatorial - Inflamação aguda da vesícula → obstrução da vesícula (cálculos 95% das vezes), com liberação de fosfolipase A2 e conversão de lisocisteína → ↑ pressão intraluminal, obstrução venosa e linfática → isquemia → ulceração da parede. -Achados anatomopatológicos: fibrose de parede, infiltrado inflamatório crônico e seios de Rokitansky-Aschoff -A bile é estéril, porém com cálculos há crescimento de bactérias (E.coli, Klebsiella, S. fecalis, Proteus e Clostridum) Tratamento: - Inicial: Internação, hidratação venosa, analgesia, dieta zero, ATB parenteral - Antibióticos: amox+clavulanato, ampicilina+subactram, ceftriaxone ou quinolona - Colecistectomia laparoscópica (via preferencial). - Caso evolução de 3-4 dias, pode ser realizado ATB EV por 6-10 semanas e após abordagem cirúrgica. - Fatores de risco: Mulheres (até os 50 anos), cólica biliar (surtos repetidos). Quadro Clínico: - Mulheres >40 anos, cálculos biliar - Dor abdominal com aumento da intensidade, >6 horas. A dor pode iniciar no epigástrio. - Sinal de Murphy: Parada brusca da inspiração a palpação profunda da vesícula. - Massa palpável em 20% (hipersensível) - Icterícia (10%) Diagnóstico - Hemograma: Leucocitose (12-15.000), Bilirrubina (↑ discreto), TGO e FA (↑ discreto). Pode ter aumento de amilase sérica (pode não ser por pancreatite, mas as duas doenças têm os mesmos fatores de risco, podendo ocorrer concomitantemente). - Ultrassonografia: 1o exame a ser pedido - Cintilografia: Exame mais acurado Diagnóstico diferencial - Apendicite aguda, Pancreatite, Úlcera péptica perfurada - Hepatites virais, pielonefrite, litíase renal, gastrite, abscesso hepático, diverticulite, hérnia de hiato, peri- hepatite gonocócica (S. de Fitz-Hugh-Curtis) Complicações: - Perfurações e fístulas: perfuração livre na cavidade (peritonite generalizada); perfuração localizada (abscesso pericólico); perfuração em vísceras ocas (fístulas) -Ílio biliar: Cálculo biliar que passa por uma fístula e impacta no íleo (mais estreito). Diagnóstico por radiografia de abdomen. Ocorre em 25% dos casos. -Síndrome álgica pós-colecistectomia: Alguma outra condição faz os sintomas: coledocolitíase, pancreatite, úlcera péptica, síndrome do colon irritável Síndrome de Mirizzi Colecistite aguda alitiásica - 5-10% dos casos - Homens, com comorbidade importantes (cuidado intensivo, grandes queimados, politraumatizados, jejum prolongado ou doenças sistêmicas graves) - Estase biliar (jejum) + resposta inflamatória sistêmica → formação de “lama biliar” → processo inflamatório na vesícula → congestão da parede → isquemia - O Quadro pode ser mascarado por sintomas sistêmicos. - Diagnóstico com USG ou cintilografia - Tratamento: cirúrgico Colecistite enfisematosa - 1% das colecistites agudas, caracterizada por gases na vesícula (visualizada na radiografia de abdômen) - instalação súbita e mais rápida, com indicação de colecistectomia emergencial (risco de gangrena e perfuração) Colecistite tifóide - Evento raro no curso clínico da febre tifóide, não são identificadas cálculos e o risco de perfuração é alto - Colecistectomia emergencial é indicada. - Obstrução do ducto hepático comum, por cálculo grande em infundíbulo ou ducto cístico. - É rara - Clinicamente apresenta-se como cólica biliar de longa duração, com icterícia e elevação da fosfatase alcalina - Classificação: I (compressão do ducto hepático por cálculo no ducto cístico); II, III e IV (levam a colecistite crônica e formação de fístula entre o infundíbulo e o ducto hepático- Fístula colecistocoledocina ou biliar). - USG demonstra dilatação do ducto - Tratamento cirúrgico, por via aberta, podendo variar de colecistectomia com drenagem do colédoco, através do dreno de Kehr, até anastomoses biliodigestivas (Y de Roux). Outras formas de colecistite
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