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Anatomia do olho humano

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SAÚDE INTEGRAL DO ADULTO [OFTALMOLOGIA]| Anna Clara Faria Duarte 
1 
FUNÇÃO 
Refratar e permitir a livre passagem dos raios 
luminosos, focalizando-os na retina e convertendo a 
energia luminosa em impulso elétrico. 
TÚNICAS OCULARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÚNICA EXTERNA/FIBROSA: córnea e esclera 
TÚNICA MÉDIA/VASCULAR: íris, corpo ciliar e coróide. 
TÚNICA INTERNA/NEUROSSENSORIAL: retina 
TÚNICA EXTERNA 
CÓRNEA 
• Lente transparente, não vascularizada (importante 
para se manter transparente) e ricamente 
inervada; 
• É oxigenada e nutrida pela lágrima (na parte da 
frente) e humor aquoso (drena parte posterior) 
- A 1ª camada da córnea é o epitélio, a entrada de 
corpo estranho (cisco, por exemplo) promove 
despitelização e as terminações nervosas embaixo 
ficam livres, causando a dor. 
- Dormir de lentes: A pálpebra fechada diminui a 
oxigenação que passa pela lágrima até chegar a córnea 
para nutri-la. 
ESCLERA 
• Camada opaca que reveste os 2/3 posteriores do 
globo 
• Tem estroma avascular, mas tem uma camada 
superficial chamada episclera que é ricamente 
vascularizada (nutrição da esclera) 
- Apesar de ambas serem formadas por colágeno tipo 
1, a córnea é transparente pois suas fibras colágenas 
são pequenas e justapostas, já a esclera é opaca pois 
as fibras são dispostas de maneira mais grosseira 
CONJUNTIVA 
• Membrana mucosa que reveste a superfície 
anterior do globo (exceto a córnea) e a parte 
interna das pálpebras. 
• Não faz parte da túnica externa, mas está 
relacionada com a esclera 
• Função: proteção 
ANATOMIA DA SUPERFÍCIE 
 
Limbo: transição entre córnea e esclera. Local onde 
estão as células pluripotentes = regeneração da córnea 
Conjuntiva bulbar: reveste toda a superfície do olho. 
Fórnice: Faz a dobra atrás do olho (superior e inferior), 
formando o fundo de saco (não tem como a lente 
entrar atrás do olho) 
Conjuntiva tarsal: reveste a pálpebra interna 
Margem palpebral 
Prega semilunar 
Carúncula 
TÚNICA MÉDIA 
 
 
 
 
SAÚDE INTEGRAL DO ADULTO [OFTALMOLOGIA]| Anna Clara Faria Duarte 
2 
ÍRIS 
• Membrana fibrovascular com abertura central 
(pupila) 
• Funciona como diafragma de câmera regulando 
quantidade de luz que entra no olho. 
• Midríase: Sistema Nervoso Autônomo Simpático 
através do músculo dilatador da pupila 
• Miose: Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático 
através do músculo esfíncter da íris. 
• Função anatômica: divide o olho em 2 segmentos 
– anterior (tudo para frente do cristalino) e 
posterior (tudo para trás do cristalino) 
CÂMARAS DO OLHO 
 
CORPO CILIAR 
• Funções: músculo ciliar = acomodação; processos 
ciliares = produz humor aquoso 
Produção do humor aquoso: Os processos ciliares 
secretam constantemente o humor aquoso > enche a 
câmara posterior > pupila > enche a câmara anterior. 
Drenagem do humor aquoso: Precisa ser drenado para 
não aumentar a pressão do olho. Entre córnea e íris, 
tem uma região chamada de seio camerular, nesta 
região tem uma rede chamada de malha trabecular, é 
toda porosa, e o humor aquoso passa por aí e é 
drenado, e cai no canal chamado canal de schlemm. 
Do canal, vai pra circulação venosa. 
CRISTALINO 
 
• Lente biconvexa, avascular, sem inervação 
• Não faz parte da túnica média, mas está 
relacionado a íris, logo atrás dela. 
• Fica ligado ao músculo ciliar por fibras (zônulas) 
Acomodação: pode mudar sua configuração com o 
intuito de focalizar de perto e ele fica mais esférico, 
quando olha para longe o músculo relaxa e o cristalino 
retorna a sua posição normal. 
CORÓIDE 
• 2/3 posteriores da túnica vascular, fica entre a 
retina e a esclera 
• Formada por uma rede de artérias entrelaçadas e 
anastomosadas 
• Função: nutrir as camadas mais externas da retina 
TÚNICA INTERNA 
RETINA 
 
Epitélio Pigmentar da Retina: composta por células 
cuboides sua função é reciclar vitamina A para ser 
utilizada pelos fotorreceptores além de estar 
relacionado com o mecanismo da barreira 
hematoretiniana. 
*Vitamina A: Faz parte do fotopigmento (em contato 
com a luz isomeriza e converte luz em impulso 
elétrico) de cones e bastonetes. 
Retina Neurossensorial: Sua primeira camada é 
composta por células fotorreceptoras (cones e 
bastonetes). No meio, uma série de neurônios 
interconectores e após, camada de células 
ganglionares. 
AO EXAME 
Na prática, ao examinar FUNDO DE OLHO do paciente, 
enxergamos: 
 
 
 
 
SAÚDE INTEGRAL DO ADULTO [OFTALMOLOGIA]| Anna Clara Faria Duarte 
3 
 
Disco óptico (ponto iluminado na foto) e arcadas 
vasculares. Entre as arcadas tem a mácula (ponto 
escuro), que é a principal região relacionada a visão de 
alta qualidade e visão de cores, nesse local há 
predomínio de bastonetes. 
No centro da mácula (o pontinho mais escuro no meio 
da mácula) é a fóvea. Nesse local só tem cones. 
Bastonetes: relacionado com visão de constraste e 
perpepção de movimento pelo campo visual 
periférico. 
VÍTREO 
Composição: água (98-99%), glicosaminoglicanos e 
proteínas (ácido hialurônico). Tem consistência de gel 
(complacência para o olho). 
Função: Permitir a livre transmissão da luz à retina e 
amortecimento (complacência) 
NERVO ÓPTICO 
Formado por axônios das células ganglionares da 
retina. 
O nervo óptico é dividido em partes: a primeira parte é 
a papila óptica, ou cabeça do nervo óptico (o que 
vemos no fundo do olho). A segunda parte, é o que 
está dentro da órbita. 
Em toda via óptica só ocorre uma única sinapse > 
axônios grandes. 
ANEXOS OCULARES 
ÓRBITA 
Cavidade óssea que contém os globos oculares, os 
músculos extraoculares, gordura, nervos e vasos 
sanguíneos. Tem o formato piramidal. 
 
Teto: osso frontal e asa menor do esfenoide + fossa 
lacrimal (fossa que aloja a glândula lacrimal) 
 
Parede medial: lâmina papirácea do etmoide (muito 
frágil = 1ª região de fragilidade), osso lacrimal, osso 
maxilar e corpo do esfenoide. 
 
Assoalho (2ª região de fragilidade): maxilar, zigomático 
e palatino. 
 
Parede lateral: asa maior do esfenoide, zigomático e 
osso frontal. 
ESTRUTURAS NOBRES 
 
 
 
 
SAÚDE INTEGRAL DO ADULTO [OFTALMOLOGIA]| Anna Clara Faria Duarte 
4 
 
Fissura orbitária superior: N. Oculomotor, N. Troclear, 
N. Abducente, V. Oftálmica Superior e Inferior e um 
ramo no Nervo Trigêmo 
Fissura orbitária inferior: N. Infraorbital e V. oftálmica 
inferior 2º ramo. 
MÚSCULOS EXTRAOCULARES 
• M. RETO SUPERIOR: elevar 
• M. RETO INFERIOR: deprimir 
• M. RETO MEDIAL: aduz 
• M. RETO LATERAL: abduz 
• M. OBLÍQUO SUPERIOR: ao contrair, deprime olho 
• M. OBLÍQUO INFERIOR: elevar o olho 
INERVAÇÃO 
III (Oculomotor): M. Reto Superior, M. Reto Inferior, M. 
Reto Medial, M. Oblíquo inferior 
IV (Troclear): M. Oblíquo Superior 
VI (Abducente): M. Reto Lateral 
PÁLPEBRA 
Função: proteção dos olhos, distribuição e drenagem 
das lágrimas 
Reflexo de piscar: composto por uma via aferente 
composta pelo trigêmeo e a eferente pelo facial. 
Pálpebra superior: M. Elevador da Pálpebra Superior e 
M. de Muller (entre a conjuntiva e elevado da 
pálpebra) – inervação simpática > susto = olho 
arregalado 
Pálpebra inferior: Mm. Retratores da Pálpebra Inferior 
(inevração: N. oculomotor). Quando olhamos pra 
baixo, pálpebra inferior deprime, traciona, abaixa para 
aumentar nosso campo visual inferior, e isso é feito 
por estes músculos. 
Abertura da pálpebra: M. Elevador da Pálpebra 
superior (N. Oculomotor) 
Fechamento da pálpebra: M. Orbicular do olho 
(N.facial) 
MÚSCULOS SINERGISTAS 
No fechamento palpebral forçado, usamos os 
músculos da glabela – PRÓCEROS (músculo em v) e 
CORRUGADORES DO SUPERCÍLIOS (logo atrás da 
sobrancelha). 
Os Corrugadores ao contraírem tracionam a 
sobrancelha pra baixo, ajudando no fechamento 
palpebral forçado. 
Músculos da mímica facial: M. frontal, que é sinergista 
na abertura ocular. 
SISTEMA LACRIMAL 
Produção da lágrima: 
• A secreção basal quelubrifica o olho a todo 
momento não é produzida pela glândula lacrimal, 
e sim por glândulas acessórias: Krause e Wolfring, 
localizadas na conjuntiva, fórnice, tarso... 
• Glândula Lacrimal tem sua principal função no 
lacrimejamento reflexo: por exemplo, ao entrar 
corpo estranho no olho, ao chorar 
• A glândula lacrimal e as lacrimais acessórias vão 
produzir a camada AQUOSA da lágrima (principal, 
mais importante) 
• Mas a lágrima também tem além da camada 
aquosa, 2 camadas de gordura: CAMADA LIPÍDICA 
(mais externa) e CAMADA DE MUCINA (colada na 
córnea) 
• CAMADA LIPÍDICA da lágrima é produzida pela 
Glândula de MEIBOMIUS. Na blefarite, existe 
disfunção desta glândula. Os pacientes com esta 
patologia queixam de olho seco porque se a 
camada lipídica da lágrima não está sendo 
adequadamente produzida, a lágrima evapora 
muito rapidamente do olho. (xeroftalmia) 
• CAMADA DE MUCINA: produzida por células 
CALICIFORMES, localizadas na Conjuntiva. 
• A lágrima é extremamente importante para 
integridade do olho, que deve ser constantemente 
bem lubrificado. Paciente com xeroftalmia leve, 
sente desconforto ocular, mas se for xeroftalmia 
mais grave, a córnea entra em sofrimento, 
 
 
 
 
SAÚDE INTEGRAL DO ADULTO [OFTALMOLOGIA]| Anna Clara Faria Duarte 
5 
desepitelizar e até conjuntivar (nascer neovaso e 
perder transparência) 
Funções da lágrima: 
1. Antibacteriano – a lágrima é rica em lisozimas, ig, 
que fazem proteção do olho 
2. Fornece a maior parte do O2 que chega para 
córnea 
3. Regulariza e mantém a integridade da superfície 
ocular 
Drenagem da lágrima: A lágrima entra nos pontos 
lacrimais (1 superior e 1 inferior, sendo que cada um 
drena 50% da lágrima). Depois, a lágrima cai nos 
canalículos (1 superior e 1 inferior, que depois formam 
um canalículo comum), desemboca n lacrimal e depois 
no ducto nasolacrimal. Depois, cai no meato nasal 
inferior, vai para cavidade nasal. (Por isso quando 
choramos muito, o nariz escorre; e quando pingamos 
colírio, podemos sentir gosto na boca). 
- Músculo Orbicular tem função de “bomba” nessa 
drenagem

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