Grátis
12 pág.

Agroquímicos - Resumo
Denunciar
Pré-visualização | Página 1 de 3
AGROQÚIMICOS – RESUMO Agrotóxicos: grupos de substâncias químicas, físicas ou biológicas utilizadas no controle de pragas e doenças de plantas. Rotenona: substância orgânica de origem natural com ação inseticida e pesticida, encontrada nos extratos de raízes e caules de plantas. Lei nº 11.936/09: proíbe a fabricação. importação, manutenção, estoque, comercialização e uso do DDT em todo o território nacional. Produção e comercialização de agrotóxicos no Brasil (e no mundo): concentra na mão de seis grandes empresas transnacionais que controlam mais de 80% do mercado. São elas: Monsanto, Syngenta, Bayer, Dupont, Dow e Basf. Fungicidas: composto químico ou biológico usado no controle de doenças fúngicas - inibe ou mata o fungo causador da doença. Fungitoxicidade de um produto: propriedade inerente (habilidade) de uma substância em inibir ou matar os fungos a um determinado nível de exposição. Sensibilidade in vitro de fungos a fungicidas: crescimento micelial, germinação de esporos, comprimento tubo germinativo e morfologia tubo germinativo; Crescimento micelial: ≤ 1 ppm (muito eficiente), 1-10 ppm (eficiente); moderadamente eficiente 10-50 ppm;- ineficientes≥ 50 ppm FUNGICIDAS Fungicida ideal: alta toxicidade inerente ao patógeno, grande estabilidade sob condições adversas, sem danos à planta, não tóxico ao aplicador, não cause desequilíbrio ecológico, sem resíduos tóxicos no produto. · Classificação de fungicidas: Princípio geral de controle: erradicante ou de contato, protetor, curativo Mobilidade na planta: imóvel (permanece na superfície), sistêmico (translocam através sistema vascular), mesostêmico (redistribuição na superfície) e translaminar (penetram o limbo e age face oposta) Grupo químico: inorgânicos e orgânicos Mecanismo de ação: danos membrana celular do fungo, inativação de enzimas ou proteínas essenciais, interfere em processos como respiração ou produção de energia · Tipos de fungicidas Erradicantes ou de Contato (imóvel): atuam diretamente sobre o patógeno na fonte de inóculo, antes da infecção ou germinação do propágulo. - Usos: tratamento do solo (fumigantes: formol, dazomet; não fumigantes: quintozene) tratamento de sementes (não sistêmicos: tiram; sistêmicos: tiabendazol), tratamento de inverno (calda bordalesa), afetam a qualidade (germinação) esporos (estrobilurinas). Protetores ou residuais (imóvel): Formam camada protetora tóxica aos fungos em tecidos suscetíveis do hospedeiro (barreira prevenindo contato patógeno-hospedeiro) não sistêmicos · Inibidores inespecíficos de reações químicas; · Afetam diversos processos vitais (ação multi-sítio) · Amplo espectro de ação · Não penetram no hospedeiro · Efetivos se aplicados antes da infecção · Requerem aplicações periódicas (7-15 dias) e cobertura total do tecido suscetível - Usos: fungicidas aplicados em folhas, ramos novos, flores, frutos, ferimentos dos ramos e sementes. Pulverização partes aéreas - Principais grupos: enxofre (calda sulfocálcica), cúpricos (calda bordalesa), ditiocarbamatos (tiram), etilenobisditiocarbamatos (mancozebe), compostos aromáticos, compostos de estanho e compostos heterocíclicos nitrogenados. Curativos ou Sistêmicos (móvel): atenuam o desenvolvimento da doença agindo sobre o patógeno após o estabelecimento de seu contato efetivo com o hospedeiro (infecção/colonização). Capazes de translocar pela planta · Inibidores seletivos de processos metabólicos específicos · Fungitoxicidade direta, · Muito baixa a baixa solubilidade em água, · Penetração em tecidos aéreos e raízes – xilema · Movimento ascendente pela corrente transpiratória. - Principais grupos: carboximidas, benzimidazóis, triazóis, fenilamidas, inibidores da biossíntese de melanina, estrobilurinas, dicarboximidas. Fungicidas imóveis: · Atividade protetora ou erradicante, nunca curativa · Inibidores inespecíficos de reações bioquímicas · Não sistemicos, fitotóxicos · Insolúveis (pouco soluveis) em água; · Amplo espectro de ação antifúngica; · Baixa fungitoxicidade inerente em doses elevadas. · Gupos químicos: inorgânicos (sulfúricos, cúpricos) e orgânicos (ditiocarbamatos, compostos aromáticos, heterocíclicos nitrogenados) Fungicidas sistêmicos: · Inibem um ou poucos processos metabólicos vitais · Seletivos para certos grupos taxonômicos · Atividade protetora, curativa, imunizante ou erradicante · Inibidores específicos de reações bioquímicas, · Elevada fungitoxicidade, e baixa fitotoxidade · Espectro de ação antifúngica variável · Translocação acropétala via xilema (maioria). · Resistência de fungos a fungicidas · Fungos podem se tornar resistentes aos fungicidas mutações, · 2012: 350 patossistemas relatados com algum tipo de resistência · Fungicidas sistêmicos são os mais utilizados na agricultura, · Início da déc. 80: FRAC discutia problemas de resistência aos fungicidas. INSETICIDAS Contato: resultante da absorção do inseticida pelo tegumento do inseto Ingestão: age e penetra no organismo do inseto através da via oral Fumigação: gás formado pelo produto penetra nos espiráculos, matando os insetos por asfixia. Pulverização direta e residual depende de diversos fatores para sua eficiência de aplicação: · Formulação: inseticidas de lenta liberação como os PM e ME tem mais poder residual que os CE2 · pH da água: grande maioria dos inseticidas tem uma meia vida maior em meio ácido que alcalino (domissanitários, agrotóxicos, fungicidas, herbicidas) · Temperatura: quanto mais quente mais rápido o inseticida evapora. · Vento: quanto maior a velocidade do vento mais rápido o inseticida evapora. · Raios UV: degradam rapidamente o inseticida · Chuva: nenhuma formulação consegue resistir à lavagem pela chuva · Tamanho de gotas emitidas pelo equipamento de pulverização (gotas > 80mm tem maior tempo de residual) · Equipamento utilizado Principais características dos inseticidas e acaricidas usados no controle de pragas nos agroecossistemas. · Inseticidas organoclorados: compostos sintéticos com C, Cl e H na estrutura; · Pouco solúveis em água e lipofílicos; · Alta toxicidade para o homem e para os animais; · Muito persistentes · Amplo espectro de ação: tóxicos para várias espécies · Não-sistêmicos: partes vulneráveis (patas, antenas, peças bucais e tórax) · Neurotóxicos e mutagênicos; · Grupos: - DDT: popularizado na década de 60 (dedetização), barato e altamente eficiente, banido na década de 70. Primavera Silenciosa: Rachel Carson denuncia que o DDT causava doenças como câncer e interferia na vida animal, exemplo, foi o aumento da mortalidade de pássaros. - HCH (Hexaclorociclohexano) ou BHC (Hexa cloreto de benzeno): sintetizado em 1825 por Faraday, descoberto como inseticida em1942, amplo espectro, usado no tratamento de sementes, solo e aplicação foliar em florestas. Organoclorados ainda em uso no Brasil: acaricidas clorados: dicofol e tetradifon Proibido: Endossulfan - era usado em insetos-pragas nas culturas de café, algodão, cacau e soja. · Fosforados ou Organofosforados: desenvolvido em 1936 na Alemanha · Primeiro composto desenvolvido: Parathion (foi o mais usado na agricultura) · Representam 35% do mercado de inseticida · Tóxicos a várias espécies; · Neurotóxicos (inibidores de acetilcolinesterase); - Subgrupos: derivado alifático (Malatiom), derivados fenílicos (Paration) e derivados heterocíclicos (Clorpirifos) - Usos: proteção de grãos armazenados (fenitrotiom e pirimifos-metilico), ascaricidas não sistêmicos (diazinom e etiom), grupos sistêmicos (forato e dissulfotoom), sistêmicos em animais (triclorfom), sanitário (clorpirifos). · Carbamatos: altamente tóxicos, alguns já saíram do mercado · Metabolizados por seres vivos (animais, vegetais e microrganismos no geral) · Sua decomposição produz substâncias tóxicas como NH3 e CO2 · Produtos comerciais: Aldicarb (Temik)/chumbinho - Proibido: Furadan (Carbofuram): nematicida utilizado no sulco de plantio da cana), FurazineFutur: usados no tratamento de sementes de milho. · Piretroides: inseticidas de contato mais vendidos no mercado. · Alguns nomes comerciais