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relatório produção de framboesa

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2 
 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
O produto 
Segundo Embrapa (2012), a framboesa é um fruto agregado, composto de cerca 
de 75 a 85 pequenas drupas ou drupéolos – que são o verdadeiro fruto, com uma 
semente cada , epiderme e polpa. Esses drupéolos são presos a um receptáculo carnoso e 
convexo. A coloração da framboesa pode variar do róseo até o vermelho-escuro, 
havendo variações em torno da cor amarela, denominada golden raspberry. 
Apresenta em geral forma cónica arredondada, sendo cada drupéola, constituída 
por uma semente dura envolvida por polpa, apresentada na Figura 1 por SOUZA 
(2007). 
 
Figura 1 - Morfologia da Framboesa 
Uma das principais características da framboesa é a facilidade de se destacar o 
conjunto de drupéolos (a parte comestível da framboesa) do receptáculo. 
O cultivo da framboesa (Rubus idaeus L.) é restrito aos estados do Sudeste e Sul 
do Brasil. Esta é uma planta de clima temperado, pertencente à família das rosáceas, que 
se adapta bem a baixas temperaturas e verões relativamente frescos. Necessita de 
precipitação entre 700 a 900 mm anuais e altitude entre 1.300 a 1.400 m. ( 
FIGUEIREDO et al., 2003) 
 
3 
 
Dentre as regiões do cultivo de framboesa, destaca-se a região serrana de São 
Paulo, como Campos do Jordão; e sul de Minas Gerais e Campos das Vertentes (Caldas, 
Campestre, Poços de Caldas e Barbacena). Dá-se, também, nas regiões mais frias do 
Sul, como Caxias do Sul, RS. 
O espaçamento de plantio depende da espécie, grupo, cultivar, solo e tipo de 
manejo que se pretende adotar (manual ou mecanizado). 
A Tabela 1 apresenta as recomendações de espaçamento usualmente utilizadas. 
 
Tabela 1 - Espaçamentos de plantio comumente usados para pequenas frutas. 
 
 
Fonte: EMBRAPA (2012). 
 
Na prática, a avaliação do estádio de maturação para a colheita da framboesa 
ocorre segundo cor, aspecto e turgescência, A maturação para colheita está 
correlacionada a alguns indicadores. 
Dentre esses, a coloração da epiderme é o mais comum na avaliação da 
maturação das pequenas frutas, muito embora possam ser utilizados, conjuntamente, os 
teores de sólidos solúveis e acidez titulável. Para Framboesas (EMBRAPA,2012), frutas 
completamente coloridas, túrgidas e de fácil remoção do receptáculo são destinadas ao 
mercado nacional para consumo in natura. As frutas em estádio de maturação 
equivalente à coloração rosa são destinadas à exportação. Já as frutas de coloração 
intensa e com ligeira perda de turgescência podem ser congeladas e destinadas ao 
processamento. 
 O armazenamento das framboesas deve ser feito segundo a utilização de baixas 
temperaturas constitui o fator mais importante na redução da deterioração e na 
maximização da vida útil das pequenas frutas. Framboesas podem ser mantidas por até 
12 dias (TEZOTTO, 2012; ISOQUIP) sob temperatura de -0,5 ºC a 0 ºC e umidade 
4 
 
relativa de 90% a 95% (EMBRAPA,2012). Logo, o tempo de armazenamento utilizado 
é de 7 dias, sob temperatura de 0º C (Tabela 2). 
Tabela 2 - Características do produto. 
 
 O calor específico a ser utilizado da framboesa será de 0,87 J . kg-1 . ºC-1 
(ISOQUIP), e a taxa de respiração do produto utilizada é 15000 Kcal/t.24h (1,5 
Kcal/kg.24h), de acordo com a Tabela 3. 
Tabela 3 - Parâmetros específicos de conservação por refrigeração para a framboesa. 
 
Fonte: Souza, 2007. 
Sua produtividade normal é de 2 a 5 toneladas de frutos por hectare. Cada 
hectare tem uma área de 10.000 metros quadrados. Uma planta bem formada e 
conduzida adequadamente pode produzir 0,8 quilo por ano. Os frutos são consumidos 
ao natural ou preparados na forma de polpa congelada, sucos, geléias, xaropes e licores. 
Embalagens 
As embalagens recomendadas para este tipo de cultura (EMBRAPA, 2012) 
comercialmente utilizadas são cumbucas transparentes de polietileno tereftalato (PET) 
ou bandejas de poliestireno expandido (isopor), recobertas com filme de policloreto de 
vinila (PVC) esticável. 
Essas embalagens, contendo uma ou duas camadas de frutas, apresentam 
dimensões variáveis. Adicionalmente, pode ser utilizado plástico polibolha no fundo da 
cumbuca, com o objetivo de conferir maior proteção às frutas mais sensíveis, como 
framboesas e amoras pretas. 
Recomenda-se que a comercialização seja feita em caixas de papelão ondulado 
paleteáveis. Além disso, tanto as cumbucas quanto as caixas de papelão devem ter 
5 
 
aberturas em número suficiente para permitir a passagem do ar, de forma a otimizar a 
eficiência do resfriamento rápido. 
Conforme exigências nacionais e internacionais, para fins de rastreabilidade, a 
caixa deve ser rotulada com as seguintes informações: 
• Identificação – produtor, embalador ou expedidor. 
• Natureza do produto – nome do produto e cultivar. 
• Origem do produto – país e região onde a fruta foi produzida. 
• Identificação comercial – categoria, tipo e peso. 
Adicionalmente, deve ser evitada a condensação de água no interior da 
embalagem, por favorecer o crescimento fúngico e a deterioração das frutas. Para tanto, 
recomenda-se o emprego do resfriamento rápido e a manutenção de baixa temperatura, 
sem oscilações, durante o armazenamento. 
Sendo assim, para embalagens, serão utilizadas caixas de papelão com 500 x 400 
x 120 mm, que facilitarão o armazenamento das mesmas sobre os pallets, além de 
oferecer certa resistência mecânica caso necessário. Para entrar em contato direto com o 
produto serão utilizadas transparentes de polietileno tereftalato (PET) com 120 x 180 x 
60 mm. Essa embalagem foi escolhida devido à semelhança de resistência mecânica que 
apresenta a framboesa e o morango, visto que esta é utilizada comumente para a 
comercialização do mesmo. 
 
Figura 2 - Embalagens de papelão e PET. 
Localização 
A produção de framboesa no Brasil iniciou-se com a chegada dos imigrantes 
alemães, que a cultivavam nos quintais de suas colônias, visando consumo familiar 
(Pagot, 2004). A produção comercial ocorreu pela primeira vez em Campos do Jordão, 
6 
 
Estado de São Paulo, com o intuito de abastecer pequenas agroindústrias locais. Mais 
tarde, foram realizados plantios nas regiões de Vacaria e de Caxias do Sul, no Rio 
Grande do Sul, e no Sul de Minas Gerais (Pagot, 2004). 
A framboesa vem sendo bastante difundida na industrialização de polpa 
congelada, sucos, iogurtes, sorvetes, gelatinas e geleias. Mas é também muito apreciado 
in natura, o que torna seu cultivo atraente para áreas com atividades de turismo rural. 
Rústica, a framboeseira apresenta problemas mínimos com doenças e pragas no cultivo. 
Ótima para ser plantada em locais frios, a planta encontra boa produção em áreas de 
verão ameno e com temperaturas menores que sete graus por mais de 250 horas no 
inverno. Por isso, é cultivada principalmente na região da alta Mantiqueira, em cidades 
como Gonçalves, em Minas Gerais; Campos do Jordão e Santo Antônio do Pinhal, em 
São Paulo; assim como em Caxias do Sul e Vacaria, no Rio Grande do Sul. (Mathias, 
2014) 
Caxias do sul foi o município escolhido para a realização do projeto devida sua 
grande participação na produção de framboesa. Segundo o INMET a cidade esta 
localizada a Latitude 29,17 S, Longitude 51,20 W e altitude de 760 m. 
Dados climáticos 
As características climáticas de Caxias do Sul estão apresentadas na tabela a 
seguir. 
Tabela 4 – Características climáticas de Caxias do Sul. 
Mês Temperatura (°C) UR (%) 
Janeiro 20,6 77 
Fevereiro 20,6 79 
Março 19,1 82 
Abril 16,2 81 
Maio 14,3 80 
Junho 12,1 80 
Julho 12,3 78 
Agosto 12,7 78 
Setembro 14,4 77 
Outubro 15,8 78 
Novembro 17,8 75 
Dezembro 19,6 76 
Média Total 
Anual 
16,3 78,4 
Fonte: INMET, 2013. 
7 
 
A média das temperaturas máximas e de umidade relativa de verão foram 
obtidas a partir do maior valor entre as médias de dezembro, janeiro e fevereiro e 
janeiro, fevereiro e março, sendo nesse caso a maior a média de Dezembro, Janeiro e 
Fevereiro, apresentadaabaixo. 
Tmáx = (25,7+26,6+26,4)/3 = 26,23ºC 
UR = (76+77+79)/3 = 77,33% 
Tabela 5 – Dados utilizados nos cálculos de carga térmica. 
Temperatura bs 26, ºC 
Temperatura ponto de orvalho 22,0 ºC 
Umidade relativa 77,3 % 
Volume específico ar externo 0,956 m³/kg de ar seco 
Entalpia ar externo 72,91 kJ/kg de ar seco 
Entalpia ar interno 9,3 kJ/kg de ar seco 
 
 
Planta 
Tendo em conta que a produção da framboesa é de 7680 kg e o tempo da colheita é de 
8semanas a quantidade de armazenagem por uma semana é de 960 kg. Além disso, é preciso ter 
presente a recomendação que diz que refrigeração da framboesa é 7días. Devido a que serão 
utilizadas embalagens 120 x 180 x 60 mm de 100gr de produto, umas caixas de papelão com 
500 x 400 x 120 mm e as dimensões dos pallets são 100 x 120 x 120 cm, Fig. 4; se tem que: o 
número necessário de pallets são 10, 10 filas, seis caixas de papelão por fila, 16 embalagens de 
plástico por cada caixa. A distância entre os pallet e as paredes é de 10 cm. 
A localização da sala de máquinas é uma sugestão feita por o livro da Embrapa 
(Resfriamento de frutas e hortaliças) de acordo à Fig. 4. Em câmaras de estocagem os 
evaporadores deverão ser instalados na parte superior das paredes ou no teto, mantendo 
certa distância, 30-50cm, o objetivo desta é permitir a passagem do ar e obter uma 
melhor eficiência. O lugar do evaporador de ar forçado, seguindo a recomendação do 
Manual de instalação HEATCRAFT, esta no fundo da câmara. Ele pode ser montado 
com tirantes ou barras roscadas. 
8 
 
 
Figura 3 – Evaporador no fundo da câmara. 
Recomendações para instalação 
1. O fluxo de ar deve cobrir a câmara inteira. 
2. Nunca instale evaporadores sobre portas. 
3. Localizar o evaporador dentro da câmara e considerar o mínimo trajeto 
das tubulações de refrigerante e de dreno. 
4. Um espaço equivalente à altura do evaporador deve ser deixado entre a 
parte inferior do equipamento e o produto armazenado na câmara, não deixe o produto 
na frente da descarga de ventiladores. 
5. Para evaporadores múltiplos, o controle de temperatura e intervalo de 
degelo, deverá ser único, ou seja, todos os evaporadores devem entrar e sair 
simultaneamente do degelo. 
A altura da câmara frigorífica é de 2.6m. Devido à altura da empilhadeira. 
A planta encontra-se no anexo 1. 
 
Fig. 4. Tomadas do livro Resfriamento de frutas e hortaliças; izquerda, padronização dos 
paletes ISOII; direita, sugestão para a construção da sala das máquinas. 
Porta revestida com chapa de aço cromo pré-pintado, frigorífica e giratória (unidade): 
altura 2,3m e largura 1,3m. 
9 
 
Outras Informações 
Será considerado no projeto que duas pessoas entram simultaneamente dentro da 
câmara, isso fazendo alusão a um operador de empilhadeira e alguma outra pessoa para 
dar possíveis suportes, ou em caso esporádicos um inspetor acompanhado de um 
funcionário. 
Para a iluminação, o tipo de lâmpada e o tipo de luz podem resultar em cargas 
térmicas apreciáveis, porém como lâmpadas de descarga têm dificuldades em baixas 
temperaturas, a melhor solução é sem dúvidas, as lâmpadas incandescentes. Temos que 
considerar também, que o regime de trabalho de uma câmara fria é de entra e sai, com a 
porta abrindo e fechando. O acende e apaga fica muito bem com incandescentes, sendo 
contraindicado para fluorescentes, lâmpadas de mercúrio, sódio ou outras lâmpadas de 
descarga, terão nessas condições vida útil reduzida. Para dar aos trabalhadores boas 
condições de trabalho será utilizada uma condição de 250 lux (área de trabalho), e para 
isso serão utilizadas três lâmpadas fluorescentes de 100 W e 110 v da Philips, que 
possuem vida útil média de 750h. 
 
Figura 4 – Lâmpada. 
Para o trabalho com a empilhadeira será considerado o uso de uma hora diária 
dentro da câmara, valor considerado suficiente para os trabalhos realizados na mesma, 
visto que não haverá retirada e entrada de grandes volumes em um único dia. 
Empilhadeira Tander Modelo NSPM1025 – Dados: altura mínima 1,83 m e 
máxima 2,5 m, potência 1,5 KW, largura do corredor para paletes de 100 por 120 mm 
2,15m. 
 
10 
 
 
Figura 4 – Empilhadeira. 
 
CÁLCULO CARGA TÉRMICA 
 
Transmissão pelas Paredes, Teto e Piso 
Qtr = U . A . (Te – Ti) 
Onde: 
U = coeficiente global de transferência de calor [kcal/hm²°C]; 
A = área externa da parede, piso e teto [m2]; 
Ti = temperatura interna por parede [°C]; 
Te = temperatura externa por parede [°C]. 
 
Infiltração e Troca de ar 
Qinf = (V/v) . n . (He - Hi) 
Onde: 
V = volume interno da camara [m3]; 
v = volume específico do ar externo [m3/kg]; 
n = número de trocas de ar em 24h 
Hi = entalpia do ar interno [kcal/kg]; 
He = entalpia do ar externo [kcal/kg]. 
 
Tabela 6 – Número de trocas de acordo com volume. 
Volume da Câmara (m³) Trocas de ar (trocas por dia) 
10 31,0 
20 21,0 
30 17,0 
40 14,0 
11 
 
50 13,0 
100 9,0 
150 7,0 
200 6,0 
250 5 
500 4 
750 3 
1000 2,5 
1250 2 
1800 1,7 
2400 1,4 
 
Resfriamento do produto 
Qp = m . cp . (Ti-Tf) 
m = massa de produto a ser resfriado [kg]; 
Cp = calor específico do produto a ser resfriado [kcal/kg°C]; 
Tf = temperatura de resfriamento [°C]; 
Ti = temperatura inicial do produto [°C]. 
 
Respiração do produto 
Qresp = m . R 
Onde: 
m = massa de produto a ser resfriado [kg]; 
R = calor de respiração (kcal/kg24h). 
 
Resfriamento das embalagens 
Qe = me.ce.(Te-Ti) 
Onde: 
me = massa da embalagem [kg]; 
Ce = calor específico do material da embalagem [kcal/kg°C]; 
Ti = temperatura interna da câmara [°C]; 
Te = temperatura inicial do produto, considera como igual a temperatura externa 
[°C]. 
As demais cargas foram obtidas por valores informados pelos fabricantes em 
seus catálogos. 
Todos os valores calculados estão apresentados na Tabela 8 e as variáveis de 
entrada na Tabela 7. 
12 
 
Tabela 7 – Dados de entrada. 
Dado Símbolo Valor Unidade 
Dados condições climáticas 
Temp. ext. Te 26 ºC 
Temp. int. Ti 0 ºC 
Nº trocas N 10 
Vol. esp. ar ext. V 0,956 m³/kg 
Entalpia ext. He 17,5 kcal/kg 
Entalpia int. Hi 2,23 kcal/kg 
Dados câmara 
Comp ext C 7,5 M 
Larg ext L 4,6 M 
Altura ext H 2,6 M 
Coef. Global U 0,192 kcal/hm²ºC 
Área ext. câmara A 131,92 m² 
Volume int. câmara V 83,51 m³ 
Dados produto 
Massa M 7680 Kg 
Calor esp. cp 0,87 kcal/kgºC 
Calor resp. R 1,5 kcal/kgºC 
Dados embalagem 
Massa Me 192 Kg 
Calor espplast Ce 0,45 kcal/kgºC 
Massa Me 30 Kg 
Calor esppapelao Ce 0,35 kcal/kgºC 
 
Tabela 8 – Resumo da Carga Térmica Total 
Carga térmica kcal/dia % do total 
Transmissão 664,4 1,54 
Infiltração 13819,4 32,13 
Resfriamento 21907,3 50,94 
Respiração 1440 3,35 
Embalagem 2541,7 5,91 
Lâmpadas 412,8 0,96 
Pessoas 932 2,17 
Empilhadeira 1290 3,00 
Total 43007,6 100,00 
 
Utilizando um fator de segurança igual a 10% obteve-se a carga térmica por hora 
no valor de 2365,4 kcal. 
 
Carga Térmica obtida pelo software on line PhPlus disponível no site: 
http://www.phddanfoss.com/. 
Tabela 9 – Carga cálculada pelo PhdDanfoss. 
Carga térmica kcal/hr % do total 
Transmissão 1429 32,33 
13 
 
Infiltração 661 14,95 
Produto 1790 40,50 
Embalagem 14 0,32 
Lâmpadas 21 0,48 
Pessoas 47 1,06 
Empilhadeira 64 1,45 
Total 4420 100,0 
 
 
SELEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS 
 
Comparando a carga térmica das tabelas 8 e 9 calculadas, respectivamente, pelas 
equações e pelo software da Danfoss, notou-se uma distinção entre os valores, que pode 
ser justificada pela quantidade de variáveis consideradas em cada método. Como o valor 
encontrado pelo Danfoss foi maior, presou-se pela segurança e considerou-se esse valor 
para a seleção de equipamentos. 
 
Para a escolha dos equipamentos é necessário definir primeiramente o refrigerante 
utilizado no sistema. O gás escolhido foi o R404a. A temperatura de evaporação 
utilizada (Temperatura da câmara menos cinco graus) foi de -5 ºC. 
Com base no catálogo da Danfoss: 
Unidade Condensadora, aplicações comerciaisde refrigeração e ar condicionado com 
R22, R407C, R134a, R404A e R507. Escolhido HJZ 028-35, 4504Kcal/h. 
 
14 
 
Seleção do evaporador TRS (D) 
 
Escolhido evaporador Trineva TRS (D) 5, 4940 Kcal/h. 
 
Tubulações 
 
Para este cálculo foi usada Tabela 10 para a análise do comprimento equivalente 
das conexões e linhas retas, disponível no manual de instalação da Heatcraft. As 
Tabelas 11 e 12 apontam as bitolas de entradas e saídas de tubulações para evaporador e 
unidade condensadora, respectivamente. Através destas e do posicionamento do 
sistema, pode-se determinar a quantidade de tubulações. 
Tabela 10 - Comprimento equivalente dos diâmetros das tubulações. 
 
15 
 
Fonte: (HEATCRAFT, 2014) 
Tabela 11 - Dimensões Tubulação TRS (D) 5 
 
Tabela 12 - Tubulação da unidade condensadora HJZ 28. 
Na tubulação de sucção foi instalado um sifão de mesma bitola que a saída da sucção do 
evaporador, no trecho de subida, para evitar o retorno do óleo. A posição da unidade 
condensadora segue a recomendação do manual da Heatcraft distando 70 cm da câmara fria, 
valor superior a sua altura de 60,5 cm. A base para a unidade deverá ser de concreto, nivelada a 
150 mm de altura em relação ao piso, garantindo proteção contra água e sujeiras. 
Tabela 13 - Comprimento equivalente da tubulação de sucção. 
Linha sucção Bitola Quantidade M. Equivalente Total 
Tubulação 1 1/8 2,30 1 2,3 
Sifão 1 1/8 2 1,65 3,3 
Redução 1 1/8 1 0,7 0,7 
Curva estreita 1 1/8 2 0,8 1,6 
 Total 7,9 
 
16 
 
Linha líquido Bitola Quantidade M. Equivalente Total 
Tubulação ½ 2,05 1 2,05 
Curva estreita ½ 2 0,5 1,0 
 Total 3,05 
 
Portanto, os diâmetros de tubulação utilizados para sucção é de 1 1/8” enquanto o 
diâmetro da linha de líquido é de 1/2” para a câmara de armazenagem. 
Quantidade de refrigerante no sistema 
A quantidade de refrigerante foi calculada como apresentado no manual da Heatcraft, 
utilizando a Tabela 14 para obtenção da carga e a Tabela 13 para a obtenção do comprimento 
equivalente. Os resultados seguem na Tabela 15. 
Tabela 14 - Carga de refrigerante em tubulações por 10m de comprimento linear 
 
Tabela 15 – Quantidade de refrigerante 
Linha Bitola Carga Refrigerante M. Equivalente Total (kg) 
Sucção 1 1/8 0,161 7,9 1,27 
Líquida ½ 0,960 3,05 2,93 
Descarga ½ 0,095 7,9 0,75 
Carga Evaporador 1,6 
Total 7,9 
 
 
RESFRIAMENTO RÁPIDO 
 
17 
 
Para a escolha do método foram consideradas as opções: ar forçado, gelo e água gelada. 
Tanto a opção do gelo quanto da água gelada não podem ser realizadas porque a 
framboesa necessita de uma segunda embalagem para proteção. Além disso, o contato 
direto do gelo com a framboesa pode causar injurias ao produto. 
 
ORÇAMENTO 
Os valores dos equipamentos utilizados estão apresentados na tabela a seguir: 
Tabela X Orçamento 
Descrição Quantidade Valor Unitário 
(R$) 
Valor Total 
(R$) 
Refrigerante R404a 10,896 kg 1 499,30 499,30 
Válvula solenóide Danfoss EVR 1 155,79 130,00 
Válvula de expansão TEX-2 1 97,66 97,66 
Filtro Secador DML084 1 22,00 22,00 
Visor de líquido SGN12 1 45,44 45,44 
Cortina de ar 1,2 m 1 420,00 420,00 
Evaporador TRS Trineva 1 1166,00 1166,00 
Condensador HJZ028 1 2307,00 2307,00 
Curva 1/2’’ 2 2,30 4,60 
Curva 1 1/8” 2 9,90 19,80 
Tubo de cobre 1/2” (15 m) 1 153,93 153,93 
Tubo de cobre 1 1/8” (15 m) 1 251,90 251,90 
Sifão 1 1/8” 2 39,80 79,60 
Redução 1 1/8” 1 16,35 16,35 
Painel de poliestireno revestido com aço e 
pré-pintado, com 100 mm (2,58 x1,14 m) 
22 291,00 6402,00 
Porta revestida com chapa de aço cromo 
pré-pintado, frigorífica e giratória (unidade) 
1 2928,06 2928,06 
Outros componentes - 1800,00 1800,00 
Total - - 16343,64 
Total + FS (10%) - - 17978,00 
Fonte do orçamento: 
Catálogo Frigelar - www.frigelar.com/catalogo/Cat_Frigelar_NovDez10.pdf 
www.frigelar.com.br/catalogo/mala.pdf 
CWB Câmaras - www.cwbcamaras.com.br 
Refrigeração Marechal - www.refrigeracaomarechal.com.br 
Clima Certo - www.climacerto.com.br/porta-flexivel.htm 
 
 
VIABILIDADE ECONÔMICA 
18 
 
A viabilidade econômica serve para verificar se o investimento para instalação desse 
sistema será paga pelos benefícios econômicos do sistema de refrigeração. Para isto, o 
valor calculado no orçamento mais um margem de segurança de 10% foi de R$ 
17978,00, para fins de cálculo, foi utilizado o valor de R$ 18000,00 e a taxa de juros 
Selic diária (27/06/2014) de 10,90 % ao ano para uma vida útil do sistema de 15 anos. 
Mateus José da Silva é consultor técnico há 20 anos nas lavouras da Serra da 
Mantiqueira. Segundo ele, a framboesa tem alta rentabilidade e custo baixo. O custo 
médio de produção é de R$ 5 o quilo. O preço de venda é mais que o dobro: R$ 12. 
Mesmo já sendo um produto altamente rentável, ainda se pode ter outra opção. A 
exportação é uma opção que chega a pagar 40% a mais. O alto preço é porque quase não 
há frutas vermelhas na Europa durante o inverno. 
Na câmara fria, temperaturas perto de 0 ºC ajudam a conservar e preparar as frutas para 
resistir a uma longa viagem. A carga vai de caminhão até o aeroporto e, de lá, segue 
para países como Itália, Alemanha e Espanha. 
Tabela - Custos anuais do sistema de refrigeração. 
 
Custo Fixo 
Custo inicial - Ci (R$) 18000,00 
Vida útil - n (anos) 15,00 
Valor residual assumido – d (R$) 1800 
Tempo de uso - u (horas) 2400,00 
Depreciação - D (R$/hora) 0,45 
Depreciação - D (R$/ano) 1080,00 
Custo Variável 
% dedicado a manutenção - r (% a.a.) 0,01 
Reparos ou manutenção - Rm (R$/h) 0,08 
Reparos ou manutenção - Rm (R$/ano) 180,00 
Custo Variável 
Salário - S (R$) 700,00 
d (dias) 24,00 
19 
 
H (horas) 8,00 
Mão-de-obra - Mo (R$/h) 3,65 
Mão-de-obra - Mo (R$/ano) 8750,00 
Custo Variável 
C (kW) 5,50 
Preço (R$/kWh) 0,12 
Custo de Energia - E (R$/hora) 0,66 
Custo de Energia - E (R$/ano) 1584,00 
CT = Custo Total (R$/ano) 11594,00 
 
Adotou-se o valor pago ao consumidor de R$ 10,50 o quilo, mantendo-se o custo de R$ 
5,00, e considerando uma porcentagem de 20% a mais no preço pago pela framboesa 
para o produto exportado, analisou-se a viabilidade do projeto e seu tempo de retorno. 
Framboesa: receita – custo de produção = 7680 kg *(10,50 R$/kg *1,2) - (7680 kg* 5 
R$/kg) = 58368 reais 
Para um lucro de 30%, o fechamento do caixa será de 40857,60 reais. 
Para esse valor, com um investimento de R$ 18000,00 mais o custo anual de R$ 
11594,00 a uma taxa de juros de 10,90%, o retorno do investimento seria em um ano. 
Para o cenário sem a exportação, pago ao produtor apenas o valor de mercado o retorno 
do investimento seria em dois anos. 
O uso da refrigeração é um investimento viável, porém os riscos desse tipo de produto 
também é elevado. Assim, para a garantia da qualidade e longa duração do produto 
recomenda-se o uso de outras técnicas. Tezotto (2013) mostra em seu trabalho o uso da 
quitosana aliada à refrigeração como eficiente opção de manutenção da qualidade da 
framboesa. Saji (2013) concluiu em seu trabalho que o uso da radiação gama na dose 
1,0 kGy em conjunto com o armazenamento refrigerado amplia o período de 
conservação da framboesa em até 8 dias. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
20 
 
EMBRAPA. 500 Perguntas e 500 respostas – Pequenas Frutas, 2012. 
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12/05. 
 
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http://isoquip.com.br/pdf/EXIGENCIA_PARA_ARMAZENAGEM.pdf> Acesso em 15 
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MATHIAS, J. Framboesa Ideal para o cultivo em regiões montanhosas,a fruta é boa 
fonte de renda para o agricultor pelo fácil cultivo e pela possibilidade de preparo de 
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http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1602263-4529,00.html 
Acesso em: 10/04/2014. 
 
PAGOT, E. Diagnóstico da produção e comercialização de pequenas frutas. In: 
SEMINÁRIO BRASILEIRO SOBRE PEQUENAS FRUTAS, 2., Vacaria. Anais ... 
Bento Gonçalves: Embrapa Uva e Vinho, 2004. p. 09-18. (Embrapa Uva e Vinho. 
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da-framboesa-tem-baixo-custo-e-boa-rentabilidade-2762314.html> 
 
SAJI, F. R, Q. Conservação pós-colheita de framboesa ‘Autumn Bliss’ com uso de 
radiação gama. Dissertação de Mestrado. Esalq. 2013. 
 
SOUZA, M.B. Framboesa – Qualidade Pós-Colheita. Folha de Divulgação AGRO 
556, n. 6, 2007. 
 
TANDER – Catálogo equipamentos Disponível em: 
http://www.tanderequipamentos.com.br/canais/produtos/vitrine.asp?codProduto=115 
Acessado em 26/05/2014. 
TEZOTTO, J. V.; Métodos de conservação de framboesa in natura. 103 p.; 
Piracicaba, 2012.

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