Economia Empresarial_Italo_Zeferino

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ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios 
Disciplina: Economia empresarial Módulo: 
Aluno: Ítalo Luiz Zeferino Turma: 5 
Tarefa: Atividade Individual 
INTRODUÇÃO 
Apresente o setor econômico escolhido e fala sobre o seu trabalho em linhas gerais. 
 Em 2020, o mundo sofreu com mais uma crise, mas dessa vez foi uma crise 
sanitária, a pandemia de Covid-19. Com ínicio na China e, meses depois, o vírus já 
estava presente em todos os continentes, causando uma nuvem de medo e 
incertezas. Neste contexto, houve a interrupção da produção, férias coletivas e, em 
vários casos, a demissão de funcionários do quadro de pessoal. Destaca-se também 
o impacto nas importações de peças e acessórios para muitas montadoras que 
dependem destes insumos produzidos em outros países. 
 A partir disso, muitas dessas fábricas, mesmo após a retomada das 
atividades, vêm enfrentando dificuldades para a produção. Consequentemente, os 
estoques das concessionárias também estão limitados, implicando um longo período 
de atraso dos pedidos realizados. 
 Associado às dificuldades de produção, o setor vem lidando também com as 
restrições financeiras vivenciadas pelos consumidores, muitos dos quais estão 
desempregados ou com a fonte de renda prejudicada devidos aos efeitos deletérios 
desta pandemia. 
 O setor automotivo no Brasil é um dos mais importantes da economia do 
país, com importantes efeitos de encadeamento para frente e para trás, com efeitos 
significativos sobre diversos subsetores, como o do aço, da borracha e do plástico. 
 
CONTEXTO DO SETOR 
 
 
 
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Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais indicadores 
necessários à contextualização. 
 Segundo BRASIL (2020), o setor de fabricação de veículos automotores foi 
o oitavo setor mais prejudicado pelos efeitos adversos da pandemia de Covid-19. Em 
décimo lugar estaria o setor de comércio de veículos e peças, que discutiremos 
neste trabalho. 
 Crise dos chips, escassez de magnésio, defasagem na produção, alta 
dos preços e filas de até 300 dias: esse é o atual cenário da indústria automotiva no 
Brasil. O setor foi um dos mais prejudicados pela pandemia da Covid-19 e enfrenta 
sucessivos percalços para se recuperar. 
 “As iniciativas de lockdown de cara acarretaram um prejuízo muito grande 
para a indústria porque, ao mesmo tempo em que obrigaram que 95% das plantas no 
mundo inteiro fossem fechadas, também retiraram das ruas o nosso consumidor”, 
explica o conselheiro da Sociedade de Engenheiros, SAE, do Brasil e ex-líder da 
KPMG para a divisão de indústria automobilística, Ricardo Bacellar. 
 A produção parou e, consequentemente, a receita também. No entanto, 
a demanda cresceu, fruto de uma tendência invertida pela pandemia. 
 Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, disse em comunicado à 
imprensa que os esforços das montadoras foram louváveis neste primeiro mês do 
último trimestre de 2021, “mas, infelizmente, a demanda reprimida, somada ao 
tradicional aquecimento de fim de ano, poderá não ser atendida pela oferta”. 
 
ANÁLISE MACROECONÔMICA 
Detalhe todos os indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise. 
 Segundo relatório expedido pelo Ministério dos Transportes, Portos e 
Aviação Civil do Brasil (MTPA) em 2018, este setor foi responsável por cerca de 22% 
do PIB industrial no ano de 2015, além de faturar U$46,9 bilhões em 2016, chegando 
a empregar aproximadamente 1,3 milhões de pessoas de forma direta ou indireta. 
 
 
 
 
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 No Brasil, a pausa na produção de veículos novos fez com que o mercado 
ficasse 28,6% abaixo do volume de vendas em comparação com o ano anterior, de 
acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a 
Anfavea. 
 Além disso, a Uber registrou queda de 80% no número de viagens em 
âmbito global, segundo a diretora-geral da companhia no Brasil, Claudia Woods, 
durante evento do Valor Econômico em outubro de 2020. 
 De acordo com Bacellar, a própria Uber nunca imaginou faturar mais com 
seu serviço de delivery, o Uber Eats, do que com o transporte de passageiros, mas foi 
justamente o que aconteceu. No primeiro trimestre de 2021, as viagens deram 
prejuízo à empresa, ao passo que o faturamento com serviço de entrega de alimentos 
triplicou e chegou a U$1,7 bilhão. 
 Frente ao descompasso entre oferta e demanda, os consumidores 
observaram uma alta nos preços dos carros e a falta dos automóveis zero km. A 
desorganização da cadeia produtiva é responsável por filas de até 300 dias para 
comprar um veículo saído da fábrica, segundo estimativa da Associação Brasileira de 
Locadoras de Automóveis, Abla. 
 Por ora, ao mesmo tempo em que o PIB do país cresceu 1,2% no primeiro 
trimestre, acima do esperado, a renda dos brasileiros encolheu 10% devido à inflação, 
de acordo com estudo do pesquisador Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de 
Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV). Fortalecendo a tese do 
aquecimento do mercado de veículos usados, uma vez que, a população vem 
reduzindo sua renda e assim, tendo que procurar maneiras de reduzir os gastos. 
 
ANÁLISE MICROECONÔMICA 
Apresente como o impacto direto na oferta e demanda do setor e a estrutura de mercado a qual pertence 
são influenciadas pelos mercados interno e internacional. 
 
 
 
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 No início deste ano, no entanto, começaram a faltar até mesmo 
automóveis usados e seminovos, o que elevou ainda mais os preços. “Hoje, é bem 
provável que você consiga encontrar carros seminovos custando mais do que o seu 
par zero km porque não tem o zero km”, explica o conselheiro da Sociedade de 
Engenheiros, SAE, do Brasil e ex-líder da KPMG para a divisão de indústria 
automobilística, Ricardo Bacellar. 
 O gráfico abaixo da KBB, evidencia que os veículos usados estão mais caros 
que os veículos novos devido ao prazo para entrega. 
 
 
Fonte: KBB, dados de março 2021 
 
 “A pressão negativa vinda dos automóveis é significativa para entender o 
saldo negativo mais relevante. Temos falta de chips, paralisações, férias coletivas. 
Isso tem peso importante nessa atividade”, explica Macedo, do IBGE. 
 O mercado encerrou em outubro de 2021 com 150 mil carros vendidos – o 
que representa uma retração de 27% nas vendas sobre o mesmo período do ano 
passado, quando tivemos 205 mil carros vendidos. Foi o pior resultado mensal desde 
outubro de 2006. 
 
 
 
 
 
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Fonte: Infomoney 
 
 A falta generalizada de peças (semicondutores), aliada a um aumento das 
taxas nas linhas de crédito (devido ao pulo da Selic) para este último bimestre do ano, 
sepultou de vez qualquer chance de o setor registrar um crescimento. 
 De acordo com o Infomoney, realizando uma projeção otimista, fecharemos 
o ano de 2021 com retração de 1% sobre o ano passado. As vendas nos meses de 
novembro e dezembro deverão ser 28% menores do que foram no ano passado. 
 
 
 
 
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Fonte: Infomoney 
 
 
 Numa visão mais detalhada temos as informações das vendas mensais da 
montadora Ford, como estão sem semicondutores, a venda está totalmente limitada 
no 2º semestre de 2021. Segundo reportagens que cobrem o setor, as montadoras 
vêm solicitando para que as concessórias devolvam até mesmo o papelação das 
embalagens devido a falta de insumos no setor. 
 
 
 
 
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Fonte: Infomoney 
 
 
CONCLUSÃO 
Apresente uma conclusão justificando a sua análise. 
 Com um grande gargalho na produção, o setor automotivotem um desafio nos 
próximos meses, de suprir a demanda reprimida, porém, como os automóveis tiveram um 
aumento bastante elevado nos últimos meses, é difícil afirmar até quando teremos demanda 
com os valores seguindo nesse patamar. 
 Peças dolarizadas também são outro fator que afetam diretamente o preço dos 
veículos, como estamos num cenário econômico instável, esse fator pode contribuir ainda 
mais pelas altas dos veículos. 
 Como estamos num cenário de inflação alta e, a taxa de juros sem perspectiva de 
redução, as montadoras e concessionárias terão um desafio pós demanda reprimida, com os 
itens sinalizados acima, o consumidor irá pensar bastante antes de adquirir um veículo 
financiado ou até mesmo realizar a troca de seu veículo usado. 
 
 
 
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 Outro item que gera bastante questionamento é o de semicondutores, com previsão 
para normalização somente no 2º semestre de 2022, as montadoras terão que equilibrar a 
produção/capacidade ociosa até que fique em plena produção o setor de semicondutores. 
 Conforme podemos analisar, o cenário no setor automotivo tem várias incógnitas no 
próximo ano, como é um setor de grande arrecadação e gera muitos empregos no país, não 
saíra do radar do governo até voltar ao seu pleno aquecimento. Talvez até mesmo podendo 
sofrer algum tipo de interferência, por exemplo a redução do IPI, como já vimos em anos 
anteriores. 
Referências: 
 
BRASIL. MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Gabinete do Ministro. Portaria 20.809, de 14 
de setembro de 2020. Lista os setores da economia mais impactados pela pandemia 
após a decretação da calamidade pública decorrente do Covid-19. Diário Oficial da 
União, Brasília, DF, 15 set. 2020. p. 47 
 
MTPA. Corredores Logísticos Estratégicos: Veículos Automotores. Brasília: 
Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, 2018. Disponível em: 
<https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/centrais-de-conteudo/relatorio_corredores_lo 
gisticos_veiculos_v1-0.pdf>. Acesso em: 15 de nov. 2021. 
 
TC. Apesar das dificuldades, indústria automobilística deve terminar 2021 com saldo 
positivo, diz especialista, 2021. Disponível em: https://tc.com.br/noticias/mercados/apesar-
das-dificuldades-industria-automobilistica-deve-terminar-2021-com-saldo-positivo-diz-
especialista. Acesso em: 15 de nov. 2021. 
 
KBB – Kelley Blue Book, 2021. Disponível em: https://www.kbb.com.br/ Acesso em: 15 de 
nov. 2021. 
 
Infomey. Preços de Seminovos sobem com montadores fechadas e queda na oferta. 
2021. Disponível em: https://www.infomoney.com.br/consumo/precos-de-seminovos-sobem-
com-montadoras-fechadas-e-queda-na-oferta-de-carros-0-km-como-fazer-um-bom-negocio/. 
Acesso em: 18 de nov. 2021 
 
https://tc.com.br/noticias/mercados/apesar-das-dificuldades-industria-automobilistica-deve-terminar-2021-com-saldo-positivo-diz-especialista
https://tc.com.br/noticias/mercados/apesar-das-dificuldades-industria-automobilistica-deve-terminar-2021-com-saldo-positivo-diz-especialista
https://tc.com.br/noticias/mercados/apesar-das-dificuldades-industria-automobilistica-deve-terminar-2021-com-saldo-positivo-diz-especialista