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Hipertensão • A hipertensão tem causas multifatoriais • Fatore genéticos, estresse psicológicos, fatores ambientais e nutricionais • Pode ser secundaria a outras doenças • É diagnosticada quando >140/90mmHg • Fator de risco no desenvolvimento de doença renal e insuficiência cardíaca • O motivo da hipertensão é a vasoconstrição que causa tônus do musculo liso arteriolar vascular periférico + aumento da resistência arteriolar que por sua vez promove aumento da PA Objetivo da Pressão Arterial • Promover perfusão adequada aos tecidos • A pressão é proporcional ao débito cardíaco e a resistência periférica vascular • Débito cardíaco + resistência vascular periférica são controlados por 2 sistemas concomitantemente sendo eles barorreflexo e SRAA, os principais reguladores da pressão arterial Receptores β1 e α1: são ativados por meio da liberação de noradrenalina e adrenalina quando há aumento da atividade simpática Monoterapia ou terapia combinada: em casos de hipertensão menos grave, o tratamento é iniciado com monoterapia, e com o passar do tempo, e dependendo da resposta do paciente ao método terapêutico, quase sempre é necessária a terapia combinada, ou seja, a utilização de dois ou mais fármacos anti-hipertensivos com diferentes mecanismos de ação. Alguns benefícios da terapia combinada: → Dosagem menor de cada um dos medicamentos → Um medicamento pode combater os efeitos colaterais do outro → Atuação em diferentes mecanismos fisiopatológicos Classes Terapêuticas HAS: As classes terapêuticas geralmente são combinadas Diuréticos: • Podem ser usados como tratamento farmacológico primária para HAS • Atuam promovendo a redução da pressão através da diminuição do volume sanguíneo • Tem-se aproximadamente 5 que atuam em diferentes porções do néfron – diuréticos que atuam na alça de henle, tiazídicos que atuam no túbulo distal, diuréticos poupadores de potássio, diuréticos osmóticos, entre outros. • Diurético de alça são usados em hipertensão grave • Aumento da diurese ➜ diminuição do volume ➜ diminuição da PA • Tratamento com doses baixas = seguro, eficaz na prevenção de derrame, IAM e ICC e é + barato • Recomendado para hipertensão leve e moderada • Podem ser utilizados na terapia combinada Classes dos Diuréticos São 3 principais, sendo elas: Diuréticos Tiazídicos: • Promovem a eliminação de água e sódio, promovendo redução no volume e consequentemente diminuição do débito cardíaco e do fluxo renal, diminuindo a pressão arterial • Hipertensão leve a moderada Exemplos: → Hidroclorotiazida e clortalidona Efeitos adversos: → Hiperglicemia, hipopotassemia, hipomagnesia e hiperuricemia Diuréticos de Alça: • Atuam na alça de henle • Fazem com que haja uma diminuição no processo de reabsorção de sódio e de cloro (cloreto) • Aumento da excreção de cloreto e sódio e da água • Reduz volume e resistência, mas aumenta o fluxo sanguíneo renal • Promovem alta excreção de volume de líquidos • Hipertensão grave Exemplos: • Furosemida, torsemida, blumetanida e ácido etacrínico Efeitos adversos: → Hipocalemia, hipomagnesemia, hipopotassemia Diuréticos poupadores de potássio: • Poupa potássio • Podem ser associados aos diuréticos de alça e tiazídicos para minimizar eliminação de potássio Exemplos: → Amilorida e triantereno = inibem o transporte de sódio epitelial → Espironolactona e esplerenona = antagonistas (bloqueador) de receptor aldosterona Beta Bloqueadores: • Boqueiam os receptores β1 e β2 • Os betas bloqueadores podem ser ou não seletivos, ou seja: Seletivos: bloqueiam apenas o receptor B específico Não seletivos: bloqueiam ambos os receptores B1 e B2 Exemplo: → Propanolol: (não seletivo), ou seja, bloqueia tanto receptores de β1 quanto β2. Não é indicado para pacientes com asma pois pode agravar o quadro pelo fato de promover bronco constrição → Atenolol, metoprolor, nebivolol: seletivo, bloqueia receptores β1; deve ser usado com cautela em pacientes com asma Efeitos adversos: → bradicardia, hipotensão e efeitos adversos no SNC → diminuição na libido e disfunção erétil → dificulta o metabolismo lipídico – menos HDL e mais TRI → a retirada do fármaco ou redução gradual pode ocasionar em angina, infarto e morte súbita IECA: • recomendado quando os fármacos de primeira linha (diuréticos e β-bloqueadores) são contraindicados, ou ineficazes, ou se há presença de diabete mellitus • Inibidores da enzima conversora de angiotensina, logo AGT-I não se transforma em AGT-II, causando redução da estimulação da atividade simpática, impedindo vasodilatação e produção de aldosterona pelas suprarrenais, diminuindo assim a retenção de sódio e água • Utilizados em hipertensos que possuem diabetes, AVE, infarto, insuficiência, DRC A ECA está relacionada a: • Hidrólise de AGT-I • Degradação da bradicinina • Produção de vasodilatação em arteríolas e veias (oxido nítrico e prostaglandinas) • Esses medicamentos são metabolizados por meio hepático • A diminuição de AGT-II promove diminuição de aldosterona e diminuição de pré-carga e pós-carga cardíaca, diminuindo o trabalho cardíaco Exemplos: → Enalapril (pró-farmaco) – 1ª escolha, metabolizados no fígado → Captopril e Lisinorpil: indicados para pacientes com insuficiência hepática, pois possuem metabolitos fora do fígado Efeitos adversos: → tosse seca pelo excesso de bradicinina → hiperpotassemia → má-formação fetal → febre → erupção cutânea BRAs: • Promovem ação inibindo o receptor da AGT-II • Inibição mais completa da ação da AGT-II • São alternativas para os pacientes que não podem fazer uso de IECA • Não podem ser utilizados junto com IECAS pois podem causar efeitos tóxicos • Bradicinina continua sendo degradada, pois não há inibição de ECA, apenas do receptor de AGT-II • Contraindicados em gestantes • Não causa tosse → Família da Ana Exemplos: → losartana, valsartana, irbesartana, candesartana Efeitos Adversos: • hipotensão, ICC, dano renal Inibidores de Renina: • Age no SRAA • Semelhante aos BRAs, IECAS e tiazídicos • Não podem ser associados aos IECAS e BRAs pois podem causar efeitos tóxicos ou adversos • Podem ser associados com diuréticos, • Metabolização hepática por citocromo P3A4 (CYTP3A4) Exemplos: → alisquireno Efeitos adversos: → Angioedema → Diarreia → caráter teratogênico → tosse Bloqueadores de Canais de Cálcio: • O cálcio é essencial para contração do miocárdio tônus muscular • Os antagonistas de canais de cálcio impedem a entrada do cálcio no meio intracelular • Promovem como resultado o relaxamento da musculatura lisa • Faz com que o tecido tenha uma menor demanda de oxigênio, diminuindo a resistência vascular e o tônus • Indicado para hipertensos com asma, diabetes e doença vascular periférica • Podem ser divididos em classes, sendo elas: Bloqueadores de canais de cálcio (BCC) di- hidropiridinas: São vaso seletivas, apresentando maior vasodilatação, com mínima interferência na FC e na função sistólica. Tem mais afinidade por Ca²+ dos vasos do que os Ca²+ do coração. Exemplos: → anlodipino, nifedipino, felodipino; Bloqueadores dos canais de cálcio (BCC) não di-hidropiridinas: menor efeito vasodilatador, agem na musculatura lisa e no sistema de condução cardíaco. Reduzem FC, podem diminuir a função sistólica. São usados em pacientes que já tenham disfunção miocárdica Exemplos: → verapamila, diltiazem • Os bloqueadores de canais de cálcio podem ser administrados via oral ou intravenosa • São biotransformados pelo sistema hepático antes de serem distribuídos • Se ligam a proteínas plasmáticas como albumina • São excretados via renal Efeitos Adversos: → hiperplasia gengival, vermelhidão facial (rubor),tontura, cefaleia e hipotensão, → risco de infarto (devido ao aumento da atividade simpática Vasodilatadores • Promovem relaxamento de ação direta dos músculos lisos de artérias e arteríolas • Podem ser combinados com betabloqueadores e diuréticos • Podem ser combinados da seguinte forma: Vasodilatadores + β-bloqueadores + diurético = diminuem débito cardíaco (DC), volume plasmático e resistência vascular periférica • Não são utilizados como tratamento primário na HAS Ativam canais de K+, aumentando efluxo de K+ e induzindo hiperpolarização da membrana dos músculos lisos Diminuem resistência e PA Exemplos: → Hidralazina e Minoxidil Efeitos Adversos → Dores de cabeça → Palpitação → Rubor → Congestão nasal Referências: • Rang, H.P; Dale, M.M. Editora Elsevier, 8aedição, 2016. Farmacologia Clínica. Fuchs, F.D.; Wannmacher, L. Editora Guanabara Koogan, 4aedição, 2010. • WHALEN, K.; FINKELL, R.; PANAVELIL, T.A. Farmacologia Ilustrada. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2016. 9788582713235. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582 713235/. Acesso em: 19 Feb 2022 • Brunton, L. L. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman e Gilman. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, [inserir ano de publicação]. 9788580556155. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580 556155/. Acesso em: 19 Feb 2022 • KATZUNG, Bertram; MASTERS, Susan; TREVOR, Anthony. Farmacologia Básica e Clínica. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2017. 9788580555974. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580 555974/. Acesso em: 19 fev. 2022.
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