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A CHEGADA DOS EUROPEUS EM ÁFRICA

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ÍNDICE 
INTRODUÇÃO	2
A CHEGADA DOS EUROPEUS EM ÁFRICA	3
OS PRIMEIROS CONTACTOS	3
A ESCRAVATURA EM ÁFRICA	4
OS PORTUGUESES E O TRÁFICO DE ESCRAVOS AFRICANOS	4
AS COLÓNIAS AFRICANAS NA VISÃO DOS EUROPEUS	7
A DESCOLONIZAÇÃO DAS COLÓNIAS PORTUGUESAS EM ÁFRICA	7
CONCLUSÃO	8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	9
INTRODUÇÃO
O início do empreendimento português na África esteve associado à continuidade das Cruzadas contra os mouros e ao interesse em encontrar novas rotas de comércio com o Oriente. Se entre as causas atribuídas à expansão ultramarina portuguesa encontrava-se a busca de novos produtos a serem comercializados, como a pimenta, o cravo e a canela, provenientes da Índia, o gradual conhecimento e exploração da costa africana iria cumprir, ao longo de sua colonização, um outro objectivo: o provimento da mão-de-obra necessária para suprir a escassez de trabalhadores no Reino e nas conquistas.
Na presente resenha, pretendemos fazer uma abordagem da chegada dos europeus em áfrica mas, com especial atenção nos portugueses e avaliar-se possível, as repercussões destas viagens ou expansão. 
A CHEGADA DOS EUROPEUS EM ÁFRICA
Depois de terem desenvolvido a navegação, os europeus decidiram sair das suas fronteiras e lançar-se para o mar à procura da Índia.
Esse período em que a Europa se lançou para outras partes do mundo chamou-se “Expansão Europeia”.
Essa expansão só foi possível graças aos conhecimentos científicos e técnicos que os Árabes transmitiram aos europeus, principalmente aos marinheiros italianos. Portugal foi a primeira nação europeia a tentar controlar o comércio mundial, até então dominado pelos Árabes, tanto na África (do norte e na costa oriental) como no Índico. Os portugueses tentavam encontrar a todo o custo o Caminho Marítimo para a Índia para importarem directamente as especiarias de luxo do Oriente, e boicotar os intermediários árabes que traziam para a Europa esses produtos através do mar Vermelho e do mar Mediterrâneo. Esses produtos, ao chegarem à Europa tornavam-se muito caros. Por isso, havia necessidade de se libertar e suprimir este controlo das mãos dos Árabes.
O primeiro acto expansionista dos portugueses foi a conquista de Ceuta no Norte de África. Depois seguiram-se outras conquistas, como Arzila e Tânger, etc. No entanto, encontraram uma grande resistência por parte dos Árabes, ou Mouros, em Alcácer Quibir.
Na região do Sudão Ocidental, os portugueses chegaram ao Rio do Ouro, à Costa do Marfim e a São Jorge da Mina, no actual Ghana.
Na África Central e Austral, os portugueses chegaram ao Reino do Kongo, ao Cabo Negro e ao Cabo da Boa Esperança. Na costa oriental de África, os portugueses chegaram ao Natal (África do Sul), a Madagáscar e a Moçambique.
OS PRIMEIROS CONTACTOS
Quando os primeiros europeus chegaram a África, estabeleceram contactos com os africanos.
No princípio, as relações políticas entre os reis africanos e os europeus eram de amizade e respeito mútuo. Prova disto foi quando os portugueses chegaram ao reino do Kongo e assinaram um acordo de cooperação que previa relações comerciais amigáveis. Mas este não foi cumprido pelos portugueses, porque o que eles pretendiam eram as riquezas tão desejadas e procuradas em Portugal e na Europa. O Kongo nada beneficiou desse acordo, tendo os portugueses tirado o maior proveito.
A ESCRAVATURA EM ÁFRICA
Antes da chegada dos europeus já havia escravatura em África. Porém, existia uma grande diferença entre a escravatura praticada em África e o comércio de escravos praticado pelos europeus.
Em África, o escravo era acima de tudo um ser humano com direitos cívicos, e até podia possuir propriedades. Era integrado numa família. Por isso, a escravatura era doméstica ou patriarcal e não comercial. Havia algumas razões que davam origem à escravatura. Por exemplo, quando os pais fossem escravos, os filhos também nasciam escravos. E quando alguém ficasse a dever e não pagasse a dívida também podia tornar-se escravo. Por vezes, quando um tio, irmão da mãe, ficasse a dever a alguém e não tinha como pagar, este buscava a sobrinha ou o sobrinho e vendia-o para pagar a dívida, sendo este(a) reduzida à escravatura. Só o tio materno tinha este direito.
Estes escravos eram muitas vezes sujeitos a castigos corporais. Mas se o proprietário de escravos matasse um deles com agressões violentas, poderia pagar uma multa ao chefe da comunidade. Por esta razão, as situações de violência sobre os escravos eram muito raras nas sociedades africanas.
A guerra e a feitiçaria eram outras razões favoráveis para se obterem escravos. Os vencidos eram reduzidos à escravatura pelos vencedores. O homem ou a mulher acusados de prática de feitiçaria eram escravizados, assim como toda a sua família.
O primeiro navio europeu a chegar a águas tropicais foi comandado pelo navegador português Antão Gonçalves. Este atingiu a Costa da Mauritânia, onde capturou homens, mulheres e jovens num total de dez pessoas, levando-os para Portugal e vendendo-os como escravos. Foi assim que em 1441 o tráfico de escravos teve o seu início na costa ocidental da África, tendo perdurado até ao século XIX.
OS PORTUGUESES E O TRÁFICO DE ESCRAVOS AFRICANOS
Os portugueses e o tráfico de escravos africanos Apesar de o comércio de escravos já ser praticado na África, foi com a chegada dos portugueses nesse continente que o tráfico escravista se configurou na maior migração forçada de povos da história. Os pesquisadores apresentam números diferentes, que vão de 8 milhões até 100 milhões de pessoas obrigadas a deixar a sua terra natal, atravessar o oceano Atlântico para ser escravo em regiões distantes. 
Quando os portugueses chegaram a Ceuta, no início do século XV, iniciaram a captura e escravização dos africanos das redondezas, com a justificativa de que eram prisioneiros de guerra e muçulmanos, considerados inimigos da fé católica europeia.
A partir de então, em pleno processo de Expansão Marítima, os portugueses avançaram em direcção ao sul, na costa atlântica da África, em busca de riquezas para serem comercializadas e foram descobrindo o comércio de escravos. Num primeiro momento, o comércio de gente não interessou aos navegadores portugueses, já que a Europa não tinha necessidade de mão de obra escrava.
Quanto mais os portugueses avançavam na costa africana, mais sentiam a necessidade de se estabelecer em alguns pontos de comércio, para consolidar sua exclusividade na região. Em 1455 os portugueses construíram sua primeira feitoria na África: o forte de Arguim (na região da Senegâmbia, actualmente Mauritânia). Para manter essa feitoria, os portugueses passaram a utilizar escravos africanos e a comercializá-los
Muitos portugueses tentavam capturar os africanos, mas em pouco tempo perceberam que era mais lucrativo entrar nas redes de comércio de escravos já existentes, e por isso começaram a buscar essa mercadoria junto aos povos do litoral. Um dos primeiros povos aliados dos portugueses no tráfico de escravos foram os jalofos, na Senegâmbia. Em troca de escravos, os jalofos conseguiam cavalos dos portugueses (um cavalo era trocado por 15 ou 20 escravos) e armas de fogo, o que aumentava o seu poder de guerra e de conquista de mais escravos.
Com o início da colonização das ilhas de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe (na segunda metade do século XV), a necessidade de mão de obra aumentou, e a compra de escravos foi a solução encontrada pela Coroa portuguesa. Por essa mesma época, os portugueses chegaram à Costa da Guiné (actualmente desde a Guiné até a Nigéria), onde encontraram povos ricos que já negociavam com os árabes e puderam comercializar ouro, especiarias e escravos. Tamanha era a riqueza da região que os portugueses passaram a chamá-la de Costa do Ouro, Costa da Mina e Costa dos Escravos.
Por quatro séculos, a maior fonte de escravos do tráfico atlântico português se deu a partir do Reino do Congo e do reino vizinho, Andongo, chamado pelos portugueses de Angola.
Os Portugueses e os Espanhóis foram os pioneiros no comércio de escravos
africanos para o continenteamericano. Em 1518, chegava o primeiro carregamento de escravos negros ao continente americano. Era a mudança na rota do comércio de escravos, isto é, da Europa para a América.
Mais tarde, os Ingleses também entraram no negócio, e em 1562 enviaram o primeiro carregamento de escravos a partir da Serra Leoa. 
As plantações de cana-de-açúcar e de tabaco no continente americano aumentaram a necessidade da mão-de-obra africana. Por isso os escravos eram vendidos a preços altos, o que transformou este comércio num grande negócio e altamente lucrativo.
O circuito deste comércio chamou-se “Comércio Triangular”, porque tinha três lados, e cada um deles dava lucros. Os produtores de vários países da Europa (britânicos, franceses, portugueses, espanhóis, holandeses, dinamarqueses e outros) vendiam os seus produtos aos exportadores dos grandes portos do Atlântico. Entre os vários produtos destacam-se os artigos de lã, de algodão barato, armas de fogo, pólvora e bebidas alcoólicas. Esses produtos eram levados para a África, onde eram trocados por escravos. Era este o primeiro lado do comércio.
Os produtores vendiam os seus artigos por preços muito mais elevados do que o custo do seu fabrico. Por isso, davam enormes lucros aos seus produtores.
Os escravos eram levados para o outro lado do Atlântico e vendidos nos mercados americanos. Este era o segundo lado do comércio.
Os comerciantes de escravos também lucravam muito porque vendiam os escravos a preços muito superiores aos que os tinham comprado. Com o dinheiro obtido compravam carregamentos de açúcar e de tabaco, cultivados
pelos escravos para os venderem nos países da Europa. Este era o terceiro lado do comércio. Esta fase dava lucros aos plantadores e aos proprietários dos navios cargueiros.
O trabalho dos escravos africanos nas Américas gerou grandes fortunas na Europa, e isto ajudou alguns países a transformarem-se em nações comerciais poderosas, como a Inglaterra e a França.
AS COLÓNIAS AFRICANAS NA VISÃO DOS EUROPEUS
As colónias africanas eram vistas como fontes de recursos fundamentais para a economia europeia. Elas estavam submetidas a diversos mecanismos de exploração, podendo-se citar, em primeiro lugar, as formas de trabalho compulsório. Apesar do discurso antiescravista de diversos países, o que se viu durante a dominação europeia foram formas de exploração do trabalho bastante similares à escravidão.
Em segundo lugar, era comum o confisco de terras por meio de guerras e desapropriações. Aproveitando-se do fato de muitas aldeias não possuírem registros de seu território, latifundiários e autoridades coloniais avançaram sobre regiões ocupadas há centenas de anos pelos africanos. Além disso, as autoridades metropolitanas cobravam impostos pesados, pagos em dinheiro ou mesmo com trabalho. Parte dessa renda era usada em forma de subsídio para estimular outros europeus a se estabelecer na África praticando a agricultura, o comércio oferecendo serviços diversos.
De modo geral, os colonizadores buscaram impor sua cultura (a “civilização”) aos povos da África. Assim, a educação formal era, na maioria das vezes, oferecida apenas na língua do colonizador. Os conteúdos eram a cultura, a religião e os costumes europeus.
A DESCOLONIZAÇÃO DAS COLÓNIAS PORTUGUESAS EM ÁFRICA
As colónias portuguesas em África foram as últimas de todas as colónias africanas, dependentes de países europeus, a atingir a independência. Na sequência da Revolução de 25 de Abril de 1974 em Portugal, os processos de luta pela independência que já se faziam ouvir no seio destes países viram abrir-se o seu caminho para a liberdade e as autodeterminações sucederam-se. A Guiné tornou-se independente em 23 de agosto de 1974, Moçambique em 25 de Junho de 1975, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe em Julho de 1975 (nos dias 5 e 12, respectivamente), e, por fim, Angola em 11 de Novembro do mesmo ano.
CONCLUSÃO
Após a abordagem, chegamos a concluir que a chegada dos europeus em África teve como objectivo principal a busca de escravos para o cultivo de produtos tropicais na América e na europa com fins de desenvolver as indústrias ou melhor desenvolver a economia destetes continentes. 
Ainda ficou evidente que, a região do Congo-Angola constituiu-se como a principal rota fornecedora de escravos para o Rio de Janeiro durante o século XVIII. No entanto, o historiador Charles Boxer afirmou que, pelo menos desde a segunda metade do século XVI, aquela área já se destacava como principal fornecedora de escravos para Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro. As relações estabelecidas pelos portugueses com o reino banto do Congo data de 1482, quando se tentou uma estratégia de domínio desse território africano, por meio da cristianização.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
frica Portuguesa in Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2021. [consult. 2021-02-10 06:44:58]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/$africa-portuguesa.
Manual do aluno de História da 6ª Classe (Actualização Curricular) - 2018 – 1.° EDIÇÃO REVISTA E ACTUALIZADA
educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/historia-da-escravidao-exploracao-do-trabalho-escravo-na-africa.htm?cmpid=copiaecola
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