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Avaliação do RN, TORCH, testes de triagem e icterícia neonatal

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tutoria @gabrielholandac 
infecções perinatais 
 
Termos desconhecidos 
➥ Capurro somático 
➥ PIG 
➥ Zona III de Krammer 
➥ Reticulócitos 
➥ Ht 
➥ Bilirrubina direta e indireta 
➥ Coombs direto 
➥ VDRL 
➥ TORCHS 
➥ CPAP nasal 
 
Pontos importantes 
➥ Carla,16 anos, mora no interior, namorado frequentava prostibulo 
➥ Falta de atenção familiar 
➥ Dor em baixo ventre 
➥ Grávida de 7 meses 
➥ Médico solicitou exames 
➥ Sentiu piora das dores 
➥ Trabalho de parto 
➥ P: 1,380kg, E: 44cm, PC: 27cm 
➥ Capurro somático: 34 semanas, RNPT, abaixo do peso da IG, PIG 
➥ Apneia com cianose central, foi ventilada 
➥ Apgar 5 e 7 
➥ Batimento da asa do nariz e taquidispneia 
➥ Icterícia na face, parte superior do tórax e abdômen até o umbigo, 
zona III de Krammer, ++/4 
➥ O+, coombs direto +, VDRL do RN reagente 1/8 
➥ Exame para TORCHS 
➥ Mãe O- 
➥ Fototerapia, CPAP nasal e tratamento para sífilis (20 dias), 
➥ Melhorou respiração e alta da UTI 
➥ Ausência de resposta bilateral (teste da orelhinha) 
➥ Repetir exame após 3 meses 
➥ Teste do pezinho e coraçãozinho 
➥ Repetiu pezinho depois de 1 mês 
➥ Recomendações médicas 
 
 
Discussão 
➥ Falta informação 
➥ Dores possível contrações 
➥ Infecção por IST 
➥ Exames de pré-natal, laboratoriais, físicos, nutrição, uso de 
vitaminas 
➥ Discussão desencadeou o parto? 
➥ Apgar baixo 
➥ Capurro, avaliação de formação? 
➥ Cianose central, Apgar 0 
➥ 8 meses existe problema respiratório 
➥ Bilirrubina alta por degradação das hemácias 
➥ Icterícia fisiológica pode acontecer 
➥ Histórico familiar de icterícia, problema placentário? 
➥ Hemoglobina abaixo do esperado, motivo para icterícia? 
➥ Bilirrubina altas 
➥ Provável hipertensão da veia porta, relação com bilirrubina direta 
e indireta 
➥ Sensibilização para eritroblastose 
➥ Coombs: testagem no sangue da mãe (indireto) e no sangue do 
cordão ou feto (direto) 
➥ Exames demorados? 
➥ VDRL diagnosticou sífilis na mãe? 
➥ TORCHS: TUBERCULOSE, RUBEOLA, SIFILIS, HEPATITE/HIV, O?, 
C? 
➥ Hepatite passa pela gravidez? 
➥ Fototerapia para destruir a bilirrubina, qual o tempo? 
➥ CPAP nasal, mascara para melhorar respiração? Apneia do sono? 
➥ Sífilis causou surdez? 
➥ Teste do olhinho, avaliar tumor ocular, retino blastoma 
➥ Teste do coraçãozinho? 
➥ Teste do pezinho, quais doenças? 
➥ Repetir o teste para avaliar o resto do desenvolvimento do bebê 
➥ Tratamento para sífilis? 
 
Objetivos 
➥ Conhecer as formas de avaliação da vitalidade, maturidade e 
classificação do RN (Apgar, peso, estatura, PC, Capurro...) 
➥ Conhecer o exame de TORCHS, fatores de risco e achados clínicos 
das infecções perinatais mais comuns 
➥ Descrever as causas de icterícia, achados clínicos, fisiopatologia, 
tratamento e classificação (locais, Krammer) 
➥ Definir e caracterizar os testes de triagem em RN (olhinho, 
orelhinha, pezinho, coraçãozinho, linguinha, tanu...) (SUS e ultima 
normativa do teste do pezinho) 
 
Resumo 
 
Avaliação da vitalidade, maturidade e classificação 
➥ Prematuro é usado para RN com menos de 37 semanas de IG 
➥ Existem outras classificações 
 
Tipo Semanas 
Pré-termo extremo < 28 semanas de gestação 
Prematuro < 34 semanas de gestação 
Pré-termo tardio 34 a < 37 semanas 
A termo precoce 37 0/7 semanas a 38 6/7 semanas 
A termo completo 39 0/7 semanas a 40 6/7 semanas 
A termo tardio 41 0/7 semanas a 41 6/7 semanas 
Pós termo 42 0/7 semanas e além 
 
➥ Crescimento fetal restrito é quando o RN não consegue atingir seu 
potencial de crescimento dentro do útero 
➥ IG é usada para avaliar risco de patologia neonatal 
 
Classificação dos RN 
Peso 
 
Tipo Peso 
Macrossômico > 4000g 
Normal > 2500g e < 4000g 
Baixo peso < 2500g 
Muito baixo peso < 1500g 
Extremo baixo peso < 1000g 
 
➥ Quando se relaciona o peso com a IG pode classificar os pré-
termos em AIG, PIG ou GIG, adequados, pequenos ou grandes para a 
IG 
➥ Os AIG têm peso entre 10 e 90 da curva percentil 
➥ Os PIG têm peso abaixo de 10 da curva percentil 
➥ Os GIG têm peso acima de 90 da curva percentil 
 
Estatura e perímetros 
 
Tipo Tamanho 
Grande > 53cm 
Normal 45 – 53cm 
Pequeno < 45cm 
 
Tipo Tamanho 
Perímetro cefálico 33 -35cm 
Perímetro torácico 30 - 33cm 
Perímetro abdominal 28 – 31cm 
 
Apgar 
➥ Avalia sistematicamente os RN logo após o nascimento, 1º e 5º min 
➥ Se o score for menor que 7 no 5º minuto deve-se repetir a avaliação 
a cada 5 min até o 20º minuto de vida 
➥ Pontuação baixa pode ser resultado de estresse fetal ou outros 
fatores como prematuridade e uso de medicamentos no parto 
➥ Baixos índices de Apgar e o pH sanguíneo da artéria umbilical 
sugerem morte neonatal 
➥ Apgar de 0-3 aos 5min é incomum, mas apresenta um maior 
indicativo de morte que um pH £ 7 da artéria umbilical 
 
Sinal 0 1 2 
FC Ausente Abaixo de 100 Acima de 100 
Padrão 
respiratório Apneia 
Gasping, 
irregular 
Regular, 
chorando 
Tônus muscular Flácido Hipotônico Movimentação ativa 
Resposta ao 
cateter na 
narina 
Sem resposta Careta Tosse ou espirro 
Cor Cianose central, pálido 
Corpo rosa, 
cianose nas 
extremidades 
Completamente 
rosa 
 
Capurro 
➥ Avalia características somáticas e neurológicas do RN para 
descobrir a IG 
➥ É usado quando não se consegue calcular a IG de outra forma, 
quando a mãe não sabe a data da última menstruação e não fez a 
USG gestacional precoce (antes de 14 semanas) 
➥ Usado em RN de 29 semanas ou mais 
➥ Capurro somático usa 5 características somáticas 
➥ Capurro somático e neurológico usa 4 parâmetros somáticos e 2 
neurológicos 
 
Problemas dos RN pré-termo 
➥ RN pré-termo e com crescimento fetal restrito possuem problemas 
logos nos primeiros dias e meses de vida 
➥ Ocorre por não ter tido tempo suficiente para a maturação 
intrauterina, ou falta de suprimento suficientes para o crescimento 
➥ Pode ter relação com obesidade, hipertensão, diabetes e etc 
Regulação térmica 
 
Homeostase metabólica 
Glicose 
➥ RN prematuros, principalmente de baixo peso, existe grande 
chance de desenvolverem hipoglicemia por várias causas 
 ➥ Menor reserva de glicogênio, maior propensão a asfixia, 
distúrbios respiratórios, infecções e policitemia 
 
Cálcio 
➥ Hipocalcemia em RN pré-termo e com crescimento restrito pode 
ocorrer pela interrupção precoce do fornecimento de cálcio pelo 
corsão umbilical, asfixia e hipercalcitoninemia 
➥ Pode ser assintomática, os sintomas geralmente são tremores, 
irritabilidade muscular, convulsões generalizadas ou focais 
➥ Podem estar associadas a hipomagnesemia 
 
Doença metabólica óssea 
➥ Têm risco aumentado para doença óssea secundária pelo 
reduzido conteúdo mineral 
➥ Raquitismo da prematuridade 
 
Água corporal e sódio 
➥ Em RN pré-termo há uma perda de água maior por via 
transepidérmica, sendo maior quanto menor for o peso e a IG 
➥ Pode exceder ao debito urinário principalmente se os RN são 
cuidados sem medidas preventivas e incubadoras com muito calor 
 
Sistema respiratório 
➥ Pode ocorrer retardo da absorção do líquido alveolar 
➥ Se associa a síndrome do desconforto respiratório (SDR) 
➥ Pode ocorrer apneia da prematuridade, onde o fluxo de ar é 
interrompido por 15-20s, sendo por pausa dos movimentos 
respiratórios ou não 
 
Exame de TORCH 
➥ Grupo de infecções congênitas mais prevalentes 
➥ Toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes e outras (sífilis) 
➥ É recomendado o rastreamento para sífilis, toxoplasmose e HIV 
desde a primeira consulta pré-natal e rubéola só se tiver sintomas 
➥ Hepatite B deve ser rastreada próximo à 30º semana e o 
rastreamento de citomegalovírus e hepatite C não é recomendado 
 
Toxoplasmose congênita 
➥ Infecção aguda em imunocompetentes é assintomática, mas pode 
chegar ao feto na gravidez 
➥ Risco de transmissão aumenta com o passar dos meses, 15 até 
65% do 1º ao 3º trimestre e quase 100% se no ultimo mês 
 
Quadro clínico 
➥ 70% das crianças são assintomáticasao nascimento 
➥ Elevadas frequências de prematuridade, retardo no crescimento 
intrauterino, anormalidades liquóricas e cicatrizes de coriorretinite 
➥ Podem apresentar doença isolada ou multissistêmica, afetando o 
sistema nervoso ou olho 
➥ Forma subclínica é mais comum, alterações leves de liquor e 
depois sequelas neurológicas e oculares 
 
Diagnóstico 
➥ Feito por testes sorológicos 
➥ Padrão ouro é o teste do corante, dye test 
➥ Em RN a detecção de IgG não é adequada por causa da 
passagem transplacentária 
 
Sífilis congênita 
➥ Adquirida por via transplacentária, não passa pelo leite 
➥ Treponema provoca inflamação que compromete os órgãos do RN 
com lesões viscerais, ósseas, pele e mucosas e SNC 
➥ 25% resultam em óbito fetal e 25% em RN de baixo peso ou com 
infecção neonatal grave 
 
 
 
 
 
Manifestações clínicas 
Precoce 
➥ Ocorre em menores de 2 ano, resultante de infecção ativa 
➥ Hepatomegalia com ou sem esplenomegalia, lesões cutâneas, 
periostite, osteíte ou osteocondrite, pseudoparalisia dos membros, 
sofrimento respiratório com ou sem pneumonia, anemia e etc 
➥ Causa icterícia 
➥Alterações laboratoriais mais comuns são anemia, 
trombocitopenia, leocitose ou leucopenia e hiperbilirrubinemia 
Tardia 
➥ Após o segundo ano de vida, malformações ou cicatrizes da 
doença precoce 
➥ Tíbia em lâmina, articulações de Clutton, fronte olímpica, nariz em 
sela, dentes incisivos superiores deformados, molares em amora, 
rágades periorais, mandíbula curta, arco palatino elevado, surdez e 
etc 
 
Diagnóstico 
➥ Padrão ouro é a identificação do agente etiológico 
➥ Testes sorológicos são fundamentais 
 
Testes não treponêmicos 
➥ Testes não treponêmicos são muito sensíveis e pouco específicos, 
usados para diagnóstico inicial e seguimento terapêutico 
➥ Realizados no sangue do RN 
➥ Mesmo não infectado pode apresentar Ig maternos 
➥ VDRL é o mais comum 
➥ Pode dar um falso positivo, podendo ser doenças como lepra, 
tuberculose ou hepatite 
➥ Resultado é considerado positivo quando tem título a partir de 
1/16, significa que mesmo diluindo o sangue em 16 vezes ainda é 
possível identificar anticorpos 
➥ Títulos mais baixos (1/2, 1/4, e 1/8) ainda podem indicar infecção 
➥ Os mais baixos são encontrados em infecções primárias ou após o 
tratamento 
 
➥ Testes treponêmicos são qualitativos para a detecção de 
anticorpos antitreponêmicos, altamente específicos e pouco 
sensíveis, usados para confirmação do diagnóstico 
 
Rubéola congênita 
➥ Infecção congênita da rubéola engloba todos os acontecimentos 
associados à infecção intrauterina pelo vírus da rubéola 
 ➥ Abortos, natimortos, combinação de defeitos e assintomática 
➥ Síndrome da rubéola congênita (SRC) é a variedade de defeitos em 
neonatos filhos de mães que foram infectadas por rubéola na 
gestação 
 ➥ Deficiência auditiva, catarata, defeitos cardíacos e etc 
 
Quadro clínico 
➥ Pode haver as consequências da SRC 
➥ Pode achar meningoencefalite, pneumonia intersticial, lesões 
osteolíticas, retinopatia, glaucoma, hepatomegalia, icterícia, 
petéquias, adenopatias, anemia hemolítica e trombocitopenia 
 
Herpes simples vírus 
➥ Infecção pelo vírus HSV 
➥ Baixa prevalência, mas causa 0,2% de todas as internações 
neonatais e 0,6% das mortes 
➥ Infecta por inoculação oral, genital, mucosa conjuntival ou pele, 
depois infecta os nervos terminais onde é transportado pelos axônios 
até as raízes ganglionares dorsais e fica latente pelo resto da vida 
 
Quadro clínico 
➥ Transmitido pela placenta 
➥ Quando há infecção placentária apresenta infarto, necrose, 
calcificações e sinais de envolvimento fetal grave como hidropsia 
➥ Geralmente há morte do bebê 
➥ Os sobreviventes possuem lesões na pele, lesões oculares e graves 
anormalidades do SNC (microcefalia e hidranencefalia) 
 
Diagnóstico 
➥ Rastreamento de HSV 
➥ Hemograma, transaminases, bilirrubinas, ureia e creatinina, 
amônia, PCR para HSV DNA no sangue, liquor com PCR para HSV... 
Icterícia 
➥ Manifestação frequente em RN de todos os tipos 
➥ Concentração sérica da bilirrubina indireta (BI) >1,5mg/dL ou da 
bilirrubina direta (BD) >1,5mg/dL, desde que BD seja mais que 10% do 
valor total (BT) 
➥ Visível na avaliação quando excede 5mg/dL 
➥ Geralmente ocorre um aumento da BI e apresenta uma evolução 
benigna, 85% dos RN desenvolve icterícia clínica 
➥ 6% dos RN saudáveis mostram BT > 12,9mg/dL e 3% > 15mg/dL 
➥ Poucos apresentam níveis críticos elevados de BI, podendo gerar 
a encefalopatia bilirrubínica, que é uma complicação grave chamada 
de kernicterus 
 
Fisiopatologia 
➥ Origem da bilirrubina está na degradação das hemácias, onde são 
digeridas pelos macrófagos e liberam a hemoglobina que é quebrada 
e o Fe2+ é liberado para formar outro heme que vira biliverdina 
➥ Biliverdina é convertida em bilirrubina não conjugada que precisa 
ser transportada com a albumina 
➥ A icterícia em RN ocorre pela grande quantidade de hemoglobina 
e a curta duração das hemácias, que são degradas mais 
rapidamente do que o fígado consegue absorver a bilirrubina 
➥ Hiperbilirrubinemia indireta ocorre pelo aumento de BI e a direta 
pelo aumento de BD 
 
Hiperbilirrubinemia indireta 
➥ BI > 12mg/dL 
➥ Ideal é dosar as bilirrubinas de todos os bebês ictéricos 
➥ Avaliação da bilirrubina transcutânea é feita no esterno 
➥ BT sérica até 13-15mg/dL em RN a termo e pré-termo dependendo 
da coloração da pele 
➥ Na investigação deve avaliar BT e frações, Hb, Ht, Reticulócitos, 
tipagem da mãe e bebê e Rh, prova de coombs direta 
➥ Aparecimento de icterícia nas primeiras 24-36h de vida é alerta 
para doença hemolítica por incompatibilidade sanguínea 
 
Teste de Coombs 
➥ Tipo de exame de sangue que avalia a presença de anticorpos 
específicos que atacam as células vermelhas 
 
Teste de Coombs direto 
➥ Avalia diretamente as células vermelhas do sangue, verificando se 
há anticorpos ligados à hemácia e se esses anticorpos são derivados 
do próprio sistema imune da pessoa ou recebidos por transfusão 
➥ Detectar anemias hemolíticas autoimunes 
➥O reagente de Coombs é ao sangue do paciente, permitindo a 
visualização de anticorpos que possam estar ligados às hemácias 
 
Teste de Coombs indireto 
➥ Teste de Coombs indireto: avalia o soro do sangue, identificando os 
anticorpos ali presentes, 
➥ Geralmente é solicitado em situações de transfusão, para garantir 
que o sangue que vai ser doado é compatível com quem está 
recebendo 
➥ Ajuda a identificar outras doenças que afetam as células do 
sangue como leucemia, lúpus, mononucleose e eritroblastose fetal, 
também conhecida como doença hemolítica do recém-nascido 
➥ O sangue é coletado e centrifugado, separando as hemácias do 
soro, que contém os anticorpos. Ao soro são adicionadas hemácias 
'pré-marcadas' com anticorpos com o objetivo de verificar se existam 
auto-anticorpos presentes no soro 
 
Icterícia fisiológica 
➥ Quadro comum, benigno e autolimitado 
➥ Adaptação neonatal ao metabolismo da bilirrubina 
➥ Valor de 13mg/dL máximo 
 
Causas não fisiológicas 
➥ Maior risco é o surgimento de icterícia nas primeiras 24h de vida 
➥ IG entre 35 e 36 semanas é considerado fator de risco por causa 
da capacidade diminuída da conjugação hepática da bilirrubina 
➥ Risco de RN de 36 semanas ter BT > 20mg/dL é 8 vezes maior que 
um de 41 semanas 
➥ Sobrecarga de bilirrubina ao hepatócito 
➥ Doenças hemolíticas 
➥ Incompatibilidade ABO e Rh 
➥ Incompatibilidade por antígenos irregulares (c, E, Kell e etc) 
➥ Deficiência de G6PD 
➥ Esferocitose e eliptocitose 
➥ Hemoglobinopatias 
➥ Infecções, especialmente sepse 
➥ Coleções sanguíneas extravasculares 
➥ Policitemia 
➥ NPO prolongado (jejum pós operatório), baixo aporte de leite 
➥ Anomalias gastrointestinais 
➥ Deficiência ou inibição da conjugação da bilirrubina 
➥ Icterícia por leite materno 
➥ Hipotireoidismo congênito 
➥ Síndrome de Gilbert e síndrome de Cliger-Najjar tipos I e II 
 
➥ Mão de tipagem O e/ou Rh negativo 
➥ Irmãos que tiveram icterícia neonatal 
➥ Mãe diabética➥ Nascimento entre 2000 e 2500g ou IG de 35-38 semanas 
➥ Sexo masculino 
➥ Baixo aporte de leite materno na primeira semana de vida 
➥ Alta precoce da maternidade (antes de 48h) 
 
➥ O jejum prolongado favorece a absorção da bilirrubina no intestino 
e a ida para a circulação 
➥ Icterícia prolongada pode ser a única manifestação de 
hipotireoidismo congênito 
➥ Deficiência de G6PD deve ser investigada em todos RN que tiver 
icterícia não fisiológica, mesmo que outra causa explique a 
hiperbilirrubinemia 
 ➥ É uma doença genética associada ao cromossomo X que afeta 
igualmente os dois sexos 
➥ Eritroblastose causa icterícia, hemácias são destruídas por IgG 
anti-D e recicladas 
 
Tratamento 
➥ Feito por fototerapia e EST e as vezes, imunoglobulina standard 
endovenosa 
➥ Fototerapia com proteção ocular é a forma mais utilizada, ela 
reduz os níveis de bilirrubina que poderiam indicar EST 
 ➥ A eficácia depende do comprimento da onda de luz, da 
irradiância espectral e da superfície exposta 
 
Hiperbilirrubinemia direta 
➥ Elevação do nível de BD é causado por distúrbios hepáticos ou 
doenças sistêmicas graves 
➥ Icterícia colestática ocorre o aumento prolongado da BD, reflexo 
da redução de excreção pelas células parenquimatosas hepáticas ou 
alguma doença do trato biliar 
➥ A icterícia por BD causa um tom esverdeado, amarelo-
acastanhado opaco 
➥ Pode ser causado por obstrução, sepse, doença do trato biliar, 
toxinas, inflamação e doenças metabólicas genéticas 
➥ Não é neurotóxica, mas o acúmulo é sempre patológico e deve ser 
feito o diagnóstico precoce pelo potencial de atresia biliar 
➥ Hiperbilirrubinemia grave ocorre quando BD > 1mg/dL, se BT < 
5mg/dL, ou quando a BD > 20% da BT se BT > 5mg/dL 
 
 
 
Testes de triagem 
Teste do pezinho 
➥ Faz parte do PNTN (Programa Nacional de Triagem Neonatal) 
➥ Dividido em 4 fases 
 ➥ Fase I: Fenilcetonúria (PKU) 
 ➥ Fase II: Doença falciforme 
 ➥ Fase III: Fibrose cística 
 ➥ Fase IV: Hiperplasia adrenal congênita – deficiência de 
biotinidase 
➥ Não há necessidade de jejum para a coleta 
➥ Recolhido entre 3 e 5 dias de vida, de preferência no 3º 
➥ RN deve ter amamentado ou recebido aminoácidos para não 
haver falso-negativo no PKU 
➥ Prematuridade e transfusão restringem a triagem da anemia 
falciforme e hemoglobinopatias 
➥ Em transfusão deve repetir o exame com 90 dias, mas para as 
outras doenças faz no tempo recomendado 
➥ Em caso de prematuridade faz o teste até o 7º dia e repete com 30 
dias 
➥ Uso de medicamentos e presença de doenças não interferem no 
exame 
➥ Alterações hemodinâmicas podem alterar o teste, por isso que 
precisa ser feito até o 30º dia 
 
Teste do pezinho plus 
➥ Pezinho + algumas 
➥ PKU, hipotireoidismo, anemia falciforme e outras 
hemoglobinopatias, hiperplasia adrenal congênita e fibrose cística 
➥ Galactosemia 
➥ Deficiência de biotinidase 
➥ Toxoplasmose congênita 
 
Teste do pezinho master 
➥ Pezinho + TORCH 
➥ PKU, hipotireoidismo, anemia falciforme e outras 
hemoglobinopatias, hiperplasia adrenal congênita e fibrose cística 
➥ Galactosemia 
➥ Deficiência de biotinidase 
➥ Toxoplasmose congênita 
➥ Deficiência de G6PD 
➥ Sífilis congênita 
➥ Citamegalovirose congênita 
➥ Doença de chagas congênita 
➥ Rubéola congênita 
 
➥ Em uma segunda fase, serão acrescentados os testes para 
averiguar galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo 
da ureia e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos 
➥ Terceira e quarta etapas acrescentam, respectivamente, os 
exames para doenças lisossômicas, responsáveis por afetar o 
funcionamento celular, e a testagem para imunodeficiências 
primárias, que seriam problemas genéticos no sistema imunológico. 
Por último, na quinta fase, inclui-se o diagnóstico para atrofia 
muscular espinhal 
 
TANU 
➥ Triagem auditiva neonatal universal 
➥ Realizada em todos os RN para identificar os que possuem chance 
de ter nascido com alterações auditivas 
➥ Se detectado o início do tratamento deve ser até o 3º mês de vida 
por causa da plasticidade do SNC nessa fase 
➥ Atualmente se usam procedimentos eletrofisiológicos e 
eletroacústicos conhecidos como o registro das Emissões 
Otoacústicas Evocadas e o Potencial Evocado Auditivo de Tronco 
Encefálico 
➥ Testes sensíveis e específicos para achar as perdas auditivas mais 
importantes que podem afetar o desenvolvimento da linguagem e 
psicossocial da criança 
➥ Deve ser realizado na maternidade entre 24-48h pós nascimento 
 
Teste da orelhinha 
➥ Realizado até o 3º mês de vida 
➥ Fazer a triagem auditiva universal pelas emissões otoacústicas 
transientes (EOAT) e pesquisa do reflexo cócleo palpebral (RCP) 
➥ RN com fatores de risco devem ser acompanhados 
periodicamente nos primeiros anos de vida 
➥ Se for comprovado o comprometimento o bebê é encaminhado 
para um otorrino 
➥ Se a falha não vier de algum problema de orelha externa ou média, 
é realizada uma avaliação audiológica completa 
 ➥ Pode estar relacionado à perda auditiva neurosensorial 
 ➥ Intervenção é a prótese auditiva, orientação familiar e terapia 
fonoaudiólogica 
 
Fatores de risco 
➥ Asfixiados (Apgar < 6 no 5ºmin) 
➥ História familiar de surdez congênita 
➥ Infecções TORCH 
➥ Hiperbilirrubinemia 
➥ Septicemia neonatal / meningite 
➥ Hemorragia intraventricular 
➥ Convulsões ou outra doença do SNC 
➥ Anomalias craniofaciais 
➥ Espinha bífida 
➥ Defeitos cromossômicos 
➥ Uso de drogas ototóxicas 
➥ Peso de nascimento < 1500g 
➥ Ventilação mecânica por mais de 5 dias 
 
Teste do olhinho 
➥ Triagem visual 
➥ 30 – 72% da cegueira infantil é evitável, 9 – 58% é prevenível e 14 – 
31% é tratável 
➥ Principais doenças são catarata, retinopatias e glaucoma 
➥ Todo pediatra deve fazer avaliação oftalmológica até os 3 anos 
 ➥ Histórico ocular, avaliação visual, inspeção externa do olho e da 
pálpebra, avaliação da motilidade ocular, exame da pupila e reflexo 
vermelho 
 
Teste do reflexo vermelho 
➥ Exame de rastreamento (screening) para anormalidades oculares 
➥ Detecta opacidades dos meios transparentes do globo ocular 
➥ Pode detectar catarata congênita, retinopatia da prematuridade, 
renitoblastoma, glaucoma congênito, descolamento da retina e 
hemorragia vítrea 
➥ Deve ser feito antes da alta da maternidade, na primeira consulta 
de puericultura, 2 meses de vida (ideal para cirurgia de catarata), 6, 9 
e 12 meses de vida, após 1 ano 2 vezes por ano 
 
 
 
Teste da linguinha 
➥ diagnosticar e indicar o tratamento precoce de problemas no freio 
da língua de recém-nascidos 
➥ Podem prejudicar a amamentação ou comprometer o ato de 
engolir, mastigar e falar 
 
➥ Não causa dor, apenas levanta a língua do bebê para analisar o 
freio da língua 
➥ Avaliar a espessura e de que forma o freio da língua está fixado, 
além de analisar como o bebê movimenta a língua e se apresenta 
dificuldades para sugar o leite materno 
 
Teste do coraçãozinho 
➥ Diagnosticar cardiopatias congênitas 
➥ A apresentação clínica decorre do fechamento ou restrição do 
canal arterial (cardiopatias canal- dependentes) 
 ➥ Cardiopatias com fluxo pulmonar dependente do canal arterial: 
Atresia pulmonar e similares; 
 ➥ Cardiopatias com fluxo sistêmico dependente do canal arterial: 
Síndrome de hipoplasia do coração esquerdo, coartação de aorta 
crítica e similares 
 ➥ Cardiopatias com circulação em paralelo: transposição das 
grandes artérias 
➥ O diagnóstico precoce é fundamental, pois pode evitar choque, 
acidose, parada cardíaca ou agravo neurológico antes do 
tratamento da cardiopatia 
➥ A forma ideal para o diagnóstico de cardiopatia congênita é o 
ecocardiograma com mapeamento de fluxo em cores seja fetal ou 
pós-natal, mas é inviável como triagem 
 
Como é feito 
➥ Nas cardiopatias congênitas críticas, ocorre uma mistura de 
sangue entre as circulações sistêmica e pulmonar, que gera uma 
redução da saturação periférica de O2. 
➥ Então a aferição da oximetria de pulso em RN aparentemente 
saudáveis com IG > 34 semanas, mostra uma alta sensibilidadee 
especificidade para detecção das cardiopatias 
➥ Local de aferição: membro superior direito e em um dos membros 
inferiores, é necessário que o RN esteja com as extremidades 
aquecidas e o monitor evidencie uma onda de traçado homogêneo 
➥ Momento da aferição deve ser entre 24 e 48 horas de vida, antes 
da alta 
➥ Resultado normal: Saturação periférica maior ou igual a 95% em 
ambas as medidas (membro superior direito e membro inferior) e 
diferença menor que 3% entre as medidas do membro superior direito 
e membro inferior 
➥ Resultado anormal: Caso qualquer medida da SpO2 seja menor 
que 95% ou houver uma diferença igual ou maior que 3% entre as 
medidas do membro superior direito e membro inferior, uma nova 
aferição deverá ser realizada após 1 hora. Caso o resultado se 
confirme, um ecocardiograma deverá ser realizado dentro das 24 
horas seguintes

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