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tutoria @gabrielholandac infecções perinatais Termos desconhecidos ➥ Capurro somático ➥ PIG ➥ Zona III de Krammer ➥ Reticulócitos ➥ Ht ➥ Bilirrubina direta e indireta ➥ Coombs direto ➥ VDRL ➥ TORCHS ➥ CPAP nasal Pontos importantes ➥ Carla,16 anos, mora no interior, namorado frequentava prostibulo ➥ Falta de atenção familiar ➥ Dor em baixo ventre ➥ Grávida de 7 meses ➥ Médico solicitou exames ➥ Sentiu piora das dores ➥ Trabalho de parto ➥ P: 1,380kg, E: 44cm, PC: 27cm ➥ Capurro somático: 34 semanas, RNPT, abaixo do peso da IG, PIG ➥ Apneia com cianose central, foi ventilada ➥ Apgar 5 e 7 ➥ Batimento da asa do nariz e taquidispneia ➥ Icterícia na face, parte superior do tórax e abdômen até o umbigo, zona III de Krammer, ++/4 ➥ O+, coombs direto +, VDRL do RN reagente 1/8 ➥ Exame para TORCHS ➥ Mãe O- ➥ Fototerapia, CPAP nasal e tratamento para sífilis (20 dias), ➥ Melhorou respiração e alta da UTI ➥ Ausência de resposta bilateral (teste da orelhinha) ➥ Repetir exame após 3 meses ➥ Teste do pezinho e coraçãozinho ➥ Repetiu pezinho depois de 1 mês ➥ Recomendações médicas Discussão ➥ Falta informação ➥ Dores possível contrações ➥ Infecção por IST ➥ Exames de pré-natal, laboratoriais, físicos, nutrição, uso de vitaminas ➥ Discussão desencadeou o parto? ➥ Apgar baixo ➥ Capurro, avaliação de formação? ➥ Cianose central, Apgar 0 ➥ 8 meses existe problema respiratório ➥ Bilirrubina alta por degradação das hemácias ➥ Icterícia fisiológica pode acontecer ➥ Histórico familiar de icterícia, problema placentário? ➥ Hemoglobina abaixo do esperado, motivo para icterícia? ➥ Bilirrubina altas ➥ Provável hipertensão da veia porta, relação com bilirrubina direta e indireta ➥ Sensibilização para eritroblastose ➥ Coombs: testagem no sangue da mãe (indireto) e no sangue do cordão ou feto (direto) ➥ Exames demorados? ➥ VDRL diagnosticou sífilis na mãe? ➥ TORCHS: TUBERCULOSE, RUBEOLA, SIFILIS, HEPATITE/HIV, O?, C? ➥ Hepatite passa pela gravidez? ➥ Fototerapia para destruir a bilirrubina, qual o tempo? ➥ CPAP nasal, mascara para melhorar respiração? Apneia do sono? ➥ Sífilis causou surdez? ➥ Teste do olhinho, avaliar tumor ocular, retino blastoma ➥ Teste do coraçãozinho? ➥ Teste do pezinho, quais doenças? ➥ Repetir o teste para avaliar o resto do desenvolvimento do bebê ➥ Tratamento para sífilis? Objetivos ➥ Conhecer as formas de avaliação da vitalidade, maturidade e classificação do RN (Apgar, peso, estatura, PC, Capurro...) ➥ Conhecer o exame de TORCHS, fatores de risco e achados clínicos das infecções perinatais mais comuns ➥ Descrever as causas de icterícia, achados clínicos, fisiopatologia, tratamento e classificação (locais, Krammer) ➥ Definir e caracterizar os testes de triagem em RN (olhinho, orelhinha, pezinho, coraçãozinho, linguinha, tanu...) (SUS e ultima normativa do teste do pezinho) Resumo Avaliação da vitalidade, maturidade e classificação ➥ Prematuro é usado para RN com menos de 37 semanas de IG ➥ Existem outras classificações Tipo Semanas Pré-termo extremo < 28 semanas de gestação Prematuro < 34 semanas de gestação Pré-termo tardio 34 a < 37 semanas A termo precoce 37 0/7 semanas a 38 6/7 semanas A termo completo 39 0/7 semanas a 40 6/7 semanas A termo tardio 41 0/7 semanas a 41 6/7 semanas Pós termo 42 0/7 semanas e além ➥ Crescimento fetal restrito é quando o RN não consegue atingir seu potencial de crescimento dentro do útero ➥ IG é usada para avaliar risco de patologia neonatal Classificação dos RN Peso Tipo Peso Macrossômico > 4000g Normal > 2500g e < 4000g Baixo peso < 2500g Muito baixo peso < 1500g Extremo baixo peso < 1000g ➥ Quando se relaciona o peso com a IG pode classificar os pré- termos em AIG, PIG ou GIG, adequados, pequenos ou grandes para a IG ➥ Os AIG têm peso entre 10 e 90 da curva percentil ➥ Os PIG têm peso abaixo de 10 da curva percentil ➥ Os GIG têm peso acima de 90 da curva percentil Estatura e perímetros Tipo Tamanho Grande > 53cm Normal 45 – 53cm Pequeno < 45cm Tipo Tamanho Perímetro cefálico 33 -35cm Perímetro torácico 30 - 33cm Perímetro abdominal 28 – 31cm Apgar ➥ Avalia sistematicamente os RN logo após o nascimento, 1º e 5º min ➥ Se o score for menor que 7 no 5º minuto deve-se repetir a avaliação a cada 5 min até o 20º minuto de vida ➥ Pontuação baixa pode ser resultado de estresse fetal ou outros fatores como prematuridade e uso de medicamentos no parto ➥ Baixos índices de Apgar e o pH sanguíneo da artéria umbilical sugerem morte neonatal ➥ Apgar de 0-3 aos 5min é incomum, mas apresenta um maior indicativo de morte que um pH £ 7 da artéria umbilical Sinal 0 1 2 FC Ausente Abaixo de 100 Acima de 100 Padrão respiratório Apneia Gasping, irregular Regular, chorando Tônus muscular Flácido Hipotônico Movimentação ativa Resposta ao cateter na narina Sem resposta Careta Tosse ou espirro Cor Cianose central, pálido Corpo rosa, cianose nas extremidades Completamente rosa Capurro ➥ Avalia características somáticas e neurológicas do RN para descobrir a IG ➥ É usado quando não se consegue calcular a IG de outra forma, quando a mãe não sabe a data da última menstruação e não fez a USG gestacional precoce (antes de 14 semanas) ➥ Usado em RN de 29 semanas ou mais ➥ Capurro somático usa 5 características somáticas ➥ Capurro somático e neurológico usa 4 parâmetros somáticos e 2 neurológicos Problemas dos RN pré-termo ➥ RN pré-termo e com crescimento fetal restrito possuem problemas logos nos primeiros dias e meses de vida ➥ Ocorre por não ter tido tempo suficiente para a maturação intrauterina, ou falta de suprimento suficientes para o crescimento ➥ Pode ter relação com obesidade, hipertensão, diabetes e etc Regulação térmica Homeostase metabólica Glicose ➥ RN prematuros, principalmente de baixo peso, existe grande chance de desenvolverem hipoglicemia por várias causas ➥ Menor reserva de glicogênio, maior propensão a asfixia, distúrbios respiratórios, infecções e policitemia Cálcio ➥ Hipocalcemia em RN pré-termo e com crescimento restrito pode ocorrer pela interrupção precoce do fornecimento de cálcio pelo corsão umbilical, asfixia e hipercalcitoninemia ➥ Pode ser assintomática, os sintomas geralmente são tremores, irritabilidade muscular, convulsões generalizadas ou focais ➥ Podem estar associadas a hipomagnesemia Doença metabólica óssea ➥ Têm risco aumentado para doença óssea secundária pelo reduzido conteúdo mineral ➥ Raquitismo da prematuridade Água corporal e sódio ➥ Em RN pré-termo há uma perda de água maior por via transepidérmica, sendo maior quanto menor for o peso e a IG ➥ Pode exceder ao debito urinário principalmente se os RN são cuidados sem medidas preventivas e incubadoras com muito calor Sistema respiratório ➥ Pode ocorrer retardo da absorção do líquido alveolar ➥ Se associa a síndrome do desconforto respiratório (SDR) ➥ Pode ocorrer apneia da prematuridade, onde o fluxo de ar é interrompido por 15-20s, sendo por pausa dos movimentos respiratórios ou não Exame de TORCH ➥ Grupo de infecções congênitas mais prevalentes ➥ Toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes e outras (sífilis) ➥ É recomendado o rastreamento para sífilis, toxoplasmose e HIV desde a primeira consulta pré-natal e rubéola só se tiver sintomas ➥ Hepatite B deve ser rastreada próximo à 30º semana e o rastreamento de citomegalovírus e hepatite C não é recomendado Toxoplasmose congênita ➥ Infecção aguda em imunocompetentes é assintomática, mas pode chegar ao feto na gravidez ➥ Risco de transmissão aumenta com o passar dos meses, 15 até 65% do 1º ao 3º trimestre e quase 100% se no ultimo mês Quadro clínico ➥ 70% das crianças são assintomáticasao nascimento ➥ Elevadas frequências de prematuridade, retardo no crescimento intrauterino, anormalidades liquóricas e cicatrizes de coriorretinite ➥ Podem apresentar doença isolada ou multissistêmica, afetando o sistema nervoso ou olho ➥ Forma subclínica é mais comum, alterações leves de liquor e depois sequelas neurológicas e oculares Diagnóstico ➥ Feito por testes sorológicos ➥ Padrão ouro é o teste do corante, dye test ➥ Em RN a detecção de IgG não é adequada por causa da passagem transplacentária Sífilis congênita ➥ Adquirida por via transplacentária, não passa pelo leite ➥ Treponema provoca inflamação que compromete os órgãos do RN com lesões viscerais, ósseas, pele e mucosas e SNC ➥ 25% resultam em óbito fetal e 25% em RN de baixo peso ou com infecção neonatal grave Manifestações clínicas Precoce ➥ Ocorre em menores de 2 ano, resultante de infecção ativa ➥ Hepatomegalia com ou sem esplenomegalia, lesões cutâneas, periostite, osteíte ou osteocondrite, pseudoparalisia dos membros, sofrimento respiratório com ou sem pneumonia, anemia e etc ➥ Causa icterícia ➥Alterações laboratoriais mais comuns são anemia, trombocitopenia, leocitose ou leucopenia e hiperbilirrubinemia Tardia ➥ Após o segundo ano de vida, malformações ou cicatrizes da doença precoce ➥ Tíbia em lâmina, articulações de Clutton, fronte olímpica, nariz em sela, dentes incisivos superiores deformados, molares em amora, rágades periorais, mandíbula curta, arco palatino elevado, surdez e etc Diagnóstico ➥ Padrão ouro é a identificação do agente etiológico ➥ Testes sorológicos são fundamentais Testes não treponêmicos ➥ Testes não treponêmicos são muito sensíveis e pouco específicos, usados para diagnóstico inicial e seguimento terapêutico ➥ Realizados no sangue do RN ➥ Mesmo não infectado pode apresentar Ig maternos ➥ VDRL é o mais comum ➥ Pode dar um falso positivo, podendo ser doenças como lepra, tuberculose ou hepatite ➥ Resultado é considerado positivo quando tem título a partir de 1/16, significa que mesmo diluindo o sangue em 16 vezes ainda é possível identificar anticorpos ➥ Títulos mais baixos (1/2, 1/4, e 1/8) ainda podem indicar infecção ➥ Os mais baixos são encontrados em infecções primárias ou após o tratamento ➥ Testes treponêmicos são qualitativos para a detecção de anticorpos antitreponêmicos, altamente específicos e pouco sensíveis, usados para confirmação do diagnóstico Rubéola congênita ➥ Infecção congênita da rubéola engloba todos os acontecimentos associados à infecção intrauterina pelo vírus da rubéola ➥ Abortos, natimortos, combinação de defeitos e assintomática ➥ Síndrome da rubéola congênita (SRC) é a variedade de defeitos em neonatos filhos de mães que foram infectadas por rubéola na gestação ➥ Deficiência auditiva, catarata, defeitos cardíacos e etc Quadro clínico ➥ Pode haver as consequências da SRC ➥ Pode achar meningoencefalite, pneumonia intersticial, lesões osteolíticas, retinopatia, glaucoma, hepatomegalia, icterícia, petéquias, adenopatias, anemia hemolítica e trombocitopenia Herpes simples vírus ➥ Infecção pelo vírus HSV ➥ Baixa prevalência, mas causa 0,2% de todas as internações neonatais e 0,6% das mortes ➥ Infecta por inoculação oral, genital, mucosa conjuntival ou pele, depois infecta os nervos terminais onde é transportado pelos axônios até as raízes ganglionares dorsais e fica latente pelo resto da vida Quadro clínico ➥ Transmitido pela placenta ➥ Quando há infecção placentária apresenta infarto, necrose, calcificações e sinais de envolvimento fetal grave como hidropsia ➥ Geralmente há morte do bebê ➥ Os sobreviventes possuem lesões na pele, lesões oculares e graves anormalidades do SNC (microcefalia e hidranencefalia) Diagnóstico ➥ Rastreamento de HSV ➥ Hemograma, transaminases, bilirrubinas, ureia e creatinina, amônia, PCR para HSV DNA no sangue, liquor com PCR para HSV... Icterícia ➥ Manifestação frequente em RN de todos os tipos ➥ Concentração sérica da bilirrubina indireta (BI) >1,5mg/dL ou da bilirrubina direta (BD) >1,5mg/dL, desde que BD seja mais que 10% do valor total (BT) ➥ Visível na avaliação quando excede 5mg/dL ➥ Geralmente ocorre um aumento da BI e apresenta uma evolução benigna, 85% dos RN desenvolve icterícia clínica ➥ 6% dos RN saudáveis mostram BT > 12,9mg/dL e 3% > 15mg/dL ➥ Poucos apresentam níveis críticos elevados de BI, podendo gerar a encefalopatia bilirrubínica, que é uma complicação grave chamada de kernicterus Fisiopatologia ➥ Origem da bilirrubina está na degradação das hemácias, onde são digeridas pelos macrófagos e liberam a hemoglobina que é quebrada e o Fe2+ é liberado para formar outro heme que vira biliverdina ➥ Biliverdina é convertida em bilirrubina não conjugada que precisa ser transportada com a albumina ➥ A icterícia em RN ocorre pela grande quantidade de hemoglobina e a curta duração das hemácias, que são degradas mais rapidamente do que o fígado consegue absorver a bilirrubina ➥ Hiperbilirrubinemia indireta ocorre pelo aumento de BI e a direta pelo aumento de BD Hiperbilirrubinemia indireta ➥ BI > 12mg/dL ➥ Ideal é dosar as bilirrubinas de todos os bebês ictéricos ➥ Avaliação da bilirrubina transcutânea é feita no esterno ➥ BT sérica até 13-15mg/dL em RN a termo e pré-termo dependendo da coloração da pele ➥ Na investigação deve avaliar BT e frações, Hb, Ht, Reticulócitos, tipagem da mãe e bebê e Rh, prova de coombs direta ➥ Aparecimento de icterícia nas primeiras 24-36h de vida é alerta para doença hemolítica por incompatibilidade sanguínea Teste de Coombs ➥ Tipo de exame de sangue que avalia a presença de anticorpos específicos que atacam as células vermelhas Teste de Coombs direto ➥ Avalia diretamente as células vermelhas do sangue, verificando se há anticorpos ligados à hemácia e se esses anticorpos são derivados do próprio sistema imune da pessoa ou recebidos por transfusão ➥ Detectar anemias hemolíticas autoimunes ➥O reagente de Coombs é ao sangue do paciente, permitindo a visualização de anticorpos que possam estar ligados às hemácias Teste de Coombs indireto ➥ Teste de Coombs indireto: avalia o soro do sangue, identificando os anticorpos ali presentes, ➥ Geralmente é solicitado em situações de transfusão, para garantir que o sangue que vai ser doado é compatível com quem está recebendo ➥ Ajuda a identificar outras doenças que afetam as células do sangue como leucemia, lúpus, mononucleose e eritroblastose fetal, também conhecida como doença hemolítica do recém-nascido ➥ O sangue é coletado e centrifugado, separando as hemácias do soro, que contém os anticorpos. Ao soro são adicionadas hemácias 'pré-marcadas' com anticorpos com o objetivo de verificar se existam auto-anticorpos presentes no soro Icterícia fisiológica ➥ Quadro comum, benigno e autolimitado ➥ Adaptação neonatal ao metabolismo da bilirrubina ➥ Valor de 13mg/dL máximo Causas não fisiológicas ➥ Maior risco é o surgimento de icterícia nas primeiras 24h de vida ➥ IG entre 35 e 36 semanas é considerado fator de risco por causa da capacidade diminuída da conjugação hepática da bilirrubina ➥ Risco de RN de 36 semanas ter BT > 20mg/dL é 8 vezes maior que um de 41 semanas ➥ Sobrecarga de bilirrubina ao hepatócito ➥ Doenças hemolíticas ➥ Incompatibilidade ABO e Rh ➥ Incompatibilidade por antígenos irregulares (c, E, Kell e etc) ➥ Deficiência de G6PD ➥ Esferocitose e eliptocitose ➥ Hemoglobinopatias ➥ Infecções, especialmente sepse ➥ Coleções sanguíneas extravasculares ➥ Policitemia ➥ NPO prolongado (jejum pós operatório), baixo aporte de leite ➥ Anomalias gastrointestinais ➥ Deficiência ou inibição da conjugação da bilirrubina ➥ Icterícia por leite materno ➥ Hipotireoidismo congênito ➥ Síndrome de Gilbert e síndrome de Cliger-Najjar tipos I e II ➥ Mão de tipagem O e/ou Rh negativo ➥ Irmãos que tiveram icterícia neonatal ➥ Mãe diabética➥ Nascimento entre 2000 e 2500g ou IG de 35-38 semanas ➥ Sexo masculino ➥ Baixo aporte de leite materno na primeira semana de vida ➥ Alta precoce da maternidade (antes de 48h) ➥ O jejum prolongado favorece a absorção da bilirrubina no intestino e a ida para a circulação ➥ Icterícia prolongada pode ser a única manifestação de hipotireoidismo congênito ➥ Deficiência de G6PD deve ser investigada em todos RN que tiver icterícia não fisiológica, mesmo que outra causa explique a hiperbilirrubinemia ➥ É uma doença genética associada ao cromossomo X que afeta igualmente os dois sexos ➥ Eritroblastose causa icterícia, hemácias são destruídas por IgG anti-D e recicladas Tratamento ➥ Feito por fototerapia e EST e as vezes, imunoglobulina standard endovenosa ➥ Fototerapia com proteção ocular é a forma mais utilizada, ela reduz os níveis de bilirrubina que poderiam indicar EST ➥ A eficácia depende do comprimento da onda de luz, da irradiância espectral e da superfície exposta Hiperbilirrubinemia direta ➥ Elevação do nível de BD é causado por distúrbios hepáticos ou doenças sistêmicas graves ➥ Icterícia colestática ocorre o aumento prolongado da BD, reflexo da redução de excreção pelas células parenquimatosas hepáticas ou alguma doença do trato biliar ➥ A icterícia por BD causa um tom esverdeado, amarelo- acastanhado opaco ➥ Pode ser causado por obstrução, sepse, doença do trato biliar, toxinas, inflamação e doenças metabólicas genéticas ➥ Não é neurotóxica, mas o acúmulo é sempre patológico e deve ser feito o diagnóstico precoce pelo potencial de atresia biliar ➥ Hiperbilirrubinemia grave ocorre quando BD > 1mg/dL, se BT < 5mg/dL, ou quando a BD > 20% da BT se BT > 5mg/dL Testes de triagem Teste do pezinho ➥ Faz parte do PNTN (Programa Nacional de Triagem Neonatal) ➥ Dividido em 4 fases ➥ Fase I: Fenilcetonúria (PKU) ➥ Fase II: Doença falciforme ➥ Fase III: Fibrose cística ➥ Fase IV: Hiperplasia adrenal congênita – deficiência de biotinidase ➥ Não há necessidade de jejum para a coleta ➥ Recolhido entre 3 e 5 dias de vida, de preferência no 3º ➥ RN deve ter amamentado ou recebido aminoácidos para não haver falso-negativo no PKU ➥ Prematuridade e transfusão restringem a triagem da anemia falciforme e hemoglobinopatias ➥ Em transfusão deve repetir o exame com 90 dias, mas para as outras doenças faz no tempo recomendado ➥ Em caso de prematuridade faz o teste até o 7º dia e repete com 30 dias ➥ Uso de medicamentos e presença de doenças não interferem no exame ➥ Alterações hemodinâmicas podem alterar o teste, por isso que precisa ser feito até o 30º dia Teste do pezinho plus ➥ Pezinho + algumas ➥ PKU, hipotireoidismo, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias, hiperplasia adrenal congênita e fibrose cística ➥ Galactosemia ➥ Deficiência de biotinidase ➥ Toxoplasmose congênita Teste do pezinho master ➥ Pezinho + TORCH ➥ PKU, hipotireoidismo, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias, hiperplasia adrenal congênita e fibrose cística ➥ Galactosemia ➥ Deficiência de biotinidase ➥ Toxoplasmose congênita ➥ Deficiência de G6PD ➥ Sífilis congênita ➥ Citamegalovirose congênita ➥ Doença de chagas congênita ➥ Rubéola congênita ➥ Em uma segunda fase, serão acrescentados os testes para averiguar galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos ➥ Terceira e quarta etapas acrescentam, respectivamente, os exames para doenças lisossômicas, responsáveis por afetar o funcionamento celular, e a testagem para imunodeficiências primárias, que seriam problemas genéticos no sistema imunológico. Por último, na quinta fase, inclui-se o diagnóstico para atrofia muscular espinhal TANU ➥ Triagem auditiva neonatal universal ➥ Realizada em todos os RN para identificar os que possuem chance de ter nascido com alterações auditivas ➥ Se detectado o início do tratamento deve ser até o 3º mês de vida por causa da plasticidade do SNC nessa fase ➥ Atualmente se usam procedimentos eletrofisiológicos e eletroacústicos conhecidos como o registro das Emissões Otoacústicas Evocadas e o Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico ➥ Testes sensíveis e específicos para achar as perdas auditivas mais importantes que podem afetar o desenvolvimento da linguagem e psicossocial da criança ➥ Deve ser realizado na maternidade entre 24-48h pós nascimento Teste da orelhinha ➥ Realizado até o 3º mês de vida ➥ Fazer a triagem auditiva universal pelas emissões otoacústicas transientes (EOAT) e pesquisa do reflexo cócleo palpebral (RCP) ➥ RN com fatores de risco devem ser acompanhados periodicamente nos primeiros anos de vida ➥ Se for comprovado o comprometimento o bebê é encaminhado para um otorrino ➥ Se a falha não vier de algum problema de orelha externa ou média, é realizada uma avaliação audiológica completa ➥ Pode estar relacionado à perda auditiva neurosensorial ➥ Intervenção é a prótese auditiva, orientação familiar e terapia fonoaudiólogica Fatores de risco ➥ Asfixiados (Apgar < 6 no 5ºmin) ➥ História familiar de surdez congênita ➥ Infecções TORCH ➥ Hiperbilirrubinemia ➥ Septicemia neonatal / meningite ➥ Hemorragia intraventricular ➥ Convulsões ou outra doença do SNC ➥ Anomalias craniofaciais ➥ Espinha bífida ➥ Defeitos cromossômicos ➥ Uso de drogas ototóxicas ➥ Peso de nascimento < 1500g ➥ Ventilação mecânica por mais de 5 dias Teste do olhinho ➥ Triagem visual ➥ 30 – 72% da cegueira infantil é evitável, 9 – 58% é prevenível e 14 – 31% é tratável ➥ Principais doenças são catarata, retinopatias e glaucoma ➥ Todo pediatra deve fazer avaliação oftalmológica até os 3 anos ➥ Histórico ocular, avaliação visual, inspeção externa do olho e da pálpebra, avaliação da motilidade ocular, exame da pupila e reflexo vermelho Teste do reflexo vermelho ➥ Exame de rastreamento (screening) para anormalidades oculares ➥ Detecta opacidades dos meios transparentes do globo ocular ➥ Pode detectar catarata congênita, retinopatia da prematuridade, renitoblastoma, glaucoma congênito, descolamento da retina e hemorragia vítrea ➥ Deve ser feito antes da alta da maternidade, na primeira consulta de puericultura, 2 meses de vida (ideal para cirurgia de catarata), 6, 9 e 12 meses de vida, após 1 ano 2 vezes por ano Teste da linguinha ➥ diagnosticar e indicar o tratamento precoce de problemas no freio da língua de recém-nascidos ➥ Podem prejudicar a amamentação ou comprometer o ato de engolir, mastigar e falar ➥ Não causa dor, apenas levanta a língua do bebê para analisar o freio da língua ➥ Avaliar a espessura e de que forma o freio da língua está fixado, além de analisar como o bebê movimenta a língua e se apresenta dificuldades para sugar o leite materno Teste do coraçãozinho ➥ Diagnosticar cardiopatias congênitas ➥ A apresentação clínica decorre do fechamento ou restrição do canal arterial (cardiopatias canal- dependentes) ➥ Cardiopatias com fluxo pulmonar dependente do canal arterial: Atresia pulmonar e similares; ➥ Cardiopatias com fluxo sistêmico dependente do canal arterial: Síndrome de hipoplasia do coração esquerdo, coartação de aorta crítica e similares ➥ Cardiopatias com circulação em paralelo: transposição das grandes artérias ➥ O diagnóstico precoce é fundamental, pois pode evitar choque, acidose, parada cardíaca ou agravo neurológico antes do tratamento da cardiopatia ➥ A forma ideal para o diagnóstico de cardiopatia congênita é o ecocardiograma com mapeamento de fluxo em cores seja fetal ou pós-natal, mas é inviável como triagem Como é feito ➥ Nas cardiopatias congênitas críticas, ocorre uma mistura de sangue entre as circulações sistêmica e pulmonar, que gera uma redução da saturação periférica de O2. ➥ Então a aferição da oximetria de pulso em RN aparentemente saudáveis com IG > 34 semanas, mostra uma alta sensibilidadee especificidade para detecção das cardiopatias ➥ Local de aferição: membro superior direito e em um dos membros inferiores, é necessário que o RN esteja com as extremidades aquecidas e o monitor evidencie uma onda de traçado homogêneo ➥ Momento da aferição deve ser entre 24 e 48 horas de vida, antes da alta ➥ Resultado normal: Saturação periférica maior ou igual a 95% em ambas as medidas (membro superior direito e membro inferior) e diferença menor que 3% entre as medidas do membro superior direito e membro inferior ➥ Resultado anormal: Caso qualquer medida da SpO2 seja menor que 95% ou houver uma diferença igual ou maior que 3% entre as medidas do membro superior direito e membro inferior, uma nova aferição deverá ser realizada após 1 hora. Caso o resultado se confirme, um ecocardiograma deverá ser realizado dentro das 24 horas seguintes
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