Propedêutica Clínica- Anamnese Clínica e Medicina Centrada no Paciente

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Medicina – Introdução à Propedêutica 2022 
 
@juniorlyma 1 
 
 
Anamnese Clínica e 
Medicina Centrada no 
Paciente 
 Conceito: ANA - “para 
trás” MNESE - "memória", ou 
seja, entende-se por anamnese a 
retomada dos fatos ocorridos 
para entender o que aflige o 
paciente (Seja o que ele esta 
sentindo, seja algo que tenha 
acontecido para leva-lo a 
procurar auxilio médico). 
 
Lembre-se: Antes de qualquer 
processo, deve-se observar os 
princípios gerais da conduta 
médica, sendo imprescindível a 
higienização das mãos, uso 
adequado de EPIs e os bons 
tratos, cordialidade e correta 
apresentação/abordagem ao 
paciente/examinando. 
 
A Anamnese Clínica é a 
“entrevista” realizada pelo 
médico/acadêmico de medicina 
para obter informações sobre o 
estado de saúde do paciente. 
 
Objetivos: Estabelecer um 
diálogo e uma relação de 
confiança com a paciente para 
poder tratá-lo da 
patologia/condição que o aflige. 
 
“Escute o seu paciente pois ele contará 
o diagnostico”. 
(William Osler, 1899-1919) 
 
Como realizar a Anamnese 
Clínica ? 
 
1) Ambientação: O ambiente 
correto para realizar a anamnese, 
por sua natureza intima, deve ser 
realizada em uma sala iluminada, 
tranquila, reservada, higienizada. 
2) Indumentária: Sempre 
utilizar trajes compatíveis com o 
ambiente sério e profissional. 
 
3) Tratativas: Portar-se da 
forma compatível com o 
exercício humanizado da 
medicina, atentando-se, 
principalmente para: 
 
a) Levantar-se para chamar o 
paciente aonde ele estiver 
(Atentando-se para os 
corretos tratos e condições 
que o paciente necessite). 
 
Ex:Nome social, PCD. 
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b) Sempre ficar de frente para 
o paciente, fortalecendo o 
primeiro contato para 
aumentar o vinculo de 
confiança e respeito. 
 
c) Apresentar-se sempre que 
for começar o 
procedimento de 
Anamnese. 
 
d) Transmitir as informações 
e conversar de forma clara, 
pausada e, sempre que 
possível, evitar termos 
técnicos para que o 
paciente entenda a 
informação transmitida em 
sua plenitude. 
 
e) Ajustar a anamnese ao 
ritmo do paciente, dando 
tempo para que ele possa 
responder de forma 
completa (Quando 
necessário contar com o 
auxilio dos familiares). 
 
f) Avaliar todos os sintomas e 
manifestações clinicas. 
 
 
Importância da Anamnese 
% Hampt
on 
Bensen
or 
Anamnese 82,5% 41% 
Exame 
Clínico 
8,75% 29,5% 
Exame 
Compleme
ntar 
8,75% 29,5% 
 
 
Mesmo que os resultados sejam 
diferentes, pode-se inferir que a 
Anamnese é o maior responsável 
pelo correto diagnostico e 
tratamento efetivo. 
 
 Tipos de Anamnese: 
 
Método Hipotético - dedutivo 
 
O que avaliar : queixas e 
sintomas relatados, sinais e 
achados clínicos, fazendo a 
correlação com a entrevista geral, 
fazendo, sempre que possível, a 
correlação entre os dados, para 
que seja possível chagar a uma 
lista provável de hipóteses 
diagnosticas (excluindo, 
sempre que possível as que 
não validadas e confirmando a 
mais provável). 
 
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Método da Exaustão 
 
O que avaliar: Duas etapas - 
 
a) Primeira etapa: O maior 
numero de informações 
possíveis, sem fazer a 
conexão entre os dados 
recebidos (em um primeiro 
momento) 
 
b) Segunda etapa: Fazer um 
apanhado das informações 
relevantes para fechar uma 
hipótese diagnostica. 
 
 
Mas como o médico deve 
proceder no questionário da 
anamese ? ? ? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos de perguntas: 
 
1) Abertas: Feitas para a livre 
expressão do paciente, sem 
que haja qualquer tipo de 
restrição. 
 
Ex: “Como posso ajudá-lo?” - 
"O que a senhora sente?", 
“O que é que o traz à 
consulta?” 
 
2) Focadas: Formuladas para 
a livre expressão do 
paciente, porém, com 
restrição a um tema 
específico. 
 
Ex: "Qual a parte do corpo 
mais doi?” 
 
3) Fechadas: Formuladas 
para complementar a 
coleta, questões de 
interesse especifico. 
Ex: "Essa dor piora quando 
você está parado ou em 
movimento” 
 
 
 
 
 
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Lembre-se: Deve-se tomar 
muito cuidado para que a 
pergunta não seja formulada de 
maneira a induzir uma resposta 
errônea. 
 
Ex: "Essa dor só piora quando você 
está em movimento, né” 
 
 Estrutura da Anamnese 
Clínica: 
 
1) Identificação do 
paciente: 
Perfil que possibilitará a 
interpretação dos dados 
individuais do paciente de forma 
inequívoca. 
 
2) Queixa principal e 
duração (QD): O motivo da 
consulta / o que o levou a 
procurar ajuda médica. 
Obs: Deve-se usar as exatas 
palavras fornecidas pelo 
paciente. 
Ex: “Dor na batata da perna”, 
“Pé da barriga”, “No fundilho”. 
 
3) História da moléstia 
atual (HMA): Registro técnico 
e cronológico, detalhado do 
problema de saúde atual do 
paciente. 
 
4) Interrogatório sobre os 
diversos aparelhos (ISDA): 
Avaliação detalhada dos 
sintomas de cada 
aparelho/sistema. 
 
5) Antecedentes pessoais 
(AP) ou história patológica 
pregressa: Estado de saúde, 
retrogrado e presente, do 
paciente. 
 
6) Alergia medicamentosa: 
Especifique o fármaco e o tipo 
de reação já constatada. 
 
7) Vacinas: Carteira vacinal. 
 
8) Medicamentos em uso: 
Dose, horários. 
 
9) Hábitos alimentares: 
Ingestão alimentar diária, usual 
ou novidade introduzida na 
alimentação. 
 
10) Hábitos de vida: Estilo de 
vida do paciente, incluindo 
prática de exercícios físicos, 
informação ocupacional, 
tabagismo, consumo de bebidas 
alcoólicas e outras drogas ilícitas; 
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11) Antecedentes familiares 
(AF): Fatores familiares de que 
tenha conhecimento e possam 
estar contribuindo para o 
processo da doença. 
 
12) Condições 
socioeconômicas, culturais e 
de habitação: Avaliar as 
condições de habitação do 
paciente, escolaridade, vínculos 
afetivos, familiares, condições 
financeiras, atividades de lazer, 
filiação religiosa e crenças 
espirituais (Genograma e 
Ecomapa). 
 
13) Condições de trabalho e 
ocupação: Avaliar o impacto do 
trabalho no processo da doença. 
 
14) ILLNESS - percepção 
sobre a doença. 
 
 Cuidados na 
Identificação do Paciente: 
 
1) Atentar-se para a data e 
horário da coleta da 
anamnese. 
(Muito importante para 
acompanhar a evolução do 
paciente). 
 
2) Fonte da anamnese (Direta 
ou indireta) 
 
3) Atentar-se para o registro 
no sistema/ficha quanto 
ao nome social e cuidado 
ao sexo biológico. 
(Importante na procura 
de doenças específicas e 
inerentes aos sexos. 
Ex: Cancer de próstata) 
 
4) Etnia: A etnia deve ser 
SEMPRE auto referida 
pelo paciente. 
 
5) Naturalidade/Procedenc
ia: O primeiro é o local de 
nascimento, o segundo é o 
de moradia habitual ou 
passageira. (Atenção à 
viagens feitas a regiões 
com doenças 
caracteriticas). 
 
 
 
 
 
 
 
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 Atributos dos 
sintomas (LICCFOM): 
 
Localização: Em que local do 
corpo a dor aparece? 
 
Intensidade: Em uma escala de 
O a 10, que nota você dá para 
esta dor? A dor é fraca ou forte”? 
 
Características: Como é a dor? 
Em aperto? Em pontada? Em 
queimação? 
 
Cronologia: Há quanto tempo a 
dor apareceu e como ela evoluiu? 
 
Fatores de alívio ou piora: A 
dor melhora quando você está 
parado? Piora quando você 
caminha? 
 
Circunstâncias de Ocorrência: 
Em que situação a dor aparece? 
 
Manifestações associadas: A 
dor é acompanhada de tontura? 
De febre? De vômitos? 
 
 
 
 
 
 Interrogatório 
complementar (ISDAS) 
 
Utilizado para complementar o 
HPMA, de modo que deve 
obedecer a seguinte sequencia: 
 
 Sintomas Gerais: 
 
a) Febre: Sensação de 
aumento da temperatura 
corporal. 
 
b) Astenia:Sensação de 
fraqueza. 
 
c) Alterações do peso: 
Especificar perda ou ganho de 
peso, quantos quilos, intervalo de 
tempo e motivo (dieta, estresse, 
outros fatores). 
 
d) Sudorese: Eliminação 
abundante de suor. Pode ser 
generalizada ou predominante 
em alguns locais (ex: nas mãos e 
pés). 
 
e) Calafrios: Sensação 
momentânea de frio com ereção 
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de pelos e arrepiamento da pele. 
Relação com febre. 
 
f) Cãibras: Contrações 
involuntárias de um músculo ou 
grupo muscular. 
 
 Pele e anexos: 
 
a) Alterações da pele: Cor, 
textura, umidade, temperatura, 
sensibilidade, prurido, lesões. 
 
b) Alterações dos fâneros: 
Queda de cabelos, pelos faciais 
em mulheres, alterações nas 
unhas. 
 
 Cabeça e pescoço: 
 
 Crânio, face e pescoço. 
 
a) Dor: Localizar o mais 
corretamente possível a sensação 
dolorosa. A partir daí, indaga-se 
sobre as outras características 
semiológicas da dor. 
 
b) Alterações no pescoço: 
Dor, tumorações, alterações dos 
movimentos, pulsações 
anormais. 
 
 Olhos 
 
a) Diminuição ou perda da 
visão: Uni ou bilateral, súbita ou 
gradual, relação com a 
intensidade da iluminação, visão 
noturna, correção (parcial ou 
total) com óculos ou lentes de 
contato. 
 
b) Dor ocular e cefaleia: 
Bem localizada pelo paciente ou 
de localização imprecisa no 
globo ocular. 
 
c) Sensação de corpo 
estranho. 
 
d) Prurido: Sensação de 
coceira. 
 
e) Queimação ou ardência: 
Acompanhando ou não a 
sensação dolorosa. 
 
f) Lacrimejamento: 
Eliminação de lágrimas, 
independentemente do choro. 
 
g) Sensação de olho seco: 
Sensação de secura, como se o 
olho não tivesse lubrificação. 
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h) Xantopsia, iantopsia e 
cloropsia: Visão amarelada, 
violeta e verde, respectivamente. 
 
i) Diplopia: Visão dupla, 
constante ou intermitente. 
 
j) Fotofobia: 
Hipersensibilidade à luz; 
Nistagmo: Movimentos 
repetitivos rítmicos dos olhos, 
caracterizar o tipo. 
 
k) Escotomas: Manchas ou 
pontos escuros no campo visual. 
 
l) Secreção: Líquido que 
recobre as estruturas externas do 
olho. 
 
m) Vermelhidão: Presença de 
congestão de vasos na 
esclerótica. 
 
n) Alucinações visuais: 
Sensação de luz, cores ou 
reproduções de objetos. 
 
 
 
 
 
 
 Ouvidos 
 
Dor: Localizada ou irradiada de 
outra região. 
 
Otorreia: Saída de líquido pelo 
ouvido. 
 
Otorragia: Perda de sangue pelo 
canal auditivo, relação com 
traumatismo; 
 
Distúrbios da acuidade 
auditiva: Perda parcial ou total 
da audição, uni ou bilateral; início 
súbito ou progressivo; 
 
- Vertigem e tontura: Sensação 
de estar girando em torno dos 
objetos (vertigem subjetiva) ou 
os objetos girando em torno de 
si (vertigem objetiva). 
 
 Nariz 
 
a) Prurido: Pode resultar de 
doença local ou sistêmica. 
 
b) Dor: Localizada no nariz 
ou na face. Verificar todas as 
características semiológicas da 
dor. 
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c) Espirros: Isolados ou em 
crises. (Indagar em que 
condições ocorrem, procurando 
detectar locais ou substâncias 
relacionados com os espirros). 
 
d) Obstrução nasal. 
 
e) Corrimento nasal: 
Aspecto do corrimento (aquoso, 
purulento, sanguinolento). 
 
f) Epistaxe: Hemorragia 
nasal. 
 
g) Diminuição do olfato: 
Diminuição (hiposmia) ou 
abolição (anosmia). 
 
h) Aumento do olfato: 
Transitório ou permanente. 
 
i) Alterações do olfato: 
Percepção anormal de cheiros. 
 
j) Cacosmia: Consiste em 
sentir mau cheiro, sem razão 
para tal. 
 
k) Parosmia: Perversão do 
olfato. 
 
 
 
 Boca e anexos 
 
a) Alterações da fonação: 
Voz anasalada (rinolalia). 
 
b) Alterações do apetite: 
Polifagia ou hiperorexia; 
inapetência ou anorexia; 
perversão do apetite (geofagia ou 
outros tipos). 
 
c) Sialorreia: Excessiva 
produção de secreção salivar. 
 
d) Halitose: Mau hálito. 
 
e) Dor: Dor de dente, nas 
glândulas salivares, na língua 
(glossalgia), na articulação 
temporomandibular. Trismo. 
 
f) Ulcerações/Sangrament
o: Causa local ou doença do 
sistema hemopoético. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Faringe 
 
Dor de garganta: Espontânea 
ou provocada pela deglutição. 
Verificar todas as características 
semiológicas da dor. 
 
Tosse: Seca ou produtiva. 
 
Pigarro: Ato de raspar a 
garganta. 
 
Ronco: Pode estar associado a 
apneia do sono. 
 
 Laringe 
 
- Dor: Espontânea ou à 
deglutição. Verificar as outras 
características semiológicas da 
dor. 
 
- Alterações da voz: Disfonia; 
afonia; voz lenta e monótona; 
voz fanhosa ou anasalada. 
 
- Tosse: Seca ou produtiva; 
tosse rouca; tosse bitonal. 
 
- Pigarro: Ato de raspar a 
garganta. 
 
 
 Tireoide e paratireoide 
 
Dor: Espontânea ou à 
deglutição. Verificar as outras 
características semiológicas. 
 
Outras alterações: Nódulo, 
bócio, rouquidão, disfagia. 
 
 Vasos e linfonodos 
 
Dor: Localização e outras 
características semiológicas. 
 
Adenomegalias: Localização e 
outras características 
semiológicas. 
 
Pulsações e turgência jugular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Aparelho Respiratório: 
 
1) Tórax - Parede torácica: 
 
a) Dor: Localização e demais 
características semiológicas, em 
particular a relação da dor com 
os movimentos do tórax. 
 
b) Alterações da forma do 
tórax: Alterações localizadas na 
caixa torácica como um todo. 
 
c) Dispneia: Relacionada 
com dor ou alterações da 
configuração do tórax. 
 
d) Tosse: Seca ou com 
expectoração. Frequência, 
intensidade, tonalidade, relação 
com o decúbito, período em que 
predomina. 
 
e) Expectoração: Volume, 
cor, odor, aspecto e consistência. 
Tipos de expectoração: mucoide, 
serosa,purulenta, mucopurulenta, 
hemoptoica. 
 
f) Hemoptise: Eliminação 
de sangue pela boca, através da 
glote, proveniente dos brônquios 
ou pulmões. Obter os dados para 
diferenciar a hemoptise da 
epistaxe e da hematêmese;. 
 
g) Vômica: Eliminação 
súbita, através da glote, de 
quantidade abundante de pus ou 
líquido de aspecto mucoide ou 
seroso. 
 
h) Dispneia: Relação com 
esforço ou decúbito; instalação 
súbita ou gradativa; relação com 
tosse ou chieira; tipo de dispneia. 
 
i) Chieira: Ruído sibilante 
percebido pelo paciente durante 
a respiração; relação com tosse e 
dispneia; uni ou bilateral; horário 
em que predomina. 
 
j) Cornagem: Ruído grave 
provocado pela passagem do ar 
pelas vias respiratórias altas 
reduzidas de calibre. 
 
k) Estridor: Respiração 
ruidosa, algo parecido com 
cornagem. 
 
l) Tiragem: Aumento da 
retração dos espaços intercostais 
 
 
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2) Diafragma e mediastino: 
 
a) Dor: Localização e demais 
características semiológicas. 
 
b) Soluço: Contrações 
espasmódicas do diafragma, 
concomitantes com o 
fechamento da glote, 
acompanhadas de um ruído 
rouco. Isolados ou em crises. 
 
c) Dispneia: Dificuldade 
respiratória. 
 
d) Sintomas de 
compressão: Relacionados com 
o comprometimento do 
simpático, do nervo recorrente, 
do frênico, das veias cavas, das 
vias respiratórias e do esôfago. 
 
e) Promoção da saúde: 
Exposição a alergênicos (qual); 
última radiografia de tórax. 
 
 Aparelho circulatório: 
 
- Dor: Localização e outras 
características semiológicas; dor 
isquêmica; dor da pericardite; dor 
de origem aórtica; dor de origem 
psicogênica. 
 
Palpitações: Percepção 
incômoda dos batimentos 
cardíacos; tipo de sensação, 
horário de aparecimento, modo 
de instalação e desaparecimento; 
relação com esforço ou outros 
fatores desencadeantes. 
 
Intolerância aos esforços:Sensação desagradável ao fazer 
esforço físico. 
 
Desmaio e síncope: Perda 
súbita e transitória, parcial ou 
total, da consciência; situação em 
que ocorreu; duração; 
manifestações que antecederam o 
desmaio e que vieram depois. 
 
Cianose: Coloração azulada da 
pele; época do aparecimento 
(desde o nascimento ou surgiu 
tempos depois); intensidade; 
relação com choro e esforço. 
 
Edema: Época em que 
apareceu; como evoluiu, região 
em que predomina. 
 
Astenia: Sensação de fraqueza. 
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Posição de cócoras: O paciente 
fica agachado, apoiando as 
nádegas nos calcanhares. 
 
 
 Aparelho digestorio: 
 
1) Esôfago: 
 
Disfagia: Dificuldade à 
deglutição; disfagia alta 
(bucofaríngea); disfagia baixa 
(esofágica). 
 
Odinofagia: Dor retroesternal 
durante a deglutição. 
 
Dor: Independente da 
deglutição. 
 
Pirose: Sensação de queimação 
retroesternal; relação com a 
ingestão de alimentos ou 
medicamentos; horário em que 
aparece. 
 
Regurgitação: Volta à cavidade 
bucal de alimento ou de 
secreções contidas no esôfago ou 
no estômago. 
 
- Eructação: Relação com a 
ingestão de alimentos ou com 
alterações emocionais. 
 
- Soluço: Horário em que 
aparece; isolado ou em crise; 
duração. 
 
- Hematêmese: Vômito de 
sangue; características do sangue 
eliminado; diferenciar de epistaxe 
e de hemoptise. 
 
2) Parede abdominal: 
 
Dor: Localização e outras 
características semiológicas. 
 
Alterações da forma e do 
volume: Crescimento do 
abdome; hérnias; tumorações. 
 
3) Estomago: 
 
a) Dor: Localização na região 
epigástrica; outras características 
semiológicas. 
 
b) Náuseas e vômitos: 
Horário em que aparecem; 
relação com a ingestão de 
alimentos; aspecto dos vômitos. 
 
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c) Dispepsia: Conjunto de 
sintomas constituído de 
desconforto epigástrico, 
empachamento, sensação de 
distensão por gases, náuseas, 
intolerância a determinados 
alimentos. 
 
d) Pirose: Sensação de 
queimação retroesternal. 
 
4) Intestino delgado: 
 
a) Diarreia: Duração; 
volume; consistência, aspecto e 
cheiro das fezes. 
 
b) Esteatorreia: Aumento da 
quantidade de gorduras 
excretadas nas fezes. 
 
c) Dor: Localização, contínua 
ou em cólicas. 
 
d) Distensão abdominal, 
flatulência e dispepsia: Relação 
com ingestão de alimentos. 
 
 
 
 
 
e) Hemorragia digestiva: 
Aspecto “em borra de café” 
(melena) ou sangue vivo nas 
fezes (enterorragia). 
 
f) Dor: Localização 
abdominal ou perianal; outras 
características semiológicas; 
tenesmo. 
 
g) Diarreia: Diarreia baixa; 
aguda ou crônica; disenteria. 
 
h) Obstipação intestinal: 
Duração; aspecto das fezes. 
 
i) Sangramento anal: 
Relação com a defecação. 
 
j) Prurido: Intensidade; 
horário em que predomina. 
 
k) Distensão abdominal: 
Sensação de gases no abdome. 
 
l) Náuseas e vômitos: 
Aspecto do vômito; vômitos 
fecaloides. 
 
 
 
 
 
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 Mamas: 
 
a) Dor: Relação com a 
menstruação e outras 
características semiológicas. 
 
b) Nódulos: Localização e 
evolução; modificações durante o 
ciclo menstrual. 
 
c) Secreção mamilar: Uni ou 
bilateral, espontânea ou 
provocada; aspecto da secreção. 
 
 Aparelho geniturinário: 
 
1) Rins e vias urinárias: 
 
a) Dor: Localização e demais 
características semiológicas. 
 
b) Alterações miccionais: 
Incontinência; hesitação; 
modificações do jato urinário; 
retenção urinária. 
 
c) Alterações do volume e 
do ritmo urinário: Oligúria; 
anuria; poliúria; disúria; noctúria; 
urgência; polaciúria. 
 
d) Alterações da cor da 
urina: Urina turva; hematúria; 
hemoglobinúria; mioglobinúria; 
porfirinúria; 
e) Alterações do cheiro da 
urina; 
 
f) Dor: Dor lombar e no 
flanco e demais características 
semiológicas; dor vesical; 
estrangúria; dor perineal. 
 
g) Edema:Localização; 
intensidade; duração. 
 
2) Órgãos genitais 
masculinas: 
 
a) Lesões penianas: Úlceras, 
vesículas (herpes, sífilis, cancro 
mole). 
 
b) Nódulos nos testículos: 
Tumor, varicocele. 
 
c) Dor: Testicular; perineal; 
lombossacra; características 
semiológicas. 
 
d) Priapismo: Ereção 
persistente, dolorosa, sem desejo 
sexual. 
 
e) Hemospermia: Presença 
de sangue no esperma. 
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f) Corrimento uretral: 
Aspecto da secreção. 
 
g) Disfunções sexuais: 
Disfunção erétil; ejaculação 
precoce; ausência de ejaculação, 
anorgasmia, diminuição da 
libido. 
 
3) Órgãos genitais 
femininos: 
 
a) Distúrbios menstruais: 
Polimenorreia; ligomenorreia; 
amenorreia; hipermenorreia; 
hipomenorreia; menorragia; 
dismenorreia. 
 
b) Tensão pré-menstrual. 
 
c) Cólicas; outros sintomas. 
 
d) Hemorragias: Relação 
com o ciclo menstrual. 
 
e) Corrimento: Quantidade; 
aspecto; relação com as 
diferentes fases do ciclo 
menstrual. 
 
f) Prurido: Localizado na 
vulva. 
 
g) Disfunções sexuais: 
Dispareunia; frigidez; diminuição 
da libido; anorgasmia. 
 
 Sistema endócrino: 
 
1) Tireoide: 
 
a) Alterações locais: Dor; 
nódulo; bócio; rouquidão; 
dispneia; disfagia. 
 
b) Manifestações de 
hiperfunção: Hipersensibilidade 
ao calor; aumento da sudorese; 
perda de peso; taquicardia; 
tremor; irritabilidade; insônia; 
astenia; diarreia; exoftalmia. 
 
c) Manifestações de 
hipofunção: Hipersensibilidade 
ao frio; diminuição da sudorese; 
aumento do peso; obstipação 
intestinal; cansaço facial; apatia; 
sonolência; alterações 
menstruais; ginecomastia; unhas 
quebradiças; pele seca; 
rouquidão; macroglossia; 
bradicardia. 
 
 
 
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 Aparelho locomotor: 
 
1) Coluna vertebral: 
 
a) Dor: Localização cervical, 
dorsal, lombossacra; relação com 
os movimentos; demais 
características semiológicas; 
 
b) Rigidez pós-repouso: 
Tempo de duração após iniciar as 
atividades. 
 
2) Ossos: 
 
a) Dor: Localização e demais 
características semiológicas. 
 
b) Deformidades ósseas: 
Caroços; arqueamento do osso; 
rosário raquítico. 
 
3) Articulações: 
 
a) Dor: Localização e demais 
características semiológicas. 
 
b) Rigidez pós-repouso: 
Pela manhã. 
 
c) Sinais inflamatórios: 
Edema, calor, rubor e dor. 
 
d) Limitação de 
movimento: Localização; grau 
de limitação. 
 
e) Crepitação articular: 
Localização. 
 
4) Músculos: 
 
a) Fraqueza muscular: 
Segmentar; generalizada; 
evolução no decorrer do dia. 
 
b) Dificuldade para andar 
ou para subir escadas. 
 
c) Atrofia muscular: 
Localização. 
 
d) Dor: Localização e demais 
características semiológicas; 
cãibras. 
 
e) Câimbras: Dor 
acompanhada de contração 
muscular. 
 
f) Espasmos musculares: 
Miotonia; tétano. 
 
 
 
 
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5) Sistema Nervos: 
 
a) Distúrbios de 
consciência: Obnubilação, 
coma. 
 
b) Dor de cabeça e na face: 
Localização e outras 
características semiológicas. 
 
c) Tontura e vertigem: 
Sensação de rotação (vertigem); 
sensação de iminente desmaio; 
sensação de desequilíbrio; 
sensação desagradável na cabeça. 
 
d) Convulsões: Localizadas 
ou generalizadas, tônicas ou 
clônicas; manifestações ocorridas 
antes (pródromos) e depois das 
convulsões. 
 
e) Ausências: Breves 
períodos de perda da 
consciência. 
 
f) Automatismos: Tipos. 
 
g) Amnésia: Perda da 
memória, transitória ou 
permanente; relação com 
traumatismo craniano e com 
ingestão de bebidas alcoólicas. 
 
h) Distúrbios visuais: 
Ambliopia; amaurose; 
hemianopsia; diplopia. 
 
i) Distúrbios auditivos: 
Hipocusia; acusia; zumbidos. 
 
j) Distúrbios da marcha: 
Disbasia. 
 
k) Distúrbios da 
motricidade voluntáriae da 
sensibilidade: Paresias, 
paralisias, parestesias, anestesias. 
 
l) Distúrbios 
esfincterianos: Bexiga 
neurogênica; incontinência fecal. 
 
m) Distúrbios do sono: 
Insônia; sonolência; sonilóquio; 
pesadelos; terror noturno; 
sonambulismo; briquismo; 
movimentos rítmicos da cabeça; 
enurese noturna. 
 
n) Distúrbios das funções 
cerebrais superiores: Disfonia; 
disartria; dislalia; disritmolalia; 
dislexia; disgrafia; afasia; 
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distúrbios das gnosias; distúrbios 
das praxias. 
 
 
 Sistema 
Hemolinfopoiético: 
 
a) Astenia: Instalação lenta 
ou progressiva. 
 
b) Hemorragias: 
c) Petéquias; equimoses; 
hematomas; gengivorragia; 
hematúria; hemorragia digestiva. 
 
d) Adenomegalias: 
Localizadas ou generalizadas; 
sinais flogísticos; fistulização. 
 
e) Febre: Tipo da curva 
térmica. 
 
f) Esplenomegalia e 
hepatomegalia: Época do 
aparecimento; evolução. 
 
g) Dor: Bucofaringe; tórax; 
abdome; articulações; ossos. 
 
h) Icterícia: Cor das fezes e 
da urina. 
 
i) Manifestações cutâneas: 
Petéquias; equimoses; palidez; 
prurido; eritemas; pápulas; 
herpes. 
 
j) Sintomas 
osteoarticulares. 
 
k) Sintomas 
cardiorrespiratórios. 
 
l) Sintomas 
gastrintestinais. 
 
m) Sintomas geniturinários. 
 
n) Sintomas neurológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Antecedentes Pessoais 
 
Referem-se a eventos que já 
aconteceram na vida do paciente. 
 
Podem ser divididos: 
 
1) Clínicos: Doenças que o 
paciente já teve ou sabe ter. 
 
2) Cirúrgicos: Cirurgias 
realizadas. 
 
3) Ginecológicos / 
Obstétricos: 
 
a) Data da primeira relação 
sexual (sexarca). 
 
b) Data da primeira 
menstruação (menarca). 
 
c) Data da última 
menstruação (DUM). 
 
d) Número de partos 
(normais, fórceps, cesáreas) 
e abortamentos. 
 
4) Vacinas: Todas, tanto as 
da infância quanto da vida 
adulta. 
5) Alergia Medicamentosa: 
A qualquer tipo de remédio. 
 
6) Medicações em uso: 
Nomes das medicações, doses, 
número de vezes por dia e 
Hábitos alimentares: Relatar os 
alimentos ingeridos em cada uma 
das refeições (inclusive com a 
quantidade de porções de cada 
alimento). 
 
7) Hábitos de vida: uso do 
tabaco (tabagismo), uso de álcool 
(etilismo), uso de drogas ilícitas, 
atividade física, atividade sexual. 
- Neste momento, calcular a 
carga tabágica (em anos-maço): - 
Carga tabágica = número de 
anos que o paciente fuma x 
número de maços fumados 
diariamente. 
(Ano-maço (a.m.) = o 
equivalente. - 1 maço fumado 
diariamente no período de 1 ano 
= 1 maço = 20 cigarros). 
 
8) Níveis seguros de 
consumo de álcool: 
a) Homens: 14 doses/semana 
e < 4 doses/ocasião. 
 
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b) Mulheres: 7 doses/semana 
e < 3 doses/ocasião; 
- Idosos: <1 dose/dia. 
 
9) Qual é o seu consumo de 
bebidas alcoólicas? 
 
Questionário CAGE: Indicam 
a incidência da patologia. 
 
Cutting down: Já pensou em 
largar a bebida? 
 
Annoyance: Já ficou aborrecido 
quando outros criticaram seu 
hábito de beber? 
 
Guilty feelings: Já se sentiu mal 
ou culpado por beber? 
 
Eye-openers: Já bebeu pela 
manhã para ficar mais calmo? 
 
Bastam duas respostas 
afirmativas para fortes 
indícios de dependência de 
álcool. 
 
Referência: 
- PORTO, C.C. Semiologia 
Médica. 7a ed. Rio de janeiro. 
Guanabara, 2014;