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Ação de Manutenção de Posse com Pedido de Danos Morais

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DE PALHOÇA SC
José dos anzóis, brasileiro, divorciado, representante comercial, RG nº XXXXXXX, CPF XXXXXXXXXXX, e-mail josedosanzois@hotmail.com, residente e domiciliado Rua Pedro Ivo, nº 15, Campinas, São José SC, CEP XXXXXX.
AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE COM PEDIDO DE DANOS MORAIS
Em face de Mafelino Maléfico, brasileiro, solteiro “distribuidor da Bala Zequinha”, RG nº XXXXXXXXXX, e-mail maumau@hotmail.com, residente e domiciliado na Rua Panela de Barro, nº XXXXX, Ponta do Papagaio, Palhoça, CEP XXXXXXXXX.
DOS FATOS QUE AMPARAM A PETIÇAO INICIAL 
Em síntese, o autor adquiriu por 170.000,00 os direitos possessórios sobre um imóvel localizado na Rua Panela de Barro, nº54, Ponta do Papagaio, Palhoça (SC), com 2.500 m², frente de 50 metros com Rua Panela de Barro, Lateral direita de 50 metros com terra de marinha (Praia),lateral esquerda de 50 metros com Justinano Brito, fundos de 50 metros com terra de Mafelino Maléfico. 
O réu revoltado por ter sido preterido na aquisição dos direitos dessa posse, invadiu o imóvel adquirido pelo autor, destruindo os marcos divisórios, várias plantas, a piscina e diversos objetos decorativos que se encontravam no jardim, causando um prejuízo total de R$ 25.000,00.
O ato foi presenciado por Justiniano Brito, brasileiro, casado, CPF nº 123.456.789-00 e RG nº 123.456, caseiro de José, e por Juvelino Pé de Cabra, brasileiro, casado, motorista, RG 568.789 SSP/PR, CPF nº 564.982.137-22, residente e domiciliado na rua Bom Jesus de Nazaré, nº 580, bairro Aririú, Palhoça/SC, amigo de Justiliano. Os dois nada puderam fazer para conter o ato praticado por Mafelino, pois este estava acompanhado por duas pessoas armadas.
Mafelino ainda disse de que nada adiantaria reconstruir o que fora destruído, porque ele faria tudo outra vez e que, por bem ou por mal, iria tomar posse da área toda. “É só questão de tempo”, prometeu antes de deixar o imóvel.
O instrumento particular de cessão onerosa de direitos possessórios foi registrado no Cartório de Títulos e Documentos da Comarca da Palhoça e nele os vendedores, descendentes de pecadores da região, declararam exercer posse mansa e pacifica no local por mais de 30 anos ininterruptos. 
O autor é proprietário legítimo através de escritura pública, data da turbação dia 14 de setembro de 2018 .
DO DIREITO A MANUTENÇÃO DA POSSE
Certo é, Excelência, que o primeiro requisito para o aforamento de ação de reintegração é a prova da posse (art. 561, I, do Código de Processo Civil).
É cediço que a propriedade e a posse são institutos do direito civil que possuem tutela legislativa especial, pois garantem o pleno gozo do bem seja ela qual for sua natureza.
No caso em apreço, percebe-se que o Requerente possui ao mesmo tempo a posse a propriedade.
Não obstante a este requisito para a incidência de proteção ao bem, se faz necessário que se prove que a posse ou propriedade do bem esteja sendo turbada, ou seja, o proprietário ou possuidor encontra-se limitado no que tange ao pleno gozo do seu bem por algo alheio a sua vontade que incide sobre o imóvel ou móvel.
Denota-se que há conforme as fotos anexas a esta exordial de fato uma construção que avança gradualmente sobre o terreno da parte autora configurando assim a turbação pois como já explicado, limita o uso por parte do Requerente. 
Em linhas gerais, todas as formas de limitação ao exercício da posse ou propriedade do bem a quem a detém de direito devem ser coibidas através dos meios processuais a que se vale o Estado enquanto preste sua jurisdição para que o possuidor ou proprietário possa reaver o pleno gozo do seu bem, livre de toda e qualquer forma de perturbação que limite o uso do bem.
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul TJ-RS - Agravo de Instrumento : AI 70058363110 RS
Data de publicação: 23/04/2014
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. POSSE (BENS IMÓVEIS). AÇÃODE MANUTENÇÃO DE POSSE. ÁREA PÚBLICA. MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE. ALEGAÇÃO DE TURBAÇÃO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS PARA CONCESSÃO DE LIMINAR. - Nos bens públicos a posse é inerente ao domínio, sendo considerado mero detentor o particular que ali se encontra. 
Para a concessão de liminar na ação de manutenção de posse, mister a observância dos requisitos do artigo 927 (Atual 561), do Código de Processo Civil , a saber: a) posse anterior; b) a turbação; c) a manutenção da posse; e, d) a data em que ocorreu o ilícito. - In casu, não obstante a ausência da verossimilhança das alegações, quanto ao reconhecimento da posse e da turbação sobre a fração de área objeto do pedido, o agravante não comprovou o periculum in mora, pois passado quase um ano do ocorrido quando da interposição do presente recurso, o que descaracteriza a necessidade de provimento urgente. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO EM PARTE, E NESTA, DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70058363110, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Gelson Rolim Stocker, Julgado em 17/04/2014) (GRIFEI)
Como bem observou o tribunal que proferiu a decisão, faz-se mister os preenchimentos dos requisitos grifados para que haja a comprovação. Neste caso, mediante aos fatos narrados como também as provas acostadas ficam perfeitamente compreendido que todos os requisitos foram preenchidos no presente caso, assim, não há qualquer obscite a concessão do rito especial.
DO PEDIDO:
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O requerente encontra-se desempregado, não possuindo condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família. Nesse sentido, junta-se declaração de hipossuficiência (Doc. X), cópia da Carteira de Trabalho do requerente (Doc. X) e certidão de nascimento dos filhos (Doc. X). 
Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (CPC), artigo 98 e seguintes.
 a)o deferimento dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 98 e seguintes do CPC/2015;
b) a designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/2015[6];
c) a citação do requerido por meio postal, nos termos do art. 246, inciso I, do CPC/2015[7];
d) ao final, seja dado provimento a presente ação, no intuito de condenar o réu a (...);
e) seja o réu condenado ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios;
Pretende-se provar o alegado por todos os meios de prova admitidos, em especial, pelos documentos acostados à inicial, por testemunhas a serem arroladas em momento oportuno e novos documentos que se mostrarem necessários.
Dá-se a causa o valor de R$ 50.OOO, 00 .
Termos em que, pede deferimento.
Data 17 de Setembro de 2018
Advogado XXXXXXXXXX
 (OAB) 5134.

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