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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. Aluna: Cellina Nava de Simas Lima – 3º Período Curso: Medicina TICs – SEMANA 08 – SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS III Comando: O que é Malária recorrente? Como se apresenta clinicamente um paciente com Malária? Malária é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos e causada por quaisquer das quatro espécies de protozoários Plasmodium. As quatro espécies de Plasmodium que infectam seres humanos são: • P. falciparum • P. vivax • P. ovale (exclusiva do continente africano); • P. malariae Malária falciparum A malária causada pelo P. falciparum causa obstrução microvascular porque os eritrócitos infectados aderem às células vasculares endoteliais. Pode ocorrer isquemia, resultando em hipóxia tecidual, sobretudo no cérebro, rim, pulmão e trato gastrointestinal. Hipoglicemia e acidose láctica são outras complicações potenciais. Período de incubação: • 12 a 17 dias para o P. vivax • 9 a 14 dias para o P. falciparum • 16 a 18 dias ou mais para o P. ovale Cerca de 1 mês (18 a 40 dias) ou mais (anos) para o P. malariae Porém, algumas cepas de P. vivax, em climas temperados, podem não causar doença clínica por um período > 1 ano após a infecção. Manifestações comuns a todas as formas de malária: Febre e calafrios, Anemia, Icterícia, Esplenomegalia e Hepatomegalia. FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. Aluna: Cellina Nava de Simas Lima – 3º Período Curso: Medicina Manifestações do P. falciparum P. falciparum provoca a doença mais grave por causa de seus efeitos microvasculares. É a única espécie com probabilidade de provocar doença fatal se não for tratada; pacientes não imunes podem morrer dentro de dias após o início dos sintomas. Os aumentos da temperatura e os sinais e sintomas concomitantes geralmente se manifestam em um padrão irregular, mas podem se tornar sincrônicos, ocorrendo em padrão de febre terçã (aumentos da temperatura em intervalos de 48 horas), particularmente no s moradores de regiões endêmicas que têm imunidade parcial. Manifestações de P. vivax , P. ovale e P. malariae P. vivax, P. ovale e P. malariae geralmente não comprometem órgãos vitais. Mortalidade é rara e principalmente decorrente de ruptura esplênica ou de hiperparasitemia descontrolada em pacientes com asplenia. A evolução clínica com P. ovale é semelhante à de P. vivax. Em infecções estabelecidas, picos de temperatura ocorrem em intervalos de 48 horas — um padrão terçã. Infecções de P. malariae na maioria das vezes não causam qualquer sintoma agudo, mas parasitemia de nível baixo pode persistir durante décadas e conduzir à nefrite mediada por imunocomplexos ou nefrose ou esplenomegalia tropical; quando sintomática, a febre tende a ocorrer em intervalos de 72 horas — um padrão quartã. Diagnóstico: É feito através: • Identificação de parasitas em exame microscópico de amostras de sangue em esfregaços espessos ou finos. Identificam-se as espécies infectantes (que determinam a terapia e o prognóstico) pelos aspectos característicos nos esfregaços. • Testes diagnósticos rápidos comerciais para malaria com base na presença de certos antígenos do plasmodium ou atividades enzimáticas; • Em geral, os testes diagnósticos rápidos são comparáveis em termos de sensibilidade à microscopia na detecção de baixos níveis de parasitemia, mas não diferenciam infecção com uma única espécie da infecção concomitante com mais de uma espécie de Plasmodium, nem permitem a FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. Aluna: Cellina Nava de Simas Lima – 3º Período Curso: Medicina determinação da espécie, exceto para o P. falciparum. • Pode-se utilizar PCR (polymerase chain reaction) e sondas de DNA específicas para as espécie, mas não estão amplamente disponíveis nos locais de atendimento. Podem ajudar a identificar infecção por Plasmodium spp após a malária ter sido diagnosticada. Como testes sorológicos podem refletir exposição anterior, eles não são úteis no diagnóstico de malária aguda. Tratamento: Fármacos antimaláricos (são escolhidos de acordo com): Gravidade da doença (critérios clínicos e laboratoriais), Plasmodium spp infectante, Padrões conhecidos de resistência das cepas na região de aquisição e Eficácia e efeitos adversos dos fármacos disponíveis. O tratamento combinado contendo artemisinina, como artemeter/lumefantrina, é o tratamento mais rapidamente ativo e, em muitas situações, é esquema de escolha. Há relatos de resistência às artemisininas, mas isso ainda não é comum. Gravidade da malária Define-se malária grave pela presença de uma ou mais das seguintes características clínicas e laboratoriais: A malária grave tende a resultar de P. falciparum. • Critérios clínicos para malária grave: Síndrome do desconforto respiratório agudo/edema pulmonar, Sangramento, Coma e consciência prejudicada, Icterícia, Convulsões (recorrentes) e Choque • Critérios laboratoriais para malária grave: Anemia (grave: < 7 g/dL [70 g/L]), Coagulação intravascular disseminada (CID), Hemoglobinúria, Acidose metabólica, Densidade parasitária >5% Fatores para Malária recorrente: e Insuficiência renal. FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. Aluna: Cellina Nava de Simas Lima – 3º Período Curso: Medicina A recidiva da malária é conceituada como a recorrência de parasitemia assexuada seguinte ao tratamento da doença, após ter sido constatada a sua negativação, em variado período de tempo. Ocorre por um dos seguintes aspectos: • Falha terapêutica resultante de não adesão ao tratamento, resistência do parasito às drogas utilizadas, má qualidade do medicamento instituído ou utilização de doses subterapêuticas das drogas; • Reativação de hipnozoítos; • Exposição à nova infecção pelo mosquito vetor. Do ponto de vista conceitual, a recidiva de malária pode ser resultado de recrudescência ou recaída ou reinfecção. Recrudescência de malária ocorre quando as formas sanguíneas do parasito não são completamente erradicadas pelo tratamento e reexpandem o seu número após o declínio da concentração sérica das drogas. Ocorre com maior frequência na malária por P. falciparum e P. vivax e, raramente, pelo Plasmodium malariae . Referências: 1- BENELLI, Giovanni; BEIER, John C. Desafios atuais do controle de vetores na luta contra a malária. Acta tropica , v. 174, p. 91-96, 2017. 2- GONÇALVES, Raphael Souza; DE MOURA RODRIGUES, Gabriela Meira; ANJOS, Luciene Ferreira. OS TRATAMENTOS DA MALÁRIA EM DIFERENTES SISTEMAS DE SAÚDE. Revista Liberum accessum, v. 6, n. 1, p. 30- 38, 2020. 3- SILVINO, Ana Carolina Rios et al. Recorrências na malária por Plasmodium vivax: variabilidade na enzima do complexo citocromo P450 2D6 (CYP2D6) e sua influência na falha terapêutica por primaquina. 2019. Tese de Doutorado. 4- MONTANA, Julia et al. FATORES DE RISCO ASSOCIADOS A MALARIA IDENTIFICADOS PELO SISTEMA DE DETECÇÃO REACTIVA DE CASOS, MAGUDE. In: X CONFERÊNCIA CIENTÍFICA 2018" UEM fortalecendo a investigação e a extensão para o desenvolvimento”. 2018.
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